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1. Diodo Retificador
O diodo retificador é um componente eletrônico idealizado para funcionar como uma chave controlada
pelo sentido da corrente do circuito. Assim o diodo funciona como chave fechada para um dado sentido de
corrente e como chave aberta para o outro sentido.
1.1 Simbologia
A Figura abaixo mostra o símbolo e os terminais referentes ao diodo retificador.

A (anodo) - K(katodo)
1.2 Funcionamento e Polarização.
 Polarização Direta
Note que o símbolo do diodo assemelha-se a uma seta. Quando o sentido da corrente coincidir com o
sentido indicado pelo diodo (seta), o mesmo agirá como um interruptor fechado permitindo a livre
passagem da corrente. Nessas condições dizemos que o diodo está polarizado diretamente.

 Polarização Reversa.
Quando o sentido da corrente não coincidir com sentido indicado pelo diodo, o mesmo agirá como um
interruptor aberto, não permitindo a passagem da corrente elétrica. Nessas condições dizemos que o
diodo está polarizado reversamente.
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1.3 Analogia do Diodo.


 1ª Aproximação
Até o momento temos analisado o diodo na primeira aproximação.Na primeira aproximação o diodo é
considerado como se fosse um interruptor ideal,ou seja,o diodo não apresenta nenhuma perda de
energia.
 2ª Aproximação.
Na 2ª aproximação o diodo também funcionará como um interruptor fechado para polarização direta e
como um interruptor aberto para polarização reversa. Entretanto nessa aproximação, em polarização
direta, será considerada uma queda de tensão interna provocada pelo diodo. O valor dessa queda de
tensão dependerá do tipo de material que o diodo é feito. Se o diodo for de germânio a queda será de
0,3V, mas se o diodo for de silício essa queda será de 0,7V.

A queda de tensão provocada internamente pelos diodos pode ser útil em algumas aplicações práticas.
No circuito da Figura 5, por exemplo, foram associados dois diodos em série com o objetivo de se
conseguir uma tensão de 1,4V no ponto A do circuito.

No circuito da Figura 6 temos outro exemplo em que precisamos alimentar uma carga com 5V á partir
de uma tensão de 5,7V.Para isso foi adicionado um diodo em série com a carga a fim de produzir uma
queda de 0,7V.
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 Cálculo de Corrente.
Para calcular a corrente em um circuito em que o diodo é analisado na 2ª aproximação teremos
de considerar a queda de tensão provocada pelo mesmo, conforme vemos abaixo:

V CC−V D 5−0,7
I= →I= =4,3 mA
R1 1K

Entretanto,em algumas aplicações,para cálculo de corrente,quando a tensão de alimentação for pelo


menos dez vezes maior que a queda provocada pelo diodo podemos desconsiderar a queda.No circuito
abaixo, a corrente será dada por:
VCC 10V
V CC 10
R1 D1 I= → I= =10 mA
R1 1K
1kΩ

Fig.10

 3ª Aproximação.
Na terceira aproximação o diodo continuará sendo visto como um interruptor
eletrônico.Entretanto ,nessa aproximação ,além da queda de tensão de 0,7V iremos considerar ainda a
presença de uma resistência interna ( R I ).A queda de tensão total no diodo será dada pela soma da
tensão de 0,7V com a queda provocada pelo resistor interno:
V D=0 ,7+ R I x I .
As figuras abaixo mostram o comportamento do diodo na terceira aproximação sob polarização direta e
reversa.

O circuito abaixo representa um diodo na terceira aproximação onde resistência interna é igual a
0,1Ω.Para definirmos o valor da corrente devemos considerar o valor hômico interno:

Vcc−V D 10−0,7
I= →I= =9,3 mA
R 1+ri 1 K + 0,1
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Obs: De maneira geral se a queda de potencial provocada pelo diodo não influenciar
significativamente em um circuito, o mesmo poderá ser visto na 1°aproximação.Da mesma forma se a
queda provocada for influente o diodo será analisado na 2°aproximação.A analogia do diodo em uma 3°
aproximação não é muito comum, porém será empregada nos casos de sua utilização em correntes mais
elevadas.

1.4 Curva Característica

A curva característica do diodo é encontrada na folha de dados do componente e representa,


graficamente, o comportamento real do diodo sob polarização direta e reversa: quando polarizado
diretamente o diodo só apresentará corrente significativa quando a tensão direta assume o valor de
0,7V. Na curva notamos que para valores maiores de corrente a tensão no diodo sofre apenas um
pequeno aumento, o que equivale a dizer que esse valor ainda permanece em torno de 0,7V.

Em condições de polarização reversa, sabemos que um diodo se comporta idealmente como um


interruptor aberto, entretanto em uma situação real, haverá ainda uma pequena corrente denominada
de corrente de fuga. A corrente de fuga depende basicamente da temperatura a que o diodo está
submetido e praticamente não varia em função da tensão reversa aplicada. Por ser uma corrente muito
pequena, a corrente de fuga pode ser desprezada para a maioria das aplicações práticas.
Observe na curva do diodo que para tensões reversas maiores que V R(tensão de ruptura) haverá
um aumento acentuado na corrente reversa, o que provocará a queima do diodo.

1.5 Parâmetros do Diodo

Os parâmetros significam as características de funcionamento dos componentes.Se um


componente for utilizado fora de suas características ele poderá ser danificado ou funcionar
inadequadamente.
Todas as características de um componente podem ser conhecidas através de sua folha de
dados(data sheet).
Um diodo retificador possui vários parâmetros de funcionamento que devem ser observados de
acordo com uma dada aplicação.Em aplicações gerais ,de baixa potência e baixa frequencia são
observados basicamente dois parâmetros,conforme representados abaixo:
 IO - Valor da corrente média máxima admitida pelo diodo
 V RM -Valor máximo de tensão reversa máxima admitida pelo diodo

1.6 Defeitos Apresentados pelo Diodo.


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 Curto Circuito: Quando o diodo permite a passagem da corrente nos dois sentidos de
polarização. O diodo em curto circuito tem o mesmo comportamento de um fio condutor.
 Aberto: Quando o diodo não permite a passagem da corrente para nenhum sentido de
polarização. O diodo aberto tem o mesmo comportamento de uma chave aberta.
 Fuga: Quando o diodo apresenta certo nível de condução quando polarizado reversamente.

Exercícios

1. Nos circuitos abaixo, Indique as lâmpadas que deverão ser percorridas por corrente
elétrica. Considere os diodos como ideais.

2. Nos circuitos abaixo, as tensões nos pontos indicados foram medidas em relação ao
potencial de referência. Indique as lâmpadas que serão percorridas por corrente elétrica.
Considere os diodos como dispositivos ideais.

3. Nos circuitos a seguir as tensões indicadas foram medidas em relação ao potencial terra.
Em relação à terra,qual o valor medido no anodo de cada diodo para se afirmar que os mesmos
estão em condução?
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4. Com relação ao referencial, determine as tensões nos pontos indicados. (considere a segunda
aproximação para os diodos).

5. Determine os tipos de defeitos apresentados nos diodos abaixo em função das indicações dos
valores de tensão. Considere a 2° aproximação para os diodos.

6. Nos circuitos abaixo escolha a aproximação mais adequada para os diodos e calcule a intensidade
de corrente.
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7. No circuito a seguir quantos diodos devem ser inseridos entre os pontos A e B para que a carga
seja alimentada com aproximadamente 5V?

A B

RL
V1 100Ω
8V
8. Observe as características apresentados pelos diodos abaixo e para cada circuito a seguir indique o
1N4148:100Vx150mA
diodo mais adequado.
1N4004:400Vx1A

a) D1 b) D2

RL V2 RL1
V1 22Ω 300 V 100Ω
10 V
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2 .Circuitos Retificadores
São circuitos destinados a converter sinais alternados em contínuos.
A base dos circuitos retificadores é o funcionamento dos diodos como interruptores eletrônicos
unidirecionais.
2.1 Retificador de meia onda.
O circuito abaixo representa um retificador de meia onda. Vemos que a bobina do secundário do
transformador alimenta a carga através do diodo D1. O diodo permitirá que a bobina alimente a carga
somente nos intervalos dos semi-ciclos positivos, conforme veremos a seguir.

Para analisar o estado do diodo no circuito acima, basta observar a tensão no terminal do anodo: Se a
tensão no anodo for positiva o diodo agirá como uma chave fechada, por outro lado, se a tensão no
anodo for negativa o diodo agirá como uma chave aberta.
 Funcionamento
No intervalo de 0 a t1, a tensão na bobina secundária estará no semi-ciclo positivo, portanto temos
uma tensão positiva no anodo do diodo, isso fará com que o diodo se comporte como uma chave fechada
permitindo que a bobina alimente a carga.
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No intervalo seguinte, t1 a t2, a tensão na bobina secundária estará no semi-ciclo negativo, logo o
diodo funcionará como um interruptor aberto não permitindo que a bobina alimente a carga.

O retificador em questão é denominado de meia onda porque a carga será alimentada somente por um
semi-ciclo da tensão do secundário do transformador.
Na Figura 4 vemos a representação gráfica da tensão na carga e no diodo retificador.

 Valor médio de tensão na carga.


