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DIREITO CONSTITUCIONAL

Conceito de Constituição, Estruturas das Constituições, Hierarquia da Normas, Classificação das Constituições, Aplicabilidade das Normas
Constitucionais, Princípios Fundamentais
A Constituição em SENTIDO SOCIOLÓGICO é a SOMA DOS FATORES REAIS DE PODER que vigoram na sociedade1
O PREÂMBULO da CF/88 NÃO POSSUI FORÇA NORMATIVA e NÃO É DE OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA pelos estados. No entanto, nada impede
que uma Constituição Estadual reproduza o preâmbulo da CF/88, adaptando-o naquilo que entender cabível1.
A característica central das Constituições legais ou inorgânicas é que seu conteúdo está disperso em diversos documentos normativos.
Quanto ao CRITÉRIO SISTEMÁTICO, as Constituições dividem-se:
➔ As REDUZIDAS se materializam em UM SÓ CÓDIGO BÁSICO E SISTEMÁTICO (CF/88).
➔ As VARIADAS se distribuem em VÁRIOS TEXTOS E DOCUMENTOS (destaque para a belga 1830 e francesa de 1875).
Constituição garantia / negativa visa GARANTIR os DIREITOS FUNDAMENTAIS de primeira geração ou dimensão
Constituição dirigente anuncia um ideal a ser concretizado pelo Estado e pela sociedade, caracterizando-se por conter NORMAS PROGRAMÁTICAS. Além de
assegurarem as liberdades negativas (CF/88)
Constituição cesarista embora confeccionadas SEM A PARTICIPAÇÃO POPULAR, para entrarem em vigor, são submetidas à RATIFICAÇÃO
POSTERIOR DO POVO por meio de referendo.
Constituição Ortodoxa ou comprometida: é aquela comprometida com UMA DETERMINADA IDEOLOGIA, que NÃO pode ser ALTERADA PELOS
GOVERNOS que se alternarem no Poder.
Constituição Heterodoxa, eclética ou compromissória: aquela que permite o CONVÍVIO IDEOLÓGICO, sem promover exclusão prévia de formas de
pensamento e de ideias sociais e políticas (CF/88)
A CF/88 é classificada como RÍGIDA, pois somente pode ser MODIFICADA por um PROCEDIMENTO MAIS DIFICULTOSO do que o das leis ordinárias.
A CF/88 pode ser classificada, quanto à extensão, como ANALÍTICA, por tratar de matérias que não são materialmente constitucionais.
A forma ESCRITA = CODIFICADA/INSTRUMENTAL da CF/88, ao modo de elaboração DOGMÁTICA de origem PROMULGADA e estabilidade
RÍGIDA, torna o conteúdo FORMAL e a extensão ANALÍTICA.
A CF/88 pode ser classificada, quanto ao CONTEÚDO, como FORMAL composta por normas materialmente constitucionais, bem como por normas
formalmente constitucionais
As normas constitucionais de EFICÁCIA PLENA são aquelas que estão aptas a PRODUZIR TODOS OS SEUS EFEITOS, no momento em que a
CONSTITUIÇÃO entra em VIGOR.
As normas constitucionais de EFICÁCIA CONTIDA são aquelas que tem APLICABILIDADE IMEDIATA, NÃO-INTEGRAL e PLENA, mas que
PODEM ter o seu ALCANCE REDUZIDO (restringíveis) pela atividade do LEGISLADOR INFRACONSTITUCIONAL.
As normas constitucionais de EFICÁCIA LIMITADA são aquelas que, no momento em que a Constituição promulgada, NÃO têm o condão de PRODUZIR
TODOS OS SEUS EFEITOS, necessitando de LEI INTEGRATIVA INFRACONSTITUCIONAL (Regulamentação).
As NORMAS MATERIALMENTE COMPATÍVEIS com a NOVA CONSTITUIÇÃO são AUTOMATICAMENTE RECEPCIONADAS. Note que a
recepção depende somente de que exista uma compatibilidade material (compatibilidade quanto ao conteúdo); a compatibilidade formal não é necessária. O
“status” da norma recepcionada é definido pela nova Constituição.
Todo PODER EMANA DO POVO, que o exerce POR MEIO DE REPRESENTANTES ELEITOS ou DIRETAMENTE, nos termos desta constituição
A SOBERANIA POPULAR será exercida pelo SUFRÁGIO UNIVERSAL e pelo VOTO DIRETO e SECRETO, com valor igual para todos, e, nos termos da
LEI, MEDIANTE:
➔ PLEBISCITO;
➔ REFERENDO;
➔ INICIATIVA POPULAR.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS da RFB:
✗ Art. 1º – fundamentos
✗ Art. 2º – separação dos poderes
✗ Art. 3º – objetivos
✗ Art. 4º – relações internacionais
FUNDAMENTOS da RFB:
Art. 1º SO CI DI VA PLU
➔ Soberania
➔ Cidadania
➔ Dignidade da Pessoa Humana
➔ Valor Social do Trabalho e da Livre Iniciativa
➔ Pluralismo Político
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS da RFB:
CON GA ER PRO
➢ Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
➢ Garantir o desenvolvimento nacional;
➢ Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
➢ Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
PRINCÍPIO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS da RFB:
IN PANICO SÓ DECORE
 Independência Nacional.
 Prevalência dos Direitos Humanos.
 Autodeterminação dos Povos.
 Não Intervenção.
 Igualdade entre os Estados.
 Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.
 Solução pacífica dos conflitos.
 Defesa da paz.
 Concessão de asilo político.
 Repúdio ao terrorismo e ao racismo.
A RFB buscará a integração ECONÔMICA, POLÍTICA, SOCIAL e CULTURAL dos povos da AMÉRICA LATINA, visando à formação de uma
COMUNIDADE LATINO-AMERICANA de nações.
A CF/88 adota o PRESIDENCIALISMO como SISTEMA de governo.
 Forma de Governo – REPÚBLICA; (FOGO NA REPÚBLICA)
 Sistema de Governo – PRESIDENCIALISMO; (SIGO O PRESIDENTE)
 Forma de Estado – FEDERAÇÃO
 Regime de Governo – DEMOCRACIA.
NO PARLAMENTARISMO:
➔ As funções de chefe de estado e de chefe de governo são exercidas por autoridades distintas, como ocorre quando o rei ou o presidente da república
exercem a função de chefe de estado e um gabinete, chefiado pelo primeiro ministro, exerce a função de chefe de governo. No Brasil, em razão do
regime presidencialista, a chefia de governo é exercida pelo presidente da república e diz respeito à tomada de decisões e ações nos setores da realidade
brasileira.
NO PRESIDENCIALISMO:
➔ O chefe de Estado (que simboliza a Nação) e o chefe de governo (que dirige a administração do país) são a mesma pessoa. O presidente da República é
chefe de Estado e chefe de governo.
➢ CHEFE DE ESTADO: representando o País em suas relações internacionais;
➢ CHEFE DE GOVERNO: dirigindo as políticas públicas do Estado e chefiando a Administração Pública federal
Os TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS sobre DIREITOS HUMANOS que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, por TRÊS QUINTOS dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às EMENDAS CONSTITUCIONAIS.
Teoria Geral dos Direitos Fundamentais, Direitos e Deveres Individuais e coletivos, Remédios constitucionais
DIREITOS DE PRIMEIRA GERAÇÃO: Direitos Civis e Políticos Liberdade [Liberdade de expressão]
DIREITOS DE SEGUNDA GERAÇÃO: Sociais, Econômicos e culturais Igualdade [Educação]
DIREITOS DE TERCEIRA GERAÇÃO: protege direitos de titularidade coletiva, como meio ambiente e paz Fraternidade [Meio Ambiente]
1º geração: liga o PC (Políticos e Civis) Liberdade [Liberdade de expressão]
2ºgeração: aperta ESC (Econômicos, Sociais e Culturais) Igualdade [Educação]
3º geração: coloca o CD (Coletivos e Difusos) Fraternidade [Meio Ambiente]
A DIMENSÃO SUBJETIVA dos direitos fundamentais resulta de seu significado como princípios básicos da ordem constitucional, fazendo com que os direitos
fundamentais influam sobre todo o ordenamento jurídico e servindo como norte de ação para os poderes constituídos.
É POSSÍVEL que sejam impostas LIMITAÇÕES AOS DIREITOS FUNDAMENTAIS, mas desde que seja respeitado o núcleo essencial que os caracteriza.
Em um caso concreto no qual haja o conflito entre direitos fundamentais, o juiz irá aplicar a técnica da ponderação (harmonização).
SUFRÁGIO é o direito (direito público subjetivo) de votar e ser votado.
VOTO é o ato por meio do qual se exercita o sufrágio.
O sufrágio é universal, enquanto o voto é direto, secreto, livre e PERSONALÍSSIMO.
O voto é personalíssimo, o que significa que apenas o eleitor pode exercer o seu direito de voto, sendo impossível, por isso, o voto por procuração ou por outros
meios que não o comparecimento pessoal do eleitor no dia das eleições.
A lei NÃO PODERÁ estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, SALVO nos casos previstos nesta Constituição
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade
BRASILEIROS NATOS
➔ Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
➔ Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
➔ Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir
➔ Na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
BRASILEIROS NATURALIZADOS
➔ Se, na forma da lei, adquirir nacionalidade brasileira;
Países de língua portuguesa --> residência de 1 ano direto e idoneidade moral
➔ Se, estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes há mais de 15 anos direto e sem condenação penal.
Devem solicitar a nacionalidade.
A NACIONALIDADE é um direito subjetivo e INDIVIDUAL
Todos podem reunir-se PACIFICAMENTE, SEM ARMAS, em LOCAIS ABERTOS AO PÚBLICO, INDEPENDENTEMENTE DE AUTORIZAÇÃO,
desde que NÃO FRUSTEM OUTRA REUNIÃO anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas EXIGIDO PRÉVIO AVISO à autoridade
competente
STF – A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de informação
STF - o ‘prévio aviso à autoridade competente’, nos termos do art. 5º, inciso XVI, da Constituição, não constitui condicionante ao exercício do direito de reunião e
de manifestação, mas formalidade a ser cumprida, sempre que possível, a fim de propiciar que o direito de reunião e de livre manifestação seja exercido de maneira
pacífica, ordeira e segura
É ASSEGURADO a todos o ACESSO À INFORMAÇÃO e RESGUARDADO O SIGILO DA FONTE, quando necessário ao exercício profissional (se pode
informar atos que atinjam pessoas determinadas, e o jornalista não está obrigado a divulgar sua fonte )
Para que seja publicada uma biografia NÃO é necessária autorização prévia do indivíduo biografado, das demais pessoas retratadas, nem de seus familiares
É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a LEI estabelecer
Compete privativamente à União legislar sobre:
➔ Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do TRABALHO;
C.A.P.A.C.E.T.E de P.M
A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas INDEPENDEM de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento
As associações só poderão ser COMPULSORIAMENTE DISSOLVIDAS ou ter suas ATIVIDADES SUSPENSAS por DECISÃO JUDICIAL, exigindo-se, no
primeiro caso, o TRÂNSITO EM JULGADO
A teoria do impacto desproporcional tem total correlação com princípio da igualdade material.
Possui a finalidade de impedir toda e qualquer conduta que gere efeitos negativos sobre determinados grupos ou indivíduos.
Igualdade formal – condições igualitárias para todos.
Igualdade material – é aquela que se preocupa em promover igualdade com políticas de equalização social a depender do discrimimen em análise.
TEORIA INTENA
➔ Direitos fundamentais são absolutos
➔ Não podem ser restringidos
➔ Sofrem limites apenas no texto constitucional
TEORIA EXTERNA(doutrina majoritária)
➔ Direitos não são absolutos
➔ direitos “prima facie”(direitos prestacionais)
O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão
É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença (LIBERDADE DE EXPRESSÃO)
As normas definidoras dos DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS têm APLICAÇÃO IMEDIATA e EFICÁCIA PLENA (não programáticas)
Não haverá penas:
➔ de morte, SALVO EM CASO DE GUERRA DECLARADA, nos termos do art. 84, XIX
NÃO cabe MANDADO DE SEGURANÇA contra atos de gestão praticados Poder Público
Conceder-se-á MANDADO DE INJUNÇÃO sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e
das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania
São GRATUITAS as ações de "HABEAS-CORPUS" e "HABEAS-DATA", e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania
Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a INJUNÇÃO para:
➔ DETERMINAR PRAZO RAZOÁVEL para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora;
➔ Estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as condições em que
poderá o interessado promover ação própria visando a exercê-los, CASO NÃO SEJA SUPRIDA A MORA LEGISLATIVA NO PRAZO
DETERMINADO.
➔ Será dispensada a determinação a que se refere o inciso I do caput quando comprovado que o impetrado deixou de atender, em mandado de injunção
anterior, ao prazo estabelecido para a edição da norma.
AÇÃO POPULAR só pode ser IMPETRADA por CIDADÃO, que é aquele indivíduo em pleno gozo dos direitos civis e políticos de um Estado
É garantido o direito de propriedade
O preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado
O preso tem DIREITO À IDENTIFICAÇÃO dos responsáveis por sua PRISÃO ou por seu INTERROGATÓRIO POLICIAL
A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada
Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, SALVO nos casos de
TRANSGRESSÃO MILITAR ou CRIME PROPRIAMENTE MILITAR, definidos em lei
São a todos assegurados, INDEPENDENTEMENTE DO PAGAMENTO DE TAXAS:
➔ O DIREITO DE PETIÇÃO aos Poderes Públicos em DEFESA DE DIREITOS ou CONTRA ILEGALIDADE ou ABUSO DE PODER;
➔ A obtenção de CERTIDÕES em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
QUALQUER CIDADÃO é parte legítima para propor AÇÃO POPULAR que vise a anular ato lesivo ao PATRIMÔNIO PÚBLICO ou de entidade de que o
Estado participe, à MORALIDADE ADMINISTRATIVA, ao MEIO AMBIENTE e ao PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência
Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá
reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação
➔ Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas.
Aos LITIGANTES, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o CONTRADITÓRIO e AMPLA DEFESA, com os
meios e recursos a ela inerentes
É assegurada, nos termos da lei, a PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA nas entidades civis e militares de internação coletiva

