Você está na página 1de 20

gestão empresarial

Gestão Ambiental

Evolução das Questões


Ambientais
1
Gestão Ambiental
Evolução das
Questões Ambientais

Objetivos da Unidade de aprendizagem


Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de identifi-
car os principais eventos mundiais acerca das ques-
tões ambientais e os diferentes pontos de vista sobre o
desenvolvimento e crescimento econômico. Compreen-
der as relações existentes entre crescimento populacio-
nal e recursos naturais.

Competências
Identificar os diferentes posicionamentos ambientais ao
longo do tempo e os seus respectivos conceitos.

Habilidades
Diferenciar os conceitos de desenvolvimento sustentável
e desenvolvimento humano sustentável.
APRESENTAÇÃO
Nesta unidade você compreenderá o papel da espécie
humana na biosfera e, assim, o surgimento da tecnos-
fera e sociosfera. Além disso, identificará, através de di-
versos exemplos, as principais causas da problemática
ambiental atual, principalmente, através da assimilação
dos conceitos de recursos naturais e as suas limitações.
Esta unidade apresentará também os conceitos de cus-
tos ambientais provocados pelas revoluções industriais
e, no trecho final, revelará os impactos negativos cau-
sados aos recursos naturais em função do crescimen-
to populacional.

PaRA COMEÇAR
Olá, turma! Para iniciar esta disciplina iremos tratar da
evolução das questões ambientais no Brasil e no mun-
do. Deste modo, você conseguirá montar uma sequência
cronológica que irá favorecer a sua interpretação sobre
os principais acontecimentos ambientais.
A partir de sua evolução, a espécie humana desen-
volveu técnicas para transformar o espaço natural em
espaço geográfico (espaço natural transformado pelas
ações humanas). Essa tecnologia fez com que o homem
dominasse o espaço terrestre, alterando os espaços de
outras formas de vida.
O homem era mais um integrante da biosfera, no en-
tanto, a partir do desenvolvimento tecnológico passou a
ser a espécie dominante, que utiliza os recursos naturais
exaustivamente, que explora os diferentes espaços ter-
restres, e que, sobretudo, provoca a deterioração da qua-
lidade ambiental no planeta. Vale ressaltar que a espécie
humana desenvolveu na biosfera a chamada tecnosfera
e sociosfera. Na figura 1 abaixo observa-se as interações
entre os sistemas:
Figura 1. Interação
entre os sistemas.
Fonte: Adaptado tecnosfera humanidade sociosfera
de Juliana Augusta
Verona, 2010.

biosfera

ecosfera

atmosfera

hidrosfera

litosfera

Na figura 1, percebe-se uma complexa relação entre biosfera, tecnos-


fera e sociosfera. A biosfera recebe a energia solar. As plantas e algas
absorvem essa energia sendo transformada pela fotossíntese em energia
química contida na estrutura vegetal formada – recursos renováveis. Exis-
tem ainda, os não renováveis como combustíveis fósseis: petróleo, carvão
e gás natural. Os recursos renováveis e os não renováveis são levados ao
nosso subsistema econômico (tecnosfera e sociosfera), onde são trans-
formados em bens e serviços, como os alimentos, transportes etc. No en-
tanto, no momento que ocorre esta transformação e consumo, geramos
resíduos e muita poluição!
Atualmente o ser humano vive em uma complexa teia de relações e in-
terações diante de três sistemas: a biosfera, a tecnosfera e a sociosfera.
A Biosfera é o espaço da vida que envolve o planeta Terra.
A Tecnosfera abrange as estruturas constituídas pelo trabalho huma-
no no espaço da biosfera.
A Sociosfera corresponde a um sistema artificial de instituições desen-
volvido pelo ser humano.

atenção
Karl Marx disse: “O objeto geral de trabalho do homem é a
terra. O homem deve se comportar na natureza como um ele-
mento da natureza. Assim como os demais animais, o homem
interfere na natureza, mas, diferentemente dos animais, ele
pode antecipar suas ações sobre o meio ambiente de forma
consciente”. (apud DALLEMOLE, 2003).

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 4


Fundamentos
O artigo de Dallemole (2003) que trata sobre vantagens comparativas e
degradação ambiental apresenta vários aspectos no que se refere as re-
lações do homem com o meio ambiente. Destacam-se alguns trechos im-
portantes a seguir.

