- AULA 1: Pavimentos: definição, funções, terminologia e tipos.

1.563,6 mil quilômetros de malha rodoviária no Brasil.

13,7% do total é pavimentado.
Último lugar na América do Sul em qualidade das rodovias.
Malha rodoviária do ES é de 31.000km, sendo 13% pavimentadas.

PAVIMENTO
Sistema de camadas finitas construído sobre a superfície final de terraplanagem, com o
objetivo de resistir os esforços provenientes da passagem de veículos, das variações
climáticas e ambientais, com o objetivo de propiciar ao usuário condições de rolamento com
conforto, economia e segurança.
REVESTIMENTO
BASE
SUB-BASE
REFORÇO DO SUBLEITO
SUBLEITO

Classificação das estruturas dos pavimentos:

1.Flexíveis: revestidos de camada asfáltica e com base de brita ou solo
2.Rígidos: placa de concreto de cimento portland.
3.Semi-rígidos: revestido de camada asfáltica com base estabilizada com cimento e cal
(base rígida).

Transferência de cargas nos pavimentos

Nos pavimentos flexíveis, a transferência das cargas é feita pelo contato grão a grão. O
pavimento flexível age como uma folha flexível. As deformações, até um certo limite, não
levam ao rompimento.
Em pavimentos flexíveis, tem-se: revestimento/base/sub-base/reforço do subleito/subleito.

Os pavimentos rígidos são pouco deformáveis, as cargas são transmitidas para o solo por
força de flexão do pavimento, e o pavimento age como uma placa rígida. Dessa forma,
quando a o pavimento rompe, esse rompimento ocorre por tração na flexão.
Em pavimentos rígidos, tem-se: base e revestimento (juntos) /sub-base/reforço do
subleito/subleito

Em pavimentos semi-rígidos, uma fina camada de pavimento flexível sobre o pavimento

rígido é um pavimento ideal com características desejáveis.
Em pavimentos semi-rígidos, tem-se: revestimento/base cimentada/sub-base
granular/reforço do subleito/subleito

Em pavimentos invertidos, tem-se: revestimento/base granular/sub-base cimentada/reforço

do subleito e subleito.
Em pavimentos invertidos, o reforço ocorre na sub-base e não na base.

Camadas constituintes dos pavimentos asfálticos:

Camada de regularização: camada sobre o subleito. Corrige falhas da camada final de
terraplanagem ou de um leito antigo de estrada de terra.

Reforço do subleito: trata-se de uma camada de espessura constante sobre o subleito

regularizado. Tipicamente um solo argiloso de qualidades superiores a do subleito.

Sub-base: material deve ter boa capacidade de suporte. Previne o bombeamento do solo do
subleito para a camada de base.

Base: Abaixo do revestimento, fornecendo suporte estrutural. Sua rigidez alivia as tensões
no revestimento e distribui as tensões nas camadas inferiores.

Revestimento ou camada de rolamento: camada mais externa, recebe as cargas

diretamente. Em pavimentos flexíveis, é formada pela combinação de agregado e ligante
asfáltico. O revestimento pode ser feito por penetração ou mistura.
Na mistura: O agregado é pré-envolvido com o material betuminoso, antes da compressão.

CAP- Cimento Asfáltico de petróleo

CAUQ- Concreto asfáltico usinado a quente

MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM PAVIMENTOS:

Afundamentos de trilho de roda
Trincas - pelo esforço repetitivo
Descolamentos do agregados e ligantes
Panelas (buracos) -acumulo de manifestações
Desplacamentos
Desagregação - causado por intempérie(umidade) ou má dosagem
Exsudação - causado principalmente por má dosagem
Escorregamento - em área de frenagem geralmente
Segregação- muitas vezes por excesso de umidade

- AULA 3:Materiais e Estrutura de Pavimentos: Ligantes(em geral são

ácidos, ligam-se melhor às bases)