Subtópico 3

Subtópico 4

Subtópico 5

Subtópico 6

Subtópico 7

Subtópico 8

Subtópico 9

Subtópico 10
DIREITO PENAL
Princípios Constitucionais do Direito Penal, Princípios do Direito Penal, Conceitos e Fontes, Culpabilidade, Lei Penal no tempo e no espaço
LEI TEMPORÁRIA – é aquela que tem um prazo determinado. Início e Fim.
LEI EXCEPCIONAL – Tem início e dura enquanto persistir o estado de emergência.
Ambas são Autorrevogáveis, ou seja, não dependem de OUTRA lei para revogá-las.
CARACTERÍSTICAS:
➔ Autorrevogabilidade – Consideram-se revogadas assim que encerrado o prazo fixado (temporária) ou cessada a situação de anormalidade
(excepcional).
➔ Ultra-atividade-São leis ultra-ativas (alcançam os fatos praticados durante a sua vigência, ainda que revogadas).
LU-TA
TEMPO DO CRIME - TEORIA DA ATIVIDADE
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
LUGAR DO CRIME - TEORIA MISTA ou da UBIQUIDADE
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o
resultado.
CONCURSO DE PESSOAS - TEORIA MONISTA ou UNITÁRIA
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
REQUISITOS CUMULATIVOS para o reconhecimento do PRINCÍPIO DE INSIGNIFICÂNCIA são:
M-A-R-I
➔ Mínima ofensividade do agente;
➔ Ausência de periculosidade social;
➔ Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento;
➔ Inexpressividade do bem jurídico ofendido.
BAGATELA PRÓPRIA
➔ Princípio da INSIGNIFÂNCIA
➔ Causa atipicidade MATERIAL (Mantém-se a tipicidade FORMAL)
BAGATELA IMPRÓPRIA
➔ Torna a pena “DESNECESSÁRIA”
➔ NÃO leva à ATIPICIDADE
➔ EXCLUI A CULPABILIDADE
STJ – é POSSÍVEL, excepcionalmente, a aplicação do PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA ainda que se trate de RÉU REINCIDENTE, a depender das
peculiaridades do caso, notadamente quando não se tratar de habitualidade delitiva.
Elementos Objetivos do Tipo Penal
➔ Descritivos – Relacionados com o tempo, lugar, meio, modo de execução do crime, descrevendo seu objeto material. São elementos perceptíveis pelos
sentidos – p.ex. art. 121 do CP.
➔ Normativos – São elementos que demandam juízo de valor. Não são perceptíveis pelos sentidos – p.ex. art. 154 do CP.
➔ Científicos – O conceito do elemento transcende o mero elemento normativo, sendo seu significado extraído da ciência natural – p.ex. o art. 24 da Lei
11.105/2005 (Biossegurança), que usa o termo “embrião humano”
Elementos Subjetivos do Tipo Penal
➔ Positivos – São elementos que indicam a finalidade que devem animar o agente – p.ex. o art. 33, §3º da Lei 11.343/2006, quando aduz “para juntos
consumirem” é o elemento subjetivo positivo do tipo penal.
➔ Negativos – São elementos que indicam a finalidade que não deve animar o agente – p.ex. o art. 33, §3º da Lei 11.343/2006, quando aduz “sem objetivo
de lucro” é elemento subjetivo negativo do tipo penal.
SUJEITO ATIVO: é aquele que comete o crime.
SUJEITO PASSIVO: vítima direta do delito.
O sujeito passivo pode ser:
➔ Constante ou mediato: será SEMPRE O ESTADO, em razão da violação da norma jurídica;
➔ Imediato, casuístico, material ou eventual: é o titular do interesse jurídico violado. É a vítima direta da infração.
Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória
➔ A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em
julgado
Art. 7º – Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: (melhorar resposta)
II – os crimes:
➢ Praticados por brasileiro;
§ 2º – Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições:
➢ Entrar o agente no território nacional;
Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional
Código Penal adotou como regra o PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE de FORMA TEMPERADA ou MITIGADA
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO/DA DEFESA/REAL:
CP, art. 7º: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista,
autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço.
PRINCÍPIO COSMOPOLITA/DA JUSTIÇA UNIVERSAL:
CP, art. 7º: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
d) de Genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.
II - os crimes:
a) que por Tratado ou Convenção, o Brasil se obrigou a reprimir.
PRINCÍPIO DA NACIONALIDADE ATIVA:
CP, art. 7º: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
II - os crimes:
b) praticados por brasileiros.
PRINCÍPIO DA REPRESENTAÇÃO/DA BANDEIRA/PAVILHÃO:
CP, art. 7º: Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:
II - os crimes:
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados.
STF firmou entendimento que a aplicação da LEI PENAL BENÉFICA conforme o momento será aplicada:
➔ Processo ainda em curso: juízo que está conduzindo o processo
➔ Processo já transitado em julgado: juízo de execução

IMPRUDÊNCIA: Você FAZ o que não deveria fazer – Conduta ativa


NEGLIGÊNCIA: Você NÃO FAZ o que deveria fazer – Conduta negativa
IMPERÍCIA: Falta de conhecimentos técnicos.
CF/88 – São penalmente INIMPUTÁVEIS os MENORES DE DEZOITO ANOS, sujeitos às normas da legislação especial
CP – Os MENORES DE 18 (DEZOITO) ANOS são PENALMENTE INIMPUTÁVEIS, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial
STF – A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é ANTERIOR à cessação da continuidade ou da
permanência.
Crimes contra vida, Honra, periclitação vida e saúde, lesões corporais, crimes contra a liberdade pessoal e rixa
CALUNIAR alguém, imputando-lhe falsamente FATO definido como crime:
DIFAMAR alguém, imputando-lhe FATO ofensivo à sua reputação:
INJURIAR alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
➔ O juiz pode deixar de aplicar a pena (D):
➔ Quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
➔ No caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
➔ Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes (INJÚRIA REAL):
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência.
➔ Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência
(injúria racial):
➔ Pena – reclusão de um a três anos e multa (injúria racial já é apenada com reclusão segundo o próprio CP; tem natureza de qualificadora, não de causa
de aumento de pena).
Se o crime é cometido ou divulgado em quaisquer modalidades das redes sociais da rede mundial de computadores, aplica-se em triplo a pena.
As PENAS COMINADAS nos CRIMES CONTRA A HONRA aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
➔ Contra funcionário público, em razão de suas funções, ou contra os Presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados ou do Supremo
Tribunal Federal;
As ameaças realizadas antes da formalização do inquérito caracterizam o crime de coação no curso do processo, desde que praticadas com o intuito de influenciar o
resultado de eventual investigação
Se o homicídio é culposo:
Pena – detenção, de um a três anos.
No HOMICÍDIO CULPOSO, a pena é AUMENTADA DE 1/3 (UM TERÇO), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou
ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante.
Sendo DOLOSO o homicídio, a pena é AUMENTADA DE 1/3 (UM TERÇO) se o crime é praticado contra pessoa MENOR DE 14 (QUATORZE) ou MAIOR
DE 60 (SESSENTA) ANOS.
O Homicídio Híbrido (Privilegiado + Qualificado) NÃO é hediondo.
O privilégio afasta a Hediondez.
Privilégios (Subjetivos)
➔ Motivo de relevante valor moral e social
➔ DOMÍNIO de violente emoção
Obs.: Não basta que o agente esteja sobre a “influência” é necessário esteja sob “DOMÍNIO”
Qualificadora (Objetiva)
➔ Modos e meios de execução
➔ Meio que dificulte ou impede a defesa da vítima
➔ Feminicídio
➔ Emprego de arma de uso restrito e proibido
Obs.: lembrado que a QUALIFICADORA de traição é de ordem subjetiva
Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da
vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Instigação, auxílio ou induzimento à automutilação (crimes contra a vida)
STF – Até que sobrevenha lei emanada do Congresso Nacional destinada a implementar os mandados de criminalização definidos nos incisos XLI e XLII do art. 5º
da Constituição da República, as CONDUTAS HOMOFÓBICAS e TRANSFÓBICAS, REAIS ou SUPOSTAS, que envolvem aversão odiosa à orientação
sexual ou à identidade de gênero de alguém, por traduzirem expressões de racismo, compreendido este em sua dimensão social, ajustam-se, por identidade de razão
e mediante adequação típica, aos preceitos primários de incriminação definidos na Lei nº 7.716, de 08.01.1989,constituindo, também, na hipótese de homicídio
doloso, circunstância que o qualifica, por configurar motivo torpe
STJ – Reconhecida a incidência de DUAS OU MAIS QUALIFICADORAS, uma delas poderá ser utilizada para tipificar a conduta como delito qualificado,
promovendo a alteração do quantum de pena abstratamente previsto, sendo que as demais poderão ser valoradas na segunda fase da dosimetria, caso
correspondam a uma das agravantes, ou como circunstância judicial, na primeira fase da etapa do critério trifásico
PERSEGUIR alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de
qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade.
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
§ 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido:
I – contra criança, adolescente ou idoso;
II – contra mulher por razões da condição de sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste Código;
III – mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de arma.
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
§ 3º Somente se procede mediante representação.
CONSTRANGER alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não
fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
➔ Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa
Crimes contra o Patrimônio
Roubo – SUBTRAIR coisa móvel alheia, mediante grave ameaça ou violência, ou depois de havê-la, por qualquer meio
Roubo Majorado
➔ Se a violência é empregada com uso de ARMA BRANCA. aumenta-se de 1/3 até a metade.
➔ Se a violência é empregada com uso de ARMA DE FOGO de uso PERMITIDO aumenta-se de 2/3.
➔ Se a violência é empregada com uso de ARMA DE FOGO de uso PROIBIDO aplica-se o dobro
STJ – Consuma-se o crime de roubo com a INVERSÃO da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em
seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada
A pena será atenuada quando o autor do crime procura, por espontânea vontade/eficiência, minorar as consequências ou, ANTES DO JULGAMENTO, reparar o
dano. O crime de roubo consiste na violência/grave ameaça, motivo pelo qual NÃO será aplicado o instituto do arrependimento posterior
DEIXAR DE REPASSAR à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Deve haver dolo na conduta)
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de:
I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a
terceiros ou arrecadada do público;
II – recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de
serviços;
III – pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social.
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as
informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.
§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que:
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o
mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.
Estelionato – OBTER, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer
outro meio fraudulento
A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a fraude é cometida com a utilização de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido
a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo
Crime de Estelionato trata-se de um crime de AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA à representação.
Divergência quanto à possibilidade dessa norma retroagir.
STJ - Não
STF - Sim
Exceções:
AÇÃO PENAL INCONDICIONADA quando a vítima for:
➢ A Administração Pública, direta ou indireta;
➢ Criança ou adolescente;
➢ Pessoa com deficiência mental; ou
➢ maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz
STJ - O falso se exaure no estelionato quando , se e somente se , o estelionato se consuma , no caso da tentativa do estelionato , o falso não se exauriu ,
respondendo o agente por tentativa de estelionato e falso
FURTO - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
FURTO MEDIANTE FRAUDE – A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto mediante fraude é cometido por meio de dispositivo
eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computadores, com ou sem a violação de mecanismo de segurança ou a utilização de programa malicioso, ou
por qualquer outro meio fraudulento análogo
FURTO MAJORADO – QUALIFICADO - A majorante do repouso noturno é compatível com o furto qualificado, uma vez que a causa de aumento possui
caráter objetivo, bastando para a incidência que o crime tenha sido cometido durante o período noturno; além disso, tais circunstâncias – majorante e
qualificadora – são aplicadas em fases distintas da dosimetria.
➔ Período noturno e residência sem moradores → Incide a Majorante
➔ Período Noturno e pessoas acordadas → Incide a Majorante
Furto privilegiado – Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um
a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
STJ – A folha de antecedentes criminais é documento suficiente a comprovar os maus antecedentes e a reincidência.
STJ - É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2o do art. 155 do CP nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade
do agente, o pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva
STJ. É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do roubo.
STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, NÃO
torna impossível a configuração do crime de furto.
STF - NÃO há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação.
STJ: "O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua
exasperação a mera indicação do número de majorantes."
O privilégio do Furto aplica-se ao FERA:
➔ Furto
➔ Estelionato
➔ Receptação
➔ Apropriação Indébita
Crimes Praticados por Funcionário Público Contra a Administração em Geral
Art. 327 § 2º A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de
direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
STF – O simples fato de o réu exercer um mandato popular não é suficiente para fazer incidir a causa de aumento do art 327, § 2º, do CP. É necessário que ele
ocupe uma posição de superior hierárquico (o STF chamou de "imposição hierárquica")
EXCESSO DE EXAÇÃO – Art. 316. § 1º – Se o funcionário EXIGE TRIBUTO ou CONTRIBUIÇÃO SOCIAL que sabe ou deveria saber indevido, ou,
quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:
➢ Qualifica: § 2º - Se o funcionário DESVIA, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:
PECULATO – Art. 312 APROPRIAR-SE o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em
razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
PECULATO é o ÚNICO CRIME praticado por funcionário público CONTRA A ADMINISTRAÇÃO que ADMITE a forma CULPOSA
Se reparar o dano:
➔ ANTES da SENTENÇA IRRECORRÍVEL - EXTINGUE -SE a punibilidade;
➔ Se reparar APÓS – pena reduzida pela METADE.
CONCUSSÃO - Art. 316 – EXIGIR, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida:
➔ Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
➔ Pode ser unissubsistentes são aqueles praticados através de um único ato (injúria verbal)ou plurissubsistentes são aqueles que necessitam de vários
atos, que formam uma ação, para sua configuração
PREVARICAÇÃO - Art. 319 – RETARDAR ou DEIXAR DE PRATICAR, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para
satisfazer INTERESSE ou SENTIMENTO PESSOAL:
➔ O bem jurídico protegido é o "regular funcionamento da Administração Pública".
EXTRAVIO, SONEGAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE LIVRO OU DOCUMENTO - EXTRAVIAR livro oficial ou qualquer documento, de que tem a
guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:
INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES - Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos,
alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida
para si ou para outrem ou para causar dano
Crimes praticados por particular contra a administração em geral
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA - Art. 332 – SOLICITAR, EXIGIR, COBRAR ou OBTER, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a
pretexto de INFLUIR em ato praticado por funcionário público no exercício da função.
CORRUPÇÃO ATIVA – Art. 333 – OFERECER ou PROMETER vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato
de ofício:
➔ Crime Formal se configura no momento que o agente promete ou oferece
DESOBEDIÊNCIA - Art. 330 – DESOBEDECER a ordem legal de funcionário público:
RESISTÊNCIA - Art. 329 – OPOR-SE à execução de ato legal, mediante VIOLÊNCIA ou AMEAÇA a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe
esteja prestando auxílio
DESACATO - Art. 331 - DESACATAR funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
DESCAMINHO - Art. 334. ILUDIR, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria.
➔ Crime Formal consuma-se com o ato de iludir o pagamento de imposto devido pela entrada de mercadoria no pais
STJ: é irrelevante o parcelamento e pagamento do tributo, NÃO se aplicando ao descaminho a EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE prevista na Lei Federal n.
10.684/2003.
STJ - A prática do descaminho não se submete à regra instituída pelo Supremo Tribunal Federal ao editar a Súmula Vinculante n.º 24, expressa em exigir o
exaurimento da via administrativa somente em "crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90
Crimes praticados contra a administração da justiça
COAÇÃO IRRESISTÍVEL E OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA - Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem
dica:
Coação moral irresistível:exclusão da CULPABILIDADE
Coação física irresistível: exclusão da conduta, portanto da TIPICIDADE
PATROCÍNIO INFIEL - Art. 355 - TRAIR, na qualidade de ADVOGADO ou PROCURADOR, o dever profissional, prejudicando interesse, cujo patrocínio,
em juízo, lhe é confiado:
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA - Art. 339. Dar causa à instauração de inquérito policial, de procedimento investigatório criminal, de processo judicial, de
processo administrativo disciplinar, de inquérito civil ou de ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime, infração ético-disciplinar ou
ato ímprobo de que o sabe inocente.
EXERCÍCIO ARBITRÁRIO DAS PRÓPRIAS RAZÕES - Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo
quando a lei o permite:
➔ só se procede mediante queixa quando não há o emprego de violência.
FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA - Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou
intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral
STF - A conduta do advogado que instrui a testemunha a mentir seria, então, de participação no crime de falso testemunho, segundo a doutrina e a jurisprudência
majoritárias. Deve-se consignar, entretanto, que o Supremo Tribunal Federal já decidiu ser possível a coautoria em caso de advogado que induziu testemunha a
mentir em processo trabalhista
➔ Art. 342§ 2º, O fato DEIXA DE SER PUNÍVEL se, ANTES da SENTENÇA no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se RETRATA ou
DECLARA A VERDADE.
EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO - Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do
Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:
➔ Crime comum
COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO - Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade,
parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
FAVORECIMENTO PESSOAL - Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão:
➢ § 2º - Se QUEM PRESTA O AUXÍLIO é ASCENDENTE, DESCENDENTE, CÔNJUGE ou IRMÃO do criminoso, fica ISENTO DE PENA.

