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19/10/2021 10:49 Analise da freqüência cardíaca e do discurso dos visitantes da trilha interpretativa da RPPN Ecoparque de Una no trecho de…

Analise da freqüência cardíaca


e do discurso dos visitantes 
da trilha interpretativa da RPPN
Ecoparque de Una 
no trecho de passarelas suspensas
no dossel
Analysis
of heart frequency and speech of visitors of the suspense bridges in the tree
tops of the Una
Ecoparque interpretative trail
Análisis de la frecuencia
cardíaca y del discurso de los visitantes del sendero
interpretativo de la Reserva
Particular 
del Patrimonio Natural Ecoparque
de Una en el tramo de las pasarelas suspendidas en las copas de los
árboles
*Prof. Assistente do Departamento de
Ciências da Saúde
Universidade Estadual de Santa Cruz
(UESC – BA / Brasil) Ms.
Marcial Cotes*
Licenciado em Educação Física pela
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) cotesmarcial@yahoo.com.br  
  Especialista em Biologia de Floresta
Tropicais e Mestre em Meio Ambiente pela Ms.
Marcia Morel**
Universidade Estadual de Santa Cruz
(UESC) morelmarcia@yahoo.com.br
**Prof.ª Assistente do Departamento
de Ciências Saúde
 
(Brasil)
Universidade Estadual de Santa Cruz
(UESC)

 
Resumo
         
O artigo analisa dados dos visitantes da trilha interpretativa do
Ecoparque de Una, referentes à verbalização de vertigem de altura diante do
trecho de
aproximadamente 97 m de comprimento, de passarelas suspensas no
dossel, comparando com as variações de freqüência cardíaca. Verificou-se
que 15 visitantes
verbalizaram ter sentido vertigem/emoção, sendo 13 do sexo
feminino e dois do masculino. Entretanto, quando analisadas as variações de
freqüência cardíaca
durante o trecho, verificou-se que 48 visitantes tiveram
variações acima ou igual a 20 bpm por minuto. E, deste total, 25 eram do sexo
masculino.
         
Unitermos: Ecoturismo. Esportes de aventura. Trilha
interpretative. Vertigem.
 
Resumen
                 
El artículo analiza datos de los visitantes del sendero interpretativo
de la Reserva Particular del Patrimonio Natural Ecoparque de Una, referente a
los
comentarios sobre el vértigo de altura delante del trecho de
aproximadamente 97 metros de largo, de las pasarelas colgadas en la copa de los
árboles, comparando
  con las variaciones frecuencia cardíaca. Se verificó que
15 visitantes declararon haber sentido vértigo/emoción, siendo de 13 del sexo
femenino y dos del masculino.  
Si en embargo, cuando fueron analizadas las
variaciones de frecuencia cardíaca durante el trecho, se verificó que 48
visitantes tuvieron variaciones superiores o
iguales a 20 pulsaciones por
minuto. Y de este total, 25 eran del sexo masculino.
         
Palabras clave: Ecoturismo. Deportes de aventura. Sendero
interpretativo. Vértigo.
 
Abstract
         
This article analyses data from visitors of the interpretative trail of
the Una Ecoparque, with respect to the visitor speech about dizziness caused by
height of
the passage about 97 m long of suspense bridges in the tree tops and
comparing it with variation in their heart frequency. Fifteen visitors said that
they had felt
dizziness/emotion, among them 13 women and two men. However, when
analysed the heart frequency along the passage, 48 visitors showed variation on
it above
or equal to 20 bpm, among them 25 men.
         
Keywords: Ecotourism. Adventure sports. Interpretive trail.
Dizziness.
 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 162, Noviembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Impulso
do ser humano
   
A busca por seu espírito de aventura e a necessidade de desbravar, conhecer e
apossar-se de novas terras, com fins
econômicos e de exploração impulsionou
o ser humano para as grandes conquistas, presente na história da
humanidade,
desde antes da era Cristã, que atualmente, vem tomando novos contornos
(IGNARRA, 2003).

   
O ser humano do início do século XXI demanda atividades em ambientes
naturais com distintas denominações:
atividades físicas de aventura na
natureza (AFAN), atividades ecoturísticas, esportes de aventura, turismo de
aventura,
práticas corporais de aventura na natureza, novos esportes,
esportes radicais, esportes tecnoecológicos, esportes em
liberdade, esportes
selvagens e esportes californianos (BETRÁN, 1995; COSTA, 2002; 2000; 1999;
POCIELLO, 1987;
VILLAVERDE, 2003).

