Você está na página 1de 7

João Leonardo S.

Cavinato 1° B

RENASCIMENTO CULTURAL
O renascimento cultural foi um dos principais fenômenos da transição da Idade
Média para a Idade Moderna, transformando a vida cultural europeia da época.
Foi o movimento de ascensão artística e cultural de caráter urbano que ocorreu na
Europa, com destaque para Península Itálica, na região dos Países Baixos e outras
regiões do norte europeu por volta dos séculos XV e XVI. Esse processo era identificado
como a quebra de pensamentos medievais e cristãos para a abertura de uma nova
forma pensar, voltada ao retorno à tradições greco-romanas. Entretanto, isso não é
verdade.

O Renascimento, em seu âmbito cultural, ocorreu em meio urbano, acompanhando o


também chamado “Renascimento Comercial” europeu. Cidades italianas
como Pisa, Gênova e Veneza passaram a ter um grande protagonismo no fluxo
comercial do Mar Mediterrâneo a partir do século XVI, pois os muçulmanos que
controlavam o comércio mediterrâneo já haviam sido derrotados nas Cruzadas,
provocando uma abertura comercial maior no sul europeu. As cidades, também
chamadas de burgos, tiveram que ser ampliadas para suportar um grande número de
pessoas, que vinham de todo o Velho Mundo, em especial do Oriente.
Muitos elementos da tradição clássica, como poesia, textos científicos antigos, textos
de teatro, técnicas de artes plásticas e de arquitetura, eram preservados por
intelectuais que viviam nos arredores de Constantinopla – que durante muito tempo o
centro do Império Bizantino, herdeiro da tradição clássica greco-romana e que estava
localizado na Anatólia, a meio caminho entre a Ásia e a Europa ocidental. O aumento
do fluxo comercial e o crescimento da estrutura urbana nas cidades italianas passaram
a atrair muitos intelectuais e artistas bizantinos. Aos poucos, as heranças culturais
cristãs da Idade Média, como o gótico cristão, passaram a se mesclar com essa
tradição bizantina.
No caso do Renascimento no Norte, ocorrido na Holanda e em alguns principados
alemães, o impulso foi semelhante ao ocorrido no Mediterrâneo: o fluxo comercial
do Mar do Norte e do Mar Báltico, organizado em torno da Liga Hanseática.
O que “renasceu” no período do Renascimento, portanto, não foi a cultura clássica
pagã pura e simplesmente. O que renasceu foi a cultura urbana, a cultura ligada às
cidades, com amplo comércio, vida intelectual e apreciação artística, como ocorria nas
cidades-estado da Antiguidade Clássica. Contudo, o Renascimento não rompeu com o
cristianismo, pelo contrário, o resgate dos elementos da cultura clássica deu mais vigor
à tradição cristã.
FASES DO RENASCIMENTO
Essas fases estão intimamente relacionadas com o renascimento artístico e cultural
que começou na Itália no século XIV, mais precisamente na cidade de Florença.
Ainda que elas apresentem características em comum, por exemplo, o humanismo e a
inspiração na arte clássica, se diferem em alguns aspectos. Vejamos abaixo as
características de cada período.

-TRECENTO:
A primeira fase do renascimento recebe esse nome uma vez que foi desenvolvido nos
anos 1300 em Florença, Itália.
É um momento de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna em que se nota o
despontar de questões humanistas, além das inspirações clássicas.
Além disso, na pintura a tridimensionalidade marca essa ruptura com o estilo anterior:
o estilo gótico. Os artistas mais proeminentes dessa fase foram: o pintor Giotto, e os
literatos Dante Alighieri, Francesco Petrarca e Giovanni Bocaccio.