1. A problemática
A exploração dos recursos naturais tem sido crescente e encontra-se num
patamar muito elevado atualmente; principalmente se estes produtos es-
tão destinados ao comércio internacional. Esta situação força para baixo o
preço dos bens primários, que possuem, por exemplo no Brasil, um mon-
tante de 70% destinado à exportação. A queda dos preços faz com que
se busque ampliar a oferta destes produtos a cada ciclo para se obter um
montante de recursos semelhantes (GUDYNAS, 2002).
A exportação de commodities do Brasil corresponde a 46,9% das ex-
portações. Isto faz com que o país tenha um alto grau de dependência da
exploração ambiental ou do aumento da exploração na medida em que
os preços caem e, consequentemente, acumulam o custo da depredação
para as gerações futuras (DIAS, 2002).
Já existem alertas em todo o mundo enfocando os fatores negativos da
perda da biodiversidade. A perda da diversidade biológica envolve aspec-
tos sociais, econômicos, culturais e científicos (Idem).
Os principais processos responsáveis pela perda da biodiversidade são:

→→ Perda e fragmentação dos habitats;


→→ Introdução de espécies e doenças exóticas;
→→ Exploração excessiva de espécies de plantas e animais;
→→ Uso de híbridos e monoculturas na agroindústria e nos programas
de reflorestamento;
→→ Contaminação do solo, água e atmosfera por poluentes;
→→ Mudanças climáticas. As inter-relações das causas de perda de bio-
diversidade com a mudança do clima e o funcionamento dos ecos-
sistemas apenas agora começam a ser vislumbradas (DIAS, 2002).

São três os principais motivos que tornam importante que haja preserva-
ção da biodiversidade:

1. É considerada responsável pelo equilíbrio de todos os ecossistemas;


2. Representa um enorme potencial econômico, em função dos signifi-
cativos avanços da biotecnologia e;

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 5


3. Atualmente, [acredita-se] que a biodiversidade esteja se decompon-
do, principalmente ao observar-se a constante extinção de espé-
cies (Idem).

Todas as economias do mundo passam a estar diante de um dilema


cada vez mais atenuante, uma vez que têm de optar entre a preserva-
ção de sua biodiversidade ou o comprometimento ainda maior de seus
saldos comerciais.
Atualmente, a crescente importância atribuída ao mercado na gestão dos
fluxos comerciais, o qual não analisa a exacerbação dos recursos naturais,
tem contribuído para um desenvolvimento longe da sustentabilidade. Já é
possível evidenciar alguns dos prováveis limites à sustentação do atual mo-
delo de desenvolvimento. (MERICO, 1996, p.23)

→→ Apropriação humana dos produtos gerados pela fotossíntese:


com a possível duplicação da população humana em aproximada-
mente 30 anos a apropriação humana poderá chegar a 80% dos
produtos gerados pela fotossíntese, não restando energia suficiente
para a manutenção dos ecossistemas.
→→ Aquecimento global: A intermitente utilização de combustíveis
fósseis libera uma quantidade enorme de CO2, alterando o clima
do planeta;
→→ A ruptura da camada de ozônio: Isso ocorre em função da libe-
ração de CFC na atmosfera. Mais de um milhão de toneladas são
jogados na atmosfera todo o ano;
→→ A desertificação: Trata-se da erosão acelerada dos solos em função
do negligenciamento (sic) humano e trará, no futuro, perda da pro-
dutividade agrícola;
→→ A extinção da biodiversidade: Sem ela, simplesmente não existe
uma forma de sustentar os processos econômicos e sociais.

Uma grande diferença entre os produtos gerados pela natureza e os ge-


rados pela indústria são os custos de produção. Não há um mercado que
gere um preço aos produtos naturais; eles têm custo zero (Idem, p.35). Já no
mercado internacional muitos destes bens possuem um valor significativo,
fator este que estimula a sua extração ou produção pelos segmentos da
sociedade, pois as perspectivas de lucro eram otimizadas.
A questão torna-se ainda mais complexa se o modelo de desenvolvi-
mento permite que estas relações de mercado comandem estas relações
entre o Homem e o meio ambiente.

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 6


O estímulo proporcionado pelas vantagens comparativas em países
detentores de vastos recursos naturais e, ao mesmo tempo, dependentes
de bens manufaturados e/ou de luxo, pode acelerar o processo de degra-
dação do meio ambiente.
Têm-se como exemplos muitos países ou regiões que se valeram
de vantagens oriundas dos recursos naturais para garantir seus fluxos
comerciais e causaram significativos problemas ao meio ambiente em
particular. Trata-se dos casos que serão pesquisados e analisados para
justificar o caráter nocivo das vantagens comparativas ao meio ambien-
te [...].
A leitura do texto acima nos leva a compreender que a busca dos paí-
ses pelo crescimento econômico desenfreado não levou em conta a limi-
tação dos recursos naturais.
O desenvolvimento tecnológico e a natureza deveriam andar em equilí-
brio. No entanto, este avanço tecnológico tentou resolver vários proble-
mas específicos sem levar em conta os impactos negativos na natureza.
Quando a o uso da tecnologia está dissociado ao respeito à natureza, os
desastres ecológicos sempre acontecem!

atenção
Tecnologia e natureza precisam coexistir pacificamente. E
isso só é possível se houver equilíbrio entre avanço tecnoló-
gico e proteção ambiental!

