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A importância em:

“Aprender a pensar no ensino da geografia”


RAPHAELA SILVA PERRUT

Professor Orientador: Carlos Alberto Claudino


Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso Licenciatura em Geografia – GED06
07/12/2013

RESUMO

Este artigo tem por finalidade apontar meu ponto de vista de que os alunos podem ser
intencionalmente ensinados a pensar, em contextos socioculturais específicos. Nesse sentido, os
processos do aprender a pensar e do aprender a aprender, além de estarem vinculados à psicologia da
aprendizagem e do desenvolvimento, dependem também da consideração dos contextos
socioculturais.
Pelo seu caráter pedagógico, o ensino tem caráter de intencionalidade implicando, portanto,
opções sócio-políticas que obrigam a discussão e a construção dos objetivos e práticas no ensino
fundamental das series finais.
Não se está negando a contribuição da Psicologia para a compreensão dos processos internos
mediadores do aprender, mas sua insuficiência para entender a aprendizagem também como processo
social e cultural, e como atividade planejada e organizada, por onde a didática intervém a requerer
valores e intencionalidades educativas e formas específicas do ensino.

Palavras-chave: Ensino fundamental séries finais, Aprender, Pensar

1. INTRODUÇÃO

O ensino da disciplina de geografia nas séries finais do ensino fundamental possui um


conteúdo programático, que segundo Brasil (1998) visa o desenvolvimento de habilidades
importantíssimas para a formação dos sujeitos, pois contribui para o conhecimento dos lugares, das
regiões e do Mundo, bem como a compreensão dos mapas e um conjunto de destrezas de
investigação e resolução de problemas, na sala de aula e fora dela. Através do estudo da geografia, os
alunos estabelecem contato com as diferentes sociedades e culturas num contexto espacial, ajudando-
os a perceber de que forma os espaços se relacionam entre si.
Brasil (1998) aborda o desenvolvimento das habilidades relativas a geografia, isto é, da
capacidade de integrar num contexto espacial os vários elementos do lugar, região e Mundo, mas
além disso, os alunos compreenderão melhor as desigualdades entre os espaços geográficos, a inter-
relação entre estes e tomarão mais consciência dos problemas provocados pela intervenção do
Homem no meio ambiente.
De acordo com o Brasil (1998) é natural nas escolas, os docentes assistirem a um conjunto de
interrogações e de dúvidas colocadas pelos alunos sobre a importância das matérias que lhes são
lecionadas nas diferentes disciplinas e com tantas mudanças físicas e psicológicas ocorrendo, os
conteúdos programáticos que têm de aprender, são entendidos como algo fútil, despropositado e sem
interesse para o seu futuro.
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Portanto o objetivo é analisar o papel da Geografia no âmbito escolar, levando os discentes e


docentes a se darem uma oportunidade de refletir sobre tema e sobre como o professor pode fazer
para que esta disciplina seja entendida pelos alunos como algo importante para sua formação pessoal
e profissional.

2. ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: O estimulo é fundamental

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica e qualitativa de caráter exploratório nas Diretrizes
Basicas da Educação e nos Parâmetros Curriculares Nacionais, buscando conhecer especificamente
as origens, classificações, definições e contribuições para que eu possa expressar a forma ao qual
pratico minha docência.
Geralmente o discente bem estimulado e equilibrado emocionalmente tem uma relativa
facilidade durante a aprendizagem escolar porque aprendeu a concentrar-se, a criar, pensar e
desenvolver a autoconfiança, com isso, consigo dar continuidade ao trabalho e mostrar os
conhecimentos geográficos, de forma que uso estratégias que leva o aluno a se apropriar do
conhecimento acumulado, a criar novos saberes e a se utilizar destes para encontrar soluções aos
problemas que se apresentam no cotidiano.
Educação requer ação e como resultado dessa ação, há o aprendizado. Mas para que se realize
a ação e esta resulte no aprendizado é necessário, inicialmente, que haja a vontade, nesse caso, a
vontade de aprender por parte do aluno e de ensinar por parte do professor.
Para incentivar os alunos a estudar e aprender, como professora utilizo recursos ou
procedimentos incentivadores. Esses recursos devem ser usados não apenas no inicio da aula, mas
em todo o decorrer dela. Para isso é fundamental o plano de ensino bimestral, semestral e anual, para
que eu possa programar o uso qualitativo do tempo das aulas, a programação da instituição escolar e
também possa reservar e utilizar os recursos didáticos de mídia e as saídas de campo.
Esses recursos didáticos, procedimentos de ensino, o conteúdo, são fontes de incentivo, no
entanto a minha personalidade é a maior fonte. Por isso os alunos preferem as matérias lecionadas
por professores amigos que utilizam métodos de ensino agradáveis, contudo, devo descobrir
estratégias, recursos, que pode despertar no aluno o interesse em aprender, pois nós devemos
fornecer estímulos para que o aluno se sinta motivado a aprender.