     
Esta busca da sociedade contemporânea está envolta de signos e significados.
Entretanto, essas atividades de
aventura têm uma dicotomia em relação aos
primeiros aventureiros da história da humanidade. Hoje o risco é
calculado,
porque é possível elaborar um planejamento prévio das diversidades que
poderão enfrentar durante as
atividades (COSTA, 1999).

   
Segundo Bruhns (2000), existe uma distinção entre risco real e imaginário
ressaltando que

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Um amplo leque de valores simbólicos associados a práticas muito diversas,
porém unidas por este
imaginário fortemente condicionado pela explosão
das emoções e do risco. Emoções fictícias, de certa
forma, e riscos
provocados, artificiais, de certa forma, imaginários (p. 30).

   
A natureza com suas adversidades – vento, chuva, temperatura e relevo – é
considerada adversária, e as relações
do
esporte institucionalizado são alteradas. Nas AFAN o ser humano trava um
prélio contra seus próprios limites, e, em
muitas situações, a necessidade
de relações de amizade e companheirismo é considerada de extremo valor ou
um
trunfo para desejada superação como descreve Villaverde (2003).

   
Para Barros (2000), o sentimento de risco nestas atividades possui duas
vertentes, de um lado o risco real, na outra
extremidade o risco aparente. A
autora entende como risco real a exposição do aventureiro a reais
possibilidades de
lesão, enquanto que, no risco aparente, a fantasia do
perigo e suas consequências estão presentes com um alto grau
de sensação
de perigo, mas um baixo grau de risco real ou exposição, denominado por
Costa (1999) de risco
calculado.

     
Este cenário aponta um dualismo do ser humano na sociedade urbana
contemporânea regida por equilíbrio e
segurança, mas este mesmo ser humano
em seus momentos de ócio ativo vai atrás de medo e emoções fortes, o que
é um paradoxo.

   
Em suas reflexões, Caillois (1980) aponta quatro sensações: a aventura, a
competição, a fantasia e a vertigem. A
aventura pode estar presente em uma
simples viagem em busca de novidades. Os jogos institucionalizados são bons
exemplos de competição, todavia uma das características marcantes das
atividades que buscam o meio ambiente
natural como cenário para suas
práticas é a disputa com seus próprios limites.

     
Neste caso específico da disputa contra seus próprios limites, podemos
identificar a fantasia de ser diferente,
chegar aonde ninguém chegou e
descobrir novas culturas, ver e ouvir sons únicos somente encontrados em
ambientes
naturais, deparar com animais selvagens ou simplesmente observar
pássaros em contato mais íntimo com o mundo
natural. Todavia, estão na
vertigem e no consumo as molas propulsoras do sucesso das atividades
esportivas que
englobam uma diversidade de práticas na atualidade.

   
Segundo Feixa (1995, p. 40), “Vivimos en una cultura que ha restringido las
manifestaciones públicas de emoción
fuerte”. Outro aspecto a ser
considerado por nós são as questões culturais e de gênero. De acordo com
Bruhns (2003)

   
Elementos como sensibilidade, estética, entrega, medo ou fragilidade não
constituem o repertório dos
valores masculinos como suposto ‘sexo forte’,
os quais podem ser identificados como dominação,
potência, frieza,
racionalidade e outros (p. 48).

   
A autora aponta uma realidade que se encontra em mudança. Tradicionalmente os
homens mais adeptos destas
atividades podem estar perdendo espaço para o sexo
feminino? Bruhns (2003), em pesquisa realizada sobre as opções
pelos
esportes na natureza, identificou a presença significativa de 60% de mulheres
praticando rafting entre o público
consumidor das agências de turismo
na cidade de Brotas. Ela aponta como exemplo o futebol, esporte “considerado
para homem”, a despeito do grande número de mulheres praticando e o nível
das competições internacionais.

     
As atividades esportivas que utilizam a natureza como cenário, exprimem
vários apelos com o atual nível de
degradação do planeta. Todavia, em um
aspecto poderíamos aproximar essas atividades do sexo feminino, elas
apresentam valores femininos em detrimento dos masculinos. A natureza é
considerada do gênero feminino, chamada
de mãe natureza, trazendo
sentimentos de abrigo, provimento, sensibilidade, acolhimento e fragilidade
(BRUHNS,
2003).

