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Inversores de Frequência

Parte 1 – Motores Elétricos CA


Conteúdo do Treinamento

1.MOTORES ELÉTRICOS CA:


a) Funcionamento e conceitos básicos;
b) Características de carga acionada.

2.INVERSORES DE FREQUÊNCIA:
a) Noções fundamentais;
b) Características gerais;
c) Critérios de aplicação e dimensionamento;
d) Características do motor acionado por inversor.

3.PARAMETRIZAÇÃO e ANÁLISE DE FALHAS:


a) AllenBradley (Rockwell).

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1. Motores Elétricos CA
Revisão

V= 120 V V= 127 V V= 440 V V= ? V


I= 15 A I= ? A I= ? mA I= 15 mA
R= ? Ω R= 1,2 kΩ R= 100 kΩ R= 12 Ω

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Revisão
Tudo que vemos no mundo real tem a ver com trabalho realizado, e
trabalho tem tudo a ver com Energia.
O que é Energia?
É a capacidade de realizar trabalho:
• Ex: Energias Elétrica, Pneumática, Mecânica (Cinética), Heólica,
Hidráulica...
O que é Trabalho?
É o processo de conversão de um tipo de energia, em outra.
Exemplos:
Energia Mecânica (Movimento) → Elétrica + Calor (Geradores)
Energia Elétrica → Mecânica + Calor (Motores)
Elétrica → Luminosa + Calor (Lâmpadas, Monitores)
Elétrica → Sonora + Calor (Auto Falantes)

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Revisão
Exemplos de Trabalho:
• Deslocar uma caixa de 1 kg por 10 m em linha reta;
• Aquecer 1 L de água de 35ºC à 100ºC;
• Erguer uma carga de 1 Tonelada por 30 m;

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Revisão
Supondo que para deslocar uma caixa de 1 kg por 10 m em linha
reta o João gastou 10 segundos e Maria gastou 20 segundos. O
que podemos concluir?
• Os dois realizaram o mesmo trabalho;
• João levou menos tempo que Maria;
• Logo, João consegue fazer o mesmo trabalho que Maria em
menos tempo.

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Revisão
Supondo que tenhamos dois chuveiros, um de 4700 W e outro de
3500 W. Em qual dos dois chuveiros a água sai mais quente?
• Qual é o trabalho realizado pelo chuveiro?
• Porque um esquenta mais que o outro?
• Eletricamente falando, o que poderia causar o aumento da
temperatura mais rapidamente?
• Então, qual seria a diferença entre os dois internamente?

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Revisão
A capacidade de realizar Trabalho em um certo tempo é conhecida
como Potência. Logo:

Potência = Trabalho
tempo

Ex: Uma máquina realizou um trabalho de 25000 Joules em 20


segundos. Qual a potência média desta máquina?

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Revisão
Em elétrica, a potência é diretamente proporcional à tensão e a
corrente…
Ou seja:
• quanto maior a tensão, maior a potência;
• e quanto maior a corrente maior a potência.

P=VxI
P = Potência (W - Watts)
V = Tensão (V - Volts)
I = Corrente (A - Amperes)

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Revisão
Exemplos:
1. Uma lâmpada tem 60 W de potência, sabendo que sua tensão
de trabalho é 127 V. Determine a sua corrente de trabalho, e
determine sua resistência elétrica.
2. Uma lâmpada tem 60 W de potência, sabendo que sua tensão
de trabalho é 220 V. Determine a sua corrente de trabalho, e
determine sua resistência elétrica.
3. Compare os resultados das questões 1 e 2.

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Revisão
Contato de Selo:

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Eletromagnetismo
Magnetismo é a capacidade que certos materiais têm de atrair
outros materiais.

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Eletromagnetismo
Essa atração se deve a formação de linhas de força ao redor destes
materiais.

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Eletromagnetismo
Da mesma maneira que as cargas iguais se repelem, e as diferentes
se atraem. Onde se encontram as linhas de forças, dizemos que são
os pólos.
• De onde “saem” as linhas de força, dizemos que é o pólo norte.
• Onde “chegam” as linhas de força, dizemos que é o pólo sul.

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Eletromagnetismo
Os pólos apresentam propriedades semelhantes às cargas elétricas,
ou seja:
• Pólos Iguais se repelem;
• Pólos Diferentes se atrem.

