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NEUROPSICOPEDAGOGIA
1
NOSSA HISTÓRIA
2
Sumário
PRINCÍPIOS TEÓRICOS E CIENTÍFICOS DA
NEUROPSICOPEDAGOGIA .............................................................................. 1
A NEUROPSICOPEDAGOGIA .............................................................. 12
NEUROCIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO...................................................... 31
O neurônio ............................................................................................. 40
Neurotransmissores............................................................................... 43
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 50
3
Princípios da Neuropsicopedagogia
4
Metodologia e intervenção para o trabalho com princípio
na coletividade ,por meio de oficinas temáticas e projetos de
trabalho
5
Para que haja o processo cognitivo do aluno no cotidiano escolar, uma
ampla inter-relação de desenvolvimento deve agregar-se aos fatores
psicológicos, biológicos e culturais, esses por sua vez, precisam estar
sintonizados para alcançar o sucesso escolar dos envolvidos nesse contexto.
Com isso, o professor no século XXI, tem a difícil tarefa de educar alunos por
meio do processo de ensino e aprendizagem metódicos e ultrapassados que
remetem ao fracasso escolar.
6
Contudo, para Herculano-Houzel (2004), cabe ao neuropsicopedagogo
avaliar as necessidades cognitivas do aluno, para que haja uma intervenção
estimuladora e a possibilidade de entender como se processa o desenvolvimento
de aprendizagem, com atividades diferenciadas, respeitando o ritmo de
desenvolvimento de cada aluno no cotidiano escolar. Segundo Lima (2017), ao
longo da Educação Básica, os processos cognitivos precisam ser analisados em
todas as concepções, não apenas com os fracassos, ao qual ficam impregnados
em alguns indivíduos. Mas, como oportunidade dos envolvidos no processo de
ensino e aprendizagem ao encontrar um víeis, na busca de um ensino de
qualidade e a realização dos projetos de vida dos alunos.
7
Básica, com uma proposta de implementação desse profissional em todas as
escolas do país devido à importância nesse processo educacional, ratificado
pelas pesquisas.
8
controle neural das funções vegetativas – digestão,
circulação, respiração, homeostase, temperatura-, das
funções sensoriais e motoras, da locomoção, reprodução,
alimentação e ingestão de água, os mecanismos da
atenção e memória, aprendizagem, emoção, linguagem e
comunicação, são temas de estudo da neurociência e da
neuropsicopedagogia. (VENTURA, 2010, p.123).
9
Não menos importante no desenvolvimento do sistema nervoso é a
mielinização. Mielina é uma proteína que reveste cada neurônio, isolando-os do
contato com outras células nervosas, facilitando a transmissão do pulso nervoso.
(BELSKY, 2010). O tônus muscular corresponde à capacidade de resistência e
elasticidade dos músculos. Ao nascer, uma série de mecanismos inatos que lhe
auxiliarão a lidar com o meio, os reflexos. Esses, irão se adaptar mediante as
interações da criança com o meio ampliando as possibilidades de
comportamentos.
10
necessariamente, no entanto, devem-se aplicar os processos metodológicos que
estimularão de forma a obter respostas positivas.
11
A NEUROPSICOPEDAGOGIA
12
inclusiva, contudo, de fato, precisa ser melhorado dia após dia. Inúmeras ações
precisam ser tomadas em relação a aprendizagem, políticas públicas, formação
de professores e apoio psíquico, econômico e social aos familiares em prol dos
alunos.
13
córtex que controla os movimentos do corpo, a percepção dos sentidos e o
pensamento. (BEAR; CONNORS, 2008)
Por isso, cabe aos pais e professores, estimular as crianças nos primeiros
anos de vida a pensar, estudar, comunicar, movimentar, memorizar e resolver
situações problemas do cotidiano, ou seja, as habilidades e competências
necessárias para a vida adulta. Percebe-se que muitos jovens e adultos não
estão sendo preparados para essa fase da vida, pois não foram estimulados
pelos pais e professores, e quando se deparam com situações problemas, não
conseguem resolver e avançar, transformando-os em jovens e adultos frustrados
com a vida e com a escola. É de suma importância apontar que a criança é um
ser social, afetivo, psicomotor e perceptivo, antes mesmo de ser considerado um
ser aprendiz.