Estruturas do pavimento:
Revestimento Asfáltico: formado por mistura de agregados e cimento asfáltico.
Recebe as cargas do tráfego e distribui para as camadas estruturantes.
Camada de ligação (Binder): formado por mistura de agregados e cimento asfáltico.
Ligação entre revestimento e base.
Base: composta por materiais granulares (ex:brita graduada), com ou sem
aglutinante (CAP, cimento ou cal). Recebe os esforços da camada superior e distribui para
a sub-base.
Sub-base: composta por materiais granulares, com ou sem aglutinantes com função
de diminuir espessura da base e mudar a rigidez da camada.
Sub-leito: terreno natural, passível de esforço por compactação ou substituição do
material para aumentar a rigidez.
Constituintes das misturas asfálticas:
-Aglomerantes betuminosos: CAP (fração mais pesada da destilação do petróleo) ou
Emulsões asfálticas.
-Agregados: agregado britado, areia, resíduos e coprodutos.
-Aditivos: cal hidratada, polímeros, agentes anti-aging (previne envelhecimento do
pavimento), etc.

Materiais betuminosos: compostos essencialmente de betume. São adesivos e

aglomerantes, dispensam o uso de água. São hidrófugos, ou seja, repelem a água. São
termoplásticos, sendo facilmente fundidos e solidificados. Durabilidade influenciada pela
radiação solar (troca de oxigênio com o meio ambiente, gera o envelhecimento)

PETRÓLEO -> ASFALTO

1. Decantação, onde ocorre a separação do óleo da água. O petróleo é menos denso
que a água.
2. Filtração, com objetivo de separar as impurezas sólidas do material.
3. Óleo bruto é enviado para o refino, onde são separadas as suas frações.
Quanto maior o tamanho das moléculas, maior o teor de asfalto produzido.

Geram:
Cimentos asfálticos
Asfaltos diluídos
Emulsões asfálticas
Asfaltos modificados: possibilita a melhora em algumas propriedades, tais como
melhoria nas trincas térmicas e por fadiga, deformações permanentes, danos por umidade,
envelhecimento

ESCOLHA DO CAP: vai depender do clima

Em locais de temperaturas elevadas, escolhe-se CAP com Alto ponto de Amolecimento e
Baixa penetração. Ex: CAP 30/45
Em locais de temperaturas baixas, escolhe-se CAP com baixo de amolecimento e alta
penetração. Ex: CAP 50/70
COMPONENTES DOS ASFALTOS:
Asfaltenos: 5 a 25% do CAP. Quanto maior o % de asfaltenos, mais duro e mais viscoso
será o ligante asfáltico
Resinas:natureza polar e fortemente adesiva
Aromáticos: 40 a 65% do CAP. É o meio de dispersão e peptização os asfaltenos.
Saturados: 5 a 20% dos asfaltos. Não-polares
***Quanto mais asfaltenos, mais duro o CAP. Quanto mais maltenos, mais mole, mais
flexivel.
***CAP COM MAIS ASFALTENOS, SÃO MAIS DUROS, LOGO, BAIXA PENETRAÇÃO,
TAIS COMO O CAP30/45 50/60

CLASSIFICAÇÃO DO CAP
30/45- PENETRAÇÃO da agulha DE 30 A 45 DÉCIMOS DE MILÍMETRO NO ENSAIO DE
PENETRAÇÃO, a 25ºC, em uma liberação da agulha por 5seg.

VISCOSIDADE: A medida da viscosidade do CAP está relacionada a consistência

adequada que este deve ter para garantir a perfeita cobertura dos agregados, além da
consistência ideal para sua aplicação em campo.

CLASSIFICAÇÃO SUPERPAVE
Ensaios baseados em conceitos de reologia e desempenho dos ligantes em uma ampla
faixa de temperatura, bem como considerações a respeito da velocidade e volume de
tráfego.
Corpos de prova são compactados por amassamento, já na dosagem Marshall, os corpos
de prova são compactados por impacto.
O método superpave representa melhor as condições de obra, visto que em obra a
compactação é por amassamento.
A escolha dos agregados no método superpave é através das 3 curvas granulométricas, já
no metodo Marshall a escolha é feita atraves das faixas do DNIT.
PG 64-22 PG(Grau de Desempenho) 64(Máx temperatura de 64, media dos 7 dias)
22(Temperatura minima de 22)

ASFALTO DILUÍDO CM, é um material utilizado na imprimação da base, ou seja, sua

função é de impermeabilização para evitar infiltração de água da base para a camada de
revestimento.