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Eletromagnetismo
Por que estamos falando disso?
Porque quando um condutor é percorrido por uma corrente
elétrica, cria-se nele um campo magnético em torno do mesmo da
seguinte maneira

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Introdução ao MIT
O Motor de Indução Trifásico apresenta-se atualmente como uma
boa opção para acionamentos controlados, pois possui algumas
vantagens sobre o motor de corrente contínua, devido a
inexistência do comutador.

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Introdução ao MIT
Vantagens:
• O custo do MIT é muito menor que o motor de CC de mesma
potência;
• A manutenção do MIT é mais simples e menos onerosa;
• O consumo de energia do MIT nos processos de aceleração e
frenagem é menor;
• Com o MIT pode-se obter velocidades maiores, o que implica em
potências maiores ( ) P = w⋅T .

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Introdução ao MIT
Desvantagem:
• A grande desvantagem do MIT reside na dependência entre
fluxo e a tensão do estator, o que não ocorre nos motores CC
com excitação independente. Este fato limita a faixa de variação
de velocidade do motor,quando controlado por variação da
tensão do estator.

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Introdução ao MIT
Todo funcionamento de um motor elétrico, seja ele qual for, é
baseado em duas leis:

Lei de Faraday e Lei de Lenz

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Introdução ao MIT
Lei de Faraday: “a corrente elétrica induzida em um circuito fechado
por um campo magnético é proporcional ao número de linhas do
fluxo que atravessa a área envolvida do circuito, por unidade de
tempo”

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Introdução ao MIT
Lei de Lenz: “o sentido da corrente é o oposto da variação do campo
magnético que lhe deu origem”

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Introdução ao MIT
Quando posicionamos 3 bobinas com 120º graus entre si, conforme
a figura abaixo, e rodamos um campo magnético entre elas,
observamos o seguinte fenômeno:

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Introdução ao MIT
Interligando uma das fases até uma bobina da seguinte forma:

T S

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Dividindo a bobina em duas partes iguais e interligando uma a
outra em série obtemos:

T S

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Introdução ao MIT
Observamos então que o campo magnético no interior das bobinas
fica oscilando entre norte e sul.

S N S N

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Introdução ao MIT
Observamos então que o campo magnético no interior das bobinas
fica oscilando entre norte e sul.

S NN SS N

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Introdução ao MIT
Observamos então que o campo magnético no interior das bobinas
fica oscilando entre norte e sul.

S N S N

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Introdução ao MIT
Voltemos ao exemplo inicial, agora será diferente, iremos alimentá-
las com um sistema trifásico defasados 120º:

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Classificação de Motores

MOTOR CC Universal Motor de Passo


MOTOR C.A.

Linear Trifásico Monofásico


Independente Paralelo Série Composto

Síncrono Assíncrono
(de Indução)

Rotor Bobinado
Rotor bobinado (Anéis)
Relutância Ímãs Rotor maciço
Anéis ou Gaiola
Permanentes (histerese)
Brushless

Pólos Pólos
lisos salientes

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Introdução ao MIT
Motor de Indução vs. Motor Síncrono

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Introdução ao MIT
Observamos que existem duas velocidades que devem ser
observadas em um motor de indução:
• A velocidade Síncrona (Estator)
• A velocidade Assíncrona (rotor)

Obs.: O motor de indução também é conhecido como assíncrono,


exatamente por causa desta característica.

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Introdução ao MIT
A velocidade Síncrona (Estator)
Depende do número de pólos do motor e da frequência da rede e é
dada pela equação:

nS = 120.f
p

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Introdução ao MIT
A velocidade Assíncrona (rotor)
Depende das características de construção do motor. Lembrando
que sempre, haverá diferença entre o campo girante do estator e o
campo induzido no rotor.
Sendo exatamente esta diferença que faz com que sempre haja
tensão induzida no rotor.

S(%) = ns- n . 100%


ns

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Introdução ao MIT
Comentários
Partindo das leis enunciadas até aqui, podemos fazer algumas
deduções do comportamento de um motor de indução.
• O que acontece se tentarmos reduzir a velocidade do rotor
aumentando a carga, por exemplo?
• O que aconteceria se não houvessem perdas tanto no estator
quanto no rotor?

