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O cérebro do empreendedor
EVA CARNERO
MADRI / SÃO PAULO
Texto publicado pelo jornal EL PAÍS
Mas por que apenas 12% empreendem por desejo? O que há de especial na
mente desses brasileiros? Especialistas divergem em suas explicações, ainda
que citem as mesmas competências e ingredientes propulsores do
empreendedorismo: proatividade, compromisso, motivação, sacrifício e até
excesso de otimismo.
Vários estudos têm demonstrado, nos últimos anos, que há regiões do cérebro
que os empreendedores desenvolvem mais e melhor do que pessoas que nunca
realizaram uma atividade econômica por sua própria conta e risco. Entre eles, a
pesquisa dirigida pelo professor Maurizio Zollo, do Massachusetts Institute of
Technology (MIT), revela que os empreendedores tomam decisões com mais
rapidez, possuem uma visão geral mais ampla e são capazes de desconsiderar
com mais facilidade eventuais desarmonias do seu ambiente.
O jogo da incerteza
Alonso Puig e Sergio Fernández também acreditam que não é preciso nascer
empreendedor, já que todas as pessoas são capazes de aprender tudo, inclusive
as aptidões e atitudes necessárias para levar adiante um projeto próprio.
É possível concluir, então, que qualquer pessoa poderia dar esse salto e se
tornar um empreendedor de sucesso, com um treinamento adequado? A
resposta não é fácil.
Alonso Puig alerta para o fato de que possuir tal habilidade não significa ter a
capacidade de se transformar naquilo que deseja, mas sim, em uma versão
melhorada daquilo que já somos. "Da mesma maneira que a semente de uma
macieira nasce para se transformar em árvore, nós somos instigados a
desenvolver todo o nosso potencial e a nos transformar naquilo que temos
vocação de ser, conclui.
A plasticidade do cérebro
Os caminhos da felicidade