Subtópico 7

Subtópico 8

Subtópico 9

Subtópico 10
Direito Processual Penal
Aplicação da Lei, Princípios
Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.
➔ A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada.
Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-
se, caso tenha habilitação.
➔ O acusado, que não for pobre, será obrigado a pagar os honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz
O SISTEMA ACUSATÓRIO é o adotado pelo ordenamento jurídico brasileiro, exigindo-se a identidade física do juiz (O juiz que presidiu a instrução deverá
proferir a sentença)
o sistema acusatório caracteriza-se pela presença de partes distintas, contrapondo-se acusação e defesa em igualdade de condições, e a ambas se sobrepondo um
juiz, de maneira equidistante e imparcial. Aqui, há uma separação de funções de acusar, defender e julgar
CPP adota o sistema do LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO. Nesse sistema, “o magistrado tem ampla liberdade na valoração das provas constantes dos
autos, as quais têm, legal e abstratamente, o mesmo valor, porém se vê obrigado a fundamentar sua decisão
O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas
STF - A oitiva do condenado pelo Juízo da Execução Penal, em audiência de justificação realizada na presença do defensor e do Ministério Público, afasta a
necessidade de prévio Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), assim como SUPRE eventual ausência ou insuficiência de defesa técnica no PAD
instaurado para apurar a prática de falta grave durante o cumprimento da pena
São INADMISSÍVEIS, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais
O juiz que conhecer do conteúdo da PROVA DECLARADA INADMISSÍVEL NÃO poderá proferir a sentença ou acórdão
A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz, DE OFÍCIO ou A REQUERIMENTO
A decisão será fundamentada, sob pena de nulidade, indicando também a forma de execução da diligência, que não poderá exceder o PRAZO DE QUINZE
DIAS, renovável por igual tempo uma vez comprovada a indispensabilidade do meio de prova
NÃO será autorizada a interceptação telefônica em quando o fato investigado constituir infração penal punida no máximo com pena de detenção
O contraditório das provas obtidas através das interceptações telefônicas é postergado ou diferido, tendo a parte oportunidade de contraditar a prova após a vista ao
auto circunstanciado, pois, não há sentido que a parte acompanhe a interceptação telefônica e o contraditório seja em tempo real ou prévio a sua decretação
A gravação que não interessar à prova será inutilizada por DECISÃO JUDICIAL, durante o inquérito, a instrução processual ou após esta, em virtude de
requerimento do Ministério Público ou da parte interessada.
➔ O incidente de inutilização será assistido pelo Ministério Público, sendo facultada a presença do acusado ou de seu representante legal
Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias.
Se o acusado,citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar
a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312
A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa
identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas
A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que em situação de alegada autodefesa
Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem
Inquérito policial
Administrativo;
Dispensável: NÃO é imprescindível para o início da Ação Penal, podendo ser oferecida a denúncia, diante de justa causa, mesmo que o inquérito ainda esteja em
andamento.
Informativo: via de regra, seus vícios não tem o poder de causar a nulidade da ação penal.
Sigiloso: resguardando o interesse das investigações e do próprio investigado.
Presidência: delegado de polícia (autoridade policial)
Oficiosidade: nos crimes de ação penal pública incondicionada, a autoridade policial terá o dever de agir de ofício.
Indisponibilidade: a autoridade policial (o delegado de polícia) NÃO tem o poder de mandar arquivar os autos do inquérito. Não tem exceção!
Inquisitivo: em seu trâmite não são observados o contraditório e a ampla defesa. Por isso que, via de regra, um indivíduo não pode ser condenado apenas com base
em elementos obtidos durante o inquérito, pois tais evidências não foram obtidas sob o crivo do contraditório.
Motivo do arquivamento e possibilidade de desarquivar IP:
➔ Ausência de pressuposto processual condição da ação penal (coisa julgada formal): SIM, possível desarquivar;
➔ Falta de justa causa para a ação penal – não há indícios de autoria ou prova da materialidade (coisa julgada formal): SIM, possível desarquivar;
➔ Atipicidade – fato narrado não é crime + cabimento do Princ. da Insignificância (coisa julgada formal e material): NÃO desarquiva;
➔ Existência manifesta de causa excludente de ilicitude (coisa julgada formal e material): STJ: NÃO desarquiva; STF: SIM, possível desarquivar;
➔ Existência manifesta de causa excludente de culpabilidade (coisa julgada formal e material): NÃO desarquiva;
➔ Existência manifesta de causa extintiva de punibilidade (coisa julgada formal e material: NÃO desarquiva, exceção: certidão de óbito falsa.
STF – É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa
A autoridade policial NÃO poderá mandar ARQUIVAR autos de INQUÉRITO
O estelionato é crime de ação penal pública condicionada à representação, de modo que só se pode instaurar inquérito mediante requerimento do ofendido ou de
quem tiver qualidade para representá-lo.
Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
➔ Mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo
STF – O inquérito policial constitui procedimento administrativo, de caráter informativo, cuja finalidade consiste em subsidiar eventual denúncia a ser
apresentada pelo Ministério Público, razão pela qual irregularidades ocorridas não implicam, de regra, nulidade de processo-crime
Incumbirá ainda à autoridade policial:
➢ Fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos;
➢ Realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;
➢ Cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
➢ Representar acerca da prisão preventiva
Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos,
desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública
Provas cautelares → Risco de Desaparecimento do objeto → DEPENDE de autorização judicial
Provas não repetíveis → Não tem como serem produzidas novamente → NÃO DEPENDE de autorização judicial (Ex.: exame de corpo de delito)
Provas antecipadas → Possuem contraditório real → DEPENDE de autorização judicial
Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu
representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado
Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao TRÁFICO DE PESSOAS, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia
poderão requisitar, MEDIANTE AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem
imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso.
O INDICIAMENTO, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá INDICARa autoria,
materialidade e suas circunstâncias
Nos crimes de AÇÃO PRIVADA, a autoridade policial SOMENTE poderá proceder a INQUÉRITO a requerimento de quem tenha QUALIDADE PARA
INTENTÁ-LA
Ação penal
STF - Cabe apenas ao próprio tribunal ao qual toca o foro por prerrogativa de função promover, sempre que possível, o desmembramento de inquérito e peças
de investigação correspondentes, para manter sob sua jurisdição, em regra, apenas o que envolva autoridade com prerrogativa de foro, segundo as circunstâncias
de cada caso, RESSALVADASas situações em que os fatos se revelem de tal forma imbricados que a cisão por si só implique prejuízo a seu esclarecimento
Em crimes de ação penal pública incondicionada é DISPENSÁVEL a representação da vítima
A Competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de
execução
STF - Reunidos os pressupostos legais permissivos da suspensão condicional do processo, mas se recusando o promotor de justiça a propô-la, o juiz, dissentindo,
remeterá a questão ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do Código de Processo Penal
A denúncia ou queixa será REJEITADA quando:
➢ For manifestamente inepta;
➢ Faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou
➢ Faltar justa causa para o exercício da ação penal.
O juiz deverá ABSOLVER sumariamente o acusado quando verificar:
➔ A existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
➔ A existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
➔ Que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou
➔ Extinta a punibilidade do agente.
Acordo de não persecução penal:
➔ O ANPP tem natureza jurídica EXTRAPROCESSUAL;
➔ Aplica-se aos crimes cuja pena mínima seja INFERIOR A QUATRO ANOS cometidos sem violência ou grave ameaça e DESDE QUE o investigado
tenha confessado formal e circunstanciadamente;
➔ Tanto o acordo quanto o SURSIS processual aplicam-se às ações penais incondicionadas, condicionadas à representação e ações penais privadas;
➔ Da recusa do juiz em homologar o acordo cabe RESE para o tribunal
➔ Não cabe o acordo: nos crimes de violência e grave ameaça à mulher e Caso caiba transação penal
➔ Uma vez cumprido o acordo, o juiz extinguirá a punibilidade. Isso se aplica também ao Sursis processual.
Requisitos:
➢ Não ser o agente reincidente;
➢ Não seja cabível a transação;
➢ Não seja caso de arquivamento da investigação;
➢ O agente confesse o crime;
➢ Não seja crime de violência doméstica;
➢ A pena em abstrato seja inferior a 4 anos;
➢ Não ter sido beneficiado nos últimos 5 anos com o acordo de não persecução penal, transação ou suspensão condicional do processo.
➢ Não seja crime praticado com violência ou grave ameaça contra pessoa;
➢ O agente não possua antecedentes que denotem conduta criminosa habitual".
O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também PODERÁ ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual
não oferecimento de suspensão condicional do processo
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL e a SUSPENSÃO CONDICIONAL do processo PODEM ser oferecidos na ação penal pública incondicionada, na
ação penal pública condicionada à representação e na ação penal privada
Lesões Leves e Culposas ➝ Ação Penal Pública Condicionada a Representação
Lesões Graves, Gravíssimas ➝ Ação Penal Pública Incondicionada
Lesões em contexto familiar contra mulher: Ação penal pública incondicionada (independentemente de representação da vítima)
O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar
Prisões Cautelares, Da Prisão, Das Medidas cautelares e da Liberdade Provisória
A inobservância do prazo nonagesimal do art. 316 do Código de Processo Penal não implica automática revogação da prisão preventiva, devendo o juízo
competente ser instado a reavaliar a legalidade e a atualidade de seus fundamentos
STF - A FALTA de audiência de custódia constitui irregularidade, não afastando a prisão preventiva, no caso de estarem atendidos os requisitos do art. 312 do
CPP e observados direitos e garantias versados na Constituição Federal
STJ - A NÃO realização de audiência de custódia no prazo de 24 horas NÃO acarreta a automática nulidade do processo criminal, assim como que a
conversão do flagrante em prisão preventiva constitui novo título a justificar a privação da liberdade, ficando superada a alegação de nulidade decorrente da
ausência de apresentação do preso ao Juízo de origem.
O uso de algemas é excepcional;
Só podem ser usadas em casos de PRF: Perigo à integridade física própria ou alheia; nos casos de resistência; fundado receio de fuga.
É vedado pelo Código de Processo Penal o uso em mulheres grávidas;
Se o agente responsável por colocar as algemas não justificar, por escrito, o devido uso, ensejará responsabilidade disciplinar, civil e penal.
Podem ser usadas em audiência de custódia
Em regra, não podem ser usadas no TRIBUNAL DO JÚRI, mas, em caso de PRF podem ser usadas.
É possível o uso de algema de calcanhar, acompanhada ou não das algemas de pulso, para evitar o risco de fuga do réu
A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à
pessoa por ele indicada.
➢ Em até 24 horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome
de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
➢ No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os
das testemunhas.
Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de
custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz
deverá, fundamentadamente:
✔ Relaxar a prisão ilegal; ou
✔ converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou
insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
✔ Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial
ou mediante requerimento do Ministério Público
É VEDADO o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos médico-hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto,
bem como em mulheres durante o período de puerpério imediato
Subt