1.1. EXEMPLOS DE DANOS AMBIENTAIS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

1. O clorofluorcarbono (CFC) é um bom exemplo de avanço tecnológico


que causou efeito nocivo. Em 1929, quando foi descoberto, passou
a substituir a amônia e foi considerado fantástico na época, pois era
incolor, insípido, inodoro, não era tóxico nem inflamável e não re-
agia com nenhuma outra substância. E, justamente por não reagir
com nenhuma outra substância, passou a ser usado também como
gás propelente em sprays. No entanto, algumas décadas mais tarde,
descobriu-se que ao atingir a alta atmosfera, a molécula de cloro-
fluorcarbono era quebrada pela radiação ultravioleta e liberava um
átomo de cloro, que por sua vez provocava a destruição catalítica da
camada de ozônio — que protege a Terra das radiações ultravioleta
B. Cada átomo de cloro destrói até cem mil moléculas de ozônio até
ser neutralizado;

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 7


2. Algumas ilustrações a seguir demonstram os desastres ambientais
causados pelas ações humanas:

Figura 2. 
Contaminação da
água subterrânea
e do solo em
área industrial e
urbana, causada
pela disposição
incorreta de grandes
quantidades de
resíduos sólidos
e esgotos. Fonte:
adaptado de <http://
www.igc.usp.br/
index.php?id=303>.

Figura 3. Visão
geral de uma
paisagem degradada
por atividade de
mineração, com
desmatamento,
exposição do solo
à erosão e ameaça
à sobrevivência
de determinadas
espécies.

1.2. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E OS CUSTOS AMBIENTAIS


Desde o início da Revolução Industrial e até pouco tempo atrás, o meio
ambiente era considerado como um bem livre que qualquer pessoa tinha
o direito de usar conforme sua vontade. Se consideramos os altos custos
que a poluição acarreta para a sociedade, como os danos causados à saú-
de das populações, vemos que o meio ambiente não pode ser considera-
do um bem livre.

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 8


Empresários de todo o mundo estão sob grande pressão para adotar
políticas ambientalistas e incorporá-las ao seu planejamento estratégico
como uma matéria de rotina. A figura 4 abaixo mostra alguns aspectos im-
portantes que vêm fazendo com que os responsáveis pelas organizações
passem a se preocupar mais com o meio ambiente.

Figura 4. Relação dos poluição das águas efeito estufa


impactos ambientais
e as empresas.
crescimento contaminação
Fonte: Adaptado populacional da terra
de Campos (1996).

mudanças sociais mudanças tecnológicas

legislação indústria clientes

mercado competitivo opinião pública

destruição da poluição
camada de ozônio atmosférica

redução de
recursos naturais

Diante deste novo quadro, as empresas assumem uma importância fun-


damental, devendo substituir qualquer postura reativa, em relação às
questões ambientais, por uma postura proativa. É importante que o meio
empresarial passe a se preocupar cada vez mais com a preservação am-
biental e a prevenção da poluição!

1.3. CRESCIMENTO POPULACIONAL E RECURSOS NATURAIS

Hoje em dia, o ser humano apenas tem ante si três grandes problemas que foram
ironicamente provocados por ele próprio: a superpovoação, o desaparecimento dos
recursos naturais e a destruição do meio ambiente. Triunfar sobre estes problemas,
vistos sermos nós a sua causa, deveria ser a nossa mais profunda motivação. (Jacques
Yves Cousteau – 1910-1997)

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 9


A população mundial cresceu de 2,5 bilhões em 1950 para 6 bilhões no
ano 2000. Esse resultado destaca o impacto causado no consumo dos
recursos naturais. Atualmente, a taxa de crescimento está em 1,3% ao
ano, a população aumenta em 78 milhões de pessoas. Desses 6 bilhões,
somente 20% pertencem aos países desenvolvidos, sendo os 80% perten-
centes aos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento (possuem
altas taxas de crescimento populacional). Estima-se que em 2050 somente
13% da população pertença aos países desenvolvidos.
Questão primordial deve ser feita. Será que os recursos naturais têm a
capacidade de suporte que exige este crescimento populacional?
Segundo a WWF o consumo humano já supera em 25% a capacidade de
recuperação dos recursos naturais. O tamanho da população mundial é um
dos fatores que influenciam essa equação. Do ponto de vista de disponibili-
dade dos recursos naturais, o Brasil tem uma situação confortável: em tese,
poderia até dobrar a população atual sem ultrapassar a capacidade de seus
recursos naturais. Como podemos observar na Figura 5 abaixo, que eviden-
cia o índice da área global necessária para sustentar uma pessoa segundo
a Optimum Population Trust da Inglaterra:

Figura 5. Impactos LIMITE SUSTENTÁVEL


nos Recursos
A Optimum Population Trust calcula a população máxima de cada país a partir
Naturais a partir
da qual os recursos naturais começam a ser consumidos mais rapidamente do
do crescimento
que sua capacidade de reposição.
populacional.
Fonte: Adaptado
de SCHELP, 2008.

