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Antropologia 218

O Estigma Humano

Código: 1 = fraco 2 = adequado, pode melhorar 3 = muito bom

Critérios:

TÉCNICA DA REDAÇÃO
Ortografia
Gramática
Pontuação
Formato das citações
Bibliografia
Numeração das páginas

ORGANIZAÇÃO DO ENSAIO
Introdução
-- incluiu uma declaração clara e concisa sobre os objetivos e o tema
-- orienta o leitor sobre o que segue

Corpo do ensaio
-- seqüência lógica dos parágrafos
-- os parágrafos têm uma direção, isto é, eles guiam o leitor ao longo do texto até
a conclusão
-- uso de transições apropriadas ligando os parágrafos
-- uso de conectores lógicos apropriados, por exemplo, entretanto,
portanto, além disso

Conclusão
-- fornece um resumo dos principais pontos de vista pessoais
-- oferece um sentido de conclusão (o que você gostaria que o leitor aprendesse após
a leitura de seu ensaio?)

ESTILO DA REDAÇÃO
Tom acadêmico
-- vocabulário apropriado, não usar contrações, uso de voz objetiva, em vez de pessoal

Estrutura
-- assunto organizado de forma compreensível e útil

SUBSTÂNCIA
Forneceu detalhes suficientes indicando a leitura da narrativa, o entendimento da trama
(o que acontece com quem no livro)
Identificou uma transformação, superação de crise, disputas ou contendas no
âmago da narrativa.
Argumentou sobre a concepção da identidade humana da narrativa
Esforçou-se para usar a literatura indicada para esse curso.
CRITÉRIOS PARA A AVALIAÇÃO DOS ARTIGOS:

MECÂNICA DA REDAÇÃO

Veja o Capítulo 7 (“Forma”) em Cuba, Writing About Social Science. O uso de ortografia,
gramática, pontuação, citações e bibliografia corretas não é opcional. Um erro isolado (por
exemplo, uma palavra incorretamente grafada) é compreensível. Erros sistemáticos não são
aceitáveis. Eles normalmente sinalizam desorganização e precipitação. Strunk e White, Elements of
Style, I, Regras Elementares de Utilização.

ORGANIZAÇÃO DO ENSAIO

Sua narrativa deverá apresentar uma organização claramente definida. Cada artigo (da
mesma forma que cada boa história ou evidência) deverá ter um começo, meio e fim. Esses
componentes são mais conhecidos como introdução, corpo e conclusão em seu artigo. Cada um
deverá realizar algo ligeiramente diferente. Juntos, eles deverão conduzir o leitor até a conclusão de
seu artigo. Para obter uma discussão mais detalhada sobre organização, veja Cuba (1997). Observe
o item “organização” no índice. Veja também Strunk e White, Elements of Style.

A introdução deverá informar o assunto de seu artigo ao leitor. (Estou usando o termo
genérico “artigo” para indicar um ensaio, documento de pesquisa, revisão ou qualquer gênero de
redação de não-ficção). Nos parágrafos introdutórios de um trabalho mais longo, você também
deverá orientar o leitor sobre o planejamento geral do artigo (em um artigo mais curto, isso
provavelmente não será necessário). Ao redigir a introdução, você deverá evitar uma descrição
mecânica e seguindo uma receita (por exemplo, “Nesse ensaio eu vou resumir “Crime ..... No
próximo eu avaliarei”. Esses marcadores de indexação são úteis somente se você incluir um resumo
sobre o que cada parte do artigo irá informar ao construir sua argumentação total. Essas
informações organizacionais são muito úteis em artigos muito longos, mas tornam-se muito
repetitivos em artigos curtos. Não existe nenhuma fórmula simples para decidir qual é o volume de
mapeamento necessário à frente. Você também deverá evitar a utilização de aberturas teatrais
destinadas a entusiasmar o leitor (veja tom acadêmico abaixo). Não tente despertar o interesse de
seus leitores exagerando no escopo de seriedade de seu assunto. Os erros mais comuns encontrados
entre os alunos é a tendência de muita dramaticidade, atribuição exagerada de importância a um
tópico ou iniciar com generalizações globais que exageram os fatos conhecidos e sua importância.
Por exemplo, você não vai querer escrever (ADVERTÊNCIA: esse é um exemplo negativo – o que
você não deve fazer)

“As pessoas na América vivem com medo constante de crimes.” Essa sentença não só é
extremamente dramática como empiricamente incorreta. Ao exagerar o seu caso você pode, na
realidade, banalizar seu assunto. Você deseja despertar o interesse de seu leitor e, ao mesmo tempo,
manter um tom de seriedade.