Em um retificador de meia onda, o valor médio da tensão na carga lido por um multímetro será
dado de acordo com expressão abaixo:
V VP ou V DC=0,45 . V ef
DC=
π
 Valor eficaz da tensão na carga
Em um retificador de meia onda, o valor eficaz da tensão na carga lido por um multímetro será
dado de acordo com expressão abaixo:
V VP ou V ef =0,7 .V efs ,onde V efs é a tensão eficaz no secundário do transformador.
ef =
2
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 Dimensionamento do Diodo
Corrente direta I O.
Em um retificador de meia onda a corrente média no diodo será a mesma corrente média na carga,
portanto:
I D =I V DC
RL=¿ ¿ (corrente que circula pelo diodo).
RL

Como regra geral para projeto, o diodo escolhido na prática deverá suportar pelo menos o dobro da
corrente na carga:
I O=2 I RL (corrente escolhida para o diodo comercial)
Tensão reversa
Com relação à tensão reversa do diodo, notamos pela forma de onda que a tensão reversa máxima
que aparece no diodo é igual ao valor de pico de tensão no secundário do transformador:
V R=V P (Tensão reversa que aparece nos terminais do diodo)
Como regra geral para projeto, escolhe-se um diodo que suporte, pelo menos, o dobro da tensão de
pico do secundário:
V RRM =2V P (tensão escolhida para o diodo comercial)
 Dimensionamento do Transformador
Um transformador na prática é escolhido através do valor eficaz de tensão e corrente no secundário.
Tensão eficaz
Através da equação abaixo podemos determinar o valor da tensão eficaz do transformador em função
do valor médio de tensão na carga.
V DC . π
V ef = (tensão do transformador comercial)
√2
Corrente eficaz
A corrente eficaz no transformador será a mesma corrente eficaz na carga, que poderá ser calculada
de acordo com a equação abaixo:
V ef (carga)
I ef = (corrente que circula pelo secundário do transformador)
RL
Em uma situação prática o transformador é dimensionado para o dobro da corrente calculada:
I ef =2 I ef (carga) (corrente escolhida para o transformador comercial)
2.2 Retificador de Onda Completa em Tape Central.
O circuito abaixo mostra um retificador de onda completa. A diferença básica em relação ao de meia
onda é que em onda completa a carga será alimentada continuamente por um determinado semiciclo da
tensão no secundário.
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As tensões vs1 e vs2 representam as tensões nas bobinas B1 e B2 respectivamente. Uma


consideração importante é que a tensão no bobina B1 está defasada de 180º da tensão na bobina B2, ou
seja, enquanto uma bobina estiver no semiciclo positivo a outra estará no semiciclo negativo.
 Funcionamento
No primeiro momento, o a t1, a tensão na bobina B1 estará no semiciclo positivo e a tensão na bobina
B2 estará no semiciclo negativo. De acordo com as polaridades nas bobinas B1 e B2 o diodo D1 estará
funcionando como um interruptor fechado e o diodo D2 estará funcionando como um interruptor
aberto.Nesse momento somente a bobina B1 estará alimentando a carga,conforme a representação
abaixo.

No segundo momento, t1 a t2, a tensão na bobina B1 estará no semiciclo negativo e a tensão na


bobina B2 estará no semiciclo positivo. De acordo com as polaridades nas bobinas B1 e B2 o diodo D1
estará funcionando como um interruptor aberto e o diodo D2 estará funcionando como um interruptor
fechado.Nesse momento somente a bobina B2 estará alimentando a carga,conforme a representação
abaixo.
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Concluímos que, no retificador em tape central,a carga será alimentada continuamente pelos semiciclos
positivos de vs1 e vs2,conforme mostra a figura abaixo.

 Valor médio de tensão na carga.


O valor médio de tensão na carga, valor lido com um multímetro, é dado por:
2. V P
V DC = ou V DC =0,9. V ef .
π
O valor de pico utilizado na fórmula é calculado em função do valor eficaz de uma das bobinas do
secundário.
 Valor eficaz de tensão na carga
O valor eficaz de tensão na carga é o mesmo valor eficaz de uma das bobinas do secundário.
V ef =V efs , onde V efs é a tensão eficaz no secundário do transformador.
 Dimensionamento dos Diodos.
Corrente Direta
No retificador em tape central, visto que os diodos conduzem alternadamente, a corrente
média que passa por cada diodo será somente a metade da corrente média na carga.
I DC (carga)
I D= (corrente que circula por cada diodo)
2
O diodo comercial deve ser dimensionado para o dobro da corrente que circula por ele. Nesse
caso o diodo comercial poderá ser dimensionado para a mesma corrente da carga.
I O=I DC (carga)(Corrente escolhida para o diodo comercial).
Tensão Reversa
A tensão reversa em cada diodo será o somatório das tensões de pico das bobinas B1 E B2.
A figura abaixo ajuda a visualizar a tensão reversa sobre o diodo D1, o mesmo raciocínio será empregado
para o diodo D2.
V R=V P 1+ V P 2 (tensão reversa que cada diodo será submetido)
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Como regra geral,cada diodo comercial deverá ser dimensionado para suportar o dobro da tensão
reversa aplicada sobre ele:
V RRM =2V R (Tensão escolhida para o diodo comercial).
 Dimensionamento do Transformador.
Tensão eficaz
A tensão eficaz no transformador será calculada em função do valor médio de tensão na carga
conforme a equação abaixo:
V DC . π
V ef =
2 . √2
Corrente eficaz
Cada bobina no secundário do transformador é responsável pela metade da corrente que
circula pela carga. Portanto a corrente total no secundário do transformador será igual à corrente
na carga.
I ef =I ef (carga) (corrente total no secundário do transformador).
Como regra geral, escolhemos um transformador comercial que suporte o dobro da corrente
exigida pela carga.
I ef =2 I ef (carga) (corrente escolhida para o transformador comercial)

2.2 Retificador de Onda Completa em Ponte.


O circuito abaixo representa um retificador de onda completa utilizando ponte de diodos.

 Funcionamento
Durante o semiciclo da tensão de entrada os diodos D1 e D2 funcionarão como chave aberta e os
diodos D3 e D4 funcionarão como chave fechada, portanto a carga receberá a mesma polaridade da
tensão no secundário do transformador, conforme mostra o diagrama abaixo.
D1 D3
+ _ + O positivo da f onte é aplicado
à carga através do diodo D1
A K K A
+ _
V1 RL
+ D4 D2
_
+ O negativo da f onte e aplicado
_ K A A K _ à carga através do diodo D2

Fig.11

Durante o semiciclo negativo, os diodos D1 e D2 funcionarão como uma chave aberta e D3 e D4 como
chave fechada, portanto a polaridade na carga será a mesma anterior.
D1 D3
_ + + O positivo da f onte é aplicado
à carga através do diodo D3
A K K A
_ +
V1 RL
_ D4 D2
_
Fig.12
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Concluímos que num retificador em ponte, independente da polaridade da tensão na entrada, a


polaridade da tensão na carga será mantida constante.
 Valor Médio de Tensão na Carga
Em um retificador em ponte o valor médio de tensão na carga será dado pela expressão abaixo:
2. V P
 V DC = ou V DC =0,9. V ef .
π
 Valor Eficaz da Tensão na Carga
O valor eficaz de tensão na carga será o mesmo valor eficaz da tensão de entrada:
V ef =V efs , onde V efs é a tensão eficaz no secundário do transformador.
 Dimensionamento dos Diodos.
Corrente Direta ( I O)
Cada diodo será submetido à metade da corrente exigida pela carga:
I DC (carga)
I D= (corrente que circula pelo diodo)
2
Como regra geral diodo comercial será escolhido para suportar o dobro da corrente na
carga:
I O=2 I DC (carga) (Corrente escolhida para o diodo comercial).
 Dimensionamento do Transformador.
Tensão Eficaz
A tensão eficaz do será definida em função do valor médio de tensão na carga conforme a expressão
abaixo:
V DC . π
V ef =
2. √ 2
Corrente Eficaz
A corrente eficaz que circula pelo secundário do transformador será a mesma corrente
eficaz que passa pela carga.
I ef =I ef (carga) (corrente eficaz que circula pelo secundário do transformador).
Como regra geral a corrente escolhida para o secundário do transformador será o dobro da
corrente na carga.
I ef =2 I ef (carga) (Corrente eficaz escolhida para o transformador comercial).

Exercícios
1. Com relação ao circuito abaixo responda as questões seguintes:
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a. Que tipo de tensão aparece no secundário do transformador?

b. Que tipo de tensão aparece na carga

c. Represente a forma de onda no secundário do transformador e na carga.

d. Calcule o valor médio tensão e corrente na carga.

e. Calcule o valor eficaz de tensão e corrente na carga

2. Com relação ao circuito abaixo responda as questões seguintes:

a. Que tipo de tensão aparece no secundário do transformador?

b. Que tipo de tensão aparece na carga

c. Represente a forma de onda no secundário do transformador e na carga.

d. Calcule o valor médio tensão e corrente na carga.

e. Calcule o valor eficaz de tensão e corrente na carga

3. Nos circuitos a seguir represente a forma de onda nas cargas


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4. O circuito abaixo sugere um controle de rotação para um pequeno motor de corrente contínua,
explique seu funcionamento representando a forma de onda no motor para cada posição da chave SW.

5. Projete um retificador de meia onda, onda completa em tape central e onda completa em ponte de
para suprir uma carga com as seguintes características: 5VDC x 250mA.
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3. Filtro Capacitivo
3.1 Filtro Capacitivo em Meia Onda
A tensão na saída dos circuitos retificadores é contínua mas muda de valor constantemente.Por essa
razão essa tensão é conhecida como tensão contínua pulsante.Esse tipo de tensão é inadequado para
alimentar a maioria dos equipamenentos eletrônicos.
para que a tensão na saída dos retificadores permaneça aproximdamente constante, sem
ondulações,coloca-se um capacitor em paralelo com a carga,conforme representa o circuito abaixo.

 Funcionamento
Na Figura 2, no intervalo de 0 a t1, a tensão o secundário estará no semiciclo positivo, portanto o diodo
agirá como um interruptor fechado permitindo que o capacitor seja carregado até o valor de pico da
tensão no secundário.