   
Este trabalho não pretende discutir as contestações sociais femininas ou
questões de sexismo nas atividades que
utilizam o ambiente natural para suas
práticas. O intuito desta investigação foi procurar subsídios e
ferramentas que
venham contribuir para novas pesquisas dentro da temática das
AFAN.

     
O que pretendemos apresentar são aportes para alguns questionamentos surgidos
durante os pré-testes no
trabalho de campo, para elaborar a metodologia de
graduação do nível de dificuldade da trilha interpretativa da
Reserva
Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Ecoparque de Una, situado na região
denominada Costa do Cacau, no
sul da Bahia (COTES et al., 2007).

     
Ao considerar Orlandi (2007), no que concerne à responsabilidade do
pesquisador quanto à construção de seu
dispositivo analítico, o objeto
desta pesquisa foi analisar e comparar o discurso/verbalização dos
visitantes no que diz

respeito à vertigem de altura diante das passarelas


suspensas no dossel1
florestal com as variações da freqüência
cardíaca
(FC); para contribuir com uma ferramenta que possa mensurar a vertigem dos
sujeitos praticantes de AFAN.

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Dosséis
florestais e o imaginário do risco da altura

   
O dossel florestal é a porção receptora da maior parte da energia que
sustenta esses ecossistemas. Considerado
por Wilson (1992) como as últimas
fronteiras da exploração do mundo natural, os dosséis florestais
encontram-se
dentro dos projetos da convenção de diversidade biológica da
Conferência Mundial das Nações para o
Desenvolvimento e Meio Ambiente
(Rio-92). O programa 3, meta 3, objetivo 1, atividade b, visa desenvolver
suporte,
tecnologia e pesquisa nesta área, promovendo conhecimento
científico para o entendimento dos processos biológicos
e sua importância
macro na relação dos dosséis e a saúde de grandes áreas florestais
(MITCHELL; SECOY; JACKSON,
2001).

   
No topo das árvores, encontra-se uma biodiversidade surpreendente, cuja
grande parcela ainda é desconhecida
(LEWINSOHN; PRADO, 2002). Por exemplo,
Erwin (1997) levanta a hipótese que 15 milhões de espécies de insetos
residem no topo das árvores das florestas tropicais do mundo.

   
Para o visitante de uma Unidade de Conservação, ter a perspectiva de
observar uma floresta do topo das árvores

suscita uma atmosfera envolta de


imaginações em um sentido construído2
da sociedade cultural (MOREL; COTES,
2003).

   
As grandes árvores e o transitar no dossel, entre copas, traduzem um
sentimento de sobrevida que perpassa pela
utopia da vida eterna. Ao
encontrar-se no alto de uma copa de árvore centenária, o ser humano se vê
diante de um
dos seres vivos com maior longevidade do planeta. Além disso, os
dosséis florestais foram os habitats a partir dos
quais nossos
ancestrais, os símios, em um processo de evolução, desceram para as atuais
savanas africanas,
assumindo a posição bípede (LEWIN, 1999).

   
A comparação feita por Costa (2000), Chevalier e Gheerbrant (1995) acerca do
simbolismo da ascensão em rocha
revela um duplo movimento de ascensão e
descenso, produzindo a interface entre a rocha e a alma do ser humano.
Do
mesmo modo que o vazio da rocha produz esta interface, podemos dizer que o
vazio das passarelas suspensas e
plataformas sinalizam para as fronteiras do
imaginário?

     
O simbolismo dado à montanha/rocha ao imaginário da altura pode ser
comparado com a mesma sensação de

alcançar a copa de uma árvore emergente3


com infinito tapete de dossel verde a seus pés. O verde é a cor
mediadora,
limite entre o alto e o baixo, que se reverte de um valor mítico, onde
esconde segredos e simboliza o
conhecimento do destino (CHEVALIER; GHEERBRANT,
1994).

   
O contraste entre o alto/baixo, verde (dossel)/azul (céu) se traduz no
imaginário do eterno que representa um ato
ancestral do ser humano na
sacralização da natureza como santuário, envolta de mistérios, submetida
ao domínio
deste mesmo ser humano.

