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Geral:
Compreender o processo de inclusão de crianças com necessidades educativas especiais
do tipo deficiência físico-motor.
Específicos:
Definir necessidades educativas especiais;
Definir deficiência físico-motor;
Identificar as causas da deficiência físico-motor;
Demonstrar a classificação da deficiência físico-motor;
Enunciar as características da pessoa com deficiência físico-motor;
Explicar o envolvimento dos pais e outros agentes educativos;
Descrever as estratégias a adoptar;
Demonstrar algumas sugestões para o plano didáctico.
Metodologia
Para a realização deste trabalho, o grupo baseou-se na revisão da literatura. Para além da
introdução o trabalho apresenta os seguintes elementos: definição de necessidades educativas
especial; definição de deficiência físico-motor; as causas da deficiência físico-motor; a
classificação da deficiência físico-motor; as características do deficiente físico-motor; o
envolvimento dos pais e outros agentes educativos; as estratégias a adoptar; algumas sugestões
para o plano didáctico; a conclusão e as referências bibliográficas.
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Necessidades Educativas Especiais (NEE)
Necessidade Educativas Especiais (NEE) refere-se a toda e qualquer ajuda pedagógica que a
criança, jovem e adulto (excluído ou não do sistema) necessitam para aprender (Sim-Sim,2005).
Segundo Brennam (1988), ao referir o conceito NEE, afirma que: “Há uma NEE quando um
problema (físico, sensorial, intelectual, emocional, social o qualquer combinação destes
problemas) afecta a aprendizagem”.
Definição de conceito
Deficiência física- são limitações na capacidade de locomoção, postura ou uso das mãos, ou
limitações do vigor, vitabilidade e agilidade, tem o seu aproveitamento escolar comprometido,
em situações comuns (Fonseca,1995).
Deficiência física refere-se aos problemas ósseos, musculares, ligamentares ou neurológicos, que
afectam a estrutura ou função do corpo, interferindo na motricidade. É caracterizada por um
distúrbio na movimentação e/ou locomoção do individuo.
Deficiência física corresponde a uma disfunção, de caracter congénito ou adquirido, que afecta a
motricidade dos indivíduos (mobilidade, coordenação, fala).
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Artropatias: por processos inflamatórios, processos degenerativos, alterações
biomecânicas, hemofilia, distúrbios metabólicos.
Patologias degenerativas do sistema nervoso central.
A deficiência física pode então ter origem em lesões cerebrais ou não. A causa pode estar em
factores externos ou em factores internos. Podem ocorrer em diferentes períodos do
desenvolvimento: pré-natal (infecções, alterações circulatórias e vasculares), péri-natal
(anóxias, hemorragias cerebrais) e pós-natal (traumatismos cranioencefálicos, meningites).
Podem ocorreras as deficiências físicas temporárias, das quias as mais frequentes são as
resultantes de traumatismos cranianos (e cujas consequências passam normalmente por gestos e
expressão verbal lentos e descoordenados, perdas de memoria e alterações no comportamnto) e
definitivas (paralisias resultantes de lesões cerebrais ou medulares, adquiridas ou congénitas)
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Rigidez: os músculos dos membros são tensos e se contraem fortemente quando se tenta
movimentá-los ou alongá-los.
Espasticidade: o termo espástico é usado para descrever o tipo de paralisia cerebral onde
o tónus muscular é muito alto. Os portadores de paralisia cerebral espástica tem
movimento desajeitados e rígidos porque seus músculos são muito tensos. Eles têm
dificuldade ao modificar sua posição ou ao tentar pegar algo com suas mãos.
Hipotomia: o tónus muscular é baixo. Também chamada de atonia, flacidez.
Mista: em alguns casos observa-se uma variação do tónus de acordo com o grupo
muscular evoluído.
De acordo com Correia e Serrano (2000), ambientes pobres em estímulos podem ter efeitos
devastadores para o desenvolvimento global da criança. As influências ambientais no
comportamento e desenvolvimento da criança são mais fortes nos primeiros anos de vida.
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A família e a criança são elementos sempre presentes, enquanto os outros agentes educativos
(variados) vão entrando e saindo, sendo a criança o elemento de união entre todos. Estes outros
participantes vão surgindo e relacionando-se com a criança e a sua família.
A escola surge na fase de transição, permitindo a separação (protegida) da família, com uma
característica peculiar em relação aos outros agentes educativos (Sousa,1998).
A escola inclusiva é o lugar onde todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível,
independentemente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter, conhecendo e
respondendo as necessidades diversas e seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de
aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos, através de um currículo
apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, usam de recursos e parcerias com
comunidades (Declaração de Salamanca, 1994).