Na Figura 3, no intervalo t1 a t2, a tensão no secundário do transformador (tensão no anodo) será


menor que a tensão no capacitor (tensão no katodo), portanto, nesse intervalo, o diodo ficará polarizado
reversamente funcionando como uma chave aberta e o capacitor começará a se descarregar lentamente
sobre a carga.
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Após o instante t2, outra vez a tensão do secundário ficará maior que a tensão no capacitor, portanto o
diodo voltará a funcionar como uma chave fechada ,o capacitor novamente será carregado com a tensão
de pico do secundário.

Note que a tensão na saída (capacitor) foi mantida, aproximadamente, no valor de pico da tensão no
secundário, portanto a ação do capacitor de filtro viabilizou uma tensão de saída praticamente ausente de
ondulação.
 Tensão de Ripple
A pequena variação ainda existente na tensão de saída é denominada de tensão de Ripple e
dependerá do valor de pico da tensão de entrada, do capacitor de filtro, da resistência de carga e
da freqüência da tensão de entrada:
VP
V r=
fRC
 Valor Médio da Tensão na Carga
O valor médio aproximado de tensão na carga será dado pela expressão abaixo:
Vr
V DC =V P− .
2
De acordo com a equação nota-se que o valor médio na carga é inversamente proporcional
ao valor de ondulação na saída.
3.2 Filtro Capacitivo em Onda Completa
No retificador de onda completa com filtro capacitivo, visto que o secundário do transformador alimenta
o capacitor nos dois semiciclos, a ondulação na carga será diminuída e, portanto o valor médio de tensão
será maior.
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O valor da tensão de Ripple e o valor médio na carga em um retificador de onda completa com filtro
capacitivo são dados por:
VP Vr
V r= e V DC =V P− .
fRC 2
Entretanto em um retificador de onda completa a freqüência de operação será o dobro em relação ao
de meia onda, portanto o valor médio de tensão em onda completa será um pouco maior em relação ao
de meia onda.

Exercícios
1. Determine o valor médio e a polaridade da tensão nas cargas abaixo

2. Com relação ao circuito abaixo, responda as questões:


D1
V1 T1
220 Vrms
60 Hz 12V+12V 1N4004
J1
0° RL
1kΩ
C1
1000µF

a. Represente a forma de onda na carga com a chave J1 fechada e aberta.

b. Qual a finalidade do capacitor em paralelo com a carga?

c. Estabeleça uma relação entre a tensão de Ripple, o valor do capacitor e o valor da carga.
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d. Para o circuito acima calcule o valor da tensão de Ripple e o valor da tensão média na carga.

3. Com relação ao circuito abaixo, responda as questões seguintes:

a. O que ocorre com a tensão de Ripple e a tensão média na carga se a capacitância do


capacitor alterar para um valor mais baixo?

b. Se a carga acima for substituída por um resistor de valor menor o que deverá ser feito em
relação ao capacitor para que a tensão de Ripple se mantenha inalterada?

4. O circuito a seguir representa a saída de uma fonte comumente utilizada em


microcomputadores, sabendo-se que o valor eficaz de tensão em cada espira é de 5V determine o
a polaridade e valor das tensões nas saídas.
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4. DIODO ZENER
O diodo Zener é um componente fabricado para estabelecer uma tensão constante em seus terminais.
Suas características permitem sua utilização em várias aplicações como: referência de tensão,
reguladores etc.
O diodos Zener, comercialmente, é fabricado para uma ampla faixa de tensão que varia
aproximadamente entre 2V a 300 V.
4.1 Simbologia

4.2 Polarização e Funcionamento


Ao contrário do diodo retificador, o diodo Zener trabalha especificamente na região de polarização
reversa (a corrente deve fluir no sentido reverso), isso requer que o potencial no catodo seja positivo em
relação ao anodo.
O circuito abaixo apresenta uma aplicação típica do diodo Zener como regulador de tensão.

O Zener manterá constante a tensão em seus terminais mesmo que a tensão na entrada
varie,conforme vemos na fig.2

4.3 Parâmetros Izmín e Izmáx.


I Zmín - Menor valor de corrente exigido para o funcionamento do diodo Zener.
I Zmáx -Máximo valor de corrente suportado pelo diodo Zener.
Para colocar um diodo Zener em funcionamento basta fazer circular por ele uma corrente reversa entre
I Zmín e I Zmáx .

vamos exemplificar colocando o diodo do circuito abaixo para funcionar.O resitor RS em série com o
Zener tem propósito de definir a corrente para o funcionamento do Zener.
V Z =10V ,
Izmín=5mA
Izmàx=100mA.

Normalmente o valor de R S é calculado em função da corrente mínima de funcionamento. No circuito

acima o valor de R S é definido do seguinte modo:


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V E −V Z 20−10
R S= , onde, R S= =2 K Ω.
I Zm í n 5m
Um resistor de 2KΩ fará com que circule pelo Zener o valor de I Zmín·,o que irá garantir o
funcionamento do diodo,portanto a tensão medida nos terminais do diodo será igual a sua tensão nominal
de 10V.
4.4 Curva Característica

De acordo com a curva acima, sob polarização direta, o diodo Zener tem um comportamento similar ao
de um diodo retificador comum. No entanto, sob polarização reversa, a partir da tensão Vz (tensão de
trabalho do Zener), a tensão nos terminais do diodo se manterá aproximadamente constante sem que
ocorram danos ao componente. Para um funcionamento ideal, a corrente de operação deverá situar-se
entre Izmin e Izmáx, correntes menores que Izmin farão com que o diodo Zener fique fora de operação e
correntes maiores que Izmáx farão com que o mesmo sofra avarias.
4.5 Regulador de Tensão com Entrada Variável e Carga Fixa.
Abaixo vemos um circuito típico onde o diodo Zener é utilizado para manter a tensão constante em
uma determinada carga, apesar das variações na tensão de entrada. No circuito abaixo a tensão na carga
ficará em aproximadamente 10V, definida pelo diodo Zener.

10
I RL = =4 mA
2K5

 Valor de R S
 . No circuito acima, o valor de Rs deverá ser calculado para garantir a corrente mínima de
funcionamento do diodo Zener e a corrente da carga mesmo para o menor valor da tensão de
entrada.

V Em í n−VZ 20 V −10 V
R S= → RS= =714 Ω
I Zmin + I RL 10 mA + 4 mA

Em situações práticas o resistor R S deverá ser escolhido com um valor comercial imediatamente
inferior ao valor calculado. No exemplo acima o valor comercial inferior mais próximo é de 680Ω.
24

A potência dissipada pelo resistor será definida de acordo com a equação abaixo:
2
( V Em á x −VZ ) ( 30−10 )2
P= → P= ≅ 588 mW Como regra geral a potência escolhida para o
RS 680
valor comercial dever ser um valor próximo ao dobro do valor calculado. O valor comercial mais próximo
do dobro é de 1W.
Concluímos que o resistor comercial deverá ter a seguinte especificação: 680Ω/1W.

4.6 Regulador de Tensão com Entrada Fixa e Carga Variável.


No circuito abaixo vemos um diodo Zener estabilizando a tensão em uma carga variável. O
diodo Zener manterá a tensão na carga constante mesmo que a corrente na carga varie.

 Valor de R S

No circuito da Figura 8, a tensão no resistor R S é constante, (V RS=V E−V Z . ), logo a corrente em R S

também é constante. Sendo a corrente em R S a soma da corrente no Zener e a corrente na carga, na


medida em que a corrente na carga aumenta a corrente no Zener diminui.
O valor de R S deve ser calculado para manter a corrente mínima de funcionamento no Zener ( I Zmín)

mesmo quando a corrente na carga atingir o valor máximo ( I RLmáx ¿ . O valor de R S será definido de acordo
com a equação abaixo:
V E −V Z 10 V −5V
R S= → RS = =83 Ω Na prática aplicaremos a mesma regra do
I Zmín+ I RLmáx 10 mA +50 mA
circuito visto anteriormente: escolheremos o valor comercial inferior mais próximo do calculado. O valor
comercial mais próximo seria de 82Ω.
A potência do resistor será definida conforme a equação abaixo:

( 10 V −5 V )2
P= ≃0,3 W
82 .
Seguindo a regra mencionada anteriormente, utilizaremos um resistor comercial que tenha pelo menos
o dobro da potência calculada. O valor de potência mais próximo disponível comercialmente seria de 1W.
O valor comercial do resistor calculado acima deverá ter as seguintes especificações:
82Ω/1W.

4.7 Regulador de Tensão com Entrada Variável e Carga Variável.


No circuito abaixo vemos que tanto a tensão na entrada como a corrente na carga são variáveis, no
entanto, por conta da ação do diodo Zener teremos que a tensão na carga será constante.
25
26

 Valor de R S

O valor de R S deve ser calculado para manter o valor de I Zmín mesmo quando a tensão de entrada for

mínima e a corrente na carga for máxima. A expressão abaixo será utilizada para o cálculo de R S.

V Emín −V Z 10 V −5V
R S= → RSmáx = =250Ω
I Zmín+ I RLmáx 10 mA +10 mA

Na prática, o valor comercial mais aproximado é de 220Ω.


A potência dissipada no resistor é dada por:

( 20 V −5 V )2
P= =1 , 25 W
180 Ω
O valor comercial mais próximo seria de 3W.
O resistor comercial escolhido para o circuito acima dever ter as seguintes especificações:
220Ω/3W.
Fontes Reguladas Utilizando Diodo Zener.
A utilização do diodo Zener para regular a tensão em uma carga será viável apenas para cargas com
baixo consumo de corrente, isso se deve ao fato de que o diodo Zener na prática é fabricado para
suportar corrente máxima somente em torno de 300mA.