   
Para Costa (2000, p. 144), o ser humano possui um sentimento dicotômico onde

   
Ele trilha por um caminho que visa mudar a si mesmo, vencer todas as
adversidades, os perigos e
medos. As descidas às profundezas das cavernas,
as descidas sob a água de cachoeiras, ou num rio
revolto, ou num
vertiginoso deslize pelas encostas das montanhas em gelo são um dos motivos
de
mudança e de se tornar herói. Exaltando também o sentido do tempo que
se esvai que não pára, mas
que não se esgota, renovando-se ciclicamente,
dia após dia, alternando dias e noites, estações do ano,
luminosidade,
escuridão. A meta do homem nessas imagens parece ser lutar, enfrentar seus
medos,
reencontrar-se no drama da temporalidade.

   
Este ser humano se transforma na figura do herói épico, que se apropria das
armas ofertadas por este herói, o
saber, ousar, querer e calar (MÜLLER,
1997). No entanto, a vertigem da altura surge em relatos de escaladores, como
alpinistas de alta montanha, pesquisadores de dossel e espeleólogos, como
sendo o limite entre estar vivo ou não,
linha tênue do desconhecido. Sem o
combustível do medo não existem limites, não há ponderação, há um sopro
imaginário para o deslize no vazio, queda abaixo.

   
A ousadia e o imprevisto são dotados de dimensões para ultrapassar o
inusitado, o risco, a aventura. Ao assumir a
vertigem, o ser humano abre mão
da existência desses momentos excepcionais, portanto, demonstra fraqueza,
reconhece seus limites. O que corrobora Bruhns (2003), pois fraqueza não
constitui uma característica do “sexo
forte”(p. 48). O limite não é
externo ou imposto, aprender arriscar dentro de um vislumbre de futuro mostra
a
liberdade que o ser humano pode lhe proporcionar em sua vida.

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A representação do imaginário da vertigem de altura é mais um elemento das
práticas sociais e sua identidade.
Estas ações são normatizadas pelo
comportamento, suas identidades nos papéis sociais, que passam a ser o perfil
de
uma determinada tribo e suas perspectivas de consumo dentro da sociedade
contemporânea (FERREIRA; COSTA,
2003; COSTA 1999 apud FERREIRA;
EIZIRICH, 1994).

   
Observam-se, nesta relação do ser humano e natureza, duas vertentes dentro
da tribo dos ecoturistas, a primeira
que traz enraizada a necessidade de
dominação da natureza e seus recursos, de forma irracional, o consumo de
marcas, de roupas e equipamentos que transformam seus usuários em componentes
desse universo que a mídia
impõe. Do outro lado, a tribo que procura um
contato ético, uma vivência saudável e hedonista nos momentos do ócio
ativo desfrutado na relação com o mundo natural, em que o ser humano
identifica-se como parte integrante da
natureza, e que dela é dependente para
sobrevivência e continuidade como espécie.

RPPN
Ecoparque de Una

   
Localizada no sul da Bahia, dentro de um dos 25 hotspots
4
existentes no
planeta, a RPPN Ecoparque de Una tem
como objetivo desenvolver o ecoturismo na
Costa do Cacau (COTES; MOREL, 2003). O principal atrativo da trilha
interpretativa da RPPN, além de sua natureza bem conservada, é a aventura de
caminhar em passarelas suspensas no
dossel.

RPPN
Ecoparque de Uma. Passarelas suspensas no dossel. Foto: visiteabahia.com.br

     
Na análise da distância percorrida na trilha
interpretativa, obtiveram-se, aproximadamente, 2.105 m em sua

extensão total5.
A aproximadamente 937 m do início da trilha, chega-se a um quiosque
construído na encosta do
terreno de onde sai a primeira passarela no dossel,
com aproximadamente 12 m de extensão em seu primeiro vão, até

chegar a
primeira plataforma fixada em um angelim pedra (Andira nitida) com uma
altura6 de 8,6 m,
aproximadamente.

   
Da primeira plataforma a segunda, o vão da passarela é de 32 m de extensão,
estando esta passarela a 12,8 m de
altura, aproximadamente. A segunda
plataforma está fixada a aproximadamente 16 m de altura, em um angelim coco
(Andira
stipulacea). A distância, aproximadamente, da segunda plataforma a
terceira é de 36 m com 12,5 m de altura.
A terceira plataforma foi fixada em
um jatobá (Hymenaea oblongifolia), a uma altura aproximada de 9,50 m,
e desta

sai o último lance de passarela7, com uma extensão de 17 m


aproximadamente, até um quiosque na encosta do
terreno. Perfazendo uma
distância total no trecho de passarelas suspensas de aproximadamente 97 m de
trecho
plano.

