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Quelimane
2021
FIDEL FREDERICO DUARTE
Quelimane
2021
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 4
2. Metodologia ........................................................................................................................ 4
4. Conclusão .......................................................................................................................... 11
5. referencia bibliografica…………………………………………...………………………..13
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1. Introdução
A identidade de género não se reduz à identidade sexual biológica pois assume, além
desta, as construções sociais e culturais que determinam que uma pessoa se represente a si
mesma e é reconhecida pelas demais e pelo seu grupo, como homem ou como mulher, incluindo
as relações de poder, a participação nos fóruns de tomada de decisões, as formas
comportamentais de estar e viver, os atributos psicológicos e as responsabilidades a
desempenhar no seio da família, da comunidade e da sociedade em geral.
1.1. Objectivo
Representações sociais, cultura e religião precisam ser explicitados para dar nitidez aos
nossos objetivos e construção do objeto de pesquisa.
2. Metodologia
Como toda proposta de pesquisa, esta é apenas um recorte no amplo universo no qual
estão inseridas as relações entre religião e gênero. Por esta razão, a delimitação se faz necessária
para o aprofundamento do tema pesquisado. A realidade é construída e está sempre em
mudança, por isso o imperativo metodológico de situá-la num espaço específico.
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3. Definição de género
De acordo com Buss, (200), gênero, são uma realidade objetiva que atinge um
contingente expressivo de mulheres e, neste sentido, só pode ser entendida no contexto sócio-
histórica- cultural, num movimento complexo e contraditórioentre sociabilidade e
individualidade e entre as relações de gênero e a totalidade da vida social.
Por ser elemento constitutivo das relações de gênero. Além destes, conceitos como o de
dominação, habitus, resistência, representações sociais, cultura e religião precisam ser
explicitados para dar nitidez aos nossos objetivos e construção do objeto de pesquisa.
Gênero como categoria de análise sob diversas perspectivas. Dentre elas destacamos
inicialmente Rubin (1993,), que define o sistema de sexo/gênero como “um conjunto de
arranjos através dos quais uma sociedade transforma a sexualidade biológica em produtos da
atividade humana”. Na mesma linha, segue (Ferrand 1987).
Segundo o Scott (1995, p.86), que defende a necessidade de se fazer uma história das
mulheres, pondera que é necessário perguntar “como as relações entre os sexos foram
construídas nos vários momentos históricos, por que razão, com que conjuntura de relação de
forças, e em que contexto político”. Aqui reside o verdadeiro problema: “historicizar a ideia de
homem/mulher e encontrar uma forma de escrever uma verdadeira história das relações
homens/mulheres, das ideias sobre sexualidade...etc.” (SCOTT, idem, p. 86), em outras
palavras, historicizar as subjetividades, porque elas são criadas e não natas. Deste modo,
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somente o gênero visto como uma categoria histórica tem a força suficiente para entender os
paradigmas de relações de poder entre homens e mulheres.
A categoria gênero em sua interface com a análise da religião vem tomando proporções
significativas a partir dos últimos anos, especialmente impulsionada pelos estudos feministas.
A chamada “segunda onda” (Adelman & Grossi, 2002) do feminismo, que se desenvolveu a
partir da década de 60, é vista como marco histórico para este avanço. Efetivamente esta 15
categoria de análise surge a partir dos anos 80, com o objetivo de denunciar a exclusão do
feminino, e de outros grupos periféricos, do conhecimento científico. Desde então, mesmo
estando em construção, este conceito vem sendo utilizado extensamente por muitos(as)
estudiosos(as).
Ana Maria Bidegain (1996, p. 28), acredita que a incorporação da categoria de gênero,
cruzada com as de classe e etnia, não só é útil para a elaboração da história das religiões, é
também uma chave essencial para a compreensão da história invisível das mulheres nas
religiões e suas relações com todas as formas de estruturação do poder.
Nessa direção, o autor trabalha com a noção de armas comuns referindo-se às armas que
são típicas de grupos sem poder, ou com menos poder do que outros, dependendo do cenário
considerado, como os negros, as mulheres, os prisioneiros, os trabalhadores rurais etc. A noção
de armas comuns representa as ações de dissimulação, falsa submissão, ignorância fingida,
fofoca entre outras formas que não exigem grandes organizações ou planejamentos e que
ocorram às escondidas do controle dos dominantes (SCOTT, 2002, p. 50).
Essas armas simbólicas evitam confrontos diretos com o grupo dominante, embora
expressem no nível consciente a vontade de mudar, seja uma situação simbólica (de submissão)
seja material (de pobreza). Segundo Scott (idem), a ordem social é mantida pela capacidade de
rotular pessoas e pelas atividades que não questionam a realidade oficial. Este autor auxilia
nesta pesquisa porque aponta os processos pelos quais os atores sociais, no cotidiano, nos
espaços em que as ações acontecem, confrontam, mesmo que simbolicamente, a autoridade.
A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) assenta todo o seu trabalho em três eixos, a
saber: ensino-aprendizagem, investigação e extensão. É através destes três eixos que a UEM se
constitui na Instituição de Ensino Superior (IES) mais consolidada no panorama da formação
avançada em Moçambique.
O português é a língua ofi cial e é especialmente predominante nas cidades; nas áreas
rurais falam-se línguas africanas como primeira língua. A 24 de Setembro de 1969 os
nacionalistas moçambicanos deram início à luta armada pela independência do regime colonial
português.
4. Conclusão
Neste presente trabalho de tema género, Ao longo deste documento, procurou-se reunir
toda a informação relevante para desenhar, justificar e dotar de instrumentos de
operacionalização futura a Estratégia de Género da Universidade Eduardo Mondlane para o
período compreendido entre 2020 e 2030. Recomenda-se fortemente a elaboração de Planos de
Acção bienais para a operacionalização e execução desta Estratégia e a garantia da sua
efectividade. Os referidos Planos de Acção não devem conter apenas os objectivos concretos e
as descrições das actividades devidamente calendarizadas, mas também os indicadores que
permitirão avaliar a sua implementação e as mudanças operadas. Sugere-se ainda que os
mencionados Planos de Acção bienais possam ser elaborados com a participação de todos os
elementos da comunidade universitária, nomeadamente: docentes, discentes e CTA.
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5. Referencia bibliografica
ALENCAR, Gedeon Freire de. Todo poder aos pastores, todo trabalho ao povo, todo louvor a
Deus: Assembléia de Deus – origem, implantação e militância (1911-1946). São Bernardo do
Campo, SP: UMESP, 2000.