No circuito da Figura 8 vemos que a corrente na carga é de 500mA, no momento em que a carga for
retirada do circuito , a corrente da carga será desviada para o Zener.A corrente no diodo Zener será
portanto a soma da corrente da carga com o valor da corrente de funcionamento I Zmín:

I Z =10 m+500 m=510 mA .


Esse valor de corrente circulando pelo diodo Zener provocaria a avaria do mesmo.
4.8 Parâmetros do Diodo Zener.
 V Z – Tensão nominal de trabalho do diodo sob uma dada corrente de teste (IZT).
 I ZM - Máxima corrente admitida pelo diodo.
 PZM - Máxima potência admitida pelo diodo Zener.
 R Z- Essa resistência reflete as pequenas variações em Vz em função do valor de IZ.
27

Exercícios
1. Em relação ao referencial, determine as tensões nos pontos indicados.

2. Com relação à questão anterior responda:


a) Na letra a qual seria a tensão medida no ponto A na condição do diodo Zener em curto?
b) Na letra a qual a tensão medida no ponto A na condição do resistor R1 aberto?
c) Na letra b, medindo-se a tensão no ponto B encontramos 0,7V, que componente avariado
justificaria esse valor de tensão?
d) Na letra b qual seria a tensão medida no ponto B com o diodo D2 em curto?
e) Na letra e qual a tensão medida no ponto A com o diodo Zener em curto?

3. Suponha que o diodo Zener do circuito a seguir apresente as seguintes características:


I Zmín=5 mA e I Zmáx =500 mA . Responda as questões abaixo:
VCC 12V

RS

D1
5V

a. Calcule o valor comercial de R S (valor ôhmico e potência) para que o diodo funcione de
forma mais adequada.

b. Supondo que o valor de R S seja igual a 2K2Ω, o que ocorreria com o funcionamento do
diodo Zener?
28

c. Qual o menor valor do resistor de polarização sem que o diodo seja danificado.

4. No circuito abaixo considere os seguintes parâmetros para o diodo Zener: PZ =500 mW e

V z=12 V . Calcule o valor de R S para que o diodo funcione sob regime de corrente mínima.
I Zmáx
Obs. Considere I Zmín= .
VCC 18V 10
RS

D1

5. No circuito abaixo se alimenta uma lâmpada a partir de uma tensão que varia de 10V a
18V. Inserimos um diodo Zener em paralelo com a lâmpada a fim de que o brilho permaneça
aproximadamente constante. Determine:
VCC 10V a 18V

a. Tensão de trabalho do diodo Zener.


RS

b. Valor comercial adequado para a potência no diodo. Considere I Zmín =5 mA

X1
D1 6V
100mW

c. Especificação comercial de R S para que o diodo funcione de forma adequada.

6. Analise o circuito abaixo e responda as questões seguintes:

a. Qual a faixa de tensão disponível para alimentar a carga R L?

b. Considere a potência de dissipação máxima do diodo Zener igual a 1W . Calcule a


especificação comercial mais conveniente para o resistor de polarização R S.
29

c.
30

5. TRANSISTOR BIPOLAR.
O transistor bipolar é, basicamente, um componente destinado à amplificação de corrente elétrica,
sendo fundamental na grande maioria dos equipamentos eletrônicos da atualidade.
5.1 Simbologia
A figura abaixo mostra o símbolo e o nome dos terminais referentes a um transistor bipolar. Note
que a seta utilizada na simbologia indica o emissor do transistor, o terminal do meio indica a base e o
outro terminal indica o coletor. A seta direcionada para “fora” indica que o transistor é do tipo NPN, por
outro lado, quando a seta é direcionada para “dentro” o transistor é do tipo PNP.

5.2 Estrutura Equivalente.


Considerando a estrutura interna do transistor, o mesmo é constituído à partir da junção de dois
diodos.Os diodos estão posicionados entre os terminais base-emissor e base-coletor,conforme mostra as
Figuras abaixo.

Lembrando que o anodo de um diodo é conhecido como o lado P, e o catodo como lado N, a forma
como os diodos estão posicionados na estrutura interna define se o transistor é NPN ou PNP.
O diodo localizado entre os terminais de base e coletor é denominado de diodo coletor, da mesma
forma o diodo localizado entre os terminais de base e emissor é denominado de diodo emissor

5.3 Polarização.
O circuito abaixo será utilizado como exemplo para mostrar a polarização e as correntes envolvidas em
um transistor NPN.Todas as analogias a seguir serão feitas com base nesse circuito.A configuração desse
circuito é denominada de emissor comum e será a configuração tratata nesse capítulo em razão de sua
maior utilização em contextos práticos.
31

 Correntes Envolvidas em um Transistor


Em um transistor bipolar existem três correntes envolvidas:Corrente de base,corrente de coletor e
corrente de emissor.

Para analisar o funcionamento de um transistor iremos considerar duas malhas:Malha de entrada e


malha de saída.
Obsrvando a Fig.5 A corrente de base é a corrente que flui na malha de entrada e a corrente de coletor
e emissor são as correntes que fluem na malha de saída.Em um transistor,a corrente de base,emissor e
coletor só podem fluir no sentido indicado pela seta no emissor.Por esse motivo,na malha de entrada,o
positivo da bateria está direcionado ao terminal da base e o negativo ao terminal do emissor.Da mesma
forma, na malha de saída, o positivo está aplicado ao coletor e o negativo ao emissor.
É importante notar ainda que,para transistores de silício, o valor da tensão da malha de entrada e
malha de saída deverá ser ligeiramente superior a 0,7V.
Um transistor não permitirá a passagem das correntes se elas não estiverem no mesmo sentido da
seta do emissor,o circuito abaixo ilustra essa situação:
Observe que o sentido das fontes foram invertidos definindo correntes contrárias ao sentido indicado
pelo emissor,nesse caso o transistor não permitirá a passagem das correntes.

5.4 Funcionamento
A idéia geral de um transistor é uma pequena corrente na malha de entrada ( I B ),geralmente na ordem

de mA, dar origem a uma grande corrente na malha de saída( I C e I E).Dessa maneira pequenas variações
na corrente de entrada dará origem a grandes variações na corrente de saída.
32

 Relação entre as correntes


Acompanhando a corrente na malha de saída desde o positivo até o negativo da fonte da malha de
saída,notamos que essa corrente não tem a mesma intensidade.Isso ocorre porque a partir do terminal da
base a corrente do coletor é somada com a corrente de base compondo uma corrente ligeiramente maior
denominada de corrente de emissor.

 Simplificando a analogia do transistor


Visto que a corrente de base é muito pequena,comparada com a corrente do coletor,podemos
considerar que a corrente na malha de saída tem a mesma intensidade desde o positivo até o negativo da
fonte de alimentação.

Deste ponto em diante iremos considerar apenas duas correntes em um transistor bipolar:corrente na
base e corrente no coletor.A pequena corrente na base dará origem a uma corrente amplificada no
coletor.

 Relação entre as Correntes na Base e no Coletor (Amplificação).


Vimos em um transistor que uma pequena corrente na base gera uma corrente amplificada do
coletor.A corrente amplificada no coletor é definida pela equação abaixo:
I C =I B . β
A letra β (beta) representa o ganho do transistor, o ganho é um número que nos diz quantas vezes a
corrente gerada no coletor será maior que a corrente aplicada à base .Como exemplo considre que um
transistor apresente um ganho igual a 100,se o valor da corrente na base for de 1mA a corrente no coletor
será de I C =1 m.100=100 mA .Veja que uma pequena corrente de 1mA na base deu origem a uma
grande corrente no coletor de 100mA.
33

5.5 Considerações sobre o Transistor PNP.


Em um transistor PNP, as polarizações são invertidas em relação ao NPN. Observe o circuito abaixo.
a exemplo do transistor NPN, o transistor PNP só permitirá a passagem das correntes no mesmo
sentido da seta no emissor.

Em um transistor PNP a tensão no emissor deve ser positiva em relação à base e ao coletor.

5.6 Transistor como Resistor de Transferência.


para explicar como a corrente na base controla a corrente no coletor,iremos considerar a presença de
um resistor variável entre os terminais do coletor e do emissor,conforme mostrado na Figura 10.

Para controlar a corrente no coletor, a corrente na base agirá sobre a resistência entre o coletor e
emissor. Um aumento da corrente na base,por exemplo, fará com que a resistência entre coletor e
emissor diminua ,logo a corrente no coletor irá aumentar.Por outro lado,quando a corrente na base
diminui,a resistência entre o coletor e emissor irá diminuir fazendo que com a corrente no coletor diminua.
5.7 Relação entre as Tensões.
Em um transistor as tensões estão relacionadas conforme mostrado na figura a seguir.
V CE =V BE+ V CB

5.8 Regiões de Operação do Transistor


Um transistor funciona em três regiões de operação: Região ativa, região de corte e região de
saturação.
34

 Região ativa
Região ativa é aquela em que em que a corrente de coletor responderá a todas as variações na
corrente de base.
A condição para que um transistor opere na região ativa é que a tensão entre o coletor e o emissor (
V CE ) seja maior que 0,7V, lembrando que esse valor poderá variar de acordo com as características do
transistor comercial.

O interessante notar é que, na região ativa, as variações de corrente no coletor de pende apenas das
variações da corrente de base. No circuito abaixo a corrente de base não varia , portanto a corrente no
coletor não muda, mesmo que a tensão de alimentação varie, conforme mostra o circuito a seguir.

 Transistor com Resistor de Polarização no Coletor.


a fim de limitar a corrente no coletor normalmente é inserido um resistor no coletor.Entretanto,a
presença do resistor no coletor imporá um limite para a região ativa,conforme veremos abaixo.

