Você está na página 1de 32

SISTEMA GENITAL

FEMININO

Anna Karolina Miranda


Sara Andrade Rodrigues
CONCEITO
• É o conjunto de órgãos encarregados da reprodução na mulher;
• Compõe-se de órgãos gametógenos (produtores de gametas), gametóforos (por onde
transitam os gametas), e de um órgão que vai abrigar o novo ser vivo em
desenvolvimento;
• O organismo feminino é mais complexo que o do homem pois possui mais um órgão e
uma função, a de abrigar e propiciar o desenvolvimento do novo ser vivo.
FUNÇÕES

1. Produz gametas (ovócitos);


2. Recebe espermatozoides;
3. Proporciona ambiente adequado para a fertilização (cópula);
4. Proporciona ambiente físico e hormonal adequado para implantação do
embrião (fecundação);
5. Acomoda e nutre o feto durante a gestação;
6. Expele o feto maduro após a gestação.
ÓRGÃOS GENITAIS FEMINOS

1. Gônadas ou órgãos produtores de gametas: são os ovários que produzem os óvulos;


2. Vias condutoras dos gametas: tubas uterinas;
3. Órgão que abriga o feto: útero;
4. Órgão de cópula: vagina;
5. Estruturas eréteis: clitóris e o bulbo do vestíbulo;
6. Glândulas anexas: glândulas vestibulares maiores e menores;
7. Órgãos genitais externos (pudendo feminino ou vulva): monte do púbis, lábios maiores e
menores, clitóris, bulbo do vestíbulo e glândulas vestibulares.
OVÁRIOS – GÔNODAS FEMINIAS

 Localização
• Localizam-se na cavidade pélvica entre a bexiga e o reto, na escavação reto-uterina;
• Fixam-se pelo mesovário à face posterior do ligamento largo do útero, porém, não são
revestidos pelo peritônio e por estarem fixados à face posterior do ligamento largo do útero,
os ovários acompanham o útero na gravidez.
OVÁRIOS – GÔNODAS FEMINIAS
OVÁRIOS – GÔNODAS FEMINIAS
 Função:
• Produzem os óvulos (gametas femininos) e também hormônios (estrógeno e progesterona),
que por sua vez controlam o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e atuam sobre
o útero nos mecanismos de implantação do óvulo fecundado e início do desenvolvimento do
embrião;
• São órgãos que, antes da primeira ovulação (expulsão do óvulo pela superfície do ovário),
apresentam-se lisos e rosados, mas após isso, tornam-se branco-acinzentados e rugosos; isso
ocorre decorrente das cicatrizes deixadas pelas consecutivas ovulações;
• Os ovários também tendem a diminuir de tamanho na fase senil;
• Por volta dos 50 anos, não há mais formação de óvulos pelo ovário (menopausa).
TUBA UTERINA

VIA CONDUTORA OVÓCITO


Transportam os óvulos que romperam a superfície do ovário para a cavidade do útero.
 Localização – borda superior do lig. largo
• Estão incluídas na borda superior do ligamento largo do útero, localizando-se entre a bexiga e o reto.
• É interessante salientar que as tubas uterinas, por estarem incluídas no ligamento largo do útero,
acompanham o útero na gravidez.
 Constituição:
• Nas tubas uterinas há o óstio uterino da tuba, que é uma abertura na extremidade medial da tuba
que se comunica com a cavidade uterina e o óstio abdominal da tuba que é uma abertura na
extremidade lateral da tuba que se comunica com a cavidade peritonial para captação do óvulo
liberado pelo ovário.
TUBA UTERINA

DIVISÃO

As tubas uterinas são subdivididas em quatro partes:


1. Parte uterina: na parede do útero, 1 cm de comprimento;
2. Istmo: parte curta e estreita sucessiva à parte uterina;
3. Ampola: parte pouco mais dilatada, onde geralmente ocorre a fecundação, considerada a parte
principal do órgão (7 cm);
4. Infundíbulo: estrutura em forma de funil, onde há o óstio abdominal da tuba. Possui também
as fímbrias (franjas irregulares) que auxiliam na captação do óvulo
ÚTERO