2,4 ha 4,1 ha 9,7 ha

No Brasil atual, Se o Brasil atingir Se o Brasil atingir


o impacto o nível de impacto o nível de impacto
ambiental é de da Suíça, de americano, de
2,4 hectares 4,1 hectares 9,7 hectares
per capita* per capita* per capita*

população
máxima 384 220 95
sustentável milhões milhões milhões

* Pegada ecológica da WWF (2002) – índice da área global


necessária para sustentar uma pessoa

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 10


Lógico que essa é uma situação transitória, pois o impacto sobre o am-
biente é medido menos pelo número e mais pelo padrão de consumo
das pessoas. Porém, modo predador com que o Brasil trata suas florestas
é explicado pela necessidade de alimentar uma população mundial nu-
merosa. A distribuição desigual da população também contribui para os
danos ambientais. A maior parte dos brasileiros vive nas proximidades do
litoral. O resultado é que, pressionada desde que o primeiro português pi-
sou no continente, a Mata Atlântica perdeu 93% de sua cobertura florestal
nos últimos 500 anos.
A ONU prevê que a população mundial só entrará em retração em
2050, ao atingir 9,2 bilhões de habitantes, um aumento de cerca de 37%
em relação aos 6,7 bilhões atuais. Até lá, a renda per capita dos países
em desenvolvimento deve crescer ao ritmo de 3% ao ano. Cada ponto
percentual de melhoria na economia desses países tem seu preço em
recursos naturais.
A saída de milhões de pessoas da pobreza, que é bem-vinda, pode ter
efeito devastador para o planeta.
Segundo o demógrafo estadunidense Paul Ehrlich, autor do livro A Bom-
ba Populacional: “A Terra só tem capacidade para suportar 2 bilhões de pes-
soas com um padrão de consumo equivalente ao de um país rico”.
E como se classificam os recursos naturais? Abaixo segue a Figura 6
que destaca esta classificação:

recursos naturais
Figura 6. 
Classificação dos
recursos naturais.
Fonte: Adaptado de não renováveis renováveis
Braga et al. (2002).

minerais não energéticos água


fósforo ar
cálcio biomassa
etc vento

minerais energéticos
combustíveis fósseis
urânio

É importante destacar sobre os recursos naturais deveriam satisfazer


três condições:

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 11


1. Taxa de uso de recursos renováveis não exceda as suas taxas de re-
generação;
2. Taxa de uso de recursos não renováveis não exceda a taxas nas
quais substitutos renováveis sustentáveis sejam desenvolvidos;
3. Taxa de emissão de poluentes não exceda a capacidade assimilativa
do meio ambiente.

2. EVOLUÇÃO DAS QUESTÕES AMBIENTAIS


No final dos anos 1960, os países industrializados estavam começando a
perceber o impacto negativo das suas tecnologias: lagos e rios poluídos,
florestas sendo destruídas pela chuva ácida, poluição do ar nas grandes
cidades (vale ressaltar que estas questões serão abordadas com maior
detalhamento nos capítulos 3, 4 e 5). A população afetada por esses pro-
blemas começou a se organizar em grupos de protesto, que exigiam o
controle da poluição, a conservação e a proteção da natureza. A atuação
das ONGs, o aumento da conscientização sobre os problemas ambientais
e as reclamações da Suécia, que estava sofrendo as consequências da
chuva ácida proveniente das emissões da Inglaterra e da Alemanha contri-
buíram decisivamente para que as Nações Unidas decidissem no final da
década de 1960, durante sua Assembleia Geral, convocar a Conferência
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Homem. Essa Conferência
foi realizada entre 5 e 16 de junho de 1972, em Estocolmo, na Suécia.

