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A IMPORTÂNCIA DE UM CASAL QUE CAMINHAM JUNTOS

Em toda a Bíblia nós sempre somos levados a pensar na instituição


família. Vemos vários casais que se destacam ao longo do Antigo e
Novo Testamento. E na maioria das vezes, acabam se destacando
alguns protagonistas, e acabamos lembrando deles como numa
“CARREIRA SOLO”.

Como exemplo temos: Adão e Eva, passando por Abraão e Sara,


Isaque e Rebeca, Sansão e Dalila, Boaz e Rute, Elcana e Ana, Davi
e Bate-Seba, Acabe e Jezabel etc.

Ao chegar no Novo Testamento nos deparamos com dois casais que


se destacam nas narrativas dos Evangelhos: ZACARIAS E ISABEL,
por terem trazido ao mundo JOÃO BATISTA, aquele que veio
preparar o caminho de Jesus; e, JOSÉ E MARIA, que cuidaram do
Jesus menino, gerado em Maria, pelo Espírito Santo, como o
Messias Salvador.

Mas, a partir da ascensão de Cristo e do início da formação da


IGREJA, um casal começa a despontar de maneira positiva na
história Bíblica: ÁQUILA E PRISCILA
1. Um casal que é uma carta aberta (At 18.1-2)

“Depois disto, deixando Paulo Atenas, partiu para Corinto. Lá,


encontrou certo judeu chamado Áquila, natural do Ponto,
recentemente chegado da Itália, com Priscila, sua mulher, em vista
de ter Cláudio decretado que todos os judeus se retirassem de
Roma. Paulo aproximou-se deles.”

Atos 18:1-2

Este distinto casal é citado no NT, sempre pelo apóstolo Paulo, seis
vezes. A primeira informação que temos do casal é que havia
chegado recentemente em Corinto, quando Paulo se aproximou
deles, tendo sido expulsos de Roma, pelo imperador Claudio (41 a
54 dC), que decretou que os judeus se retirassem da capital do
Império, por volta de 49 dC.

A vida deste casal é, sem dúvida, uma carta aberta, conhecida e lida
por todos os que têm alguma intimidade com o livro sagrado – a
bíblia. Ao refletir sobre a história de vida deles muito podemos
enriquecer a nossa própria história e certamente seremos desafiados
a seguir o seu exemplo.
2. Um casal de mente e coração abertos (At 18.2b)

Não está claro no texto bíblico se o casal foi evangelizado por Paulo
ou se já eram convertidos quando o apóstolo se aproximou deles (At
18.2b). O fato é que em algum momento das suas vidas,
provavelmente em Roma, eles abriram a mente e o coração para o
Evangelho de Cristo e sua obra. Pelo que é dito deles foi uma entrega
por inteiro!

3. Um casal de mãos abertas (At 18.3-5)

“E, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles e ali
trabalhava, pois a profissão deles era fazer tendas. E todos os
sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como
gregos. Quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo se
entregou totalmente à palavra, testemunhando aos judeus que o
Cristo é Jesus.”

Atos 18:3-5

Áquila e Priscila, marido e esposa, tinham a profissão de fazer tendas


(At 18.3). Ambos estavam juntos no mercado de trabalho buscando
o sustento da família. Paulo se identifica com eles por terem o mesmo
ofício.
Fica evidente que esse casal trabalhador logo apoiou e ajudou a
sustentar a obra missionária da Igreja, através de Paulo,
concedendo-lhe moradia e oportunidade de trabalho.

4. Um casal de olhos abertos (At 18.18)

“Mas Paulo, havendo permanecido ali ainda muitos dias, por fim,
despedindo-se dos irmãos, navegou para a Síria, levando em sua
companhia Priscila e Áquila, depois de ter raspado a cabeça em
Cencreia, porque tomara voto.”

Atos 18:18

Quando Paulo parte para Éfeso ele se despede de alguns irmãos, o


que evidencia a existência de uma igreja nascente ali em Corinto (At
18.18). Entretanto, é significativo que ele leva em sua companhia o
casal Priscila e Áquila. Por um lado, certamente ele via no casal uma
vocação para apoio à obra missionária, não somente no sentido
material, mas também no sentido espiritual, no que se refere à
consistência e maturidade da sua fé.

Por outro lado, chama a atenção o desprendimento do casal de


acompanhar o apóstolo. Não temos a informação se Paulo os
convidou ou se eles se ofereceram. Entretanto, a expressão “levando
em sua companhia” (At 18.18) transmite a impressão de que o casal
já fazia parte da equipe de Paulo. Era um casal de visão.
5. Um casal de boca aberta (At 18.19, 23-28)

“Chegados a Éfeso, deixou-os ali; ele, porém, entrando na


sinagoga, pregava aos judeus.”

Atos 18:19

23. Havendo passado ali algum tempo, saiu, atravessando


sucessivamente a região da Galácia e Frígia, confirmando
todos os discípulos.
24. Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de
Alexandria, chamado Apolo, homem eloquente e poderoso nas
Escrituras.
25. Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de
espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus,
conhecendo apenas o batismo de João.
26. Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-
o, porém, Priscila e Áquila, tomaram-no consigo e, com mais
exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus.
27. Querendo ele percorrer a Acaia, animaram-no os irmãos e
escreveram aos discípulos para o receberem. Tendo chegado,
auxiliou muito aqueles que, mediante a graça, haviam crido;
28. porque, com grande poder, convencia publicamente os judeus,
provando, por meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus.

Atos 18:23-28
Apolo era um pregador valoroso e entusiasmado com o que fazia.
Tendo sido devidamente instruído e desejando prosseguir nesta
obra, percorrendo a Acaia, encontra no casal de “BOCA ABERTA” e
nos outros irmãos de Éfeso, palavras e atitudes de encorajamento
(At 18.27-28).

6. Um casal de portas abertas (1Co 16.19; Rm 16.3-5)

“As igrejas da Ásia vos saúdam. No Senhor, muito vos saúdam


Áquila e Priscila e, bem assim, a igreja que está na casa deles.

1 Coríntios 16:19.”

“Saudai Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus,….


saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles.”

Romanos 16.3, 5a

Naquela ocasião era muito comum as igrejas locais estarem


sediadas em casas e não em templos, como se vê hoje. Isso
demonstra desprendimento e compromisso total do casal com o
reino; com o Deus da obra e com a obra de Deus.
7. Um casal de espírito aberto (Rm 16.3-4)

“Saudai Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os


quais pela minha vida arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhes
agradeço, não somente eu, mas também todas as igrejas dos
gentios;”

Romanos 16.3-4

a) Espírito aberto a cooperar.

Cooperação é uma ação conjunta para uma finalidade ou objetivo em


comum. Fica evidente naquilo que se diz a respeito deles, o quanto
viviam em sintonia e cooperação, um com o outro, o casal com o
apóstolo Paulo e demais irmãos, e todos os crentes com Deus, pois
fomos chamados de “cooperadores de Deus”

b) Espírito aberto a se sacrificar.

Naquela época ser cristão era correr o risco de ser perseguido e de


perder a vida. O casal Priscila e Áquila deixaram um testemunho para
nós e para a história da igreja que foi muito além do risco pessoal.
Tal era o comprometimento deles com Deus e com a igreja de Cristo
que eles arriscaram suas vidas pelo apóstolo Paulo, gerando gratidão
no coração de Paulo e em todas as igrejas que amavam, zelavam e
oravam pela vida e integridade física do apóstolo dos gentios.

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