De acordo com Sanchez (2005), a inclusão de pessoas com deficiência não é uma questão
escolar, mas sim uma questão de educação (educação aqui vista como algo amplo, nato,
particular de cada ser humano), cultura de cada pessoa. Os pais, na educação de seus filhos já os
devem formar (educar) para serem pessoas livres de qualquer tipo de preconceito, racismo. A
educação inclusiva deve ser ensinada e praticada por todos. Não só a escola, mas na vida social
também. A educação inclusiva centra-se em como apoiar as qualidades e as necessidades de cada
um e de todos os alunos na escola.
As pessoas com deficiência já não querem mais apenas sentir-se integrados, eles desejam ser
agentes, protagonistas de mudanças na sociedade em que vivem também. Na escola já não são
mais simples ouvintes, pessoas “vegetando” na escola, eles querem mais, querem agir, praticar,
emitir opiniões, serem críticos, isto é, desenvolverem todas suas habilidades e aptidões.
Estratégias a adoptar
Solé (1999) identificou estratégias que podem ser utilizadas por qualquer professor para atingir
todos os alunos, tais como: o planeamento das aulas; a apresentação de ideias; a aula expositiva;
os debates; a dramatização; canto; dança; trabalhos em grupo e actividades em dupla.
Apesar de muitos alunos que apresentam distrofia muscular terem aprendido a adaptar-se ao seu
meio, o professor pode ajudar a criar na sala de aula um ambiente que dê respostas as
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necessidades específicas destes alunos, tanto a nível educacional como físico. Se um aluno tem
de recorrer a uma cadeira de rodas ou se usa quaisquer outros mecanismos de apoio, a sua
deslocação pode não ser fácil. Por essa razão, dever-lhe-á ser concedido tempo suplementar,
quando tem de se deslocar de um local para o outro. Dependendo de cada caso particular, nessa
situação um outro aluno pode proporcionar o apoio necessário (Nielsen,1999).
A inclusão de uma criança com espinha bífida em classe regulares, onde lhe é proporcionado um
padrão escolar o mais normal possível, é extremamente benéfica. Em certos casos, pode tornar-se
necessário que a escola proceda a algumas alterações, de forma a poder receber alunos com esta
deficiência. Dependendo do tipo específico de espinha bífida, podem ser necessárias adaptações
estruturais especiais, tais como a instalação de elevadores ou de rampas. Pode igualmente ser
preciso adquirir equipamento específico, como cadeiras de roda, muletas ou aparelhos
(Nielsen,1999).
Alguns alunos com lesão na espinal medula exibirão um comportamento imaturo, embora tal não
aconteça em todos os casos. Apesar de em alguns destes indivíduos as capacidades intelectuais
não permanecerem intactas, noutros essas capacidades são idênticas às dos restantes alunos.
Devido a sua saúde debilitada, estes alunos podem, com frequência, ter de estar ausentes, não
participando nas actividades lectivas. Por essa razão, os trabalhos que lhes são solicitados devem
sofrer um ajustamento. O professor deve ainda transmitir informações relativas a esses trabalhos
aos pais e aos profissionais que apoiam os alunos em causa, o que irá ajudar a atingir os
objectivos académicos previamente definidos (Nielsen,1999).
Tal como acontece com outras deficiências, o professor deve transmitir aos alunos informações
relativas a paralisia cerebral. Muitos alunos acreditam ainda que esta deficiência é contagiosa. O
professor deve seleccionar um aluno da classe para assumir a função de “companheiro mais
íntimo” do aluno com paralisia cerebral. O apoio que esse aluno proporcionará não deve, porém,
por em causa a independência do aluno com paralisia cerebral. O professor deve ter a disposição
equipamentos de apoio concebido para alunos com paralisia cerebral. Este pode incluir máquinas
de escrever adaptadas, pegas para lápis, suportes para livros e para folhas, assim como cadeiras
de rodas e capacetes. Sob a orientação e supervisão do professor, deve ser dada aos restantes
alunos a oportunidade para usar estes dispositivos. Aqueles que o fizerem terão a capacidade
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para melhor avaliar as dificuldades que os alunos dependentes de equipamento especializado
enfrentam diariamente (Nielsen,1999).
De acordo com Lima (2006), a educação da pessoa com paralisia cerebral requer um trabalho de
equipa, reunindo vários profissionais, equipamentos e recursos, além de um intercâmbio mais
frequente com os pais. As barreiras arquitectónicas, apesar das exigências legais, são um
obstáculo a educação da criança. Para as pessoas com necessidades educativas especiais, é
fundamental que a sociedade construa formas de acesso aos diversos espaços frequentados pela
população, e possibilite a sua locomoção, considerando-os cidadãos com todos os seus direitos e
deveres. Neste sentido, prédios adaptados com rampas, carteiras, espaços em cinemas e outros
itens são fundamentais. No entanto, observamos que as exigências legais em termos de infra-
estrutura física, necessária para o livre ir e vir dessas pessoas e para facilitar o seu movimento,
ainda são precárias ou inexistem em muitos espaços urbanos. O desafio empreendido por alguns
grupos organizados da sociedade, que lutam pela inclusão e pelo acesso de todos aos bens sociais
e culturais, tem produzido seus frutos, o que dá indícios do caminho a ser percorrido na
conquista da inclusão.