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Aspectos
metodológicos dos dados referentes aos visitantes

     
Os dados foram coletados de agosto de 2003 a abril de 2004, iniciando com
abordagem aos visitantes que
chegavam para percorrer a trilha interpretativa
da RPPN Ecoparque de Una e esclarecimentos a respeito de sua
participação
voluntária. Um termo de compromisso era fornecido para os visitantes, de
acordo com as diretrizes éticas
internacionais para pesquisas biomédicas
envolvendo seres humanos, segundo o Conselho Nacional de Estudo e
Pesquisa e
do Sistema Nacional de Saúde.

   
Em seguida, colocava-se, no tórax dos voluntários, monitores de FC Polar
S710, os quais eram identificados pelas
cores verde, azul e preta. A amostra
continha um total de 72 visitantes voluntários divididos em gênero, nível
de
treinamento (NTR) e faixa etária (FE) (Tabela 1).

Tabela
1. Faixas etárias e níveis de treinamento estipulados para amostragem

     
No início da trilhas, o aparelho Polar S710 era disparado em sincronia com o
cronômetro do pesquisador. Esta
manobra tinha como objetivo anotar, nas
planilhas dos sujeitos voluntários, o exato momento de início da passagem
no
trecho das passarelas suspensas no dossel, para posterior identificação na
planilha do programa Polar das
variações na freqüência cardíaca de acordo
com a metodologia proposta (COTES et al., 2007). Para não incomodar e
nem haver interferência na coleta de dados, foram fixadas etiquetas cobrindo
o visor dos monitores utilizados pelos
sujeitos voluntários. Imediatamente
após o término do percurso, eram travados os cronômetros.

   
Do início da trilha em diante, a única abordagem aos voluntários, feita
pelo pesquisador, era no momento em que
os mesmos chegavam ao início das
passarelas suspensas no dossel. Abordagem esta para indagar se eles
apresentavam a sensação de vertigem/medo ou não diante das passarelas.

   
É importante ressaltar que o trecho anterior ao quiosque é de descida, e,
antes de os visitantes passarem pelas
passarelas suspensas, os guias explicam
como elas foram construídas, as normas de segurança para atravessar o que
demorava em média de cinco a dez minutos, antes de iniciar este trecho. O que
permite o retorno da freqüência
cardíaca aos valores de aquecimento (FOX;
MATHEUS, 1986).

     
Na tabela dois, temos o perfil dos 72 visitantes amostrados, indicando a FE, o
NTR, o sexo e o número de
indivíduos que relataram vertigem diante das
passarelas suspensas sobre o dossel.

   
Na análise estatística, foi adotado o delineamento experimental totalmente
causalizado, num arranjo fatorial 3 x 3 x
2 (3 faixas etárias, 3 níveis de
treinamento e 2 sexos), com quatro repetições, sendo cada sujeito
considerado como
uma unidade experimental (COTES et al., 2007).

     
Fox e Matheus (1986) colocam que o aumento da FC é devido, em algumas
situações, a um menor ritmo de
estímulo nos nervos vagos, ou de maior
estímulo nos nervos cardioaceleradores simpáticos, ou ainda de ambos.
Quando
um indivíduo está exercitando-se, este processo é simultâneo. Outro
mecanismo que eleva a FC, de suma
importância, é orquestrado pelas células
glandulares, onde, em situações de alarme, medo, ou antes e durante os
exercícios, liberam, além da noradrenalina a adrenalina, produzindo o
aumento da FC. Åstrand e Rodahl (1980)
sugerem que fatores emocionais do tipo
nervosismo e apreensão podem determinar o aumento da FC para trabalhos
de
intensidade leve ou moderada.

Tabela
2. Perfil de 72 visitantes, indicando a faixa etária (FE), o nível de
treinamento (NTR), o sexo
 e
o número de indivíduos que relataram vertigem diante das passarelas
suspensas sobre o dossel

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O
imaginário da vertigem/emoção dos visitantes da RPPN Ecoparque de Una nas
passarelas suspensas
no dossel

     
Antes do início do trecho das passarelas, foram feitas abordagens nos
voluntários, indagando se sentiam
vertigem/emoção diante das mesmas.
Posteriormente a informação era anotada na ficha correspondente à cor do
monitor dos 72 visitantes amostrados.