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Introdução ao MIT
O Torque de um motor de indução
depende, basicamente, da intensidade da interação entre os
campos do rotor e do estator, representados pela corrente do rotor
e a tensão do estator.

T = k.ɸ.IR.cos θ

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Introdução ao MIT
A Velocidade Nominal
É a velocidade do rotor funcionando à potência nominal, sob
tensão e frequência nominais. Dependendo também da velocidade
síncrona do estator e do escorregamento.

n = (1 - S) . nS

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Introdução ao MIT
A Potência Nominal (Motores Trifásicos)
É a energia que o motor absorve da rede de alimentação,
transformando-a em energia mecânica.

P = √3 . VL . I . cos θ . η

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Introdução ao MIT
Principais equações envolvendo o Motor de Indução

Considerando B=0, (atrito)


Onde:
Ta = Tempo de aceleração
ω = Velocidade angular (Rad/s)
n = Velocidade (RPM)
TL = Torque líquido (N.m)
Tkgfm = Torque líquido (Kgfm)

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Introdução ao MIT
Estrutura física

Enrolamentos do Barras
estator do
rotor

Estator Rotor

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Introdução ao MIT
Modelo elétrico

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Tipos de Partida de Motores
Partida Direta
• O motor recebe tensão plena;
• Valores de conjugado (torque) e
corrente de partida são plenos.
• Consequências:
• Queda de tensão acentuada;
• O sistema deverá ser
superdimensionado (elevação de
custos);
• Desobediência às normas vigentes que
delimitam a queda de tensão da rede.

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Tipos de Partida de Motores
Partida Direta
Restrições:
• Motores com potência máxima de 7,5
cv;
• A corrente do motor deve ser bem
inferior à da rede;
• As instalações elétricas devem ter
capacidade para conduzir a corrente
de partida (tempo curto) e a corrente
nominal (regime permanente);

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1. Motores Elétricos CA
Tipos de Partida de Motores
Partida direta
Comportamento da corrente e do torque
(300%) (600%)

TORQUE CORRENTE

Torque
(300%) Máximo ESCORREGAMENT
(Breakdown) O
(200%)
(200-
250%)
Torque de Torque
partida (150%) Mínimo
CORRENTE
(125%) NOMINAL

Torque
nominal
(100%)
CORRENTE
EM VAZIO (30%)
ROTAÇÃO

ROTAÇÃO
NOMINAL NS

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1. Motores Elétricos CA
Tipos de Partida de Motores
Partida direta
Comportamento da corrente e do torque
Categoria N: torque de Partida e
escorregamento normais, sobrecorrente de TORQUE

partida alta. Utilização: uso geral. 250%


D

Categoria H: alto torque de partida, 225% H

escorregamento baixo : partida de cargas de 150%


N

alta inercia.
Categoria D: alto torque de partida,
escorregamento alto, sobrecorrente baixa. 0 ROTAÇÃO 100%

Utilização: equipamentos com ciclos


repetitivos.

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1. Motores Elétricos CA
Tipos de Partida de Motores
Partida direta
Comportamento da corrente e do torque
Rotor com cobre fundido

Geometria das barras do rotor Gaiola de Esquilo – Norma NBR 7094 da ABNT

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Tipos de Partida de Motores
Partida direta
Torque da Carga x Torque do Motor

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Tipos de Partida de Motores
Partida Estrela-Triângulo
Partida com redução de tensão e
consequente, redução de corrente;
• Na partida executa-se a ligação estrela
no motor, fazendo com que as
bobinas recebam apenas 58% da
tensão que deveriam receber.
• No instante em que o motor atinge
aproximadamente 90% da sua
velocidade nominal é feito a
comutação, passando o motor a ser
ligado em triângulo, assim as bobinas
passam a receber a tensão nomina.

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Tipos de Partida de Motores
Partida Estrela-Triângulo

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Tipos de Partida de Motores
Partida Estrela-Triângulo
Este tipo de chave proporciona redução da corrente de partida
para aproximadamente 33% de seu valor, em comparação com a
Partida Direta;
Condições:
• Os motores devem ser trifásicos, com duas tensões de ligação
(estrela e triângulo) e ter no mínimo 6 terminais;
• A tensão de alimentação deve corresponder à tensão de ligação
em triângulo do motor;
• Os motores devem partir sem carga (a vazio), porque na ligação
em estrela ocorre também uma redução no torque de partida,
proporcional a redução da corrente de partida.