2.1. O Clube de Roma e o Crescimento Zero


Em 1968, é fundado o Clube de Roma que agregou cem empresários, po-
líticos, cientistas sociais, preocupados com as consequências do modelo
de desenvolvimento predatório adotado pelos países ricos do ocidente e
que rapidamente se espalhava por todo o globo terrestre.
Em 1971, o Clube encomenda um estudo sobre a situação do Plane-
ta. Como resultado é publicado no ano seguinte, um relatório que leva
o nome de Limites do Crescimento, que recomenda crescimento zero
da atividade econômica e da população, como forma de garantir a con-
tinuidade da existência da espécie humana do Planeta. Tal documento
é duramente criticado, principalmente porque congelava desigualdades
e não previa mudanças nos padrões de produção e consumo adotados
pela sociedade, nem tampouco propunha uma redistribuição de riquezas
entre os países e as diferentes camadas da população.

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 12


2.2. Estocolmo 72: I Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e o Homem
Em 1972 aconteceu a Conferência das Nações Unidas, em Estocolmo, de-
batendo o tema “Crescimento Econômico e Meio Ambiente”, com a pre-
sença de 113 países. Esta Conferência é considerada um marco político
internacional para o surgimento de políticas de gerenciamento ambiental.
Ali foram propostos novos conceitos como o do Ecodesenvolvimento;
uma nova visão das relações entre o meio ambiente e o desenvolvimento;
e elaborados importantes programas como o das Nações Unidas para o
Meio Ambiente (PNUMA).
A Conferência também constituiu o Dia Mundial do Meio Ambiente, a
ser comemorado no dia 5 de junho de cada ano. A partir dela, a atenção
mundial foi direcionada para as questões ambientais, especialmente para
a degradação ambiental e a poluição planetária.
A posição do Brasil em relação às questões ambientais colocadas pela
conferência, apoiada pelos demais países do chamado Terceiro Mundo,
foi bastante clara: o crescimento econômico não deveria ser sacrificado
em nome de um ambiente mais puro. Sugeriram que os países desenvol-
vidos deveriam pagar pelos esforços de despoluição. Além disso, o Brasil
discordou da relação direta entre crescimento populacional e exaustão
dos recursos naturais, opondo-se fortemente às propostas de medidas
de controle de natalidade.

2.2.1. Um pouquinho sobre o Ecodesenvolvimento


Ignacy Sachs formulou os princípios básicos desta nova visão do desen-
volvimento. Ela integrou basicamente seis aspectos, que deveriam guiar
os caminhos do desenvolvimento:

1. A satisfação das necessidades básicas;


2. A solidariedade com as gerações futuras;
3. A participação da população envolvida;
4. A preservação dos recursos naturais e do meio ambiente em geral;
5. A elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança
social e respeito a outras culturas; e
6. Programas de educação.

A teoria do ecodesenvolvimento referiu-se inicialmente às regiões rurais da


África, Ásia e América Latina; ela ganhou cada vez mais uma visão das inter-
-relações globais entre subdesenvolvimento e superdesenvolvimento. Uma
crítica da sociedade industrial e consequentemente uma crítica da moderni-
zação industrial como método do desenvolvimento das regiões periféricas

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 13


viraram parte integrante da concepção do ecodesenvolvimento. Podemos
constatar que os debates sobre o ecodesenvolvimento prepararam a ado-
ção posterior do desenvolvimento sustentável. Sachs usa hoje, frequente-
mente, os conceitos ecodesenvolvimento e desenvolvimento sustentável
como sinônimos.
Com o avanço tecnológico da década de 1980, o aperfeiçoamento dos
métodos de diagnóstico dos problemas ambientais e o impulso observado
pelo movimento ecológico, a questão central voltou-se para a sobrevivência
da espécie humana no planeta. A partir deste momento era preciso agir de
forma responsável em relação ao meio ambiente, de modo a garantir os
recursos naturais necessários à sobrevivência das futuras gerações. Nascia
a partir dessa ideia o conceito de Desenvolvimento Sustentável.

2.3. Relatório Brundtland: o conceito


de Desenvolvimento Sustentável
Durante toda a década de 1980 a humanidade buscou conhecimentos e
acordos para propor uma nova sociedade, de caráter local e global.
Em 1983, por decisão da Assembleia Geral da ONU, foi criada a Co-
missão Mundial de Meio Ambiente Desenvolvimento – CMMAD. Presidida
pela então primeira ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, tinha
como objetivo analisar a interface entre a questão ambiental e o desen-
volvimento e propor um plano de ações. Essa Comissão, chamada de Co-
missão Brundtland, circulou o mundo e encerrou seus trabalhos em 1987,
com um relatório chamado “Nosso Futuro Comum”. E é nesse relatório
que se encontra a definição de desenvolvimento sustentável mais aceita e
difundida em todo o Planeta: “Desenvolvimento sustentável é aquele que
atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade
das gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades”. Segundo
a Comissão, o desafio era trazer as considerações ambientais para o cen-
tro das tomadas de decisões econômicas e para o centro do planejamento
futuro nos diversos níveis: local, regional e global.
Segundo a Comissão Brundtland, o conceito de desenvolvimento sus-
tentável apresentava deficiências porque:

→→ Não envolvia limites absolutos, mas sim limitações impostas pelo


estágio atual da tecnologia e da organização social sobre os recur-
sos ambientais, e limitações impostas pela capacidade de a biosfe-
ra absorver os efeitos das atividades humanas;
→→ Seu relatório não oferecia um plano detalhado de ação, apenas
sinalizava um caminho para que os povos do mundo pudessem

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 14


ampliar suas formas de cooperação em busca do desenvolvimen-
to sustentável.