14
um maior auge e vem proporcionando mudanças significativas na forma de
perceber o funcionamento cerebral. Estes avanços ocorreram devido a
neuroimagem, ou seja, o imageamento do cérebro. As contribuições provindas
das Neurociências despertaram interesse de vários seguimentos e entre estes a
Educação, no sentido da maior compreensão de como se processa a
aprendizagem em cada indivíduo.
Uma das áreas que vem abrindo espaço dentro âmbito de conhecimento
é a Neuropsicopedagogia. Fernandez (2010) afirma que a Neuropsicopedagogia
traz importantes contribuições à educação, pois existe a possibilidade de se
perceber o indivíduo em sua totalidade. Para Hennemann (2012) a
Neuropsicopedagogia apresentase como um novo campo de conhecimento que
através dos conhecimentos neurocientíficos, agregados aos conhecimentos da
pedagogia e psicologia vem contribuir 3 para os processos de ensino-
aprendizagem de indivíduos que apresentem dificuldades de aprendizagem e
que estão inseridos no processo de inclusão.
15
ocorre para alguns; na verdade sempre acontecerá a aprendizagem, entretanto
para uns ela vem acompanhada de muita estimulação, atividades diferenciadas,
respeitando o ritmo de desenvolvimento do indivíduo.
FUNDAMENTOS DA APRENDIZAGEM
16
Neste sentido, Coll (2003) enfatiza que as práticas educativas são
fenômenos complexos, mesmo que aparentemente classificadas como mais
simples. Doyle, citado por Coll (2003) reafirma o nível de complexidade que é
inerente aos processos de ensino e aprendizagem, sublinhando que as relações
professo-aluno se evidenciam pela multidimensionalidade (vários eventos estão
presentes), simultaneidade (sucessão de tópicos e condições), imediação
(rapidez que os eventos se sucedem), imprevisibilidade (elementos não
esperados e não planejados que ocorrem), publicidade (as atividades que
envolvem os sujeitos da aprendizagem são públicas e reconhecidas), história (há
uma continuidade das ações e atos pedagógicos relacionados às aulas ou
situações anteriores). Acrescentam-se ainda, os fatores afetivos, os interativos
e os de comunicação que interferem no processo ensino-aprendizagem.
17
A aprendizagem então deve se antecipar ao desenvolvimento, e para isso
a mediação de indivíduos mais capazes se faz essencial. Piaget (2001) destaca
que os processos de equilibração e desequilibração são mecanismos auto
reguladores que propiciam a interação contínua do sujeito com o seu meio
ambiente.
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exemplo, a dificuldade em empregar a noção de mamíferos aos animais como
cachorro, gato, baleia e morcego.
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gerados da relação do sujeito com o seu ambiente dinamizam tanto o processo
de desenvolvimento quanto os de aprendizagem, porque possibilitam a busca de
uma maior e melhor diferenciação no que tange a relação eu e outro enquanto
que os conhecimentos adquiridos promovem as transformações e a evolução da
pessoa.
20
educativas. Esse desafio pressupõe, então, uma visão multirreferencial do
processo educativo, na medida em que o conhecimento interdisciplinar é que
possibilita a compreensão análise e intervenção do fenômeno educacional, bem
como assegurar a sua inter-relação. Por isso, os educadores, professores e
outros interessados em se envolver num fenômeno de tal complexidade devem
realizar a interlocução das diversas disciplinas educativas, entre as quais
podemos citar a psicologia da educação, do desenvolvimento, da aprendizagem,
entre outras.
DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM
21
variações de uma pessoa para outra, permitem uma compreensão global e
esquematizada desse conjunto de transformações.
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O desenvolvimento humano é determinado em parte pela bagagem
genética que o indivíduo herda e em parte por influência do ambiente que o
cerca. Assim, podemos entender que uma criança nasce com uma série de
potenciais que herdou dos pais e pode desenvolvê-los ou inibi-los de acordo com
o padrão de estímulos que recebe.