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1. Motores Elétricos CA
Tipos de Partida de Motores
Partida Direta x Partida Estrela-Triângulo

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Tipos de Partida de Motores
Partida Estrela-Triângulo
Exemplo de aplicações:
Serras de fita circular, ventiladores, furadeiras e esmeris, etc.

Cargas com comportamento quadrático ou parabólico.

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Tipos de Partida de Motores
Partida Compensadora
Tem como finalidade, reduzir a corrente de partida do motor;
• A tensão é reduzida, através de um transformador ou
autotransformador;
• Depois de um tempo pré-estabelecido, o autotransformador é
excluído do circuito;
• A redução da corrente de partida depende do TAP:
• TAP 65% → redução para 42% do seu valor de partida direta;
• TAP 80% → redução para 64% do seu valor de partida direta .

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Tipos de Partida de Motores
Partida Compensadora
• Pode ser usada para motores que partem com carga;
• Condições:
• O autotransformador deverá ter potência igual ou
• superior a do motor;
• O conjugado resistente de partida da carga deve ser inferior à
metade do conjugado de partida do motor;
• É indicada para motores de potência elevada, que acionam cargas
com alto índice de atrito.

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1. Motores Elétricos CA
Tipos de Partida de Motores
Partida Compensadora

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Tipos de Partida de Motores
Partida Estrela-Triângulo x Partida Compensadora

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Tipos de Partida de Motores
Soft Starter
Composto por pontes de tiristores (SCRs na configuração
antiparalelo) que são acionadas através de placas de circuitos, o
Soft-Starter é um dispositivo eletrônicos com a finalidade de
conseguir controlar a partida de motores de corrente alternada
(motores trifásicos), afim de diminuir quedas de tensão na rede de
alimentação, fato muito comum ao se utilizar partidas diretas.

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Tipos de Partida de Motores
Soft Starter
Formado por seis SCRs, que tem a função de variar o ângulo de
disparo e, consequentemente, a tensão eficaz do motor. Dessa
forma, se faz possível o controle para uma partida mais suave do
motor, controlando a corrente utilizada para partida.

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Tipos de Partida de Motores
Soft Starter
Partida Direta x Estrela Triângulo x Soft Starter

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Tipos de Partida de Motores
Soft Starter
Não possui controle de frequência, ou seja, não é possível controlar
a velocidade, apenas controle de amplitude de tensão.
É como se fosse um auto transformador com centenas de TAPs.

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1. Motores Elétricos CA
Tipos de Partida de Motores
O inversor varia a Freqüência e a Tensão do motor ao mesmo
tempo, o que garante fluxo constante no motor e
consequentemente o Torque mesmo quando operando em baixas
rotações.

V 440 220 11
= = = = 7,33 = Torque Constante
F 60 30 1,5

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1. Motores Elétricos CA
Tipos de Partida de Motores
Entendendo os dados de Placa

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1. Motores Elétricos CA
Tipos de Partida de Motores
Entendendo os dados de Placa Potência 10 CV
• A Potência nominal é obtida com o motor operando na rotação
nominal com tensão e freqüência nominais.

• Abaixo da rotação nominal a potência cai na mesma proporção


para cargas de Torque constante e ao cubo para cargas de
Torque variável.

• Acima da rotação nominal o motor opera com Potência


constante, sendo o torque é reduzido na mesma proporção do
aumento da rotação.

TxN onde; P = CV (Potência)


P = T = Kgfm (Torque )
716 N = Rpm (Rotação)
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Tipos de Partida de Motores
Entendendo os dados de Placa Rotação 1750 min-¹
• A Rotação nominal é obtida com o motor operando na
freqüência nominal com carga nominal (corrente nominal).

• A Rotação nominal inclui o escorregamento nominal do motor.


Em vazio o motor possui uma rotação ligeiramente superior a
rotação de placa.

• Os motores normais novos normalmente aceitam acréscimos de


velocidade até 100Hz. Motores de pequeno porte podem
suportar até 120Hz ( o dobro da rotação nominal). Entretanto,
nesses casos, é conveniente consultar o fabricante do motor.