   
Nesse contexto, alguns voluntários poderiam mascarar a vertigem,
comportamento que preferem não admitir, por
isso considerou-se que o tipo de
abordagem utilizada na pesquisa para detectar a vertigem de altura poderia
apresentar algumas informações distorcidas.

     
Decidiu-se, então, recorrer às planilhas de FC do programa Polar S-series
Precision Toolkit para averiguar se as
oscilações da FC tiveram valores
expressivos, durante a trilha, no trecho plano de 97 m de extensão,
correspondente à
passagem nas passarelas suspensas intercaladas por
plataformas em meio ao dossel.

   
Para tanto, utilizaram-se as planilhas do monitor Polar 710, recorrendo-se ao
maior valor de FC no período de um
minuto antes de o voluntário entrar no
trecho das passarelas suspensas no dossel, para comparar com o maior valor
da
FC no trecho de passarelas suspensas.

     
Foram estipuladas que as variações iguais ou superiores a 20 batimentos por
minuto (bpm) como expressivas,
quando comparadas com o maior valor de FC no
trecho anterior ao momento da entrada nas passarelas suspensas, e,
dentro
deste universo, mensuradas as variações iguais ou superiores a 30 bpm
(Tabela 3).

Tabela
3. Perfil de 48 visitantes, indicando a faixa etária (FE), o nível de
treinamento (NTR), o sexo 
e
o número de visitantes com variações na FC igual ou maior que 20 bpm e
igual ou maior que 30 bpm

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Resultado
da análise da vertigem/emoção dos visitantes no trecho das passarelas
suspensas no dossel

     
Com relação ao discurso dos visitantes referente à vertigem/emoção nas
passarelas suspensas no dossel, dos
resultados obtidos entre os 72 visitantes,
apenas 15 voluntários, ou seja, 2 do sexo masculino e 13 do feminino
admitiram ter sentido vertigem no trecho referente às passarelas.

   
Por outro lado, as análises da FC dos indivíduos durante o trecho das
passarelas suspensas no dossel, dentro da
variação proposta de ≤ 20
bpm, sugere que pode ter havido uma alteração da FC em função da
vertigem/emoção de
altura. Observou-se, nos gráficos do programa Polar
S710, que 26 visitantes apresentaram variações ≤ 20 bpm e 22
visitantes apresentaram variações ≤ 30 bpm, durante o trecho de
passarelas. Com 25 visitantes do sexo masculino e
23 do feminino, com um total
de 48 sujeitos com variações de FC, dentro da metodologia proposta (Tabela
3).

   
A comparação das alterações na FC, dentro da metodologia para FE, indica
semelhança na quantidade de sujeitos
com variações ≤ 20 bpm. Ou seja,
17 visitantes para FE de 15 a 30 anos; 16 na de 31 a 45 anos e 15 visitantes
para
FE de 46 a 60 anos, com discreta diminuição do número de visitantes
que apresentaram variações na FC, à medida
que a FE aumenta. Ao constatar a
diminuição do número de visitantes com alteração na FC, à medida que
diminui a
faixa etária, pode-se sugerir que as alterações tiveram um
motivo, pois os mais velhos teoricamente deveriam ter a FC
mais elevada.

   
As alterações da FC apontam outro dado relevante, dos 48 visitantes que
apresentaram variações na FC, 25 são do
sexo masculino e 23 do feminino;
evidenciando uma maior quantidade de homens com alterações na FC.

   
A análise da variação da FC relacionada ao NTR indica variações para 13
visitantes no NTR sedentário, 19 visitantes
não treinados e 16 treinados
(Tabela 4). Neste caso, a literatura aponta que as maiores FC deveriam ser
para os
sedentários, o contrário dos dados coletados.

Tabela
4. Número de visitantes que tiveram variações na FC dentro da faixa
etária e nível de treinamento

Á
guisa de conclusão

   
Para Orlandi (2007), a verbalização dos sujeitos está diretamente
relacionada com sua vivência enquanto sujeito
pertencente a uma sociedade;
sociedade esta diretamente relacionada a suas ideologias (ORLANDI, 2007). O
que a
autora chama de relação entre sentido e formulação.

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Segundo Orlandi (2007), o discurso tem alicerces sustentados nos resultados de
suas relações sociais; todavia, o
que sente o sujeito é proporcionado por
questões ideológicas e sociais.

