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Set BIBLIOTECA/ VEMS, Tombo : 2ayer vs Daa Jer joy. Summon lbenno te @*relmprossso 2003 soos i ‘SUMARIO| APRESENTAGAD INTRODUCAO: 0 QUE f LETRAMENTO? “Modelos de letramento e as prions de alfabetizagio na escola “Angela B Klean PARTE Monos De PaRTICIPARio Da ORAtRDABE NO eNO Concepgéesnio-valorizndas de escrta: a eacrita ono fim outro modo do falar” MMoxae Hlona orig fo ‘A ralidads #4 construgi da leitura por eriangas de meios iletrados ‘Bia ono erst ‘Variapiolingtistie © avidades de letramento em sala do aula ‘Selle Moris Rertont PARTE Il: @ NAO.BSCOLARIZADO NA, SOGRDADELEINADA TLetramento, cultura e modalidades de pansamento ‘Marta Kohl de Oliveira Lotramento o (in) flexbilidade comunicativa ‘nts Bignorint Priticas discursivas de letramento: a construgio da idontidade om relatos de mulheres Teabel Magee w 9 no ut 161 201 PARTE IT: VERSO E REVERSO DO ANALFARBTISMO Analfabetiamo na mia: conceitese immagine sobre letramenta ‘Maria de Lourdes Mireles Matencio Asiio politica: fator de eonstituigio do letramento do ‘analfabeto adulto Tod ato SOBRE 08 AUTORES 239 APRESENTAGAO [Em sociedades toenolégeas,industrializadas a escr- ta 6 onipresente, Ea integra eada momento de nosso oot iano, eonstituindo-se numa forma tao familiar de fazer -santido de nossa realidado que seu uso passa despereebido para os grapes letrados, Para realizar uma atividade rotine!- ‘macomouma compra no supermereado, por exemplo, esereve- ‘mos uma lista dos produtos que precisamos comprar; no local de compras, Jemos e comparamos rétulos, pogos, datas de validad, ingredientas eeartazes promocionais; sama ainda algum método para eomputar o fazer eonta; preen- chemos um cheque. Essas atividados que, para um sujeito [etrado, to apenas mais uma forma de se comunicar com o8 outros e de agir sobre o melo, quase to autométiens como falar e que nao requerem, portanto, grandes esforgos de ‘oncentragdo ot interpretagio, representam verdadeiros ‘bsticulos para os grandes grupos de brasileiras nio-escola- ‘izados, quendo tiveram acesso @ escola, ou foram premati- ramente expulsos dela, ssa escrita ambiental erotineira, representa, entro- tanto, apenas uma das fungbes da escrita, das mais basicas, 7 0 dominio de outros usos e fungées da escrita signifien cfetivamente, 0 acess0 a outros mundos, pablicos e instit cionais, como 0 da midia, da bureeracia, da teenologia, © através deles, a possibilidade de aceaso ao poder. Daf 08 estudos sobre oletramento hejecm dia, seguindo ocaminho tragado por Paulo Freire hé mais de trinta anos, enfatiza- rrem 0 efeito potencializador, ou conferidor de poder, do le- ‘tramento, A palavra de ardem nos estudas sobre 6 lotra- ‘mento que se voltam para a transformagiio da orem social 6 “empowerment through literaey”, ou seja, poteneializar através do lotramento, ‘Uma das formas mais ofotivas de se tornar poderaso 6 através do aceaso e da manipulagio da informagio. Bsta coletdnea tem por objetivo informar aqueles que 80 encar- reigam do ensino da escrita, bem como Aqueles que partiei- pam de situagies de comunicagéo eseolarinado / néo-esco- larizado através de programas de diftséo de teenologias (como téenicos agricolas, de eatide pabliea, de habitagao), Sobre os fatos e os mites do letramento, Os trabalhos a ‘seguir, resultados de pesquisas realizadas no Brasil, sob varias perspectivas e utilizando variados tipos de evidén. cias, examinam diversas coneopgdes — leigas e especiali- 2adae — do fendmeno do letramento. Esse eonhecimento, ‘acreditamas, poderd dar eustentagso A praxis que tem por ‘objetivo o ensino da escrita e de teenologias das sociedades letradas eomo uma das formas de se potencializar 0 cida- dao para lidar com as estruturas de poder na sociedade, 0 livro esta dividido em quatro partes, Na Introdu- $0, O que é letramento?, o texto de Angela B. Kleiman, intitulado “Modelos de letramento © a prética de alfaheti- agi na escola” examina duas concepsbes dominantes s0- bre o letramento, que orientam hoje em dia tanto a pesqui- ‘5a como oensino da escrita. Uma dessas eoncepeies mod 8 , i 1 Ja também os conesitos loigos da eserita, tanto 08 do sujek: tos excolarizados como os de nio-eseolarizados, Ax conse- quéneias deseas conceppéce, para asituagio de ensino, io dliseutidas a partir da interagao entre professor ealuno om alas de alfabetizagio de adolescentes e adultos, (0s trabalhos na Parte I, Modos de participago da oraliaclenoletramento,fealizam algumas das mailtplas e rmulifacctadas relagdes entre a oralidade ea eserita, O tra- balho de Roxane H. Rojo, “Concepeses nto valrizadas da ccrita: A eserita como ‘um autro mado de falar”, examina vrias concepeées intitucionaizadase valorizadas da eocr- ta, como artefact transposicio da fala, forma de desenlo, © ilustra, mediante « andlise ds procestos iniciais de desen- volvimento da oserita de trés eriangas de familias com dlifo- rentes graus de letramenta, como as modes de participagio 1 oralidade vao eonfigurandl o proceso de lotrament des- sas eriangas. O stud de Sylvia B. Teezi, “A cralidade na ‘construc de leitura por erangas demeiasiletradoe" diseute ‘ papol da oralidade para tornar a eserta signifcativa para ‘riangas oriundas de fanalis com haixo nivel de escolatiza- ‘eo, equettivaram poueo cantato eon aesrita na fase prs colar. A autora mostra como a socializagio da eserita, na fala

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