Muitos estudiosos experientes escrevem as introduções após a redação do artigo. Essa é


normalmente a forma pela qual eu redijo. Apesar de a redação da introdução após o corpo do artigo
parecer a inversão da ordem correta das tarefas, ela realmente faz sentido. Considere uma analogia.
Você deve conhecer alguém antes de poder apresentar essa pessoa a outras. De forma similar, você
deve conhecer seu artigo antes de poder apresentá-lo ao seu leitor. É possível começar com um
rascunho de uma introdução para avançar. Porém, planeje sua revisão após a conclusão do artigo, de
forma que ela reflita de forma precisa a direção de sua argumentação. (Cuba fornece exemplos de
introduções em seu texto. Veja o item “Introdução” no índice.)
O corpo de seu ensaio consiste de um certo número de parágrafos os quais coletivamente
constróem um argumento ou análise. Um argumento movimenta e uma análise mostra os
componentes do assunto sobre o qual você está escrevendo. Sem perambulações sem rumo ou idas e
vindas. O argumento caminha em uma direção; uma análise mostra como as partes compõem o
todo. Você pode pensar em cada parágrafo como transportando o leitor naquela direção ou como
um todo, contribuindo com todos os recursos necessários para chegar lá: definições, premissas,
conexões lógicas, evidências empíricas ou interpretação. (Veja o uso apropriado de parágrafos
abaixo.)

A conclusão deve fazer mais do que simplesmente resumir a argumentação. Apesar de uma
breve revisão dos pontos principais da argumentação ser apropriada, a conclusão precisa fazer mais
do que isso. Ela precisa mover o leitor ao longo do corpo do artigo. Se isso não ocorrer, um leitor
cuidadoso e atento (aquele que não precisa de uma revisão) poderia simplesmente parar a leitura de
seu artigo no final do corpo do mesmo. Você estaria desperdiçando seu tempo, e o do leitor,
redigindo tal conclusão.

Normalmente, a conclusão inclui uma prestação de contas sobre as implicações e o


significado da argumentação, tese ou análise desenvolvida no corpo do artigo. Ela poderia
considerar a tese em um contexto diferente ou em relação a um problema ou uma situação diferente
(mas relacionado(a)). Por exemplo, se o desvio comportamental é construído socialmente, por meio
de variação cultural e histórica, isso significa que nada pode ser considerado como um desvio
comportamental, ou que podemos ignorar as violações dos padrões, pois esses indicam somente as
preferências de algum grupo? Por exemplo, você poderia pensar nas conseqüências do uso habitual
de drogas ilegais proscritas. Você poderia questionar se a regulamentação legal das drogas cria
custos e oportunidades que apresentam efeitos variáveis nos diferentes subgrupos na sociedade. Ou,
para considerar outro exemplo, ao descrever a estrutura da narrativa de Roth, The Human Stain,
você poderia questionar como a organização da mesma privilegiou e suportou algumas
interpretações em detrimento de outras. Obviamente, você não iniciaria uma análise ou
argumentação inteiramente nova. Porém, você deveria criar e explorar brevemente alguma
implicação em sua conclusão. Como esse exercício particular é somente uma consideração
sistemática sobre os eventos e a organização da narrativa de Roth, a qual seguirá mais à frente no
semestre com uma análise mais profunda, sua discussão poderá permanecer como especulativa e
breve. Entretanto, você poderia pensar sobre suas especulações como uma plataforma para o artigo
interpretativo (o qual você redigirá em algumas semanas) ou para um artigo de pesquisa (a qual
você ou um de seus leitores estudiosos poderia conduzir). Na realidade, começar no ponto onde
alguma outra pessoa parou é precisamente a forma pela qual o progresso científico caminha. Mais
uma vez, você deverá ler as seções nas conclusões de Cuba.
ESTILO DA REDAÇÃO