Subtópico 6

Subtópico 7

Subtópico 8

Subtópico 9

Subtópico 10
Direito Administrativo
Princípios, Regime jurídico-administrativo
Seguranças jurídicas dimensões:
Sentido objetivo = estabelece limites à retroatividade de atos estatais, impedindo que prejudiquem o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
Pode ser invocado tanto pelo Estado quanto pelo Particular. (art.5º XXXVI CF).
-sentido Subjetivo = também chamado de princípio da proteção à confiança legítima. – seu conteúdo exige um previsibilidade emanada dos atos estatais. A
proteção à confiança só pode ser impugnada pelo Particular, nunca pelo Estado.
Contraditório:
➔ Aspecto Formal: direito/garantia de participação no processo.
➔ Aspecto Material ou Substancial: Poder de influenciar a decisão do magistrado.
O aspecto material do contraditório que é o poder de influenciar a decisão do magistrado ou a oportunidade de defender-se corresponde a AMPLA DEFESA.
A AMPLA DEFESA é uma consequência do CONTRADITÓRIO.
Não é possível a sanção de cassação de aposentadoria em ação por ato de improbidade administrativa, pois a Lei n.º 8.429/1992 não contempla tal sanção, mas
apenas a perda da função pública, de forma taxativa.
É possível a sanção de cassação de aposentadoria por ato ímprobo no bojo de processos administrativos disciplinares, pois é necessário observar o regramento
contido na Lei n. 8.112/1990, aplicando-se a penalidade compatível com as infrações apuradas
Presunção de legitimidade – Presume-se que são praticados com observância das normas legais pertinentes em decorrência do princípio da legalidade da
Administração.
Presunção de veracidade – Refere-se aos fatos alegados e afirmados pela Administração para a prática do ato, os quais são tidos e havidos como verdadeiros.
Imperatividade – É o atributo do ato administrativo que impõe a coercibilidade para seu cumprimento ou execução, independentemente da anuência de terceiro.
Esse atributo não está presente em todos os atos, visto que alguns deles (v.g., os atos enunciativos, os negociais) o dispensam, por desnecessário à sua
operatividade, uma vez que os efeitos jurídicos do ato dependem exclusivamente do interesse do particular na sua utilização.
Consensualidade – A Administração, nesse modelo de conduta, procuraria negociar, debater, com os administrados. Um exemplo de como isso tem se tornado
mais comum é o seguinte artigo do CPC que impõe a criação de câmaras de conciliação no âmbito administrativo.
L I M P E: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
Princípio da legalidade – representa o Estado de Direito. O princípio da legalidade é a atuação administrativa de acordo com a Lei.
A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do
desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são
correlatos.
Princípio da Impessoalidade – O princípio da impessoalidade reflete a necessidade de uma atuação que não discrimina as pessoas, seja para benefício ou para
prejuízo, ou seja, exige uma atuação isonômica.
Poderes Administrativos
STF– É constitucional a DELEGAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA, por meio de LEI a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração
Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não
concorrencial
Abuso de Poder é o GÊNERO e compreende duas ESPÉCIES:
➢ Excesso de Poder → Atua fora dos limites da sua COMPETÊNCIA.
➢ Desvio de Poder → Atua com desvio de FINALIDADE.
Conceito clássico – ligado à concepção liberal do século XVIII, o poder de polícia compreendia a atividade estatal que limitava o exercício dos direitos individuais
em beneficio da segurança.
Conceito moderno – adotado no direito brasileiro, o poder de polícia é a atividade do Estado consistente em Limitar o exercício dos direitos individuais em
beneficio do interesse público.
Poder de polícia se fundamenta no princípio da supremacia do interesse público, pois é tendo como base este princípio que a Administração Pública irá restringir
bens e direitos de particulares em prol do interesse coletivo.
Poder de polícia destina-se assegurar o bem-estar geral, impedindo, através de ordens, proibições e apreensões, o exercício anti-social dos direitos individuais, o
uso abusivo da propriedade, ou a prática de atividades prejudiciais à coletividade.
Poder regulamentar é aquele inerente aos chefes dos Poderes Executivos para expedir decretos e regulamentos para complementar, explicitar, detalhar a lei
visando sua fiel execução.
É da competência exclusiva do Congresso Nacional: sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de
delegação legislativa;
Poder disciplinar: aplicação de sanção administrativa para seus servidores ou para particular com vínculo com a administração.
Polícia administrativa: atua sobre atividades, bens e direitos. Tem natureza Preventiva.
Polícia judiciária: atua sobre pessoas, visa a reprimir infração criminal. Tem natureza Repressiva.
Revogação:
➔ É a extinção de um ato administrativo que, apesar de válido, não se mostra mais conveniente e oportuno;
➔ A revogação possui natureza de ato discricionário, extinguindo um ato válido;
➔ Ex Nunc (não retroage)
➔ A revogação alcança os atos discricionários. Atos Nulos devem ser anulados pela Administração

Os PODERES ADMINISTRATIVOS são: instrumentais, irrenunciáveis e decorrem do princípio da supremacia do interesse público.
O ato de delegação e sua revogação DEVERÃO ser publicados no meio oficial
Não podem ser objeto de delegação:
➔ A edição de atos de caráter normativo;
➔ A decisão de recursos administrativos;
A competência é IRRENUNCIÁVEL e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação
legalmente admitidos.
O ato de delegação é REVOGÁVEL A QUALQUER tempo pela autoridade delegante.
Atos Administrativos
Ato administrativo: É toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar,
transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.
Delegação pode ocorrer de modo vertical ou horizontal (NÃO precisa haver HIERARQUIA, necessariamente)
Avocação se dá exclusivamente no sentido vertical
Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes
não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Ato administrativo fica vinculado aos motivos apontados como os fundamentos para a decisão do agente estatal. A base desta vinculação é a TEORIA DOS
MOTIVOS DETERMINANTES.
STF – A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
A Administração DEVE ANULAR seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e PODE REVOGÁ-LOS por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos
TODOS os ATOS ADMINISTRATIVOS são passíveis de CONTROLE JUDICIAL, incluindo os atos discricionários. A ressalva é que, nos atos discricionários,
o Poder Judiciário NÃO poderá invadir o mérito legitimamente valorado pela Administração
É possível o CONTROLE JUDICIAL dos ATOS POLÍTICOS se ofenderem DIREITOS INDIVIDUAIS ou COLETIVOS, ou contiverem VÍCIOS DE
LEGALIDADE ou CONSTITUCIONALIDADE.
CONVALIDAÇÃO:
➢ Alcança os atos ANULÁVEIS - Vício sanável
➢ Só admitem convalidação, atos com vicio na FORMA ou na COMPETÊNCIA.
✗ FORMA. Admite convalidação, desde que a forma NÃO SEJA ESSENCIAL à validade do ato.
✗ COMPETÊNCIA. Admite a convalidação, desde que a competência NÃO SEJA EXCLUSIVA;
✗ Vício de competência quanto à matéria, NÃO ADMITE A CONVALIDAÇÃO.
➢ Vício de competência com relação à pessoa ADMITE-SE A CONVALIDAÇÃO
➢ A convalidação possui efeitos EX TUNC, isto é, seus efeitos retroagem ao momento em que o ato originário foi praticado.
➢ Não se pode convalidar O FI M: OBJETO; FINALIDADE; MOTIVO.
ATRIBUTOS : P.A.T.I
✔ Presunção de legitimidade / Veracidade:
➔ Não são absolutas
➔ Causam a inversão do ônus para o particular
➔ Para Maria Silvia Z. D. P está presente em todos os atos.
✔ Autoexecutoriedade;
✔ Tipicidade;
✔ Imperatividade
Organização da Administração Pública
Formas de prestação do serviço público:
➔ A prestação de serviço público é realizada pelo Estado que pode executá-la de maneira direta ou por descentralização - indireta.
➔ A prestação direta é feita pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios - de forma Centralizada.
➔ Para que o Estado desempenhe os serviços de maneira mais eficiência e especializada, pode descentralizar alguns serviços públicos para os entes da
Administração Indireta - autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas.
O instituto da DESCONCENTRAÇÃO está fundado na hierarquia e se configura pela distribuição interna de competência no âmbito de uma mesma pessoa
jurídica
A DESCONCENTRAÇÃO ocorre exclusivamente dentro da estrutura de uma MESMA PESSOA JURÍDICA. Trata-se de mera técnica administrativa de
distribuição interna de competências de uma pessoa jurídica, seja uma pessoa política (entes federativos) ou entidade da administração indireta.
OUTORGA, é transferida a TITULARIDADE e a EXECUÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO à pessoa jurídica diversa do Estado, ao passo que, na delegação,
apenas a execução é transferida, permanecendo com o Estado a titularidade do serviço
A DESCENTRALIZAÇÃO ocorre quando o Estado desempenha algumas de suas atribuições por meio de outras pessoas, e não pela sua administração direta. A
descentralização pressupõe duas pessoas distintas: o Estado e a pessoa jurídica que executará o serviço, por ter recebido do Estado essa atribuição.
➔ OUTORGA ou POR SERVIÇOS – o Estado cria uma entidade (pessoa jurídica) e a ela transfere determinado serviço público. É o
que ocorre na criação das entidades da administração indireta, fundamentando no princípio da especialização. Esta especialização
propiciará maior capacitação para o desempenho das competências estatais.

➔ DELEGAÇÃO ou POR COLABORAÇÃO – o Estado transfere, por CONTRATO ou ATO UNILATERAL, unicamente a
EXECUÇÃO do serviço, para que a pessoa delegada o preste à população, em seu próprio nome e por sua conta e risco, porém, sob a
fiscalização do Estado.