   
A par destas informações, sugere-se que, apesar de o discurso dos visitantes
apontar não ser considerada uma
atividade radical (POCIELLO, 1987), o
imaginário da vertigem de altura no trecho correspondente às passarelas
suspensas no dossel poderia estar presente em 48 visitantes da amostra; visto
que Goleman (1995) sinaliza problemas
para identificar emoções peculiares
devido à dificuldade de encontrar verbalização para descrever sensações
no
repertório do nosso vocabulário. O autor sugere uma lista complexa de
emoções dentro do vocabulário do ser
humano: a ira, a tristeza, a vergonha,
a surpresa, o amor, o medo, o nojo e o prazer.

   
Identificamos, a partir dos comentários dos visitantes voluntários, que a
trilha não apresenta fortes emoções para
ser classificada dentro do
conceito de esportes radicais (COTES et al.,2007). Entretanto, quando
analisado os dados do
freqüencímetro Polar S710, podemos sugerir que houve,
sim, emoção durante o trecho de passarelas suspensas no
dossel de 97 m
plano. O sujeito tenta camuflar ou omitir em sua verbalização o que
fisiologicamente não pode ocultar
as variações da FC.

     
Ao contrapor a FC com a análise de discurso as palavras podem estar deixando
de fazer sentido. No caso
específico, o discurso dos sujeitos, comparado com
as variações da FC, pode estar relacionado com o que afirma
Bruhns (2003),
pois medo não é um sentimento do repertório do sexo masculino dentro da
sociedade construída com
alicerce machista.

   
Neste sentido, Orlandi (2007) sinaliza

     
Resta acrescentar que todos esses mecanismos de funcionamento do discurso
repousam no que
chamamos formações imaginárias. Assim não são os
sujeitos físicos nem os seus lugares empíricos como
tal, isto é, como
estão inscritos na sociedade, e que poderiam ser sociologicamente
descritos, que
funcionam no discurso, mas suas imagens que resultam de
projeções (p.40).

   
Ainda segundo Orlandi (2007), o imaginário está diretamente relacionado com
as questões sociais, delineadas pela
história, orquestrada em uma sociedade
mediada por relações de poder. O sexo masculino na sociedade é tido como o
“sexo forte”. E força e poder do homem másculo não se identificam com
medo e fragilidade.

   
Apesar de 48 visitantes, da amostra, terem apresentado alteração na FC no
trecho das passarelas suspensas no
dossel, essa variação poderia sugerir uma
indicação de emoção (a surpresa, o amor e ou o prazer) e não vertigem
(GOLEMAN, 1995). Pelo simples fato de poder estar tendo a oportunidade de ver
a floresta em outra perspectiva, do
topo das árvores.

     
Ao levar em consideração que as AFAN produzem em seus praticantes
sentimentos de aventura, incertezas e
situações árduas, aproximando-se da
formação discursiva do imaginário machista, para o sexo masculino sentir
medo
é algo inadmissível na sua verbalização; mas podendo sugerir
vertigem/medo e fragilidade quando analisada as
alterações da FC.

     
A análise dos dados pode estabelecer outro critério para mensurar o
imaginário da vertigem/medo de altura
utilizando variações de FC, além de
indicar que o sexo masculino pode ter mascarado, por uma questão cultural de
gênero, a vertigem de altura. Sugere-se a utilização da metodologia
empregada na análise de discurso referente as
AFAN, além de uma pesquisa
mais ampla e com público que tenha opção por outros esportes de aventura ou
radical.

Notas

1. Termo utilizado para designar o conjunto de copas de árvores, abrangendo


grande diversidade de interações bioquímicas, físicas e químicas,
sendo a porção receptora da maior parte da energia que sustenta esses
ecossistemas.

2. Representações de aventura, paixões, emoções, desejos, riscos,


afetos, adrenalina e desafios (Morel; Cotes, 2003).

3. Copa de grandes árvores que sobressai da cobertura contínua do dossel,


ficando mais alta que esta cobertura.

4. Regiões biologicamente mais ricas e ameaçadas do planeta (MYERS et al.,


2000; BRIGHT; MATTOON, 2001).

5. Todas as medidas de comprimento da trilha e alturas das passarelas e


plataformas foram aferidas com uma trena de 50 metros.

6. Todas as alturas de plataformas e passarelas (altura aferida do seu meio)


foram medidas do seu piso ao solo.

7. Não foi medida a distância da primeira e última passarela ao chão, por


ser inexpressiva a altura.

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