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CULLEN, Gordon. Paisagem urbana.

São
Paulo: Martins Fontes, 1982.
Aspectos relevantes:

INTRODUÇÃO

Isolado x conjunto (pessoas isoladas x pessoas em comunidade)


→ conjunto de edifícios: poder de atração, possibilidade de arte; edifício isolado: obra arquitetônica
diferenças entre conjunto e isolado, e como algo diferente é isolado visualmente, chamando atenção
(exemplo da obra de Corot, o “vermelho mais vermelho que ja vi)

Flexibilidade da solução científica: estudos de contingentes, demografia e outros não garantem uma
cidade “ideal” e não monótona, e possivelmente a solução para isso não está nas bases científicas, uma
vez que os comportamentos humanos e outros fatores são considerados “flutuantes”
→ não se pretende ditar forma ao meio ambiente e ao aglomerado urbano, apenas encontrar meios para
manobrar dentre eles

“O meio ambiente suscita reações emocionais”


visão: é impossível, ao caminhar pela cidade, não se deparar com formas que causem “surpresa ou
revelação súbita”; o cérebro humano reage ao contraste: rua, monótona e comum, logo contrastada com o
pátio. Quando não há contraste, a cidade se torna visivelmente monótona e passa despercebida
local: reação perante localização → fora/dentro, espaço aberto/fechado
há uma reação emocional em relação aos contrastes, quando se está muito acima ou abaixo do nível
“normal” → instinto do corpo de se relacionar com o meio ambiente
conteúdo: constituição da cidade (cor, textura)
→ diferentes períodos de construção, irregularidades do traçado, mistura de materiais e estilos
existe a falsa impressão de que se essas cidades fossem destruídas, uma nova cidade, mais bela e regular
nasceria no lugar dela (não é esse o conceito de planejamento urbano?)
evitar convencionalismos: cada indivíduo é único, e se o indivíduo ocupa a cidade, como essa pode ser
homogênea?
Assim os três se relacionam da seguinte forma: visão: ponto de vista e imagem emergente, o homem
busca a todo momento se identificar com o ambiente ao qual está inserido, e para isso, passa a observar
as características desse (percepção do espaço circundante)

INTRODUÇÃO À EDIÇÃO DE 1971

O contexto pós-guerra trouxe decorações urbanas superficiais e uma dinâmica acelerada de mudanças,
comunicações, além de mais pessoas, casas e equipamentos. No entanto, os métodos construtivos ainda
são mal dominados.
→ impossibilidade de assentar e compreender, algo que como o autor diz, torna a cidade mal digerida
→ essas questões não constituem a essência da paisagem urbana, uma vez que são superficiais e
incoerentes

→ decomposição do ambiente para atuar sobre ele de forma mais fácil

→ dividir os aspectos em partes menores durante o tempo, ou seja, atrasar a expansão de uma zona não
é necessariamente algo ruim (zona histórica, por exemplo)
→ a continuidade nas cidades é uma característica desejável

→ comunicação com o público

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