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INSTRUÇÕES TÉCNICAS

ASSUNTO:
ABERTURA DE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS DE PONTES

PROJETO, CADASTRO E RECUPERAÇÃO

Setembro de 2011

REFERÊNCIA DO DOCUMENTO SEHID/GELIRH - IT01

ELABORAÇÃO E PRODUÇÃO:
GERÊNCIA DE LICENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS – GELIRH
SERVIÇO DE HIDROLOGIA E HIDRÁULICA - SEHID

Avenida Venezuela, 110 – Saúde – Rio de Janeiro – RJ - CEP: 20081-312


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Sumário

I – DOCUMENTAÇÃO PARA ABERTURA DE PROCESSO ADMINISTRATIVO . 3

II – DISCRETIZAÇÃO DOS DOCUMENTOS DE ABERTURA ................................. 4


1 - Memorial Descritivo / Justificativo ...................................................................... 4

2 - Levantamento Plani-Altimétrico........................................................................... 4

3 - Levantamento de Seções Topobatimétricas .......................................................... 5

4 - Estudos Hidrológicos ............................................................................................ 5

5 - Memória de Cálculo Hidráulico ........................................................................... 5

6 - Seção Longitudinal da Ponte (seção sistematizada) ............................................. 6

7 - Projeto geométrico da ponte com a seção hidráulica projetada ............................ 6

8 - Indicação do tipo de encontros ............................................................................. 7

9 - Memorial fotográfico ............................................................................................ 7

10 - Ampliação e Recuperação de Pontes .................................................................... 7

11 - Cadastros de Pontes – Obras Prontas.................................................................... 7

12 - Cotas de Assentamento das fundações. ................................................................ 7

13 - Outras Considerações. .......................................................................................... 8

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DIRETRIZES PARA PROJETO DE PONTES

I – DOCUMENTAÇÃO PARA ABERTURA DE PROCESSO ADMINISTRATIVO

1 - Memorial descritivo / justificativo;


2 - Levantamento plani-altimétrico cadastral do trecho, na escala mínima de 1:200, com
coordenadas oficiais e RN do IBGE;
3 - Seções topobatimétricas sendo uma no eixo da ponte e outras duas seções, uma a
montante e outra a jusante (afastadas do eixo cerca de 5(cinco) vezes a largura da calha
média do curso d’água);
4 - Estudos hidrológicos, com respectiva memória de cálculo, para determinação das
vazões de projeto com tempo de recorrência de 25, 50 e 100 anos e planta da bacia
hidrográfica contribuinte;
5 - Memória de cálculo hidráulico contendo vazão de projeto, velocidade de escoamento,
coeficiente de rugosidade e declividade;
6 - Seção longitudinal da ponte indicando as cotas da longarina da ponte, do nível d’água
de projeto, de fundo e das margens do curso d’água.
7 - Projeto geométrico com a seção de projeto, assinado pelo responsável técnico e ART,
observando sua classe de acordo com a NBR 7188/84;
8 - Indicação das características dos encontros da ponte;
9 - Memorial fotográfico.

NOTA 1: As plantas do projeto e as memórias de cálculo deverão ser assinadas pelos


responsáveis técnicos e apresentadas inicialmente em uma via para análise,
complementado posteriormente com mais 02 (duas) cópias após aceitação do serviço
competente.
NOTA 2: Devem ser evitados pilares no meio do curso d’água. Serão admitidos pilares nas
margens da calha ordinária, para TR 25 anos, somente quando a largura da calha
for superior a 35 metros, ou que o carregamento implique na distribuição de cargas
especiais.
NOTA 3: Deve ser evitada a construção de pontes em trechos de curva e, principalmente, a
jusante destas.
NOTA 4: As transições entre a calha natural e a seção no trecho da ponte devem ser motivo de
projeto e dimensionamento.

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II – DISCRETIZAÇÃO DOS DOCUMENTOS DE ABERTURA

1 - Memorial Descritivo / Justificativo

Deverá ser exposta uma descrição geral do projeto ou empreendimento. Além disso, deve ser
apresentada planta de situação na escala 1:1.000 e, como complementação, poderá ser entregue
uma imagem (ex: Google Earth) com a localização da obra em questão.
Apresentar uma justificativa para a obra em questão, descrevendo o objetivo e a finalidade da
obra. Devem ser apresentadas todas as coordenadas geográficas ou UTM dos pontos de
interferência com os corpos d’água
 Para coordenadas geográficas: Grau (com dois dígitos), Minuto (com dois dígitos) e
Segundo (com dois dígitos antes da vírgula e dois dígitos após a vírgula). Exemplo:
Latitude: 22°53'42,25"S Longitude: 43°13'7,61"O
 Para coordenadas UTM: Deverá ser informado o fuso onde as coordenadas se
encontram e o Datum Horizontal. Exemplo: Fuso 23K Datum: SAD69 Leste:
682650,000 Norte: 7467034,000.