As actividades desenvolvidas pelas Salas Multimeios visam possibilitar aos alunos com
deficiência física a autonomia, a segurança e a comunicação, para que possam ser inseridos em
turmas do ensino regular. Não basta, contudo, adquirir para esse fim materiais e equipamentos
especializados industrializados, é importante que estabeleçamos parcerias com outras áreas tais
como: arquitectura, engenharia, terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia, entre outras,
para que desenvolvamos materiais didácticos adequados a estes alunos.
Desenhar e escrever com os pés, com a boca, com o lápis em baixo do braço, com a mão
contrária àquela com que os alunos têm habilidades;
Pular a corda com um pé só;
Ver um filme sem o som e depois descrever o que entendeu;
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Com uma venda nos olhos descrever a forma do objecto;
Comunicar-se por meio de gestos, mimica.
Tendo ou não um aluno com deficiência física, algumas actividades devem ser feitas fora da sala
de aula. Por exemplo: desenhar e descrever paisagens. As actividades não devem ser
diferenciadas, ao contrário o educador deve reforçar o plano didáctico com actividades que
possam beneficiar a todos. O educador deve consciencializar os pais dos deficientes físicos de
que eles devem participar de todos eventos e actividades da escola. Muitas crianças por
apresentarem “diferenças”, são impedidas de fazer a Educação Física, comprar o lanche
pessoalmente ou de participar de uma peca teatral ou dança.
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Conclusão
Findo trabalho realizado, o grupo concluiu que Necessidades Educativas Especiais refere-se a
pessoas com problemas sensórias, físicos, intelectuais e emocionais e também com dificuldades
de aprendizagem derivados de factores orgânicos ou ambientais. A deficiência físico-motora é
caracterizada por um distúrbio na movimentação e ou locomoção do individuo. Deficiência física
corresponde a uma disfunção, de caracter congénito ou adquirido, que afecta a motricidade dos
indivíduos. A causa pode estar em factores externos ou em factores internos. Podem ocorrer em
diferentes períodos do desenvolvimento: pré-natal, peri-natal e pós-natal.
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Referências Bibliográficas
Brennam(1988) in: Correia,L.M.(1999). Alunos com Necessidades Educativas Especiais
nas classes regulares. Porto. Porto editora,LDA.
Correia,L.M&Serrano,A.M.(2000). Envolvimento Parental em Intervenção Precoce-Das
Práticas Centradas na Criança as Práticas Centradas naFamilia.2ᵃed. Portugal. Porto
editora,LDA.
Declaração de Salamanca:(1994). Sobre Princípios, Politicas e Praticas na Área das
Necessidades Educativas Especiais. Salamanca-Espanha.
Fonceca,V.(1995). Educação Especial: Programa de Estimulação Precoce, uma
introdução as ideias de Ferverstein. 2ᵃed. Porto Alegre.ARTMED.
Lima,P.A.(2006). Educação Inclusiva e Igualdade Social. São Paulo: Avercamp LDA.
Nielsen,L.B.(1999). Necessidades Educativas Especiais na Sala de Aula: um guia para
professor. Portugal. Porto editora.
Ramos,R.(2010). Passos para a Inclusão: Algumas Orientações para o Trabalho em
Classes Regulares com Crianças com Necessidades Especiais. 5ᵃ. São Paulo: Cortez.
Sanchez,P.A.(2005). A Educação Inclusiva: um meio de construir escolas para todos no
seculo XXI. Revista da Educação Especial. São Paulo.
Sim-Sim,I.(2005). Necessidades Educativas Especiais: Dificuldades da Criança ou da
escola?. Texto editora LDA.
Sousa,L.(1998). Crianças (Con)fundidas entre a Escola e a Família: uma Perspectiva
Sistémica para Alunos com Necessidades Educativas Especiais. Portugal. Porto editora.
Solé,L.(1999). Aprender e Ensinar na Educação Infantil. Porto Alegre.ARTMED.
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Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 1
Objectivos: ..................................................................................................................................... 1
Geral: ........................................................................................................................................... 1
Específicos: ................................................................................................................................. 1
Metodologia .................................................................................................................................... 1
Conclusão........................................................................................................................................ 9
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