Os ÓRGÃOS AUTÔNOMOS são aqueles situados no alto da estrutura organizacional da Administração Pública, logo abaixo dos órgãos independentes e a estes
subordinados; possuem ampla autonomia administrativa, financeira e técnica; exercem funções de direção, planejamento, supervisão e controle, observadas, no
entanto, as diretrizes traçadas pelos órgãos independentes.
o ÓRGÃO PÚBLICO NÃO tem personalidade jurídica, logo, não tem vontade própria. Todos eles são meros instrumentos de ação do Estado, não podendo
ser sujeitos de direitos e obrigações. Pode-se dizer que são centros de competência especializada, dispostos, na intimidade de uma pessoa jurídica, com a intenção
de garantir especialização nas atividades prestadas, e consequentemente, maior eficiência
Os ÓRGÃOS são unidades abstratas que sintetizam os vários círculos de atribuição do Estado(...) os órgãos não passam de simples partição da pessoa cuja
intimidade estrutural integram, isto é, não têm personalidade jurídica.
EMPRESA PÚBLICA - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por LEI
para exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de
qualquer das formas admitidas em direito
EMPRESA PÚBLICA é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com CRIAÇÃO AUTORIZADA POR LEI e com patrimônio próprio,
cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios
As empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da administração indireta, estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas, não
obstante os seus servidores estarem sujeitos ao regime celetista
O CONSÓRCIO PÚBLICO constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado
CONTRATO DE GESTÃO, elaborado de comum acordo entre o órgão ou entidade supervisora e a ORGANIZAÇÃO SOCIAL, discriminará as atribuições,
responsabilidades e obrigações do Poder Público e da organização social.
O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante LEI, do protocolo de intenções
A RATIFICAÇÃO realizada após 2 (DOIS) ANOS da subscrição do protocolo de intenções dependerá de homologação da assembleia geral do consórcio público
A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios
consorciados
Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante CONTRATO DE RATEIO
A exploração de atividade econômica pelo Estado será exercida por meio de EMPRESA PÚBLICA, de SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA e de suas
SUBSIDIÁRIAS
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA é a entidade dotada de PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, com criação AUTORIZADA
POR LEI, sob a forma de SOCIEDADE ANÔNIMA, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal.
Municípios ou a entidade da administração indireta depende de AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA, em cada caso, a criação de SUBSIDIÁRIAS das
entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a PARTICIPAÇÃO de qualquer delas em empresa privada
É VEDADA a participação remunerada de membros da administração pública, direta ou indireta, em MAIS DE 2 (DOIS) CONSELHOS, de administração ou
fiscal, de empresa pública, de sociedade de economia mista ou de suas subsidiárias
Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da UNIÃO, do ESTADO, do DISTRITO FEDERAL ou do MUNICÍPIO, será admitida, no
capital da EMPRESA PÚBLICA, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administração indireta da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
São algumas das características comuns aos entes da Administração Indireta:
➔ Personalidade jurídica própria;
➔ Patrimônio próprio;
➔ Autonomia administrativa e financeira;
➔ Necessidade de lei específica para sua criação, seja lei criadora ou autorizadora;
➔ Controle exercido pelo ente da Administração Direta, no que tange ao cumprimento de suas finalidades essenciais.
SISTEMA "S" - Pessoas jurídicas de direito privado, instituídas por particulares, com ou sem autorização legislativa, para o desempenho de atividades privadas
de interesse público, mediante fomento e controle do Estado
FUNDAÇÃO PÚBLICA - Patrimônio total ou parcialmente público, dotado de personalidade jurídica, de DIREITO PÚBLICO ou PRIVADO, e destinado, por
lei, ao desempenho de atividades do Estado na ordem social, com capacidade de autoadministração e mediante controle da Administração Pública, nos limites da
lei
AGÊNCIA REGULADORA - autarquia de regime especial, como maior autonomia em relação à Administração Direta e estabilidade dos dirigentes (garantida
por meio de mandato fixo, que só pode ser perdido nas hipóteses expressamente previstas, afastada a possibilidade de exoneração ad nutum)

Subtópico 5

Subtópico 6

Subtópico 7

Subtópico 8

Subtópico 9

Subtópico 10
Lei de Execução Penal
O instituto da GRAÇA, previsto no art. 5º, XLIII, da Constituição Federal, engloba o INDULTO e a COMUTAÇÃO DE PENA, estando a competência privativa
do Presidente da República para a concessão desses benefícios limitada pela vedação estabelecida no referido dispositivo constitucional.
A sentença que concede o INDULTO ou a COMUTAÇÃO de pena tem natureza declaratória, não havendo como impedir a concessão dos benefícios ao
sentenciado, se cumpridos todos os requisitos exigidos no decreto presidencial.
O deferimento do indulto e da comutação das penas deve observar estritamente os critérios estabelecidos pela Presidência da República no respectivo ato de
concessão, sendo vedada a interpretação ampliativa da norma, sob pena de usurpação da competência privativa disposta no art. 84, XII, da Constituição e, ainda,
ofensa aos princípios da separação entre os poderes e da legalidade.
A análise do preenchimento do requisito objetivo para a concessão dos benefícios de indulto e de comutação de pena deve considerar todas as condenações com
trânsito em julgado até a data da publicação do decreto presidencial, sendo indiferente o fato de a juntada da guia de execução penal ter ocorrido em momento
posterior à publicação do referido decreto.
O indulto e a comutação de pena incidem sobre as execuções em curso no momento da edição do decreto presidencial, não sendo possível considerar na base de
cálculo dos benefícios as penas já extintas em decorrência do integral cumprimento.
Para a concessão de indulto, deve ser considerada a pena originalmente imposta, não sendo levada em conta, portanto, a pena remanescente em decorrência de
comutações anteriores
Não dispondo o decreto autorizador de forma contrária, os condenados por crimes de natureza hedionda têm direito aos benefícios de indulto ou de comutação de
pena, desde que as infrações penais tenham sido praticadas antes da vigência da Lei n. 8.072/1990 e suas modificadoras.
O indulto individual poderá ser provocado por petição do condenado, por iniciativa do Ministério Público, do Conselho Penitenciário, ou da autoridade
administrativa”.
Concedido o indulto e anexada aos autos cópia do decreto, o Juiz declarará extinta a pena ou ajustará a execução aos termos do decreto, no caso de comutação.
STJ – O INDULTO extingue os efeitos primários da condenação (pretensão executória), mas não atinge os efeitos secundários, penais ou extrapenais
A GRAVIDADE ABSTRATA do crime e a LONGA PENA a cumprir NÃO são aspectos relacionados ao comportamento do sentenciado durante a execução
penal e não justificam o indeferimento dos benefícios do sistema progressivo das penas.
STJ - NÃO fere o contraditório e o devido processo decisão que, sem ouvida prévia da defesa, determine transferência ou permanência de custodiado em
estabelecimento penitenciário federal
STJ - O termo inicial do prazo prescricional, no caso de fuga, é a data da recaptura, por ser uma infração disciplinar de natureza permanente
STJ – É possível considerar o tempo submetido à medida cautelar de recolhimento noturno, aos finais de semana e dias não úteis, supervisionados por
monitoramento eletrônico, como tempo de pena efetivamente cumprido, para detração da pena.
STJ – A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento
dessa infração.”
STJ – A prática de FALTA GRAVE não interrompe o prazo para fim de comutação de pena ou indulto
STJ - O indulto extingue os efeitos primários da condenação (pretensão executória), mas não atinge os efeitos secundários, penais ou extrapenais”.
STJ - A ausência de suspensão ou revogação do livramento condicional antes do término do período de prova enseja a extinção da punibilidade pelo integral
cumprimento da pena”.
STJ - A FALTA GRAVE NÃO interrompe o prazo para obtenção do livramento condicional
STJ - A prática de FALTA GRAVE durante o cumprimento da pena NÃO acarreta a alteração da data-base para fins de saída temporária e trabalho externo
STJ - É possível a remição de parte do tempo de execução da pena quando o condenado, em regime fechado ou semiaberto, desempenha atividade laborativa,
ainda que extramuros.
A ANISTIA e o INDULTO (causas extintivas da punibilidade prevista no art. 107/CP) não são concedidas pelas mesmas pessoas. A anistia é concedida pelo
Congresso Nacional (Poder Legislativo) por meio de lei, enquanto o indulto é concedido pelo Presidente da República (Poder Executivo) por meio de Decreto.
STJ - A UNIFICAÇÃO DE PENAS NÃO enseja a alteração da data-base para concessão de novos benefícios executórios
PROGRESSÃO DE REGIME:
Requisito OBJETIVO: Mínimo para progredir - 8 hipóteses:
16 e 20: SEM VIOLÊNCIA
Sendo 16 para o PRIMÁRIO e 20 para o REINCIDENTE
25 e 30: COM VIOLÊNCIA
Sendo 25 para o PRIMÁRIO e 30 para o REINCIDENTE
40 e 60: HEDIONDO
Sendo 40 para o PRIMÁRIO e 60 para o REINCIDENTE
50 e 70: HEDIONDO COM RESULTADO MORTE
Sendo 50 para o PRIMÁRIO e 70 PARA O REINCIDENTE
Requisito SUBJETIVO: Bom comportamento atestado pelo diretor do presídio.
VEDADO o livramento condicional no caso de morte (50 e 70%).
MULHER GESTANTE/MÃE:
•Requisito OBJETIVO: cumprimento de, no mínimo, 1/8 da pena;
•Requisito SUBJETIVO: crime sem violência / não ter sido contra o filho / primária + bom comportamento / não integrar organização criminosa.
LIVRAMENTO CONDICIONAL
➢ 1/3: não reincidente em crime doloso + bons antecedentes
➢ METADE: reincidente em crime doloso +
➢Bom comportamento
➢Não falta grave nos últimos 12 meses
➢Bom desempenho no trabalho
➢Aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto
➢ 2/3: CRIME HEDIONDO OU EQUIPARADO, se não for reincidente específico
Incumbe ao CONSELHO DA COMUNIDADE
➔ Visitar, pelo menos MENSALMENTE, os estabelecimentos penais existentes na comarca;
➔ Apresentar relatórios MENSAIS ao Juiz da Execução e ao conselho penitenciário.
Incumbe ao CONSELHO PENITENCIÁRIO:
➢ Emitir PARECER sobre INDULTO e COMUTAÇÃO DE PENA, excetuada a hipótese de pedido de INDULTO com base no ESTADO DE SAÚDE
do preso;
Art. 83. § 3º Os estabelecimentos de que trata o § 2 o deste artigo deverão possuir, EXCLUSIVAMENTE, agentes do SEXO FEMININO na segurança de suas
dependências INTERNAS.
Art. 83-B. São INDELEGÁVEIS as funções de direção, chefia e coordenação no âmbito do sistema penal, bem como todas as atividades que exijam o exercício
do poder de polícia, e notadamente:
➔ Classificação de condenados;
➔ Aplicação de sanções disciplinares;
➔ Controle de rebeliões;
➔ Transporte de presos para órgãos do Poder Judiciário, hospitais e outros locais externos aos estabelecimentos penais.
Art. 2º, § 2 Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de BERÇÁRIO, onde as condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive
amamentá-los, no MÍNIMO, ATÉ 6 (SEIS) MESES DE IDADE.
Art. 29. O TRABALHO DO PRESO será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4 do salário-mínimo.
§ 1° O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender:
➔ à indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por outros meios;
➔ à assistência à família;
➔ As pequenas despesas pessoais;
➔ Ao ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado, em proporção a ser fixada e sem prejuízo da destinação prevista
nas letras anteriores.
§ 2º Ressalvadas outras aplicações legais, será depositada a parte restante para constituição do pecúlio, em Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado
quando posto em liberdade.
Art. 30. As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas.
Art. 41. Constituem direitos do preso:
➢ Atribuição de trabalho e sua remuneração;
➢ Previdência Social;
PERMISSÃO DE SAÍDA -Art. 120. Os condenados que cumprem pena em REGIME FECHADO ou SEMI-ABERTO e os PRESOS PROVISÓRIOS
poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante ESCOLTA, quando ocorrer um dos seguintes fatos:
➔ Falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão;
➔ Necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14).
➔ A permissão de saída SERÁ CONCEDIDA pelo DIRETOR do estabelecimento onde se encontra o preso.
SAÍDA TEMPORÁRIA (REGIME SEMIABERTO):
QUEM AUTORIZA? o Juiz (ouvido o MP e a Adm. Penitenciária);
Sem vigilância direta (escolta), mas nada impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica);
HIPÓTESES:
a) Visita à família;
b) Curso supletivo, 2º grau, etc.
c) Participar de atividades que concorram para o retorno do convívio social.
REQUISITOS:
a) comportamento adequado;
b) compatibilidade do benefício com os objetivos da pena;
c) cumprimento de 1/6 da pena (se primário);
d) 1/4 da pena (se reincidente);
PRAZO: Até 7 dias (renováveis por + 4 vezes, mas com intervalo mínimo para cada de 45 dias);
CONDIÇÕES:
1) Fornecer endereço de onde residir a família ou onde será encontrado;
2) Recolhimento ao local visitado no período noturno;
3) Proibição de frequentar bares e casas noturnas;
OBSERVAÇÃO: NÃO TERÁ direito a saída temporária o condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo com resultado morte;
Art. 26. Considera-se EGRESSO para os efeitos desta Lei:
✔ O LIBERADO DEFINITIVO, pelo prazo de 1 ano a contar da saída do estabelecimento;
✔ LIBERADO CONDICIONAL, durante o período de prova.
RDD – art. 52, II e IV: “A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará
o preso provisório, ou condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO, com as seguintes
características:
➢ Recolhimento em cela individual;
➢ Direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com
presos do mesmo grupo criminoso
A autorização para a inclusão do preso em regime disciplinar dependerá de requerimento circunstanciado elaborado pelo DIRETOR DO
ESTABELECIMENTO ou outra autoridade administrativa.
A DECISÃO JUDICIAL sobre inclusão de preso em regime disciplinar será precedida de manifestação do Ministério Público e da defesa e prolatada no prazo
máximo de quinze dias.
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções.
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada.
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
➔ Incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
➔ Fugir;
➔ Possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem;
➔ Provocar acidente de trabalho;
➔ Descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
➔ Inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
➔ Tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente
externo.
➔ Recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o ISOLAMENTO PREVENTIVO do faltoso pelo PRAZO DE ATÉ DEZ DIAS.
Art. 54. As sanções (advertência verbal, repreensão, suspensão ou restrição de direitos e isolamento na própria cela, ou em local adequado) serão aplicadas por ato
motivado do diretor do estabelecimento e a do inciso (RDD) V, por prévio e fundamentado despacho do juiz competente.
O cometimento de FALTA GRAVE durante a execução da pena privativa de liberdade INTERROMPE o prazo para a obtenção da progressão no regime de
cumprimento da pena, caso em que o REINÍCIO da contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente
A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
➔ Praticar fato definido como CRIME DOLOSO ou FALTA GRAVE;
➔ Sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime
Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de REGIME ABERTO em RESIDÊNCIA PARTICULAR quando se tratar de:
➢ condenado maior de 70 (setenta) anos;
➢ Condenado acometido de doença grave;
➢ Condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
➢ Condenada gestante.
Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo
resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição
Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-se-á a pena ao restante da que está sendo cumprida, para determinação do regime
A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado:
➢ Praticar fato definido como crime doloso ou falta grave;
➢ Sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime
Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, bem como por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime
sexual contra vulnerável, será submetido, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA (ácido desoxirribonucleico), por técnica
adequada e indolor, por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional.
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à identificação do perfil genético por ocasião do ingresso no
estabelecimento prisional deverá ser submetido ao procedimento durante o cumprimento da pena.
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço,
1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade.
Art. 112. § 7º O bom comportamento é readquirido após 1 ano da ocorrência do fato, ou antes, após o cumprimento do requisito temporal exigível para a obtenção
do direito.
ESTABELECIMENTOS PENAIS
➢ Penitenciária: destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado.
➢ Colônia Agrícola, Industrial ou Similar: destina-se ao cumprimento da pena em regime semiaberto.
➢ Casa do Albergado: destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime aberto e da pena de limitação de fim de semana.
➢ Centro de Observação: local onde realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico.
➢ Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico: destina-se aos inimputáveis e semi-imputáveis.
➢ Cadeia pública: destina-se ao recolhimento de presos provisórios.
Art. 25. A assistência ao egresso consiste:
I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade;
II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 meses.
A) Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração
social do condenado e do internado.
B) Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade.
D) Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou empresa pública, com autonomia administrativa, e terá por objetivo a formação profissional do
condenado.
STJ/STF – Justifica-se a EXPEDIÇÃO DA GUIA DE EXECUÇÃO, INDEPENDENTEMENTE do cumprimento do mandado de prisão, a fim de
possibilitar a análise do pedido de progressão de regime ou de prisão domiciliar pelo Juízo competente
STJ – é cabível a expedição da guia de recolhimento a fim de que o juízo da execução competente analise imediatamente possível detração e/ou progressão de
regime, procedimento que não pode ficar condicionado à prévia prisão do condenado
PROGRESSÃO DE REGIME Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a
ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: (requisito objetivo – lapso temporal)
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar BOA CONDUTA CARCERÁRIA, comprovada pelo diretor do
estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão.(requisito subjetivo – boa conduta)
STF – A FALTA DE ESTABELECIMENTO PENAL adequado NÃO autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, tendo em vista a
violação aos princípios da individualização da pena e da legalidade
STF – AUSÊNCIA DE VAGAS ou ESTABELECIMENTO PRISIONAL adequado na localidade, o julgador deve buscar aplicar as seguintes alternativas, em
ordem de preferência:
➔ A saída antecipada de sentenciado no regime com falta de vagas;
➔ A liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado que sai antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por falta de vagas;
➔ O cumprimento de penas restritivas de direito e/ou estudo ao sentenciado que progride ao regime aberto.
STF – O direito à remição não prescinde do efetivo e comprovado exercício de atividades laborais pelo reeducando
Art. 66. Compete ao JUIZ DA EXECUÇÃO:
➔ Aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado;
A Lei de Execução Penal NÃO PREVÊ a realização do exame criminológico como requisito para concessão de progressão de regime, sendo esta possibilidade
uma CONSTRUÇÃO JURISPRUDENCIAL:
STF – Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do
art. 2º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo
determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico
A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito) horas, com descanso nos domingos e feriados.
São RECOMPENSAS:
➔ O elogio;
➔ A concessão de regalias.
A legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a forma de concessão de regalias.
Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:
➔ O liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento;
➔ O liberado condicional, durante o período de prova.
A ASSISTÊNCIA AO EGRESSO consiste:
➔ Na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade;
➔ Na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses.
O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou
Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina
O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de empregados na obra
Os ESTABELECIMENTOS PENAIS destinam-se ao CONDENADO, ao SUBMETIDO À MEDIDA DE SEGURANÇA, ao PRESO PROVISÓRIO e ao
EGRESSO
A CADEIA PÚBLICA destina-se ao recolhimento de presos provisórios.
A PENITENCIÁRIA destina-se ao CONDENADO à pena de RECLUSÃO, em REGIME FECHADO.
Os MAIORES de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua idade.
A MULHER e o MAIOR DE SESSENTA ANOS, separadamente, serão recolhidos a estabelecimento próprio e adequado à sua condição pessoal
A CASA DO ALBERGADO destina-se ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em REGIME ABERTO, e da pena de LIMITAÇÃO DE FIM DE
SEMANA.
A CERIMÔNIA DO LIVRAMENTO CONDICIONAL será realizada solenemente no dia marcado pelo Presidente do Conselho Penitenciário, no
estabelecimento onde está sendo cumprida a pena, observando-se o seguinte:
➔ a sentença será lida ao liberando, na presença dos demais condenados, pelo Presidente do Conselho Penitenciário ou membro por ele designado, ou, na
falta, pelo Juiz;
➔ a autoridade administrativa chamará a atenção do liberando para as condições impostas na sentença de livramento;
➔ o liberando declarará se aceita as condições.
➔ De tudo em livro próprio, será lavrado termo subscrito por quem presidir a cerimônia e pelo liberando, ou alguém a seu rogo, se não souber ou não
puder escrever.
➔ Cópia desse termo deverá ser remetida ao Juiz da execução.
Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de berçário, onde as condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no
mínimo, até 6 (seis) meses de idade
Os presos condenados ficarão separados de acordo com os seguintes critérios
➔ Condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados
➔ Reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa
➔ Primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa
➔ Demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em situação diversa das previstas nos incisos I, II e III.
O procedimento judicial iniciar-se-á de ofício, a requerimento do Ministério Público, do interessado, de quem o represente, de seu cônjuge, parente ou descendente,
mediante proposta do Conselho Penitenciário, ou, ainda, da autoridade administrativa.