2 - Levantamento Plani-Altimétrico

Apresentar o levantamento plani-altimétrico cadastral do corpo hídrico, georeferenciado,


para subsidiar a análise do processo.
Este levantamento deve abranger um trecho com extensão mínima de L para montante e L
para jusante a partir do eixo da ponte, ao longo do curso d’água a intervir e seu entorno,
estendendo o levantamento a L de distância para ambas as margens, na escala mínima de 1:200,
com coordenadas oficiais e RN do IBGE; Conforme esquema abaixo:

L = largura da calha média

P
L O
L N RIO
T
E
L

L L

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3 - Levantamento de Seções Topobatimétricas

Deverá ser entregue para análise, de acordo com as características da ponte, no mínimo 3
seções topobatimétricas nas seguintes localizações:
a) no eixo da ponte;
b) a montante (a uma distância de 5 vezes a largura da calha média);
c) a jusante (a uma distância de 5 vezes a largura da calha média).

L = largura da calha média

P
O
N
RIO
L
T
E

5L 5L

4 - Estudos Hidrológicos

Os estudos hidrológicos devem conter, minimamente:


a) memória de cálculo para determinação das vazões de projeto com tempo de recorrência
de 25, 50 e 100 anos;
b) planta da bacia hidrográfica contribuinte em carta oficial, georeferenciada.

5 - Memória de Cálculo Hidráulico

A memória de cálculo hidráulico deverá indicar a metodologia e conter:


a) vazão de projeto;
b) velocidade de escoamento;
c) coeficiente de rugosidade;
d) declividade média de projeto no trecho.
OBSERVAÇÕES:
1-Recomendamos consultar o Manual do DNIT (Manual de Drenagem de Rodovias)
2- Verificar sempre a esconsidade do eixo longitudinal das pontes em elação ao eixo do
curso, fazendo as correções necessárias no cálculo da seção hidráulica.
3 - Estruturas flexíveis tipo gabião ou similares, não devem ter funções estruturais de
contensão de margens e taludes, podendo ser admitidas como de revestimentos.

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6 - Seção Longitudinal da Ponte (seção sistematizada)

Deve ser apresentado esboço da seção longitudinal da ponte, mostrando fundo e taludes da
calha, linha d’água correspondente à vazão de projeto, pilares, longarinas e tabuleiro da ponte,
com anotação do tamanho dos vãos, da largura dos pilares, da borda livre, da relação V:H dos
taludes e das seguintes cotas:
a) de fundo da calha;
b) dos terrenos marginais;
c) da linha d’água (N.A.);
d) da face inferior da longarina da ponte;
e) do greide da pista de rolamento.

Seção Sistematizada:

Cota do
Cota da Longarina topo

NA Borda livre

V Cota de
h fundo
H

7 - Projeto geométrico da ponte com a seção hidráulica projetada

Deverá ser apresentado o projeto assinado pelo responsável técnico e a Anotação de


Responsabilidade Técnica (ART). O dimensionamento da seção hidráulica deve seguir a NBR
7188/84, conforme indicado na tabela a seguir.

Tabela 1 – Projeto de Ponte


VAZÃO DE
CLASSE DEFINIÇÃO
PROJETO
Pontes situadas em estrada-tronco federais e estaduais ou nas
I TR 100
estradas principais de ligação entre esses troncos.
Pontes situadas em estradas de ligação secundárias, mas em que,
II atendendo a circunstâncias especiais do local, haja conveniência em TR 50 / TR 100
se prever a passagem de veículos pesados.
Pontes situadas em estradas de ligação secundárias, não incluídas na
III TR 25 / TR 50
classe II.

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Em ambiente de águas paradas (lagos, lagoas, mangues, brejos, etc) as pontes devem ter
estudos adequados aos níveis máximos para os mesmos tempos de recorrência, dado sua
importância, observando a circulação das águas e sedimentos.

8 - Indicação do tipo de encontros

Ao projetar os encontros deve se procurar manter os taludes naturais da calha, desde que os
mesmos sejam estáveis; quando isto não for viável deve se definir a solução geométrica para os
encontros das cabeceiras das pontes que poderão ter seções trapezoidais ou retangulares.
Alas de transições devem ser previsto para adequação do escoamento entre a calha projetada
e a natural.
Os encontros poderão ser de concreto armado, concreto ciclópico, pedra argamassada ou em
estruturas que sejam rígidas e suportem os carregamentos de solicitação.

9 - Memorial fotográfico

Apresentar fotos coloridas, preferencialmente, objetivando o conhecimento visual


das margens da calha do rio e sua vegetação cililar no local da intervenção.

10 - Ampliação e Recuperação de Pontes

As recuperações e ampliações das estruturas das pontes devem seguir as mesmas


orientações desta Norma nos aspectos técnico/administrativos

11 - Cadastros de Pontes – Obras Prontas

Os cadastros para aprovação de pontes já construídas deverão obedecer às


orientações desta Norma para sua apresentação e aprovação.

12 - Cotas de Assentamento das fundações.

As fundações direta ou indireta das pontes, blocos e sapatas, deverão ter suas cotas
de assentamento abaixo do fundo natural do curso d’água, podendo, em casos especiais,
serem analisadas outras soluções mais adequadas, dependendo do tipo de carregamento
e classe da ponte.

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13 - Outras Considerações.

Outras considerações sobre estruturas e projetos de pontes não previstas nesta


Norma poderão ser dirimidas no setor técnico competente, onde o requerente deverá ser
orientado.

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