Para alcançarmos o desenvolvimento sustentável, são necessárias mu-


danças fundamentais em nossa forma de pensar e na maneira como vi-
vemos, produzimos, consumimos etc.
Além da dimensão ambiental, tecnológica e econômica, o desenvolvi-
mento sustentável possui uma dimensão cultural e política. Exige a parti-
cipação democrática de todos na tomada de decisões para as mudanças
que são necessárias.

2.4. Desenvolvimento Humano Sustentável: diferenças


entre desenvolvimento humano e crescimento econômico
Durante muito tempo, o pensamento dominante foi que desenvolvimento
e crescimento econômico seriam a mesma coisa: bastava que uma comu-
nidade produzisse riqueza, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB), para
ser considerada desenvolvida.
Os fatos e as pesquisas mostraram que o mundo real não é bem as-
sim. Tal tipo de constatação levou o Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento (PNUD) a propor um novo conceito: o do Desenvol-
vimento Humano Sustentável (DHS). Sem “reinventar a roda”, resgatan-
do ideias importantes para a humanidade, esse conceito diz que o ser
humano é a razão de ser do desenvolvimento, e no ser humano devem
estar centrados tanto o processo quanto os resultados inerentes ao de-
senvolvimento. Desde 1990 o PNUD vem publicando Relatórios de De-
senvolvimento Humano (RDHs) que demonstram essa nova forma de se
abordar o desenvolvimento.
Neste conceito fica claro que o crescimento econômico não é um fim
em si mesmo; é apenas um meio para melhorar as condições de vida exis-
tentes numa comunidade!
Por isso, o Desenvolvimento Humano Sustentável enfatiza que:

→→ O desenvolvimento é das pessoas, isto é, ocorre pela ampliação das


capacidades, oportunidades e potencialidades criativas e dos direi-
tos de escolha dos indivíduos, por meio da oferta de nutrição, saúde,
educação e de outras condições fundamentais para uma vida digna;
→→ O desenvolvimento é para as pessoas, o que significa enfatizar que
os benefícios do desenvolvimento e do crescimento econômico de-
vem expressar-se nas vidas das pessoas, ou seja, uma comunida-
de só pode ser considerada desenvolvida quando o que ela produz
é apropriado de forma justa e equitativa por seus cidadãos, isto é,

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 15


quando a riqueza que ela gera transforma-se em bem-estar para
todos os seus habitantes;
→→ O desenvolvimento se dá pelas pessoas, ou seja, o desenvolvimento
deve ser promovido pelas próprias pessoas, mediante sua partici-
pação ativa e constante nas decisões que afetam suas vidas. O in-
divíduo e as comunidades são beneficiários e sujeitos criadores do
desenvolvimento e devem ter poder de decisão durante o processo
do desenvolvimento — a isso chama-se capacitar as pessoas.

2.5. ECO 92
Em 1988, a 43a Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou a
Resolução 43/196, que propunha realizar, até 1992, uma nova conferência
sobre temas ambientais.
A convocação foi marcada para junho de 1992, com o objetivo de discu-
tir as conclusões e as propostas do Relatório Brundtland – particularmen-
te, o conceito do desenvolvimento sustentável – e comemorar os 20 anos
da Conferência de Estocolmo.
O Brasil foi escolhido para sediar essa conferência e decidiu realizá-la
na cidade do Rio de Janeiro.
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvi-
mento – CNUMAD – foi realizada entre 3 e 14 de junho de 1992, e contou
com dois eventos principais.

→→ A Conferência das Nações Unidas – governamental –, com a pre-


sença de 178 países e a participação de 112 Chefes de Estado – 12
a 14 de junho –, resultando na maior conferência desse tipo ja-
mais realizada;
→→ O Fórum Global, uma conferência paralela dos setores indepen-
dentes – ONGs ambientalistas e ligadas a outros setores do desen-
volvimento, às indústrias, aos povos tradicionais, às mulheres etc.

