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D I V U LG AÇ ÃO C I E N T Í F I C A D E S D E 2 0 0 8
ARTIGO
Entre 1618 e 1648, a Europa conheceu uma das guerras mais devastadoras de
sua História: a “Guerra dos Trinta Anos”. No início, o conflito era
fundamentalmente religioso (disputas envolvendo católicos e protestantes) e
concentrou-se nas diversas unidades políticas germânicas. Com o tempo, no
entanto, os combates disseminaram-se pelo continente e logo passaram a
levar em conta outros interesses e causas, como a expansão de territórios e a
busca por hegemonia política na região.
Banquete da Guarda Civil de Amsterdã em celebração da Paz de Münster, por Bartholomeus van der
Helst (1648).
É justamente um sistema internacional nos temos descritos por Aron que vai
se forjar no âmbito das conferências realizadas em Münster e Osnabrück. Este
sistema substitui o anterior – o medieval ou da cristandade – no qual a moral
religiosa era tomada como norte para o comportamento dos Estados e no qual
o Império dos Habsburgos e o Papa – os principais centros de poder na Europa
na época – representavam a fonte de toda (ou quase toda) autoridade. Mas
qual era o propósito e as características deste novo sistema internacional?
1 Vestfália é uma região alemão. Vale destacar na nota que os limites políticos e
geográficos da Europa na época não eram semelhantes aos de hoje e nem
mesmo seguiam a mesma lógica e padrão.
Referências bibliográficas
JESUS, Diego Santos Vieira de. O baile do monstro: o mito da paz de vestfália
na história das relações internacionais modernas. História (São Paulo), v. 29, n.
2, 2010.
CARVALHO, Bruno Leal Pastor de. A “Paz de Vestfália”: marco das relações
internacionais (artigo). In: Café História – história feita com cliques. Disponível
em: https://www.cafehistoria.com.br/paz-de-vestfalia-marco . Publicado em:
29 jan. 2018. Acesso: [informar data].
Bruno Leal
Fundador e editor do Café História. É professor adjunto de
História Contemporânea do Departamento de História da
Universidade de Brasília (UnB). Doutor em História Social. Tem
pós-doutorado em História Social pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ). Pesquisa História Pública, História Digital e
Divulgação Científica. Também desenvolve pesquisas sobre
crimes nazistas e justiça no pós-guerra.
14 COMMENTS
Raissa Freitas
17 de setembro de 2018 às 07:28
Café História
12 de abril de 2020 às 19:02
cecilia
21 de abril de 2020 às 11:27
Excelente! Me fez ler até o final, muito bem escrito e devidamente profundo.
Parabéns!
Responder
Café História
21 de abril de 2020 às 14:34
Valeu, Antonio!
Responder
Schieder da Silva
3 de agosto de 2020 às 12:45
A religiao ainda era jovem nesta altura e a catolica ainda tentava ignora-los,e foi por
isso que os protestantes se revelaram e fizeram esta guerra terrìvel.
Houve dìvisao de familias,umas tornaram-se catolicas sendo protestantes e vice
versa,è por isso que existe uma prodominancia protestante nos paìses do norte da
europa e catolica no sul.
Por isto è muito importante dizer que estes dois atores religiosos nao agiram por
fè,mas por interesses polìticos.
Nesta altura havia pouca informaçao religiosa,os povos seguiam tradiçoes,e nao
havia muito por onde escolher,o Calvinismo na Holanda , o Luterano na Alemanha, a
Anglicana na Inglaterra,a Ortodoxa na Grècia e na Russia.
Hoje em dia o que mudou è a paz que hä entre a catolica e a evangelica,onde a
catolica continua a predominar no sul da Alemanha.
Nao se consegue ver as diferencas entre as duas,se è evangèlica ou
catolica,mesmo os cultos tendem a se homogenizar,uns tentam copiar os outros,os
catolicos metem carateres evangèlicos nos seus rituais cerimoniais.
Eu assisto a estas reunioes,porque tenho famìlia na Austria e visito as cerimonias
religiosas dos familiares lä.
(Vivo ä mais de vinte e tres anos em Munique)
Responder
Schieder da Silva
3 de agosto de 2020 às 13:02
Schieder da Silva
3 de agosto de 2020 às 13:59
André
7 de outubro de 2020 às 16:05
Giovanna de Souza
26 de fevereiro de 2021 às 23:50
Bruno Leal
27 de fevereiro de 2021 às 19:30
Valeu, Giovanna!
Responder
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