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Tipos de Partida de Motores Tensão 440 volts

Freqüência 60 Hz

Entendendo os dados de Placa


• A relação Tensão/Freqüência ( V/F ) deve ser mantida constante
em toda a faixa de variação de rotação a fim de possibilitar
torque nominal..

• É importante notar que a relação V/F de um motor de 60Hz


nominais é diferente da relação V/F de um motor de 50Hz
nominais. Esses dados são importantes na setagem de
parâmetros dos inversores.

• A faixa de variação aceita para o conjunto motor/inversor é de


+/- 10% de variação de tensão e +/- 5% de variação de corrente
na linha de alimentação.

Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Tipos de Partida de Motores
Fator de serviço
Entendendo os dados de Placa
1.15

• Indica a reserva de potência disponível no motor. O fator 1,15


significa que o motor pode operar continuamente com 15% a
mais de potência.

• O ideal é a utilização do fator 1,15 para motores que operam


com inversores. Essa reserva pode ser utilizada como reserva
térmica em casos de operações frequentes em baixas rotações,
ou como reserva para sobrecargas frequentes.

Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Tipos de Partida de Motores
Exercícios
1.) Calcule a velocidade síncrona de um motor de 24 polos em 50 e 60Hz.

2.) Calcule o torque de um motor 100 Cv ,24 polos , 50 Hz e o torque de um


motor de 100 Cv 24 polos 60Hz?

3.) Qual é a categoria ideal de motores para uso com inversores ? E por
quê?

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1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
PWM - Princípio
• O inversor PWM mantém a relação Tensão/Freqüência
constante. Garantindo torque constante no motor.

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1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
PWM - Princípio
• A tensão de saída varia através da alteração Ton
da largura dos pulsos de chaveamento que Tc
= 50%
formam a tensão de saída.
• Aumentando-se o tempo que o transistor
permanece ligado, para um mesmo
período, a tensão média aumenta.
• Essa tecnologia é denominada “Modulação
por Largura de pulsos - PWM”.

Ton
Ton: Tempo que o Transistor permanece ligado.
Tc
Tc : Período do chaveamento (Depende da freqüência).

Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
Como o inversor varia a Tensão
• Aumentando-se Ton com Tc fixo a
voltagem aumenta.

Ton Ton Ton


= 50% Tc = 75% = 90%
Tc Tc

Ton Ton Ton


Tc Tc Tc

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1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
O que é reforço de torque?
• Conforme já exposto, a idéia básica é manter a relação V/F
constante, para produzir torque constante.
• Entretanto em baixas rotações a queda de tensão nos
enrolamentos do motor torna-se significativa, reduzindo o
torque disponível para movimentar a carga.
• Modelo matemático monofásico do motor de indução

Queda de
Tensão

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1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
O que é reforço de torque?

428V 2V
= 7,13 1,5Hz = 1,33
60Hz
L1 L2 L1 L2
R1 R1
12V 9V

440V 428V M R2 11V 2V M R2


S S

Se mantivermos a relação V/F constante o torque


em 1,5 Hz será Baixo ! ! !

Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
O que é reforço de torque?
428V 11V
= 7,13 = 7,33
60Hz 1,5Hz

L1 L2 L1 L2
R1 R1
12V 12V

440V 428V M R2 23V 11 V M R2


S S

Alterando-se a curva V/F para 23V em 1,5Hz passamos a ter torque nominal
novamente. Isso é chamado de “Reforço de torque em baixas rotações” ou
“Torque Boost”.

Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
O que é reforço de torque?

Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
Inversores tipo PWM
PWM - Pulse Width Modulation (modulação por largura de pulsos)

Entrada Estágio Link CC Estágio Saída

Conversor Inversor
Tensão Freqüênci a
(Diodos) Tensão (Transistores) variável com
CA CC fixa curva V/F
constante

Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
Inversores tipo PWM

Tensão de entrada Tensão de saída

Corrente de Corrente de
entrada saída

Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
Inversores tipo PWM
inversor converte a Tensão alternada de entrada em contínua,
invertendo novamente para alternada com tensão e freqüência
variável.