2.1. O INICIO

Quando pela primeira vez entrei em uma sala de aula como professora em uma escola publica
da rede municipal de ensino de São José/SC, a minha primeira reação foi relembrar do meu tempo de
escola: “darei essa aula como eu sempre quis que a minha professora tivesse me dado quando
estudava na serie deles”. A aula que sempre quis, era aquela em que o conteúdo estivesse no meu
cotidiano, que fosse útil para mim, interessante e estimulante.
Uma postura que nunca gostei é como a maioria dos professores se comportam perante sua
posição em sala de aula, “o mestre” não possui integração com a turma, pois apenas repassa o
conhecimento e o aluno calado presta a atenção.
Minha primeira reação foi totalmente ao contrario dessa postura isoladora, preferi “bater um
papo” com os alunos, contar um pouco da minha trajetória de vida, fazer essa relação professor-
aluno-professor, e também informar e conversar sobre como será minha didática de aula e formas de
avaliações.
Desta forma obtive êxito no relacionamento com os alunos e os alunos com o conhecimento,
pois consegui instigar a curiosidade, a vontade do saber e aprender, e principalmente o estimulo em
conhecer e descobrir novas possibilidades e diversidades que o conteúdo de geografia proporciona a
eles, deixando para trás o estigma de que geografia é “decoreba”, “chata” ou “não gosto de
geografia”. Palavras que escuto muito dos meus alunos sobre os professores aos quais lecionaram a
eles antes e até eu quando aluna também falei.
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2.2. DIDÁTICAS

Além do livro didático, que por muitas vezes não podemos escolher, pois o governo prioriza a
escolha de forma democrática, isto é, o que a maioria dos professores de toda a rede escolheu,
também utilizo outras formas de recursos como mídias, pesquisas, debates, interdisciplinaridade,
dinâmicas, ações comunitárias sociais e culturais, para assim estimular, fixar e praticar o
conhecimento adquirido em sala.
Para isso, utilizo desde o material mais comum, como cartazes e canetinhas, como o uso de
computadores no laboratório de informática, o uso do “data show”, pesquisas em internet e de
campo, intervenções na comunidade tanto no lado social como também no cultural.

2.3. DIFICULDADES

Nem tudo é tão fácil como parece, principalmente para o professor que leciona em escola
publica. A estrutura física em muitas escolas são ruins, desde as carteiras ao quadro, e principalmente
aos recursos de mídias, porém faço o máximo para seguir minha didática de trabalho, e procuro
formas de repassar meus conhecimentos para que não me desestimule e que também não desestimule
os discentes.
Na maioria das vezes utilizo meus recursos, como notebook, vídeos aulas para passar na
televisão e muitas vezes formulando pequenas apostilas para poder integrar os alunos aos
acontecimentos e conteúdos indispensáveis para o conhecimento deles, arrecadando “moedinhas”
dos próprios para conseguir trazer impresso.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O que se deve buscar na escola é o estimulo, a vontade de aprender e o respeito humano,


afeto, envolvendo docentes, funcionários em geral, alunos, pais, um clima que constitua incentivo.
As atividades devem ser atraentes e, através delas, deve ficar claro como o aluno pode
satisfazer os motivos em oportunidades na sua vida.
É preciso estar atento aos conflitos motivacionais do aluno, ajudando-o a estabelecer uma
hierarquia de valores e a descobrir maneiras adequadas para atingi-los, diversificar os objetivos
dentro de uma linha construtiva, orientar o aluno na construção efetiva do seu conhecimento de um
modo geral.
Portanto, precisa haver uma união entre alunos e professores, estimulando e incentivando
para que todos tenham sucesso na aprendizagem, pois como professora, busco isso, porém também
não sou perfeita e tenho muito a aprender.

REFERÊNCIAS

TAFNER, Elisabeth Penzlien; SILVA, Everaldo. Metodologia do Trabalho Acadêmico. Indaial:


UNIASSELVI, 2011.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais, v. 1e 5,
Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasília, MEC,1996

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