Os principais resultados da Conferência do Rio de Janeiro foram:

Declaração do Rio de Janeiro/92


Resultado da II Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento – ECO-92.
Expressa, em grandes linhas, o compromisso dos países signatários na
adoção de ações que permitem reduzir os conflitos entre desenvolvimen-
to e meio ambiente.

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 16


Declaração de Princípios sobre o Uso das Florestas
Documento aprovado durante a ECO-92 que incorpora o conceito de so-
berania dos países sobre seus recursos naturais, assim como o direito de
manejo dos recursos florestais de acordo com seus objetivos e políticas.

Convenção da Diversidade Biológica


Convenção assinada, ratificada e promulgada pelo Brasil, estabelecendo
que o princípio da precaução deve buscar a redução dos danos ambien-
tais, mediante comprovação científica acerca do dano para que sejam to-
madas medidas cabíveis em relação ao problema.
No que diz respeito ao princípio da precaução, exige apenas ameaça de
sensível redução ou perda de diversidade ecológica.

Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas


Convenção assinada, ratificada e promulgada pelo Brasil. Estabelece que
o princípio da precaução deve buscar a redução dos danos ambientais,
mediante comprovação científica acerca do dano, para que sejam toma-
das medidas cabíveis em relação ao problema.
No que diz respeito ao princípio da precaução, exige, em seu artigo 3º,
que a ameaça de dano seja séria ou irreversível, além de se manifestar
a respeito dos custos das medidas ambientais. Ver Convenção da Diver-
sidade Biológica, para entender a diferente forma de adotar o princípio
da precaução.

Agenda 21
Acordo firmado na Rio-92, constituído pela sistematização de um progra-
ma de ações para o desenvolvimento sustentável.
Abrangente plano a ser implementado por organizações do sistema
das Nações Unidas, por governos e pela sociedade civil em todas as áreas
em que a ação humana impacta o meio ambiente.

Comissão para o Desenvolvimento Sustentável


Grupo funcional do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas. Foi
criada em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro.
Dentre os diversos assuntos tratados pela comissão, destaca-se a coo-
peração tecnológica entre iniciativa privada, governo e órgãos de pesquisa
e desenvolvimento.

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 17


Convenção para o Combate à Desertificação
Em vigor desde fins de 1996, é a segunda convenção resultante da Rio
ECO-92 – Conferência de Cúpula das Nações Unidas sobre o Meio Am-
biente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992. Cento e
noventa e um países já aderiram à Convenção.
O compromisso central é a elaboração de um Plano Nacional de Com-
bate à Desertificação por cada país que faça parte da Convenção.

Conceito
Uma comunidade sustentável vive em harmonia com seu
meio ambiente e não causa danos a meios ambientes distan-
tes ou a outras comunidades - agora ou no futuro. A quali-
dade de vida e os interesses das futuras gerações são mais
valorizados do que o crescimento econômico ou o consumo
imediato. (Caring for the Earth’ Unep, 1993)

3. LEGISLAÇÃO REFERENTE AO MEIO AMBIENTE NO BRASIL


A legislação relacionada ao meio ambiente no Brasil será apresentada nas
demais unidades de aprendizagem referentes a especificidades relaciona-
das aos recursos naturais água, solo, ar, floresta etc. Destacamos aqui duas
importantes leis relacionadas ao meio ambiente no Brasil:

Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981


Essa lei dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e me-
canismos de formulação e aplicação. Estabeleceu o Sistema Nacional de
Meio Ambiente (Sisnama) e criou o Conselho Nacional de Meio Ambiente
(Conama). Além disso, era reconhecida nessa lei a legitimidade do Ministé-
rio Público da União para propor ações de responsabilidade civil e criminal
por danos causados ao meio ambiente. Posteriormente a Lei 7.804/89 alte-
ra a Lei 6.938/81 e prevê o crime ecológico.
A Lei 6.938, de 31/8/1981, ampliou sensivelmente o conceito de poluição,
já que expressamente a define como “degradação da qualidade ambiental”,
o que inclui não apenas o lançamento de matéria ou energia (poluente) nas
águas, no solo ou no ar, mas também qualquer atividade que, direta ou
indiretamente, cause os efeitos ali descritos (BRAGA et al., 2002). Deve-se
ressaltar que foi a primeira vez que no Brasil estabeleceu-se uma Política
Nacional para as questões relacionadas ao meio ambiente, as quais eram
tratadas de forma desarticulada e pontual.

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 18


antena
parabólica
Vocês puderam ver na aula de hoje as causas e as con-
sequências do nosso padrão de crescimento e desenvol-
vimento, o qual se deu a partir de uma exploração pre-
datória do meio ambiente e com desdobramentos muito
negativos para a vida em nosso planeta. Viram a evolu-
ção das questões ambientais e os principais movimen-
tos de repercussão mundial que vem surgindo desde a
década de 1960. Essas transformações estão afetando
profundamente todos os segmentos da sociedade, in-
cluindo os profissionais de processos gerenciais. Na pró-
xima aula trataremos detalhadamente de um programa
de açãoimportante para o meio ambiente: a Agenda 21.