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Subtópico 2

Subtópico 3

Subtópico 4

Subtópico 5

Subtópico 6

Subtópico 7

Subtópico 8

Subtópico 9

Subtópico 10
Estatuto do Desarmamento
Art. 6° - É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para:
➔ Os integrantes do quadro EFETIVO dos agentes e guardas prisionais, os integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias;
CRIMES HEDIONDOS:
Art 16: crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso PROIBIDO;
Art 17: o crime de comércio ilegal de armas de fogo;
Art 18: o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição
O certificado de registro de arma de fogo (CRAF), com validade em todo território nacional, AUTORIZA seu PROPRIETÁRIO a MANTER a arma de fogo
EXCLUSIVAMENTE no interior de sua RESIDÊNCIA ou DOMICÍLIO, ou na dependência desse, ou, ainda no seu LOCAL DE TRABALHO, desde que seja
ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa
Aos RESIDENTES EM ÁREA RURAL, para os fins do disposto no caput deste artigo, considera-se residência ou domicílio TODA a EXTENSÃO do respectivo
IMÓVEL RURAL
STJ - PORTE de arma de fogo, seja de uso permitido, restrito ou proibido com registro vencido: Caracteriza CRIME (art. 14 da Lei 10.826/2003) ou de arma de
fogo de uso restrito (art. 16 da Lei 10.826/2003)
STJ - POSSE de arma de fogo de uso PERMITIDO com registro vencido: mera irregularidade administrativa
Art.4°,§ 5 A COMERCIALIZAÇÃO DE ARMAS DE FOGO, acessórios e munições entre PESSOAS FÍSICAS somente será efetivada mediante
AUTORIZAÇÃO DO SINARM
Autorização para o Porte: PF após autorização do Sinarm;
Autorização para compra de Arma de Fogo : Sinarm;
Autorizar a aquisição de armas de fogo de uso restrito: Comando do Exército;
Autorização do porte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil : Ministério da Justiça;
Expedir Certificado de Registro de Arma de Fogo de uso permitido : PF após autorização do Sinarm;
Concessão de porte de trânsito de arma de fogo para colecionadores, atiradores e caçadores e de representantes estrangeiros em competição internacional
oficial de tiro realizada no território nacional: Comando do exército
STJ - O simples fato de possuir ou portar munição caracteriza os delitos previstos nos artigos 12, 14 e 16 da Lei 10.826/2003, por se tratar de crime de perigo
abstrato e de mera conduta, sendo prescindível a demonstração de lesão ou de perigo concreto ao bem jurídico tutelado, que é a incolumidade pública.
STJ - A apreensão de ínfima quantidade de munição desacompanhada de arma de fogo, excepcionalmente, a depender da análise do caso concreto, pode levar ao
reconhecimento de atipicidade da conduta, diante da ausência de exposição de risco ao bem jurídico tutelado pela norma.
STJ - Demonstrada por laudo pericial a inaptidão da arma de fogo para o disparo, é atípica a conduta de portar ou de possuir arma de fogo, diante da ausência de
afetação do bem jurídico incolumidade pública, tratando-se de crime impossível pela ineficácia absoluta do meio.
STJ - A conduta de possuir, portar, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo, seja de uso permitido, restrito ou proibido, com numeração, marca ou qualquer
outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado, implica a condenação pelo crime estabelecido no artigo 16, parágrafo único, IV, do Estatuto do
Desarmamento.
STJ - O delito de comércio ilegal de arma de fogo, acessório ou munição, tipificado no artigo 17, caput e parágrafo único, da Lei de Armas, nunca foi abrangido
pela abolitio criminis temporária prevista nos artigos 5º, § 3º, e 30 da Lei de Armas ou nos diplomas legais que prorrogaram os prazos previstos nos referidos
dispositivos.
STJ - Compete à Justiça Federal o julgamento do crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, em razão do que dispõe o artigo 109,
inciso V, da Constituição Federal, haja vista que este crime está inserido em tratado internacional de que o Brasil é signatário.
STJ - O crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, tipificado no artigo 18 da Lei 10.826/03, é de perigo abstrato ou de mera conduta e
visa a proteger a segurança pública e a paz social.
STJ - Para a configuração do tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição não basta apenas a procedência estrangeira do artefato, sendo necessário
que se comprove a internacionalidade da ação.
STJ - É típica a conduta de importar arma de fogo, acessório ou munição sem autorização da autoridade competente, nos termos do artigo 18 da Lei 10.826/2003,
mesmo que o réu detenha o porte legal da arma, em razão do alto grau de reprovabilidade da conduta.
STJ – O crime de comércio ilegal de arma de fogo, acessório ou munição (artigo 17 da Lei 10.826/2003) é delito de tipo misto alternativo e de perigo abstrato,
bastando para sua caracterização a prática de um dos núcleos do tipo penal, sendo prescindível a demonstração de lesão ou de perigo concreto ao bem jurídico
tutelado, que é a incolumidade pública
STF – a conduta de possuir uma unidade de munição de uso permitido (calibre. 9mm) é “formalmente típica, nos termos do art. 12 da Lei 10.826/2003” . Contudo,
a “Inexistência de potencialidade lesiva da munição apreendida, desacompanhada de arma de fogo” resulta na atipicidade material dos fatos incidindo assim, o
princípio da insignificância, que tem natureza de causa supralegal de excludente de tipicidade (exclui a tipicidade material).
STF – Todos os integrantes das guardas municipais possuem direito a porte de arma de fogo, em serviço ou mesmo fora de serviço, independentemente do número
de habitantes do Município
STJ - os tipos penais dos arts. 12 e 16, da Lei n. 10.826/03, tutelam bens jurídicos diversos e que, por tal razão, deve ser aplicado o concurso formal quando
apreendidas armas ou munições de uso permitido e de uso restrito no mesmo contexto fático
Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos, quando não mais interessarem à persecução penal serão
encaminhadas pelo JUIZ competente ao COMANDO DO EXÉRCITO, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou doação aos órgãos de
segurança pública ou às Forças Armadas, na forma do regulamento desta Lei
DISPARO DE ARMA DE FOGO - Art. 15. DISPARAR arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em
direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime
STJ – NÃO se aplica o PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO quando os delitos de posse ilegal de arma de fogo e disparo de arma em via pública são praticados
em momentos diversos e em contextos distintos
Concurso material: 2 condutas = dois ou mais crimes
Concurso formal: 1 conduta = dois ou mais crimes
Código Penal - Art. 29 - Quem, de QUALQUER MODO, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade
PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO – Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal
ou regulamentar
Não há previsão expressa no Estatuto do Desarmamento de causa de aumento para a hipótese de porte compartilhado de arma de fogo de uso permitido
As causas de aumento de pena da lei 10.826/03:
Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se:
➔ Forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; o
➔ O agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.
o porte de simulacro não constitui conduta tipificada no Estatuto do Desarmamento
COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO - Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar,
adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo,
acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar
Art. 15 – O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução (desistência voluntária) ou impede que o resultado se produza (arrependimento
eficaz), só responde pelos atos já praticados.
Art. 11. Fica instituída a cobrança de taxas, nos valores constantes do Anexo desta Lei, pela prestação de serviços relativos:
➔ Ao registro de arma de fogo;
➔ à renovação de registro de arma de fogo;
➔ à expedição de segunda via de registro de arma de fogo;
➔ à expedição de porte federal de arma de fogo;
➔ à renovação de porte de arma de fogo;
➔ à expedição de segunda via de porte federal de arma de fogo.
APOLOGIA DE CRIME OU CRIMINOSO - Art. 287 – Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime
Pena – DETENÇÃO, de três a seis meses, ou multa.
Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais poderão portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou
instituição, mesmo fora de serviço, desde que estejam
➔ Submetidos a regime de dedicação exclusiva
➔ Sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento; e
➔ Subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno

Subtópico 1

Subtópico 2

Subtópico 3

Subtópico 4

Subtópico 5

Subtópico 6

Subtópico 7

Subtópico 8

Subtópico 9

Subtópico 10
Direito Humanos
Declaração Universal dos Direitos Humanos
Artigo 21
1. Todo ser humano tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.
2. Todo ser humano tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; essa vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto
ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
Artigo 19
Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir
informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.
Artigo 20
1. Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo 11
1.Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em
julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não
será imposta pena mais forte de que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
Artigo 14
1. Todo ser humano, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países.
2. Esse direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e
princípios das Nações Unidas.
Artigo 15
1. Todo ser humano tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
Artigo 29
1. Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, todo ser humano estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de
assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do
bem-estar de uma sociedade democrática.
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
Todo ser humano tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses.
Todo ser humano acusado de um ato delituoso tem o direito de ser PRESUMIDO INOCENTE até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a
lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de
fraternidade.
Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo,
língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição
Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de
um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania
Todo o homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos estão proibidos em todas as suas formas
Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante
Todo ser humano tem direito à LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO e RESIDÊNCIA dentro das fronteiras de cada Estado
Todo ser humano tem o DIREITO de DEIXAR QUALQUER PAÍS, inclusive o PRÓPRIO e a esse REGRESSAR
Todo ser humano tem direito a receber dos TRIBUNAIS NACIONAIS competentes REMÉDIO EFETIVO para os atos que violem os direitos fundamentais
que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei
Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família
O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes
Os PAIS têm prioridade de direito na escolha do GÊNERO DE INSTRUÇÃO que será ministrada a seus FILHOS
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada de maneira a envolver para qualquer Estado, agrupamento ou indivíduo o direito de se entregar a
alguma atividade ou de praticar algum ato destinado a destruir os direitos e liberdades aqui enunciados
Ninguém será submetido à TORTURA nem a TRATAMENTO ou CASTIGO CRUEL, DESUMANO ou DEGRADANTE.
Todo homem tem DIREITO a uma nacionalidade.
Ninguém será ARBITRARIAMENTE PRIVADO de sua NACIONALIDADE, nem do direito de MUDAR de NACIONALIDADE.
Todo ser humano tem o DIREITO DE FAZER PARTE NO GOVERNO de seu país DIRETAMENTE ou por INTERMÉDIO de REPRESENTANTES
LIVREMENTE ESCOLHIDOS.
Todo SER HUMANO tem IGUAL DIREITO DE ACESSO AO SERVIÇO PÚBLICO do seu país.
A VONTADE DO POVO será a BASE da AUTORIDADE DO GOVERNO; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio
universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
Todo ser humano, VÍTIMA DE PERSEGUIÇÃO, tem o direito de procurar e de GOZAR ASILO em OUTROS PAÍSES.
Este direito NÃO pode, porém, ser invocado no caso de processo realmente existente por CRIME DE DIREITO COMUM ou por atividades contrárias aos fins
e aos princípios das Nações Unidas.
Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe, e a sua família, saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados
médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios
de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
A MATERNIDADE e a INFÂNCIA têm direito a CUIDADOS e ASSISTÊNCIA ESPECIAIS. Todas as CRIANÇAS, nascidas dentro ou fora do matrimônio
gozarão da mesma PROTEÇÃO SOCIAL.
Todo ser humano tem direito a REPOUSO e LAZER, inclusive a limitação razoável das HORAS DE TRABALHO e a FÉRIAS REMUNERADAS
PERIÓDICAS
Todo homem tem direito à instrução. A Instrução será gratuita, pelo menos nos graus ELEMENTARES e FUNDAMENTAIS. A instrução ELEMENTAR será
OBRIGATÓRIA. A instrução técnico-profissional será ACESSÍVEL A TODOS, bem como a Instrução SUPERIOR, esta baseada no MÉRITO
Instrução Elementar – Obrigatória
Instrução técnico – profissional – Acessível a todos
Instrução Superior – Baseada no mérito
Os Dez Princípios do Pacto Global são:
Direitos Humanos
➔ As empresas devem apoiar e respeitar a proteção de direitos humanos reconhecidos internacionalmente; e
➔ Assegurar-se de sua não participação em violações destes direitos.
Trabalho
➔ As empresas devem apoiar a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva;
➔ A eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou compulsório;
➔ A abolição efetiva do trabalho infantil; e
➔ Eliminar a discriminação no emprego.
Meio Ambiente
➔ As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais;
➔ Desenvolver iniciativas para promover maior responsabilidade ambiental; e
➔ Incentivar o desenvolvimento e difusão de tecnologias ambientalmente amigáveis.
Contra a Corrupção
➔ As empresas devem combater a corrupção em todas as suas formas, inclusive extorsão e propina.
STF - É constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja grávida à época de sua realização, independentemente da previsão expressa
em edital do concurso público.
Os Direitos Humanos de DEFESA relacionam-se com a prerrogativa de a pessoa solicitar uma conduta NEGATIVA do Estado a fim de promover seus direitos
fundamentais
Pode-se afirmar que a CONCEPÇÃO CONTEMPORÂNEA de Direitos Humanos é marcada pela UNIVERSALIDADE e pela INDIVISIBILIDADE desses
direitos
Positivistas como Hans Kelsen e Alf Ross afirmam que somente seriam reconhecidos como direitos humanos aqueles positivados (teoria positivista) -
diferentemente da teoria jusnaturalista (os direitos humanos se fundamentam em uma ordem superior, universal, imutável e inderrogável
A partir de um resgate da visão kantiana, a única condição exigida para que alguém seja titular de Direitos Humanos é sua condição de ser humano
Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3
Diretriz 3: Integração e ampliação dos sistemas de informação em Direitos Humanos e construção de mecanismos de avaliação e monitoramento de sua
efetivação.
Objetivo estratégico:
➔ Monitoramento dos compromissos internacionais assumidos pelo Estado brasileiro em matéria de Direitos Humanos.
Ações programáticas:
➔ Elaborar relatório anual sobre a situação dos Direitos Humanos no Brasil, em diálogo participativo com a sociedade civil.
Art. 5º Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os órgãos do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público, SERÃO CONVIDADOS A
ADERIR AO PNDH-3
Regras Mínimas para o Tratamento de Presos – Regras de Mandela (1955)
Regra 9 - Todos os registos mencionados nas Regras 7 e 8 serão mantidos CONFIDENCIAIS e só serão ACESSÍVEIS aos que, por RAZÕES
PROFISSIONAIS, solicitem o seu acesso. Todos os reclusos devem ter acesso aos seus registos, nos termos previstos em legislação interna, e direito a receber
uma cópia oficial destes registos no momento da sua libertação.