No circuito acima considere um aumento progressivo na corrente de base, isso fará com que a
corrente no coletor também aumente , mas o aumento na corrente de coletor fará com que que a queda
de tensão em RC aumente ,diminuindo,portanto, a tensão VCE. Quando VCE chegar a 0,7V o transistor
estará saturado. Na região de saturação, variações de corrente na base não resultarão mais em variações
de corrente de coletor.
35

 Valor da Corrente de Saturação ( I Csat ).

A corrente de saturação(máxima corrente no coletor) ocorrerá quando V CE =0,7 V , esse valor de

tensão é denominado de tensão de saturação ( V CEsat ).A corrente de coletor de saturação ( I Csat ) é dada
pela equanção abaixo:
V CC −V CEsat 10−0,7
I Csat = . I Csat= =9,3 mA
RC 1K
Para os casos em queVCC ≥10 V CEsat , podemos desconsiderar o valor de V CEsat e a corrente I Csat
será dado por:
V CC
I Csat= .
RC
Portanto,no circuito acima podemos aproximar o valor da corrente de saturação para
10 V
ICsat ≅ ≅10 mA .
1K
 Identificando a Região de Operação do Transistor.
Um transistor estará na região ativa quando toda variação de corrente na base produzir uma variação
amplificada na corrente no coletor.
Para que o transistor opere na região ativa deve-se aplicar à base correntes que gerem no coletor um
valor menor ou igual a ICsat .
Vamos seguir alguns passos a fim de identificar se um transistor está operando na região ativa,para
isso vamos considerar o circuito a seguir.

O primeiro passo será calcular a corrente I Csat :


V CC 10 V
I Csat ≅ , onde I Csat= ≅10 mA
RC 1K
O segundo passo será calcular o valor da corrente de base de saturação ( I Bsat ¿
O valor de I Bsat representa o maior valor da corrente de base que produz uma corrente correspondente
no coletor:
I Csat 10 m
I Bsat = , onde , I B= ≅ 0,1 mA
β 100

O terceiro passo será calcular o valor de I B e comparar com I Bsat .


Se o valor encontrado para a corrente I B for menor ou igual ao valor de I Bsat o transistor estará na
região ativa.
36

V CC 10
IB≅ = =10 µA
RB 1 M
37

No exemplo em questão o valor encontrado para I B é menor que o valor de I Bsat ,portanto o transistor
está operando na região ativa onde a corrente do coletor responde ao valor de corrente aplicado na base.
vejamos agora outro exemplo ,conforme o circuito abaixo:

Determinado I Csat .

10
I Csat ≅ ≅ 5 mA
2K
Determinando I Bsat

I Csat 5m
I Bsat = , onde , I B= ≅ 0,05 mA
β 100
Determinando I B

V CC 10
IB≅ = =1mA
R B 10 K
Vemos que a corrente I B é maior que a corrente I Bsat ,portanto o transistor está operando na região de
saturação,onde a corrente de coletor não responde ao valor de corrente aplicado à base.
Na região de saturação o transistor pode ser resumido à forma mostrada na Figura 17. Nessa região, o
circuito do coletor-emissor é considerado como uma chave fechada, portanto a corrente no coletor
dependerá apenas da relação ôhmica entre a tensão V CC e o resistor do coletor.A corrente no coletor não
dependerá mais da corrente na base.

5.9 Curva Característica do Transistor


38
39

A curva característica de um transistor é fornecida pelo fabricante do componente e mostra o


comportamento real do transistor sob dadas condições de teste.
A curva mostra duas regiões distintas de operação do transistor. A linha inclinada mostra a região de
saturação, nessa região a corrente no coletor não depende da corrente na base, mas varia linearmente
com a tensão V CE .
As linhas dispostas paralelamente representam a região ativa, nessa região a corrente no coletor
permanece aproximadamente constante. Na região ativa notamos a corrente no coletor não varia com a
tensão V CE , a corrente no coletor dependerá somente da corrente na base.
5.10 Transistor Operando como Chave
Quando o transistor está operando como uma chave, os terminais de coletor e emissor funcionam de
forma semelhante a um interruptor, conforme vemos no circuito abaixo.

O estado da “chave”entre coletor e emissor é definido em função da corrente de base.Na ausência da


corrente de base o transistor irá operar como uma chave aberta ,de acordo com o circuito a seguir.Nesse
estado a tensão no coletor é igual a tensão da fonte e a tensão no resistor do coletor é 0V.

Na presença a corrente de base o transistor agirá como uma chave fechada, conforme vemos no
circuito abaixo.
40

Nesse estado a tensão no coletor é de aproximadamente 0V e a tensão no resistor do coletor


é próxima do valor da alimentação.
Configurando o transistor como uma chave.
Para configurar um transistor como uma chave, precisaremos dimensionar o valor do
resistor de base corretamente. De maneira geral a equação abaixo é utilizada para calcular o resistor de
base:
R B ≤ RC . β mín
Uma regra geral para projeto, a fim de garantir o funcionamento de um transistor como chave, é
considerar o valor de β mín igual a 10. Então a expressão para determinar o valor de R Bse resume a:

R B=10. R C

5.11 Parâmetros do transistor


Como nos demais componentes, devem ser obervado os parâmetros do transistor para a sua correta
utilização:
Os parâmetros abaixo referem-se as limitações do transistor(valores máximos).
 IC - Corrente dc admitida no coletor.

 V CEO -Tensão entre coletor e emissor com o terminal da base aberto.


 V CBO - Tensão entre coletor e base com o terminal do emissor aberto
 V EBO -Tensão entre emissor e base com o terminal do coletor aberto.
 PC - Potência dissipada.

 TJ -Temperatura admitida na junção.


 Fall time- Tempo de desligamento.
Há, entretanto, outros parâmetros a serem considerados cujo valores poderão ser encontrados
na folha de dados(data sheet) do fabricante.

Exercícios.

1. Verifique no circuito a seguir qual a forma correta de polarização para um transistor NPN.
b)
a)

R2 Q2 V4
R1 Q1 V1 12 V
12 V
V3
V2 5V
5V

d)
c)

R4 Q4 V8
R3 V6 12 V
Q3
12 V V7
V5 5V
5V
41

2. Com relação ao circuito abaixo responda as questões seguintes:

a. O que significa o ganho β do


transistor?

J
R4 Q4 V8 b. Qual o valor da corrente de coletor
12 V
100kΩ com a chave J aberta?
V7 β=100
5V

c. Qual o valor da corrente de coletor


com a chave J fechada?

d. Qual deveria ser o valor do resistor de


base para que a corrente no coletor
seja de 500mA?

3. Nos circuitos a seguir determine a mínima tensão nos pontos indicados para que os transistores
sejam considerados na região ativa.
Obs. Considere região ativa quando VCE >0,7 V .

1. Que valor de tensão deverá ser encontrado nos pontos indicados para que haja corrente
na base dos transistores?
Obs: Considere a 2°aproximação para as o diodo emissor.

2.
42

3. Nos circuitos abaixo calcule a corrente I Csat dos transistores.

4. Nos circuitos abaixo descubra em que região os transistores estão operando.


R2 b) R6
1kΩ 1kΩ

V1
R1 Q1 12 V R3 Q2 V2
12 V
β=100 β=100
1MΩ 10kΩ
VB1 5V VB2 5V

c)
d)

RC
RC1
2V
0,7V
RB Q1 VCC
RB1 Q2 VCC1
XMM1
XMM2
VB 5V
VB1 5V

5. No circuito abaixo determine o valor do resistor na base para que a tensão VCE seja igual
a 5V.Considere. β=400
10V

R1
R2 1k

Q1

6. Nos circuitos a seguir, os transistores estão operando como chave. Indique o estado dos
LED’s.
Obs. Considere V CEsat=0,7 V
43

7. Considere os transistores abaixo operando como uma chave. Determine as tensões nos
pontos indicados.
Obs. Considere V CEsat=0,7 V
44

9. O circuito abaixo representa a fonte de um monitor de vídeo,determine as tensões nos


pontos A e B para que tenhamos as tensões de 15V e 6,3V nas respectivas saídas.
45

6. Polarização de Transistores

6.1 Ganho de Corrente


Em um transistor, sabemos que o ganho de corrente βcc ou H FE é dado pela relação entre a corrente

IC
de coletor e base: β CC = . O ganho de um transistor não tem valor fixo, o valor do ganho depende da
IB
corrente no coletor que o transistor está operando e da temperatura,conforme vemos na Figura 1.

Note, no gráfico acima, a dependência do ganho em relação à corrente no coletor e a temperatura.


Primeiro vamos analisar as variações do ganho para diversas correntes no coletor a uma temperatura
de -55°C. Note que para uma variação de corrente de 0,1ma a 100mA temos uma variação bastante
expressiva no ganho que tem seu valor mínimo em 15 e o valor máximo em 55.Isso nos mostra a
significante alteração no ganho em função das variações em I C.
Note também no gráfico que à medida que a temperatura aumenta, para uma mesma faixa de corrente
no coletor, temos uma variação de ganho mais intensificada. Vemos, por exemplo, que a uma temperatura
de 125°C o ganho terá seu valor máximo em 150 e mínimo em 15, uma relação de 10:1. Veja que nesse
caso o ganho pode variar até dez vezes.

Exercícios:
1. Observando a curva mostrada no gráfico acima determine o ganho de corrente a uma
temperatura de 25°C para as seguintes correntes no coletor:
a) 0,1mA
b) 1mA
c) 10mA
46

2. Para uma temperatura de 155°C determine o ganho de corrente para os mesmos valores
de IC citados acima.

a) O gráfico abaixo mostra o valor do ganho do transistor em função da corrente no coletor e


temperatura. Determine:
b) O valor do resistor de polarização de base para uma corrente de 10mA no coletor a uma
temperatura de 25°C.
c) Refaça o cálculo anterior para uma temperatura de 155°C.