Entrada M

Saída
Corrente de
saída
AC DC AC
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1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
Inversores tipo PWM
Os transistores funcionam como chaves. Tomemos como exemplo
o inversor monofásico hipotético abaixo:

Inversores de Frequência
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Inversor de Frequência
Frenagem
O motor quando rodando acumula energia mecânica, e quando é
submetido a frenagem transforma energia mecânica em energia
elétrica (gerador) devolvendo-a ao inversor.

Inversores de Frequência
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Inversor de Frequência
Frenagem
• Ocorrendo um acréscimo da tensão do barramento DC, e o
circuito de frenagem descarrega a energia elétrica no resistor de
frenagem.
• Prevenindo uma sobretensão no barramento DC.

Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
Inversores Escalares (ou V/F) x Vetoriais de Fluxo Volts

Inversores Escalares 220V


Tensão e Frequência são impostas ao motor de 6V
acordo com uma curva V/F pré-estabelecida. O
1,5 120 Hz
torque é consequência do escorregamento do
motor. 60
Inversores Vetoriais
Variam a Tensão e a Frequência do motor
fornecendo o torque necessário a cada situação de IT I1
carga, através do controle de corrente de
magnetização (IM) e da corrente do rotor (IT).
IM

Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
Comparação entre inversores Escalares e Vetoriais e demais
acionamentos
Item Inversor Inversor Vetorial Conversor Servo
Escalar sem GP com GP CC com TG Sigma

Faixa de
velocidade 40 : 1 100 : 1 1000: 1 200 : 1 5000:1
Regulação Depende do
de escorrega- 0,2 % 0,02 % 0,5 % 0,01 %
velocidade mento

Resposta
dinâmica 1 a 2 Hz 5 Hz 30Hz 15Hz 230Hz

Controle de Não Somente


Torque Disponível limite Disponível Disponível Disponível

Torque em Não Não Disponível


velocidade Disponível Disponível Disponível Restrito ao Disponível
zero comutador

Inversores de Frequência
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Inversor de Frequência
Curva Torque x RPM

Inversor Escalar Inversor Vetorial de Fluxo

Torque Torque

Variação da carga

T2 T2

T1 T1

N2 N1 N Rpm
Rpm
ΔN = 0
ΔN

É necessário a queda da velo- cidade Não existe redução de veloci-


para aumento do torque dade para aumento do torque

Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
Resposta Dinâmica
Inversor Escalar Inversor Vetorial de Fluxo

Degrau de torque Degrau de torque


solicitado pela carga solicitado pela
carga

Torque produzido Torque produzido

Transiente de torque t Transiente desprezível t

O motor é que vai buscar o O inversor Vetorial controla


novo ponto de trabalho diretamente o torque no motor

Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
Controle Vetorial
Um vetor é descrito como uma quantidade tendo ambos tamanho
e direção. Se os comprimentos de x e y são conhecidos o
comprimento em questão pode então ser determinado pelo
teorema de Pitágoras.

4 ?

x
3
Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
Controle Vetorial
Em um motor DC , torque produzido e corrente de magnetização
são fisicamente separadas . O ângulo entre o torque produzido e a
corrente de magnetização pode ser mantida a 90º por causa do
montagem mecânica das escovas. ϕ(fluxo)

Tensão
Armadura
DM IM (Corrente de
magnetização)
Va
Comutador de

Corrente Magnetização (Im) e corrente armadura (IT) podem ser


escovas

controladas independentemente.
O ângulo elétrico entre Im e IT é mantido a 90º pelo
posicionamento mecânico das escovas.
Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
Controle Vetorial
Fluxo (ϕ) Stator
I1
T1

V1 T2
I2 Rotor (eixo)
(f)

T3
Torque : T = K.ϕ . I2
Im (Corrente magnetização) F (fluxo)

V1 I1

IT (Corrente torque) I 2 (Corrente secundária)

Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
Controle Vetorial
re jωs L e

Ie − jIds Iqs
2
L2m P Lm
Ve j
e
ω Lr
L2m rr T= = I de I qe .
L2r s ωr Lr

• Conhecendo-se M, R2, R1 e L1 podemos controlar I1


• Mantendo-se E/F constante teremos IM constante e Fluxo
constante.
• IR é conseqüência do escorregamento IR I1
• o qual pode ser medido.

IM
Inversores de Frequência
1. Motores Elétricos CA
Inversor de Frequência
Inversor com Regeneração

Inversores de Frequência

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