O desenvolvimento humano é marcado por extraordinárias
transformações cerebrais. Tais transformações possibilitam a aprendizagem de
inúmeras habilidades que se desenvolvem Pesquisas na área do
desenvolvimento têm demonstrado que, apesar de cada um dos marcos
evolutivo amadurecer de forma independente, o sucesso ou o fracasso de um
deles pode influenciar na evolução dos demais. Por exemplo, uma criança com
dificuldades na área cognitiva pode apresentar problemas para fazer amigos
(desenvolvimento social) ou se controlar (desenvolvimento emocional).
Diz-se que uma criança apresenta um atraso no desenvolvimento quando,
por algum motivo, ela não esteja apresentando a maturidade esperada em uma
ou mais das áreas citadas. Pelo aperfeiçoamento dos sistemas sensoriais,
motores e das funções cognitivas. Assim, a partir do amadurecimento do
cérebro, o ser humano torna-se gradativamente mais capaz de centrar sua
atenção, de compreender e utilizar a linguagem e de formar relacionamentos
sociais complexos.
Durante os dois primeiros anos de vida, desenvolvemos bilhões de
conexões entre os neurônios (chamadas sinapses) ante um mundo cheio de
novidades, a ponto de um bebê ter um número bem maior dessas conexões do
23
que um adulto. Ao longo do tempo, sinapses não utilizadas vão sendo “podadas”,
enquanto outras vão sendo criadas e reforçadas, gerando redes de
comunicações neuronais mais concentradas e eficientes. O processo de
conexão, “posa” e mielinização neuronal está associado a períodos de
“reorganização” do cérebro que coincidem com momentos de grandes
aquisições no desenvolvimento.
Por exemplo, com aproximadamente 2 anos de idade as crianças
ampliam de maneira impressionante seu vocabulário após um período de
mielinização rápida das regiões do cérebro envolvidas com a linguagem. Aos 5
anos, uma criança já tem 90% do volume do cérebro de um adulto. Atingir esse
volume tão cedo, no entanto, não significa que a maturidade cerebral da criança
seja igual à de um adulto. Pelo contrário, nessa idade ela é um processo em
construção que ao longo dos anos permite a aquisição de habilidades conforme
o amadurecimento de áreas específicas do cérebro. Nesse sentido, acredita-se
que o processo de maturação siga uma sequência.
Por exemplo: as regiões frontais do cérebro que determinam as
chamadas “funções executivas” – ou seja, nossa capacidade de planejamento,
autocontrole e raciocínio – amadurecem mais tarde do que as áreas mais
posteriores do cérebro, como as que determinam nossas funções sensório-
motoras. Esse fenômeno é bastante conveniente para a vida escolar, na qual
habilidades básicas vão possibilitando aquisições cada vez mais refinadas.
24
quais ela passa. Um tema de bastante importância para a compreensão do
desenvolvimento infantil é a plasticidade cerebral, que é a capacidade que o
cérebro tem de modificar sua estrutura ante experiências de vida e, assim,
possibilitar a aprendizagem.
O cérebro humano apresenta mais plasticidade durante o período pré-
natal tardio e a primeira infância, porém segue “sendo plástico” ao longo de toda
a vida, mesmo que com menor maleabilidade. O ambiente escolar é um papel
decisivo sobre o desenvolvimento cerebral de um individuo, uma vez que boa
parte do processo de “escultura” do cérebro acontece até o fim da adolescência.
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO
25
capacidade intelectual associada a experiência anteriores para esses fins. Nesse
momento, ela já pode se utilizar de uma fala interna, dialogando consigo mesma,
pensando e planejando seu comportamento.
Aprendem, por exemplo, o momento para rir (ao ouvir uma piada) e para
ficar quieto (se a mãe está no telefone). Este período é marcado pelo surgimento
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das primeiras amizades significativas, que ganham cada vez mais importância
até que atinja a idade escolar. Compreendendo melhor suas emoções e as
emoções dos outros, a criança, desenvolve características emocionais mais
complexas, como o sentimento de simpatia e a empatia, que é a habilidade que
uma pessoa pode ter de se identificar com as emoções e as preocupações soa
demais. A empatia é a base para a compaixão e o cuidado com os outros, além
de ser fundamental para que se estabeleçam parâmetros morais adequados,
como o que é certo ou errado.
27
ampliar seu círculo de amigos (o autocontrole é um trunfo para que se falam
novas amizades).