6.2 Reta de Carga de Um Transistor.


A reta de carga é traçada com base em dois pontos de operação do transistor: Icsat e V CE de
corte.

10 V
Icsat≃ =10 mA
No circuito acima 1K . A tensão de corte será igual à tensão de alimentação (10V).
Note, na reta de carga, que I C diminui na medida em que V CE aumenta e vice-versa.

Veja que para I C=5mA teremos V CE =5 V .Aumentando-se I C para 7,5mA temos que V CE será de

2,5V.Como já havíamos comentado, cada ponto na reta de carga associa um par de valores VCE e I C.O
ponto Q na reta é denominado ponto quiescente (ponto de trabalho do transistor).
47
48

Exercícios
1. Determine a reta de carga associada ao circuito abaixo.

2. No circuito abaixo o que ocorrerá com o brilho no LED quando o ponto Q se desloca para
cima?Justifique.
10V

R1
1k

R2
D1

Q1

3. No circuito abaixo trace a reta de carga e determine o ponto Q de operação.

Considere β=100 .
10V

R1
1k

470k
D1

Q1

4. No circuito a seguir considere a corrente no coletor igual a 5mA, determine o ponto Q de


operação do transistor.

6.3 Polarização por Corrente Constante na Base


Polarizar um transistor significa posicionar o ponto Q na reta de carga, ou seja, determinar os valores
de V CE e I C em que o transistor deverá operar.
49

O circuito abaixo mostra um exemplo de polarização por corrente na base constante. Nesse tipo de
polarização a corrente na base é constante porque a resistência na base está submetida diretamente à
tensão de alimentação. ≅ 20 V .

O objetivo da polarização da base utilizada para esse circuito é fixar o ponto Q na metade da reta de
carga, isso implica dizer que os valores de V CE e I C serão respectivamente 10V e 5mA.

Para obter o ponto Q desejado devemos determinar o valor dos resistores de polarização RC e R B: O

V CC −V CE 20−10
valor de RC é dado por: RC = ·, onde. RC = =2 K
IC 5m
V CC−V
O valor do resistor da base é dado por: R B= , para calcular o resistor da base precisamos
BE

IB
definir o valor da corrente I B ,de acordo com a equação abaixo:

IC 5m
I B I B= , onde, I B= =25 μA .
β 200
De posse do valor de I B podemos calcular o valor de R B de acordo com a equação seguinte:

20
R B= =800 KΩ (Estamos desconsiderando o valor de VBE).
25 µ
Instabilidade no Circuito de Polarização de Base.
Já vimos que o ganho de um transistor não é fixo e que varia amplamente a corrente no coletor e a
temperatura. Até mesmo uma simples troca de um transistor resultaria em um ganho diferente.
Vamos analisar o que ocorrerá com o ponto Q do circuito da Figura 10 mediante as variações no
ganho de corrente. Suponha que o ganho de corrente aumente, nesse caso a corrente de coletor irá
aumentar e V CE irá diminuir, explicando de outra forma: o ponto Q, na reta de carga, será deslocado para
cima, fugindo do nosso objetivo de polarização, que é o de manter o ponto Q fixo .
Concluímos então que utilizando a polarização por corrente constante na base não poderemos fixar a
posição do ponto Q de forma estável.
6.4 Polarização Por Realimentação do Coletor
Esse tipo de polarização encontra mais aplicações práticas em relação a anterior embora ainda
apresente pequenas variações no ponto Q. Vejamos um exemplo.
50

A idéia do circuito acima é a seguinte: supondo que haja um aumento no ganho de corrente, isso fará
com que a corrente no coletor aumente. O resultado disso é que o potencial no coletor será mais baixo,
diminuindo, portanto, a tensão em R B, quando a tensão em R B diminui a corrente na base também
diminui, forçando a corrente do coletor a diminuir, compensando o aumento inicial.
Abaixo vemos um exemplo desse tipo de polarização.

Nessa configuração, em relação ao circuito anterior, a mesma variação no ganho de corrente resulta
em uma menor variação no ponto Q o que demonstra maior eficiência nesse circuito.

6.5 Polarização por Realimentação do Emissor


O circuito abaixo representa esse tipo de polarização.

A idéia nesse tipo de polarização consiste na seguinte: Suponha que haja um aumento no ganho de
corrente, isso fará com que a corrente no emissor aumente o que naturalmente provocará um aumento de
potencial no emissor. Um potencial mais alto no emissor refletirá em um potencial mais alto na base,
diminuindo, portanto, a tensão em R B e conseqüentemente a corrente na base. Uma corrente menor na
base forçará a corrente no coletor a diminuir, compensado seu aumento inicial.
Esse fenômeno é conhecido como realimentação negativa, ou seja, um aumento na corrente de saída
forçará uma diminuição na corrente de entrada.
Esse tipo de polarização, apesar de fazer compensações em função das variações em βcc, o ponto Q
ainda apresentará variações indesejadas. Veja o circuito abaixo.
51

Observe que para uma variação no ganho de 100 a 300 notamos um deslocamento relativamente
acentuado no ponto Q, o que não seria desejado em algumas aplicações práticas.

6.6 Polarização por Corrente Constante no Emissor.

Vamos analisar um transistor com corrente de emissor constante para acionar um LED, conforme
circuito abaixo:

No circuito em questão a corrente no emissor é constante e independe do ganho, essa corrente


depende somente da tensão na base e da resistência do emissor, conforme mostra a equação abaixo:
10V
IE≅ =10 mA .
1 KΩ
A mesma corrente calculada no emissor será também a corrente no coletor, lembrando que na região
ativa I C ≅ I E . A idéia do circuito consiste em se manter a corrente no coletor constante independente da
carga conectada ao coletor: A corrente no coletor será aquela definida pelo emissor.
No circuito acima a corrente no coletor não varia em função da quantidade de LED’s que forem
acrescentados. Isso ocorre porque a corrente no coletor depende apenas da corrente definida para o
emissor.
A polarização com corrente no emissor constante mantém a corrente no coletor igual a do emissor
somente enquanto o transistor permanece na região ativa. No circuito em análise, na medida em que se
acrescenta LED’s, a tensão V CE irá diminuindo até chegar ao valor da saturação(0,7V).Quando o
transistor já estiver saturado a corrente no coletor irá diminuindo na medida em que se acrescenta carga
no coletor.

6.7 Polarização por Divisor de Tensão na Base


A polarização em questão é semelhante à polarização por corrente constante no emissor.
O circuito abaixo mostra um circuito típico que utiliza divisor de tensão na base.
52

A idéia básica do divisor de tensão na base é fornecer uma tensão fixa à base do transistor, dessa
forma o circuito ficará semelhante à configuração de corrente constante no emissor. A tensão fixa na base
gera uma corrente constante no emissor e, portanto uma corrente constante no coletor.Dessa forma
conseguiremos manter estável o ponto de operação do transistor.
Como exemplo, vamos determinar o ponto de trabalho do transistor abaixo.

Para determinar o ponto de operação o primeiro passo será calcular o valor da corrente no coletor e
em seguida o valor das quedas em RC e R E para calcular o valor de V CE .

Para determinar a corrente, I C =I E , primeiramente iremos calcular o valor da tensão na base (tensão

em R2)para em seguida determinar a tensão e a corrente em R E. A tensão na base (V R 2)é obtida do

10
divisor resistivo formado por R1 e R2, onde.V R 2= x 2,1 K =1,7 V
10 K + 2,1 K
No cálculo da tensão em R2 estamos considerando a base como um circuito aberto, vejamos o motivo:
53

Em virtude do ganho do transistor, o valor do resistor no emissor será visto pelo circuito da base como
R E . β , que se traduz em um alto valor de resistência. Portanto, o resistor do emissor não influenciará, de
forma significativa, na tensão em R2. Podemos então determinar o valor da tensão em R2 considerando a
base como um circuito aberto.

De posse da tensão V BB, vamos determinar a tensão e corrente em R E. Temos que,

V ℜ=V BB−V BE , onde, V ℜ=1,7−0,7=1 V .

A corrente em R E (corrente no emissor) é dada por:

Vℜ 1
I E= ··, onde. I E = =1 mA
RE 1K
Essa é a corrente quiescente do circuito. Como I E ≅ I C , então temos que I C =1 mA .

De posse do valor da corrente no coletor podemos então determinar a queda de tensão em R C a fim
de calcular o segundo ponto quiescente (V CE ). Temos que a tensão em RC é dada por:

V RC =RC . I C , onde, V RC =4 Kx 1 m=4 V .


Deduzimos então que:
V CE =V CC −¿V ℜ −V RC ¿ , logo,V CE =10−1−4=5 V ,

Portanto o transistor acima opera no ponto Q onde V CE =5V e I C=1mA.


54

7. JFET

7.1Simbologia
A figura abaixo mostra o símbolo e terminais correspondentes a um transistor JFET.

7.2Polarização e Funcionamento
O circuito abaixo mostra a polarização de um JFET canal N.

A corrente no dreno deve fluir do terminal do dreno para o terminal do source, portanto o positivo da
bateria dever ser aplicado ao terminal do dreno e o negativo ao terminal do source.
Para controlar a corrente no dreno aplica-se uma tensão negativa entre os terminais do gate e source.
Quando aumentamos a tensão negativa, a corrente no dreno diminui e quando diminuímos a tensão
negativa a corrente no dreno aumenta.
Note que não há corrente na malha de entrada do JFET (corrente de source para gate) isso se deve ao
fato da alta resistência interna entre os terminais de source e gate.
Comparando o JFET com o Transistor Bipolar.
Em um transistor bipolar a corrente de coletor é controlada em função da corrente de base, diz-se
então que o transistor bipolar é um dispositivo de controle no modo corrente, ao passo que em um JFET
a corrente no dreno é controlada em função da tensão no gate, o JFET, portanto, é um dispositivo de
controle no modo tensão.