-QUATROCENTO:
O segundo período do renascimento foi desenvolvido durante os anos de 1400, daí
surge seu nome.
É uma fase de consolidação das artes, com a difusão de diversas obras e artistas, dos
quais se destacam Leonardo da Vinci, Sandro Botticelli, Filippo Brunelleschi e Massacio.
Representa o auge do renascimento artístico e cultural na Itália e por isso, pode ser
chamado de Alta Renascença.
Cada vez mais, outros países europeus começam a aderir ao movimento, produzindo
obras que aproximem do renascimento italiano.
Além do aprofundamento dos aspectos que envolvem o humanismo renascentista, a
busca da beleza e da perfeição das formas, inspirados na cultura greco-romana, são
uma marca do período.
Ainda que os temas explorados estejam relacionados a religião, muitos artistas dessa
fase utilizaram a mitologia e outros temas pagãos para expressar nas obras.
Os mecenas, ricos (reis, príncipes, condes, duques, bispos, nobres e burgueses) que
financiavam as artes, foram essenciais para o desenvolvimento da arte renascentista
desse período.
-CINQUECENTO:
O terceiro período do renascimento se desenvolveu durante os anos de 1500, e por
isso recebe esse nome.
Nessa fase, os artistas já começam a se distanciar dos temas religiosos e assim,
notamos a mescla dos temas religiosos e profanos nas obras.
Nessa época, o estilo renascentista se consolida em diversas partes do continente
europeu: Portugal, Espanha, França e Alemanha.
Destacam-se os artistas Rafael Sanzio e Michelangelo e na literatura, Erasmo de
Roterdã e Nicolau Maquiavel.
Note que, nesse período, o movimento renascentista começa a entrar em decadência
e já começam a surgir obras no estilo maneirista e barroco.
ANÁLISES
-Mona Lisa

Mona Lisa, pintado por Leonardo da Vinci em óleo em madeira entre os anos de 1503
e 1506.
Algo que chama a atenção é o equilíbrio entre o humano e a natural, um exemplo
disso é quando podemos ver seus cabelos se misturando com a paisagem. Com o uso
de uma técnica chamada de sfumato, a paisagem parece ir se distanciando do retrato.
O ponto de maior destaque provavelmente vai para a boca de Mona Lisa, pois gerou e
ainda gera muitas dúvidas sobre quais sentimentos ela passa aos. Porém outras coisas
que também merecem serem citadas são os olhos e a postura em que a mulher se
encontra, seus olhos parecem “seguir” você independentemente do ângulo olhado e
sua postura transparece leveza.
-O Nascimento de Vênus

O Nascimento de Vênus, pintado por Sandro Botticelli entre os anos de 1482 e 1485.
Na região central da pintura temos Vênus nua, ao mesmo tempo em que tenta
encobrir tal fato. Percebe-se uma iluminação acentuada na figura central, ressaltando
ainda mais sua beleza clássica e sua leveza.
Na região esquerda da tela vemos Zephyrus e uma ninfa, que ajudam Vênus ao
assoprar ela em direção à terra.
Na região direita da tela encontramos a deusa da primavera tentando cobrir Vênus
com um pano florido.
E na região inferir, abaixo de Vênus temos uma concha que representa a fertilidade e o
prazer.
-Pietà

Pietà, feita por Michelangelo entre os anos de 1498 e 1499.


Representa a Virgem Maria, segurando Jesus já morto em seus braços, após ser
crucificado. O autor buscou retratar a Virgem Maria passando por um sofrimento
resignado.
Feita com uma composição de pirâmide e expondo uma expressão serena de
sofrimento por parte da Virgem, a obra também apresenta a figura de Jesus com ricos
detalhes em seus músculos e vestes.
Outra marca na obra é a assinatura do autor, passando como uma faixa no peito de
Maria.
-Divina Comédia

A Divina Comédia, escrito por Dante Alighieri, século XIV.


Obra composta por três partes (inferno, purgatório e paraíso) e todas feitas com 33
cantos.
A história se trata do caminho de conversão de um pecador a Deus, tendo como
protagonista apenas um humano comum e qualquer como todos da época, que tinha
dúvidas e é tentado pelo mal.
O livro em si tem uma filosofia muito aconselhadora, afirmando os valores morais
cristãos passados pela Igreja.

Você também pode gostar