Com isso, uma criança de 6 a 8 anos, ainda que não consiga memorizar
várias coisas ao mesmo tempo, passa a conseguir relembrar situações que viveu
utilizando-se de elementos centrais dos acontecimentos. Por volta dos 7 ou 8
anos, as criança desenvolvem maior orientação espacial e temporal. Com isso,
já conseguem distinguir direita de esquerda em si próprias e nos outros e
lembrar-se do dia do seu aniversário.
Com essa idade passam a antever melhor e esperar por intervalos curtos
de tempo, como “esperar 15 minutos para o almoço estar pronto” ou “aguardar
até amanhã para irmos para a casa da vovó”. Intervalos mais extensos ainda
podem ser difíceis de assimilar, portanto, quando estabelecemos um
planejamento a longo prazo para uma criança dessa idade (preparação para um
trabalho com muita antecedência ou castigos muito duradouro), é possível que
os resultados não sejam os melhores.
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está associada ao aumento da autorreflexão, ao desenvolvimento da capacidade
de espera por recompensas e ao controle dos impulsos.
A maturação social evolui à medida que a atenção que antes era devotada
quase exclusivamente à família passa ser um pouco mais direcionada para os
amigos. Ao distanciar-se um pouco dos pais, a criança passa a ter uma
percepção um pouco mais clara de suas qualidades e defeitos e, em última
instância, de quem ela é.
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Nessa fase, a capacidade de memória segue aumentando. A criança
entrando na puberdade é capaz de se lembrar de uma série de coisas
simultaneamente, seguindo instruções com maior competência e fazendo relatos
mais ricos em detalhes. Com o raciocínio mais rápido e eficiente, as habilidades
de resolução de problemas também evoluem.
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auto percepção de competência em tarefas, no retorno que os amigos e outras
pessoas possam oferecer e na identificação com pais, professore ou outros
adultos próximos. Nesse momento, o grupo de amigos começa a ser tão
importante quanto a família.
Nessa faixa etária, leis e regras são vistas como mais flexíveis ou
negociáveis e passam a se sustentar pelo senso de justiça e da autoconsciência,
e não mais pelo medo de punição externa, como ocorria anteriormente. O senso
de moral e ética, ou seja, a percepção interna do que é certo e errado, passa por
refinamento a partir do momento em que se adquire melhor compreensão do
ponto de vista do outro.
NEUROCIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
31
O que é Cérebro?
HEMISFÉRIO ESQUERDO
1 Em 98% das pessoas se localiza a função da linguagem, fala e escrita;
2 Os neurotransmissores dominantes são: dopamina e acetilcolina, que
proporcionam o controle motor fino tanto manual como para a fala;
3 É responsável pela sintaxe e semântica do idioma;
4 Permite a compreensão literal das palavras;
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5 Favorece a praticidade nas ações, a ser prático nas atividades e nas
conclusões;
6 Permite a interpretação linear e sequencial dos acontecimentos;
7 Procura por detalhes;
8 Reduz algo complexo em partes simples;
9 Classifica e ordena estímulos;
10 Faz a interpretação e justificação dos acontecimentos;
11 Realiza a observação focada, dirigida do acontecimento;
12 Segue um padrão lógico;
13 É objetivo;
14 Estima o tempo cronologicamente, hora a hora, dia a dia;
15 Encara os fatos como verdadeiro ou falso, branco ou preto;
16 Retém a memória recente;
17 Tem espírito criativo e “vocação pessimista”.
HEMISFÉRIO DIREITO
1-O neurotransmissor dominante é a norepinefrina que estimula a
percepção de novos estímulos visio-espaciais;
2-Avalia o contexto, entonação e ritmo da fala (prosódia);
3-Capta o simbolismo, a metáfora do texto e da fala;
4-Percebe o humor e a estética do acontecimento;
5-Permite uma visão holística da situação; 6- Percebe o todo e o padrão
do acontecimento;
7-Oferece a percepção de profundidade, reconhecimento do rosto e do
estado emocional;
8-Oferece a sensação de antipatia, mesmo imotivada, sem ter certeza da
razão, do porque;
9-Avalia o acontecimento de forma global, sem se deter em detalhes;
10-Segue a intuição;
11-Estabelece padrões sem seguir um processo etapa por etapa;
12-É subjetivo;
13-Vê o tempo como um todo-um projeto, uma carreira;
14-Pensa positivamente, sem preocupar-se com ideias preconcebidas;
15-Pergunta-se “porque não?” e quebra as regras.