Lembre-se
Ter consciência ambiental é pensar no ou-
tro, pensar no coletivo. É possibilitar que
o mundo seja ocupado pela população hu-
mana por muito mais tempo e de maneira
mais saudável.

E agora, José?
Agora que você já conhece os principais acontecimentos
relacionados aos movimentos ambientais, bem como a
origem do conceito de desenvolvimento sustentável e
sua evolução para desenvolvimento humano sustentável,
além da relação existente entre crescimento populacional
e recursos naturais, na próxima aula você aprendera so-
bre um Programa de Ação denominado Agenda 21. Este
documento foi importantíssimo para avançar na elabora-
ção de projetos que de fato apliquem ações sustentáveis.
Bons estudos e até lá!
Glossário
Biosfera: é o espaço da vida que envolve o pla- abrange meios e fins; justiça social e desen-
neta Terra. volvimento econômico; bens materiais e o
Tecnosfera: abrange as estruturas constituídas bem-estar humano; investimento social e a
pelo trabalho humano. capacitação das pessoas; atendimento das
Sociosfera: é a soma de instituições sociopo- necessidades básicas e estabelecimento de
líticas, socioeconômicas, socioculturais e da redes de segurança; sustentabilidade am-
sociedade e evoluiu ao longo de séculos de biental para as gerações atuais e futuras; e a
história da humanidade. garantia dos direitos humanos – civis, políti-
Ecodesenvolvimento: se define como um cos, sociais, econômicos e ambientais.
processo de transformação do meio com a Agenda 21: é um programa de ação, baseado
ajuda de técnicas ecologicamente responsá- num documento de 40 capítulos, que cons-
veis, impedindo o desperdício dos recursos titui a mais ousada e abrangente tentativa
naturais e cuidando para que estes sejam já realizada de promover, em escala plane-
empregados na satisfação das necessidades tária, um novo padrão de desenvolvimento,
de todos os membros da sociedade e suas conciliando métodos de proteção ambiental,
inter-relações harmoniosas com a natureza. justiça social e eficiência econômica.
Desenvolvimento sustentável: é o desenvol- Recursos Naturais: “São os mais variados
vimento capaz de suprir as necessidades da meios de subsistência que as pessoas obtêm
geração atual, sem comprometer a capaci- diretamente da natureza” (SAHOP, 1978). “O
dade de atender as necessidades das futu- patrimônio nacional nas suas várias partes,
ras gerações. tanto os recursos não renováveis, como jazi-
Desenvolvimento humano sustentável: é das minerais, e os renováveis, como florestas
um conceito amplo, multidimensional, que e meio de produção” (CARVALHO, 1981).

Referências
braga, b.; hespanhol, i.; conejo, j.g.l. et al. CARVALHO, Benjamin de Araújo. Glossário de
Introdução à Engenharia Ambiental. São saneamento e ecologia. Rio de Janeiro: As-
Paulo: Prentice Hall, 2002. sociação Brasileira de Engenharia Sanitária e
BRÜSEKE, F. J. O problema do Desenvolvi- Ambiental, 1981.
mento Sustentável. Clóvis Cavalcanti (Org.) dallemole, d. V antagens comparati-
Desenvolvimento e Natureza: Estudos para vas e degradação ambiental. Mo-
uma sociedade sustentável. INPSO/FUNDAJ, vendo Idéias, Belém, v. 8, n. 14, p.
Brasil. Octubre 1994. p. 262. 54-59, nov. 2003. Disponível <http://
CAMPOS, Lucila Maria de Souza. Um estudo webcache.googleusercontent.com/
para definição e identificação dos custos search?q=cache:Eb95xYUwP-IJ:nc-moodle.
da qualidade ambiental. Dissertação sub- fgv.br/cursos/centro_rec/docs/vantagens_
metida à Universidade Federal de Santa Ca- comparativas_degradacao_ambiental.
tarina para obtenção do grau de mestre em doc+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br>.
Engenharia de Produção. Florianópolis-SC , Acesso em: out. 2014.
1996. Disponível: <http://repositorio.ufsc. SCHELP, D. A natureza agradece. Disponível
br/handle/123456789/76443>. Acesso em: em: <http://planetasustentavel.abril.com.
out. 2014. br/noticia/ambiente/conteudo_293406.
shtml>. Acesso em: out. 2014.

Gestão Ambiental  /  UA 01  Evolução das Questões Ambientais 20

Você também pode gostar