O tom acadêmico diz respeito a um grau de formalidade, neutralidade e objetividade em sua


redação. Alcançamos esse tom evitando o coloquialismo e as contrações. A redação acadêmica
normalmente omite referências a nós mesmos como autores, mas isso varia dentro das diferentes
comunidades de estudiosos. Existem alguns tipos de redação nas quais você é convidado a refletir
sobre as experiências pessoais e reações a idéias (relatos e diários, por exemplo). Entretanto, a
maior parte dos artigos acadêmicos deveria enfocar diretamente as idéias e não o autor dos mesmos.
Essa regra geral, à qual eu já forneci uma exceção, não significa que você nunca deva usar o
pronome “Eu”, mas que esteja ciente do objetivo para a referência pessoal. Se ela vai explicar a
forma pela qual os seus dados foram coletados, faça referências pessoais conforme a necessidade
(por exemplo, “Para examinar o processo de inventar um novo regime de segurança laboratorial, eu
gastei quinze meses observando os comitês e laboratórios de pesquisa em duas universidades”). Se
o pronome “Eu” for utilizado para comentar algo pessoal e não relacionado à argumentação ou às
evidências, omita a referência (por exemplo, “Eu acho essa experiência fascinante” ou “ Eu não
gostei dessa leitura”).

A frase “Utilização apropriada de parágrafos” na lista de verificação refere-se ao


agrupamento apropriado de idéias. Os parágrafos não são simplesmente formas de organizar
espacialmente as palavras em uma página. Cada parágrafo deve ter uma função em toda a
argumentação. A sentença de tópico – normalmente a primeira – reina sobre todas as outras no
parágrafo e resume a contribuição do mesmo à argumentação. Cada uma das outras sentenças
deverá “trabalhar para” a sentença de tópico, exemplificando, esclarecendo e elaborando
(contrastando ou estendendo) a idéia contida na mesma. Tente o exercício a seguir. Após redigir um
rascunho de seu artigo, você pode destacar aquela que você pensa ser a sentença de tópico de cada
parágrafo. Se ela não pode ser identificada, você terá que decidir se o problema reside no fato de
que existem dois (ou três) tópicos. Se isso for verdade, divida seu parágrafo em dois ou três,
elaborando e esclarecendo cada sentença de tópico dentro de seu próprio parágrafo. Entretanto,
algumas vezes, você pode ter redigido um parágrafo no qual não existe sentença de tópico e
nenhuma forma de coletar as sentenças dentro de um conjunto organizado; elas são simplesmente
uma coleção de idéias sem uma estrutura interna que possa ser resumida na sentença de tópico. A
correção desse problemas exige uma nova redação e forma de pensar sérias.

SUBSTÂNCIA

A substância de seu artigo refere-se às idéias a serem transmitidas ao seu público. (Nesse
caso, você está resumindo e analisando a estrutura organizacional da narrativa de Philip Roth, The
Human Stain.) Você resumiu sucintamente a trama da narrativa? Ou, caso esteja redigindo sobre
uma peça de não-ficção ou pesquisa, você resumiu claramente a tese do autor? Essa parte parece
simples. Porém, ela não é tão fácil como possa parecer à primeira vista. Considere todo o raciocínio
que é preciso para redigir um bom resumo. Eu já forneci alguns exemplos de como resumir artigos
de pesquisa (veja o planejamento do curso).
1. Você deve entender a argumentação do autor em todos os seus detalhes e nuances.
2. Você deve ser capaz de abstrair entre o grande número de detalhes aqueles essenciais à
argumentação (ou trama).
3. Você deve encontrar as palavras corretas para comunicar o sentido (ou trama) do autor.

Para a narrativa de Roth, você obteve a seqüência de ações e seus significados (sentidos) nas
vidas dos personagens? Essa é a trama. Uma novela normalmente é descrita como uma forma de
narrativa (uma forma particular de representação). Aqui está uma definição simples, porém útil, de
narrativa, a qual pode ajudar você a refletir sobre a organização da novela de Roth. A
palavra/conceito de narrativa normalmente refere-se a uma história com três características: (a) um
conjunto de personagens, (b) eventos ordenados no tempo, (c) engajada em alguma forma de
contenda, disputa, desenvolvimento ou mudança. Essa terceira característica é algumas vezes
chamada de trama, estrutura ou explicação do que está acontecendo; alguns críticos a chamam de
significado moral ou moral da história. De fato, a trama pode ser entendida como a disputa ou
conflito a ser resolvido através da seqüência de eventos.

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