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A camada externa do cérebro consiste em um tecido pregueado. As
pregas são chamadas giros. Essa camada externa é conhecida como córtex
cerebral (chamado simplesmente de córtex). A palavra córtex que significa
“casca “ em latim, é uma escolha adequada em razão da aparência rugosa do
córtex e também porque ele recobre a maior parte do restante do encéfalo
(KOLB, 2002).
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O lobo parietal está localizado na região superior do cérebro,
constituídos por duas subdivisões, a anterior e a posterior. A primeira, também
chamada de córtex somatossensorial, tem a função de possibilitar a percepção
de sensações como o tato, a dor e o calor. Por ser a área responsável em receber
os estímulos obtidos com o ambiente exterior, representa todas as áreas do
corpo humano. É a zona mais sensível, logo ocupa mais espaço do que a zona
posterior, uma vez que tem mais dados a serem interpretados, captados pelos
lábios, língua e garganta. A zona posterior é uma área secundária e que analisa,
interpreta e integra as informações recebidas pela anterior, que é a zona
primária, permitindo o indivíduo se localizar no espaço, reconhecer objetos
através do tato.
O lobo temporal também é sensitivo e tem várias funções. Esta área está
envolvida com a vida de relação social, visto que recebe as informações
auditivas. Quando a área auditiva primária é estimulada, os sons são produzidos
e enviados à área auditiva secundária, que interage com outras zonas do
cérebro, atribuindo um significado e assim permitindo ao indivíduo reconhecer
ao que está ouvindo.
35
A área de Broca contém um circuito necessário para a formação da
palavra. Esta área está localizada parcialmente no córtex pré-frontal e
parcialmente na área pré-motora. É onde ocorre o planejamento dos padrões
motores para a expressão de palavras individuais.
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bioquímicas e funcionais dos neurônios, das sinapses e dos circuitos formados
por eles.
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a acolhida sempre será primordial para o sujeito construir a sua
autoestima.
O cérebro afetivo-emocional – Esse é inseparável e fundamental para a
realização e a manutenção de nossas vidas. São sistemas que organizam
as emoções positivas ou negativas, controlando e equilibrando o
comportamento humano. O córtex frontal tem um papel crucial no
refreamento da explosão impulsiva, enquanto que o córtex cingulado
anterior ativa outras regiões para responder ao conflito. As amigdalas
cerebrais são pequenas porém são importantes porção do cérebro, pois
estão envolvidas na produção de uma resposta ao medo e a outras
emoções negativas.
O cérebro criativo, inventivo, genial – É esse que nós humanos estamos
buscando, ou seja, usar todas as potencialidades do hemisfério direito
para resolver problemas e, por meio dele, expressar melhor os nossos
desejos, vontades e sentimentos. O fascínio pelas descobertas das
pesquisas em neurociências aumentou com grande estímulo advindo da
década do cérebro. O principal ensinamento dessa década é que o
cérebro tem muito mais capacidade de sofrer modificações do que se
pensava até alguns anos atrás. Hoje está claro que, antes mesmo, o
cérebro adulto, o qual se pensava ser imutável, pode ser desse de
renovação, a partir de algumas áreas com capacidade para gerar novas
células. Essa possibilidade abre inúmeras portas em pesquisas para o
estudo de novas drogas com efeito sobre o desenvolvimento do sistema,
bem como para a utilização de técnicas de reabilitação que usam as
janelas de oportunidades para o desenvolvimento de determinadas
funções.
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experiências vividas. O hipocampo intacto possibilita o indivíduo a lembrar
e comparar as reações vividas anteriormente, permitindo a melhor opção
e garantindo, assim, a perpetuação da espécie.
Tálamo – Tem como função a reatividade emocional do homem e dos
animais. O tálamo conecta-se com as estruturas corticais da área pré-
frontal, com o hipotálamo, com o hipocampo e o giro cingulado.