Outra diferença importante do JFET em relação ao transistor bipolar é a sua elevada impedância de
entrada. Devido a essa característica a entrada de um JFET é vista como um circuito aberto, no que se
55

refere à corrente elétrica, essa elevada impedância de entrada permite que o JFET seja controlado por
dispositivos com baixa capacidade de corrente.

7.3Parâmetros de Funcionamento.
Para utilizar o JFET precisamos considerar dois parâmetros fundamentais:
V P e I DSS .
I DSS é a máxima corrente admitida na saída do JFET.
V P é o valor mínimo de tensão que devemos aplicar entre o dreno e source para que se possa
controlar corrente na saída de 0 a I DSS .

Vamos considerar, a título de exemplo, os seguintes valores para V P e I DSS :

V P=4 V e I DSS=10 mA .
De acordo com os parâmetros acima para controlar corrente no dreno de 0 a 10mA precisamos aplicar
entre dreno e source uma tensão de pelo menos 4V.

No circuito acima precisamos ainda definir a faixa de tensão no gate para que a corrente no dreno
possa variar de 0 a 10mA.Essa faixa de tensão é dada pela equação abaixo:
V GS =−V P a 0 V
De acordo com a equação, para que a corrente no dreno varie de 0 a 10mA devemos variar a tensão
no gate de -4V a 0V,conforme o circuito a seguir.

7.4Relação entre a Tensão VGS e a Corrente ID:


A corrente I D ,definida por V GS , é dada por:

I D =I DSS ¿
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A curva abaixo, curva de transcondutância, mostra a resposta da corrente I D em função da

tensão V GS para os parâmetros.

7.5Regiões de Operação do JFET.

O JFET pode operar em três regiões de operação: Região de corte, região ativa e região de saturação.
Para identificar as regiões de operação, vamos tomar como exemplo o circuito abaixo em que o JFET
possui os seguintes parâmetros:
V P=4V e I DSS =10mA

As regiões de operação serão identificadas seguindo os passos representados abaixo:


Primeiro passo
O primeiro passo consiste em calcular a corrente máxima no dreno. Se a tensão VDS fosse igual à
4V(VP) então a corrente máxima seria igual a I DSS (10mA).Mas note que a tensão VDS é de apenas
2V,nesse caso a corrente máxima no dreno pode ser definida através de uma regra de três
simples,conforme representada a seguir:
4V 10mA
2V I Dmáx
Onde o valor da corrente I Dmáx é igual a 5mA.
Segundo passo
O segundo passo consiste em se determinar qual valor de tensão deve ser aplicado ao gate para
resultar em uma corrente no dreno igual a 5mA.Para determinar esse valor utilizamos a expressão abaixo:

V GS =−V GSoff (1−


√ ID
I DSS ( √ )
), onde V GS =−4 1−
5m
10 m
=−1 V
De acordo com o valor encontrado na equação acima, concluímos que se a tensão no gate variar de -
4V á -1V haverá uma variação correspondente na corrente no dreno de 0 a 5mA,o que significa que o
JFET estará operando na região ativa,entretanto,quando a tensão no gate variar de -1V a 0V não haverá
uma variação correspondente na corrente no dreno o que significa que o JFET estará operando na região
de saturação.
Na região de saturação o JFET será representado apenas por sua resistência interna, a corrente no
dreno dependerá apenas da relação ôhmica entre a tensão V DS e a resistência interna R DS. Por essa
razão a região de saturação é denominada de região ôhmica.
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A resistência interna do JFET é calculada de acordo com a equação abaixo:


VP 4
R DS= = =400 Ω.
I DSS 10 m

7.6Significado de V P.
A tensão V P é denominada de tensão de constrição ou tensão de limiar. A região de operação do
JFET é analisada para tensões acima e abaixo de Vp.
Quando V DS ≥ V P, o JFET não entrará em saturação para nenhum valor de V GS , visto que V GS não

poderá definir corrente maior que I DSS .

Quando V DS <Vp existe possibilidade da saturação, visto que V GS poderá definir corrente no dreno

maior que I Dmáx .


7.7Curvas do Dreno.
A curva apresentada abaixo considera um JFET com os seguintes parâmetros: V P=4 V e I DSS=10 mA
Na região ativa do gráfico onde VDS ≥ 4 V , linhas horizontais, nota-se que a corrente no dreno
praticamente não varia em função de V DS:notamos que quando V DS varia 4V a 10V a corrente no dreno é

mantida constante , visto que essa corrente depende apenas de V GS .

Mantendo, por exemplo, o valor de V GS em OV e fazendo V DS variar para valores menores que 4V o
JFET entrará na região ôhmica(saturação) onde a corrente varia linearmente com a tensão.Essa parte
linear da curva está representada pela linha inclinada.

Veja que na medida em que a tensão V GS diminui a corrente no dreno aumenta até o limite de 10mA (

I DSS ).

7.8Parâmetros de um JFET
 I DSS - Corrente máxima associada à VGS=0V

 V GS (off) - Tensão de corte, esse valor é, em módulo, igual à tensão de constrição Vp.
 V GS - Máxima tensão admitida de gate para source.

 PD - máxima potência dissipada.


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Para informações a respeito de outros parâmetros deve-se recorrer à folha de dados do componente.
59

Exercícios.
1. Nos circuitos a seguir considere o JFET na região de fonte de corrente, qual das tensões
abaixo deverá ser aplicada ao gate para que se obtenha maior intensidade de corrente no LED?

2. O JFET dos circuitos a seguir possui as seguintes características: Vp=10V e I DSS


=20mA.Em ambos os circuitos determine a região de operação para os seguintes valores de
V GS :
V GS =−1V
V GS =−4 V

3. Segundo o datasheet, o JFET abaixo possui as seguintes características: Vp=4V e

I DSS =10mA.Supondo VGS=0V o que ocorrerá com o brilho do LED quando a tensão V variar
para valores maiores e menores que 4V? Desconsiderar a queda no LED.

4. Nos circuitos abaixo os JFET’s possuem as seguintes características: Vp=4V e I DSS


=10mA.determine o estado dos LED’s.
60

8. MOSFET no Modo Intensificação.

O MOSFET no modo intensificação foi desenvolvido para funcionar ,principalmente, como uma chave
eletrônica.
8.1Simbologia

8.2Funcionamento e Polarização
O MOSFET no modo intensificação opera apenas para tensões positivas entre dreno e source( V GS
).Quando se aplica ao gate um dado valor de tensão o MOSFET funcionará como uma chave
fechada.Por outro lado,quando a tensão no gate for de 0V o mesmo funcionará como uma chave aberta.
No circuito da Figura 2 ,com o botão J1 aberto, a tensão no gate será de 0V,portanto a saída do
MOSFET agirá como uma chave aberta.Nesse caso não haverá tensão sobre a carga R L.

No circuito da Figura 3,considerando o botão J1 fechado,teremos tensão no gate do


MOSFET ,portanto a saída do mesmo agirá como se fosse uma chave fechada.Nesse caso a tensão V CC
será aplicada à carga,conforme vemos na Figura 3.
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Parâmetros de funcionamento:
A folha de dados do fabricante fornece os valores de tensão para que o MOSFET funcione como chave
aberta e fechada.Esses valores são: V GSON e V GS (TH ).O valor de V GSON é o valor mínimo que devemos
aplicar ao gate para que o MOSFET funcione como uma chave fechada.Para o MOSFET funcionar como
chave aberta devemos aplicar ao gate uma tensão igual ou menor que V GS (TH ).
8.3Parâmetros (valores máximos).
 V DS - Tensão a de dreno para source quando VGS=0V.

 V DGR -Tensão entre dreno e gate.

 V GS - Tensão entre gate e source

 ID - Corrente direta admitida no dreno

 PD - Potência admitida.

 V GS - (0n) - Tensão requerida para o estado ligado


 R DS - Resistência entre dreno e source.

Exercícios
1. No circuito abaixo considere os seguintes parâmetros para o MOSFET:

[VGS(ON)=5V¿][VGS(TH)=2V¿]¿¿¿
¿
Determine o estado dos LED’s para os seguintes valores de VGS:
VGS=1V 20V

VGS=0V
VGS=6V R1
1k
VGS=-5V
VGS D1

Q1

2. Nos circuitos abaixo considere as mesmas especificações referentes ao MOSFET do


circuito anterior. Determine o estado dos LED’s.
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3. Determine a forma de onda no dreno dos transistores dos circuitos abaixo. Considere V GS
(ON)=4V e VGS(TH)=2V.

4. No circuito abaixo o ocorrerá com a tensão no ponto A nas seguintes situações:


Considere R DS=1Ω
V1
a) Resistor R3 aberto. 10V
+V
b) Junção base-emissor de Q2 aberta.
c) Curto entre emissor-coletor de Q2. R1
R2
1K 1k
d) Curto entre emissor-coletor de Q3.
e) Resistor R1 aberto. R3 Q3
10k A
f) Curto de dreno para source.
Q2
63

9. Amplificador operacional
O amplificador operacional encontra inúmeras aplicações práticas entre as quais podemos
citar:Comparador de tensão ,amplificador de erro,buffer,somador entre outras.
9.1 Simbologia

Conforme vemos na simbologia representada acima,um bloco básico de uma amplificador operacional
possui dois terminais de entrada(entrada inversora e entrada não inversora) e um terminal de saída.
9.2 Características Ideais
 Impedância de entrada infinita.
 Impedância de saída igual a zero.
 Ganho de tensão infinito.(Av)
 Não possui limitações em frequência e amplitude.
 Ausência de offset na saída( tensão de saida nula se as entradas forem iguais).