Subtópico 5

Subtópico 6

Subtópico 7

Subtópico 8

Subtópico 9

Subtópico 10
CRIMINOLOGIA
A Criminologia – CIÊNCIA AUTÔNOMA, EMPÍRICA e INTERDISCIPLINAR, que se preocupa em estudar, por meio de métodos biológicos e
sociológicos, o crime/delito, o criminoso/delinquente, a vítima e o controle social, com escopo de controle e prevenção da criminalidade, tratando do crime como
problema social.
Estuda: CRIME, DELINQUENTE, VÍTIMA e CONTROLE SOCIAL
TEORIA DO LABELING APPROACH = TEORIA DA REAÇÃO SOCIAL = TEORIA DA ROTULAÇÃO SOCIAL = TEORIA DO ETIQUETAMENTO
SOCIAL: aqueles que integram a população criminosa são estigmatizados, rotulados ou etiquetados como sujeitos contra quem normalmente se dirige o poder
punitivo estatal. Proposta por Zaffaroni. Para Zaffaroni, a criminalização secundária possui a característica da seletividade e da vulnerabilidade.
Falou em DESORGANIZAÇÃO: ESCOLA DE CHICAGO.
Falou em ETIQUETAMENTO, ESTIGMATIZAÇÃO, ROTULAÇÃO: LABELLING APPROACH.
Falou em crimes de COLARINHO BRANCO: ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL.
Falou em busca de STATUS, ter PRAZER DE INFRINGIR NORMAS SOCIAIS, ter delinquentes como ídolos: SUBCULTURA DELINQUENTE.
Falou em AUSÊNCIA DE NORMA ou não haver estímulo para respeitá-las : ANOMIA.
Falou em CAPITALISMO, luta entre classes, rico explorando pobre :CRÍTICA - MARX.
A TEORIA DAS ZONAS CONCÊNTRICAS, de Ernest Burgess, indica que o crescimento das cidades se dá a partir dos respectivos centros e quanto mais
longe do centro, mais alta é a classe social das pessoas.
A TEORIA ECOLÓGICA entende a cidade como produtora de delinquência, havendo zonas em que a criminalidade seria maior e outras com índices menores
de criminalidade
ESCOLA DE CHICAGO e suas teorias derivadas, prepondera o fator ecológico e social no surgimento da criminalidade. O fator biológico é atrelado às teorias
Etiológicas.
A Escola de Chicago foi marcada pelo pragmatismo, inovando pelo método de observação participante, no qual o observador mantém-se próximo ao fenômeno
social que estuda.
A escola de Chicago, a teoria da anomia e a teoria da associação diferencial são teorias do consenso (ou funcionalistas). “Consenso” porque essas teorias indicam
convergência de pensamentos, havendo uma interação social entre seus componentes, mas sem a força estatal para, através do seu poder coercitivo, impor sua
maneira de pensar.
A ESCOLA CRÍTICA, também chamada de nova criminologia ou criminologia radical aproveita-se do conceito de etiquetamento da Escola Interacionista e
busca fundamento nas ideias de Karl Marx, entendo que o criminoso surge da luta de classes. A subjugação de uma classe pela outra é que faz surgir o conflito
social, havendo verdadeira estigmatização da população marginalizada, em especial a classe trabalhadora.
O NEORREALISMO DE ESQUERDA é um movimento que crítica às teorias criminológicas existentes e busca abarcar todos os aspectos do processo criminal:
sociedade, Estado, criminoso e vítima, priorizando políticas criminais preventivas. Considera o Direito Penal uma proteção dos "ricos e poderosos" e elemento de
punição dos mais pobres e marginalizados.
A corrente ABOLICIONISTA, em linhas gerais, pode ser definida como aquela que propõem a eliminação total de qualquer espécie de controle “formal” do
delito, que deve dar lugar a outros modelos informais de solução de conflitos, pois a pena e o sistema de justiça criminal são alheios de valores sociais, são
estigmatizantes, seletivos, formadores de delinquentes.
A TEORIA DO DIREITO PENAL MÍNIMO seria um movimento intermediário entre o sistema da lei e da ordem e o abolicionismo penal. Em linhas gerais,
pode ser definido como o movimento que entende deva ser o Direito Penal aplicado apenas aos delitos considerados mais graves, pois o Direito Penal falhou no
combate ao crime, ficando a cargo de outros ramos do direito o tratamento punitivo de condutas mais brandas.
ESCOLA CLÁSSICA; A Escola Clássica da Criminologia dá mais atenção ao crime que ao delinquente; e fundamenta a imputabilidade no livre arbítrio do
agente.
➔ Pré-científica, pena com caráter retributivo e punitivo;
➔ A Escola Clássica se valia do método indutivo experimental para investigar a Criminogênese.
➔ Contratualismo e jusnaturalismo; Método dedutivo.
➔ Obra dos Delitos e das Penas;
➔ Carrara, Beccaria, Feuerbach.
➔ Cesare Beccaria, cujo pensamento é apontado como uma das mais influentes bases da escola clássica, fez uma forte crítica ao sistema penal do Antigo
Regime e lançou bases filosóficas limitadoras do poder punitivo estatal
➔ Escola Clássica, a pena é um mal imposto ao indivíduo como forma de castigo, pelo fato de ter cometido um crime de forma voluntária e consciente.
➔ Assim, apesar de ser contra a pena de morte e defender o fim tortura, a finalidade da pena para a Escola Clássica é reestabelecer a ordem na sociedade
O marco da fundação da criminologia como disciplina se deu com Cesare Lombroso, na Escola Positivista Italiana.
As origens iluministas da criminologia se opões às relações absolutistas, por volta do século XVIII e XIX, na Escola Clássica.
Foi no século XVIII, período iluminista, contestando ideias absolutistas, que se teve a mudança do caráter desumano das penas, depreciando a violência, a
intolerância religiosa e privilégios econômico-sociais enfatizando o livre-arbítrio
TEORIA DA ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL
• 1930 em diante, EUA;
• Edwin Sutherland;
• Crime é uma questão de aprendizado;
• A conduta criminosa se aprende, como qualquer outra atividade;
• O aprendizado se produz por interação com outras pessoas (processo de comunicação);
• A parte mais importante do aprendizado se dá nos grupos pessoais íntimos: esses grupos ensinam e legitimam ações criminosas.
Obs.: Crime do Colarinho Branco (White Collar Crime):
A CRIMINALIZAÇÃO PRIMÁRIA cria tipos penais.
CIFRA NEGRA: Trata-se do conjunto de crimes que não chegam ao conhecimento do Estado para registro por razões subjetivas, tais como o medo de
represália (sequestro, ameaça), vergonha (estupro) ou por descrédito com a polícia e a justiça, ou seja, com os órgãos de controle social formal (crimes de
bagatela). Nas cifras negras os crimes sequer chegam ao conhecimento da autoridade policial ou de outro órgão estatal.
CIFRA CINZA: São crimes que chegam ao conhecimento da autoridade policial, entretanto não prosperam na fase processual, haja vista a composição das
partes ou a ausência de representação.
Cifra Amarela: São crimes praticados com abuso de poder ou arbitrariedade ou violência policial, os quais não são noticiados aos órgãos fiscalizadores
competentes (corregedorias, por exemplo).
Cifra Dourada: São os crimes praticados por criminosos diferenciados, denominados “criminosos do colarinho branco” (conexão com a teoria consensual da
Associação Diferencial). É a criminalidade praticada pela elite e os crimes de 'colarinho branco'
Cifra Verde: São os crimes ambientais cuja autoria não é identificada, impossibilitando a responsabilização do delinquente (Exemplo: a pichação).
Cifra Rosa: Relaciona-se aos crimes de homofobia.
Cifra Azul: São os crimes praticados pelas classes menos favorecidas da sociedade, como roubos, furtos
Cifra Vermelha: Homicídios praticados pelos chamados serial killers (assassinos em série). São os criminosos – geralmente psicopatas – que matam vítimas cujo
modus operandi funciona como uma verdadeira assinatura do criminoso, sempre matando com as mesmas características, armas, modo de execução, etc., de
modo a deixar a própria marca.
Formas de Controle Social:
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
Conscientização social através de políticas públicas, especialmente educação, saúde, moradia, emprego e lazer (enfoque etiológico), formando cidadãos para que
não compactuem com tentações que levam a uma vida desregrada. Atua na origem da criminalidade, neutralizando o delito antes que aconteça. Diz respeito a
instrumentos preventivos de médio a longo prazo.
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA
Conjunto de ações policiais e políticas públicas dirigidas aos grupos da sociedade (e não a indivíduo determinado) que apresentam o maior risco de sofrer ou
praticar o delito. Atua no momento posterior ao crime ou em sua iminência. Refere-se a instrumentos preventivos de curto a médio prazo.
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
Medidas voltadas à população carcerária, com caráter punitivo e com desiderato na recuperação do recluso para evitar sua reincidência por meio da
ressocialização.
Classificação das vítimas segundo HANS VON HENTIG, na obra The Criminal and His Victim (1948):
➔ SOLITÁRIO: São indivíduos que vivem na solidão, não se relacionando com outras pessoas. Em decorrência desse meio de vida, acabam se colocando
em situações de risco. (geralmente tal circunstância é associada a pessoas com depressão)
➔ DEPRESSIVO: Pessoas com várias doenças psicológicas. Ao atingir um determinado nível, a depressão poderá ocasionar a vitimização do indivíduo,
pois poderá levar a pessoa à sua autodestruição. Além disso, o seu estado mental fragilizado faz com que eles não reconheçam o perigo, o que
potencializa a diminuição da resistência às investidas criminosas.
➔ BLOQUEADO: São indivíduos que podem não entender o que está acontecendo ao seu redor ou podem ser incapazes de resistir. São indivíduos que
estão cercados por más decisões e são incapazes de se defender ou buscar assistência. Relaciona-se também com pessoas que sofreram chantagem e
extorsão.
➔ TORMENTOSO: São indivíduos que, por seus próprios desejos, ou estão diretamente envolvidos no ato criminoso ou se colocam em situações em que
existe um claro potencial de vitimização. São pessoas que provocam sua própria vitimização por meio de violência e agressão a outros. Relaciona-se
também com pessoas que tiveram pais abusivos.
As mortes decorrentes de oposição à intervenção policial não devem ser equiparadas aos homicídios dolosos em geral para fins criminológicos, em virtude de
relacionarem-se a condicionantes criminais diversas.
Classificação importante das vítimas é atribuída a BENJAMIM MENDELSOHN:
➢ vítimas IDEAIS (completamente inocentes);
➢ vítimas MENOS CULPADAS que os criminosos (ex ignorantia);
➢ vítimas TÃO CULPADAS quanto os criminosos (dupla suicida, aborto consentido, eutanásia);
➢ vítimas MAIS CULPADAS que os criminosos (vítimas por provocação que dão causa ao delito);
➢ vítimas como ÚNICAS CULPADAS (vítimas agressoras, simuladas e imaginárias).
Vitimização primária: dano à vítima decorrente do próprio crime (psicológico, físico, material);
Vitimização secundária, Sobrevitimização ou Revitimização: descaso estatal com a vítima (processo criminal).
Vitimização terciária: preconceito da sociedade em face da vítima; seu próprio grupo social.
Vitimização quaternária: medo de se tornar vítima novamente em virtude da publicidade nas mídias.
Vitimização difusa: o coletivo.
Vitimização indireta: sofrimento das pessoas que estão relacionadas intimamente à vítima.
Heterovitimização: auto recriminação da vítima.
FERRI, o homem não age como pensa, mas sim como sente. Entendia que o criminoso não é moralmente responsável pela sua conduta, negando o livre-arbítrio
cunhado pelos clássicos. Para ele, a responsabilidade moral, deveria ser substituída pela responsabilidade social.
Classificou os criminosos em natos, loucos, habituais, de ocasião e de paixão.
Nato: criminoso conforme a classificação original de Lombroso, caracterizando-se por impulsividade ínsita, criminoso é um ser atávico (que age por instinto), é
um selvagem que já nasce delinquente, predisposto ao crime.
Louco: levado ao crime não somente pela doença mental, mas também pela atrofia do senso moral (decifrar o que é certo ou errado), que é sempre a condição
decisiva na gênese da delinquência. Deve ser submetido a medida de segurança em razão da sua periculosidade.
Habitual: o crime faz parte da sua realidade. Descrição daquele nascido e crescido num ambiente de miséria e pobreza, começando por pequenos delitos até delitos
mais graves. Grave periculosidade e difícil readaptabilidade.
Ocasional: situações emergenciais, temporárias que quando cessa para de praticar o crime. Forte influência de circunstâncias ambientais, injusta provocação,
necessidades familiares ou pessoais, etc. Pratica o crime em situações emergenciais e temporárias. Menor a periculosidade e maior a readaptabilidade social.
Passional: praticam crimes impelidos por paixões pessoais, como também políticas e sociais.
NINA RODRIGUES defendia a existência de diferenças intelectuais e cognitivas entre raças. Aduzia que negros, mestiços brasileiros e índios formavam um bloco
de seres inferiores mental e fisicamente. Apesar das ideias flagrantemente preconceituosas, as ideias de Nina Rodrigues gozaram de muito prestígio à época,
especialmente considerando o contexto histórico em que o país vivia.
Por ter nascido no Maranhão, bem como por ter sido um grande defensor das ideias do médico italiano Cesare Lombroso, Raimundo Nina Rodrigues era conhecido
como “Lombroso dos Trópicos”
TEORIA DA SUBCULTURA DELINQUENTE:
➔ Foi criada por ALBERT COHEN, em sua obra “Delinquent Boys” (1955).
➔ Faz parte das teorias do consenso.
➔ Todo agrupamento humano é dotado de subculturas, o que corresponde à existência de valores distintos daqueles pregados pela cultura dominante.
➔ A delinquência deriva das diferenças culturais.
➔ Perspectiva de rebeldia e reação de minorias desfavorecidas contra os valores dominantes.
➔ Delinquentes são as culturas e não as pessoas.
➔ Não se confunde com contracultura, quando há uma aversão ao que é tido como socialmente aceito. Na subcultura, há uma diversidade entre a cultura
dominante e subculturas inseridas dentro do mesmo sistema.
➔ ALBET COHEN caracteriza por três fatores: a) O não utilitarismo da ação; b) Malícia da conduta; c) Negativismo da conduta.
GÜNTHER JAKOBS, ao tratar do direito penal do inimigo, divide os criminosos em cidadãos e inimigos. Ao criminoso inimigo devem ser flexibilizados ou
eliminados direitos e garantias individuais e processuais (direito penal de terceira velocidade)
O DIREITO PENAL DO INIMIGO é datado do século XX (aproximadamente década de 80) e é uma teoria assentada em três pilares: antecipação da punição;
desproporcionalidade das penas e relativização e/ou supressão de certas garantias processuais; e criação de leis severas direcionadas a quem se quer atingir
(criminoso inimigo)
A TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS foi criada por GEORGE KELLIN
Os DISCURSOS DE TOLERÂNCIA ZERO influenciaram a adoção de práticas retributivas como estratégia de combate à criminalidade. Além de defender a
repressão máxima e imediata de todo e qualquer delito (desde os mais simples, até os mais graves e violentos), defende que a pena tem função de retribuição.
LÓGICA ATUARIAL consiste na “adoção sistemática do cálculo atuarial como critério de racionalidade de uma ação, definindo-se como tal a ponderação
matemática de dados – normalmente aferidos a partir de amostragens – para determinar a probabilidade de fatos futuros concretos”. Passa-se a gerir a
criminalidade segundo o critério de classificação de indivíduos em perfis de risco (risk profiles): reincidentes, traficantes, “predadores sexuais”, etc. O que se
pretende, com isso, é gerir um segmento da população por meio da prisão. Não é por acaso que as prisões são classificadas de acordo com o seu nível de segurança.
TEORIAS SOCIOLÓGICAS → Teorias do Consenso e Teorias do Conflito
Teorias do Consenso:
➔ Escola de Chicago
➔ Teorias do Controle
➔ Teorias do Aprendizado
➔ Subcultura do delinquente
➔ Teorias da Anomia
Teorias do Conflito:
➢ Labelling Approach
➢ Criminologia Crítica
PREVENÇÃO CRIMINAL PRIMÁRIA atua de maneira informal, ou seja, não oriunda dos órgãos de defesa estatais. Possui alta eficácia, porém se insurge
indiretamente através de políticas públicas sociais, como educação, organização das cidades
PREVENÇÃO CRIMINAL SECUNDÁRIA surge em áreas de risco, onde a criminalidade já ocupa espaço. Ela se materializa em ações assistenciais, que
buscam diminuir os efeitos criminológicos já instaurados em determinadas áreas (ex: bairros)
PREVENÇÃO CRIMINAL TERCIÁRIA – É conhecida por resposta justamente por atuar após o aprisionamento do criminoso, se confundindo com o processo
da RESSOCIALIZAÇÃO. Possui baixíssima eficácia.
Modelos de reação ao crime:
* Dissuasório/ Clássico/ Retributivo – Pena como fator inibidor ao crime.
Realizado entre Criminoso - Estado
* Ressocializador – Realizado pela aplicação do castigo (pena) conjugado com o trabalho de ressocialização
Realizado entre criminoso – Estado – sociedade
* Integrador/ restaurador – Justiça restaurativa.
Criminoso – vítima
RACIOCÍNIO LOGICO
Proposição composta
Conectivos lógicos:
➔ Conjunção = E = ^ = VV= V [João foi para escola] E [Maria foi ao cinema]
P ^ Q
➔ Disjunção = OU = V = FF = F [João foi para escola] OU [Maria foi ao cinema]
P Q

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DISCIPLINA 10

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DISCIPLINA 11

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DISCIPLINA 12

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DISCIPLINA 13

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DISCIPLINA 14

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DISCIPLINA 15

Subtópico 1

Subtópico 2

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Subtópico 4

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Subtópico 6

Subtópico 7

Subtópico 8

Subtópico 9

Subtópico 10

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