Hipotálamo – Região do sistema límbico mais importante, pois controla o
comportamento emocional, como várias condições internas do corpo. Por
exemplo: a temperatura e a vontade de comer e beber são denominadas
funções neurovegetativas internas do cérebro. O hipotálamo é a via de
comunicação com todos os níveis do sistema límbico e desempenha
também o papel das emoções especificamente, sendo que as partes
laterais parecem ser envolvidas com o prazer, e a raiva encontra-se na
porção mediana e está ligada ao desprazer e à tendências das
“gargalhadas incontroláveis”.
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Tecido nervoso
O neurônio
40
tarefa difícil, mas aparentemente desempenha com facilidade por estruturas
pequenas como os neurônios.
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pois quanto mais informações forem colhidas, mais precisas serão
as respostas motoras.
Axônio: geralmente único, é a via de resposta, de expressão da
célula nervosa, servindo como fio condutor para que o estímulo
elétrico criado no corpo celular como resposta aos estímulos
recebidos chegue ao destino ou órgão efetor. Para que possa
desempenhar esta função de condutibilidade deve ser recoberto
por uma camada varável de substância ricamente gordurosa
denominada bainha de mielina.
Os neurotransmissores produzidos no corpo celular têm que atingir
as sinapses situadas nas terminações distais dos axônios. Para
facilitar esse transporte existe inúmeros micro túbulos que se
originam no corpo celular e percorrem toda a extensão do axônio.
Sinapses
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neurotransmissor; o elemento pós-sináptico, que contém receptores para o
neurotransmissor e enzimas; e uma fenda sináptica.
Neurotransmissores
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Evidências recentes relatam que a neurose da ansiedade, é um distúrbio
cerebral de base, por falta do neurotransmissor GABA. Duas formas importantes
de neurose da ansiedade são as crises de pânico e a ansiedade generalizada.
No distúrbio do pânico, a pessoa sofre crises repentinas e aterradoras de medo,
episódicas e de ocorrência imprevisível. Os sintomas de uma crise de pânico são
pupilas dilatadas, batimento cardíaco rápido, sensações de náusea, desejo de
urinar, sufocação, tontura e sensação de morte iminente.
44
pessoalmente e as instruem a fazer coisas. Algumas vezes, podem manter
conversações ativas e em voz alta (THOMPSON, 2005). Quando a dopamina é
liberada nas sinapses e liga-se aos receptores dopaminérgicos, ela ativa os
neurônios que a recebem.
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pelo menos nada que seja aparente a ninguém a não ser para a própria pessoa
deprimida.
46
Luria. Apesar de cada hemisfério cerebral ter suas peculiaridades, o cérebro
funciona como um todo, no que se refere à cognição e conduta do indivíduo.
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forma as percepções e gnosias. No lobo temporal se localiza a área 22, no lobo
parietal as áreas 5 e 7, e no occipital as áreas 18 e 19.
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Estas áreas recebem informação das primárias e de estruturas
subcorticais, tornando possível processos motores e perceptuais complexos.
Nesse período, inicia o desenvolvimento da linguagem e a lateralização dos
hemisférios cerebrais, o que explica o fato de que lesões cerebrais antes dos
dois anos de idade levam o desenvolvimento da linguagem e localizar-se no
hemisfério não dominante. É o período de transição para o pensamento
representativo de preparação para as operações concretas da teoria de Piaget.
49
das estruturas cerebrais. Em outras palavras, a atividade da criança, em
colaboração do ambiente, leva a um funcionamento do cérebro fortalecido, de
forma que contribui para uma aprendizagem consolidada.
REFERÊNCIAS
50
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF:
Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.
51
LIMA, Francisco Renato. Sentidos da intervenção Neuropsicopedagógica
nas dificuldades de aprendizagem na Pré-Escola. Revista Multidisciplinar em
Educação, v.4, n.7, p. 78-95, jan/abr, 2017.
RAQUEL ARAUJO, Do Valda Silva, et, al. Papel das Sinapses Elétricas
em Crises Epilépticas. Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology, 2010.
52
TABAQUIM, Maria L. M. Avaliação Neuropsicológica nos Distúrbios de
Aprendizagem. In Distúrbio de aprendizagem: proposta de avaliação
interdisciplinar. Org. Sylvia Maria Ciasca. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.
53