9.3 Comparador de Tensão.


Uma das aplicações mais comuns de um amplificador operacional é o comparador de tensão.
O circuito abaixo mostra o aplificador operacional configurado como comparador de tensão:

A tensão na saída de um comparador de tensão, quando alimentado com fonte assimétrica, só poderá
assumir dois valores: 0V ou V CC .
Uma maneira simples de se definir o valor da tensão na saída de um comparador de tensão é verificar
em que entrada está presente o maior valor de tensão: Se a maior tensão estiver presente no lado não
inversor então a saída do operacional assumirá o valor da tensão de alimentação.Por outro lado, se a
maior tensão estiver presente na entrada inversora a saída do operacional assumirá o valor de 0V.
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Veja, por exemplo, na fig 3 ,que a maior tensão está presente na entrada não inversora ,portanto o
valor da tensão na saída será de 10V.

No circuito da Figura 4 a maior tensão está presente na entrada inversora,portanto a tensão de saída
assumirá o valro de 0V.

A equação que define a tensão na saida em função das tensões na entrada está representada abaixo:
V S =( V 1−V 2 ) . A V1 e V2 representam as tensões nas entradas não inversora e inversora
respectivamente.”A” representa o ganho do amplificador,o ganho típico de um amplificador operacional é
da ordem de 106 .

De acordo com a equação,quando V1 for a maior tensão, V S assumirá um valor positivo muito

alto,entretanto o valor máximo de V S está limitado pela tensão de alimentação, portanto V S assumirá o

valor de V CC .

Quando V2 for a maior tensão,V S assumirá um valor negativo muito alto,mas o menor valor de V S está

limitado pelo 0V da tensão de alimentação,portano V S assumirá o valor de 0V.


9.4 Amplificador de Erro
 Amplificador Inversor.
Um amplificador de erro, basicamente, é constituído de duas entradas e uma saída,conforme
representa o circuito a seguir.A entrada não inversora é denominada de entrada de referência.Na entrada
inversora aplica-se a tensão de entrada do circuito.
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Na saída teremos a amplificação da diferença(erro) entre a tensão de entrada e a tensão de


referência.A tensão na saída é dada conforme a equação abaixo:
V S =−(V ENT −V R ). A , onde A representa o ganho do amplificador.
O ganho do amplificador inversor é dado pela equação a seguir:
R2
A=
R1
 Amplificador de Erro Inversor com Entrada de Referência Aterrada.
Com a entrada de referência é aterrada(igual a 0V) a equação para se calcular a tensão de saída
pode ser resumida à forma representada abaixo:
V S =−V ENT . A
O amplificador de erro pode ser analisado em três possibilidades,conforme descritas a seguir.
 Primeira possibilidade.
Na primeira possibilidade a tensão aplicada à entrada do circuito é igual a tensão na entrada de
referência,conforme o circuito abaixo.Nesse caso,como não há diferença entre as tensões de entrada,não
será gerada nenhuma tensão amplificada na saída,portanto a tensão na saída será mantida em 0V.

 Segunda possibilidade.
Consideremos agora que a tensão na entrada do circuito é maior que a tensão na entrada de
referência(V ENT >0 V ),conforme o circuito abaixo.

Nesse caso,como há diferença entre as tensões de entrada, haverá uma tensão amplificada na
saida.Visto que o amplificador utilizado é inversor, uma tensão(diferença) positiva na entrada resultará em
uma tensão negativa amplificada na saída.Utilizando as equações abaixo podemos determinar o valor da
tensão de saída:
10 K
A= =2
5K
V S =−1 x 2=−2V
Veja que uma diferença de 1V na entrada gerou uma tensão amplificada de 2V na saída.
66

 Terceira possibilidade
Vamos considerar agora que a tensão aplicada à entrada do circuito seja menor que a tensão na
entrada de referência(tensão negativa).Nesse caso haverá uma tensão positiva amplificada na saída,

A tensão na saída é calculada de acordo com as equações abaixo:


10 K
A= =2
5K
V S =−2 x 2=−4 V
Veja que uma diferença de 2V na entrada gerou uma tensão amplificada de 4V na saída.

 Análise do amplificador inversor com tensão na entrada de referência diferente de 0V.


Nessa caso,à exemplo do circuito anterior,a análise será feita em três condições.Para todas as
condições iremos considerar a tensão na entrada de referênca igual a 1V.
 1ª Condição:
Tensão de entrada igual a tensão de referência.
Nesse caso,como não há diferença entre as tensões de entrada,a tensão de saída será mantida
com o mesmo valor aplicado a entrada de referência,conforme vemos no circuito abaixo:

 2ª Condição:
Tensão de entrada maior que a tensão de referência.No circuito abaixo aplicamos uma tensão
de 2V à entrada do circuito.
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Nesse caso,temos uma diferença entre as tensões de entrada logo, teremos uma tensão
amplificada na saída.A tensão amplificada na saída é dada pela mesma equação
anterior,portanto:
V S =−(V ENT −V R ). A ,onde V S =−( 2−1 ) .2=−2V .

O resultado de -2V significa que a tensão na saída apresentou 2V de diferença em relação à tensão de
referência.Portanto ,o valor da tensão de saída em relação ao terra é de -1V.

 3ª Condição:
Tensão de entrada menor que a tensão de referência.No circuito abaixo aplicamos uma
tensão de 0V à entrada do circuito. Nesse caso,temos uma diferença entre as tensões de entrada
logo, teremos uma tensão amplificada na saída.A tensão amplificada na saída é dada por:
V S =−(V ENT −V R ). A ,onde V S =−( 0−1 ) .2=2V .

o resultado de 2V significa que a tensão na saída apresentou 2V de diferença em relação à


tensão de referência.Portanto ,o valor da tensão de saída em relação ao terra é de 3V.

 Configuração não Inversora.


No amplificador não inversor a tensão na saída,mantendo as devidas proporções, aumenta no mesmo
sentido da tensão de entrada.
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 Ganho do Amplificador não Inversor


R2
Nessa configuração o ganho será determinado pela seguinte expressão : A=1+
R1
No circuito da fig 12 temos que o ganho é de:
10 K
A=1+ =6
2K

A tensão de saida é de:


V S =V ENT . A , onde Vs=1 V ×6=6 V .

9.5 Terra Virtual e Curto Circuito Virtual


O ponto indicado na fig 11 é tido como um terra virtual .Veja,por exemplo, que a tensão de 1V na
entrada inversora provocará um deslocamento para baixo no potencial de saída, entretanto na medida
em que o potencial na saída desce o potencial na entrada inversora também desce devido a
realimentação negativa através de R2. A tensão negativa na saída aumentará até o limite onde a tensão
na entrada inversora tende a zero.Nesse momento as tensões de entrada se “igualam” e a tensão na
saída estará em -2V.

No circuito da Figura 11, para qualquer valor de V ENT , a tensão na saida irá variar até que a tensão na
entrada inversora tenda à zero.Portanto sempre teremos 0V na entrada inversora (as entradas se
“igualam”),o que equivale a dizer que a entrada inversora funciona como um terra virtual ou curto
virtual:Essa entrada apresentará um potencial igual ao potencial terra sem entretanto estar fisicamente
conectada ao terra ,daí a idéia de curto virtual.
69
70

9.6 Correntes Envolvidas no Operacional


Tendo em vista a elevada impedânica na entrada do operacional o circuito da fig 14 ficará resumido à
seguinte forma:

Veja que em razão da alta impedância na entrada a corrente I1 será igual a corrente I2.
R2
A fórmula já apresentada para calcular o ganho(A= R1 ) pode ser deduzida em função das
considerações vistas nas Figuras 12 e 13: Por definição o ganho de tensão é calculado pela razão entre a
tensão na saída e tensão na entrada portanto, portanto:

VS R 2×I R 2
A= A= =
V ENT ,onde R 1×I R1 .

9.7 Buffer (Seguidor de Tensão).


O circuito seguidor de tensão apresenta ganho unitário , isso significa que a tensão na saída é a
mesma da entrada, ou seja, a tensão na saída segue a de entrada.Um buffer é utilizado quando há a
necessidade de se acionar uma determinada carga à partir de um circuito com baixa capacidade de
corrente.

O circuito acima tem como finalidade aplicar o valor de 2V presente na entrada a uma determinada carga
de maneira indireta (através da saída do operacional). Veja que a saída do operacional reproduz a tensão
de 2V presente na entrada.Dessa forma, tanto a tensão como a corrente na carga serão fornecidas pela
saída do amplificador .Concluimos que a tensão de entrada não será exigida pela carga mas servirá
apenas de amostra para que o operacional a reproduza na saída.

Exercícios.
1. Nos circuitos abaixo ,os amplificadores opreracionais configuram como comparadores de
tensão,determine a tensão na carga nas condições de chave aberta e fechada.
71
72

2. No circuito abaixo, determine o estado dos LED’s nas condições de chave aberta e fechada.

3. No circuito a seguir determine as tensões nos pontos indicados.

4. Determine as correntes indicadas no cirucuito abaixo.


73

5. No circuito a seguir determine o estado do LED para os valores de tensão indicados no resistor de
base de Q2.

6. Explique o funcionamento dos circuitos abaixo.


Temporizador

Proteção contra sobre-tensão.

7. No circuito do relé de sobre tensão apresentado acima, descreva o comportamento nas seguintes
condições:
a) Resistor R4 aberto
b) Diodo D1 em curto
c) Resistor R3 aberto
d) Transistor Q1 em curto de coletor para emissor
e) Saída do operacional em curto
f) Resistor R2 aberto

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