- AULA 4:Materiais e Estrutura de Pavimentos: Agregados.

Utilização em revestimentos, base, sub-base e reforços.

Possuem como função: estabilidade mecânica dos revestimentos, resistência à abrasão
superficial, suporta as tensões solicitantes do tráfego e as transmite às camadas inferiores
de forma atenuada.
 Presença de Sílica repele o ligante asfáltico, fazendo com que o agregado não tenha boa
adesividade com o ligante. Isso resulta em trincas na interface

CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS:

*Quanto à natureza: natural, artificial, reciclados (escória de aciaria, RCD residuo de
construção e demolição, RBRO residuo de beneficiamento de rocha ornamental)
*Quanto ao tamanho: Graúdo(retido na peneira 2mm, peneira 10), Miúdo(passante na
peneira de 2mm e retido na peneiro de 0,075mm, peneiro n200), de enchimento(65% a
100% passante na peneira n200)
*Quanto à distribuição dos grãos: bem graduada, aberta, uniforme ou em degrau.

Região Norte não tem muita pedra britada, a gnt pode substituir por argilas calcinadas. São
argilas elevadas à altas temperaturas. São agregados artificiais
Brita graduada tratada com cimento (BGTC) - muito utilizada para construção de base, pois
tem alta resistência.
 - AULA 5:Materiais e Estrutura de Pavimentos

Concreto asfáltico:
convencional (CAP + agregados aquecidos)
especial quanto ao ligante (com asfalto modificado por polímero ou com asfalto-
borracha; com asfalto duro)
especial quanto a composição granulométrica (SMA, CPA -concreto poroso
asfáltico)

OBS: Cal hidratada melhora a resistência ao dano por umidade. Utilizada em locais
que possuem grandes variações de temperatura, com muita umidade.
Uso de fibras em distribuições granulométricas mais abertas, evitando o
escorrimento do ligante.

PROJETO DE MISTURAS:
Dosagem de misturas asfálticas: escolher um teor ótimo de ligante a partir de uma
faixa granulométrica específica.
Método de Dosagem Marshall: corpos de prova produzidos a partir de compactação
por impacto
Método de Dosagem Superpave: corpos de prova produzidos a partir de
compactação por amassamento, que é de fato como eles são feitos em obra
Teor ótimo é obtido pela média entre X2 e x3, em um gráfico de VV, RBV, Teor de CAP (%)
ENSAIOS:
 - AULA 8:Materiais e Estrutura de Pavimentos: base, sub-base e sub-leito

Estabilização de solos arenosos através do emprego de cimento, e de solos argiloso

através do uso de cal, já que a estabilização é por trocas catiônicas.
Brita graduada Simples (BGS): material ótimo para base e sub-base.
Posso estabilizar solos de base e sub-base com acréscimo de material granular.
Solo cimento geralmente é usado como mistura para base, ou brita graduada com cimento.
Para sub-base, pode-se usar solo melhorado com cimento, solo puro, solo brita
 - AULA 9:

Verificação das solicitações ambientais, efeitos do clima nas propriedades dos materiais e
desempenho dos pavimentos, envelhecimento do pavimento, dano devido à umidade.

Avaliação das condições climáticas, da estrutura, da solicitação de tráfego, etapas de

construção.

DEGRADAÇÃO DOS PAVIMENTOS

Agentes externos: carga do tráfego e intempéries
Agentes internos: erro de concepção, projeto inadequado e má execução.

INTEMPÉRIES
Os principais parâmetros que afetam o desempenho dos pavimentos são a temperatura, a
umidade e a ação do gelo.