 ÓRGÃO QUE ABRIGA O EMBRIÃO


• O útero é o órgão em que o embrião aloja-se e desenvolve-se até seu nascimento;
• Está localizado na pelve, entre a bexiga e o reto;
• É um órgão muscular oco, com cerca de 8cm de comprimento, 5 cm de largura e 3cm de
espessura, em geral em forma de pera invertida;
• Pode ter sua forma variada, assim como o tamanho, posição e a estrutura, dependendo da idade,
do estado de plenitude ou vacuidade da bexiga e do reto e sobretudo do estado de gestação;
• Envolvido pelo ligamento largo do útero.
ÚTERO

CAMADAS
O útero apresenta três camadas:

1. Endométrio;
2. Miométrio;
3. Perimétrio;
ÚTERO
CAMADAS

 Endométrio (interna): região que é preparada para implantação do óvulo fecundado, sendo
assim, sofre modificações com as fases do ciclo menstrual ou na gravidez.
• Mensalmente, prepara-se para receber o óvulo fecundado, ocorre aumento de seu volume com
formação muitas redes capilares;
• Caso não ocorra a fecundação, essa camada do endométrio sofre descamação, com
hemorragia; logo, a eliminação sanguínea ocorre pela vagina;
• Esse fenômeno recebe o nome de menstruação.
 Miométrio (média): camada constituída por fibras musculares lisas;
 Perimétrio (externa): constituída pelo peritônio, envolvendo externamente o útero.
ÚTERO
PARTES DO ÚTERO

1. Corpo: comunica-se de cada lado com as tubas


uterinas por meio dos óstios das tubas uterinas.
A região acima dos óstios das tubas uterinas é
denominada fundo do útero;
2. Istmo: região estreita e curta, inferior ao corpo
do útero;
3. Colo (cérvix): região que faz projeção na vagina
comunicando-se com ela através do óstio do
útero.
VAGINA

• É o órgão feminino da cópula, sendo ainda, uma


via para a menstruação e também permite a
passagem do feto no parto;
• Comunica-se superiormente com a cavidade
uterina através do óstio do útero e
inferiormente abre-se no vestíbulo da vagina
através do óstio da vagina, o que possibilita sua
comunicação com o meio externo.
ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS

 Monte púbico – elevação mediana


• É uma elevação mediana, localizada anteriormente à sínfese púbica e constituída
principalmente de tecido adiposo e que se continua em duas pregas, os lábios maiores. Após a
puberdade apresenta pêlos espessos que dispõem-se de forma característica.
 Lábios maiores – rima do pudendo.
• São estruturas alongadas sob a forma de duas pregas cutâneas que se estendem do monte do
púbis ao períneo. As pregas delimitam uma fenda, a rima do pudendo. A face externa
apresenta-se coberta por pelos e com bastante pigmentação após a puberdade. A face internas
do lábios maior é lisa e sem pelos.
ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS
 Lábios menores – vestíbulo da vagina
• São duas pregas cutâneas pequenas, localizadas medialmente aos lábios maiores, que os cobre.
Cada lábio menor apresenta abundante tec. Conjuntivo elástico e pouco tec adiposo, com
características de tec erétil e na excitação tornam-se túrgicos. O espaço entre essas pequenas
pregas chama-se vestíbulo da vagina. No vestíbulo da vagina encontram-se as seguintes
estruturas:
a) Óstio externo da uretra;
b) Óstio da vagina;
c) Orifícios dos ductos das glândulas vestibulares.

Convém ressaltar que a pele que recobre esses lábios é lisa, úmida e vermelha
ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS

 Clitóris- órgão erétil


• São estruturas compostas por tecido erétil, que dilatam-se como resultado do ingurgitamento
sanguíneo.
• Como estruturas eréteis femininas, há o clitóris (homólogo aos corpos cavernosos do pênis),
que apresenta duas extremidades fixadas ao ísquio e ao púbis, os ramos do clitóris. Os ramos
do clitóris unem-se para formar o corpo do clitóris, que por sua vez estende-se e forma a
glande do clitóris.
• É interessante salientar que somente a glande do clitóris é visível. Ela está localizada na região
de fusão dos lábios menores. Essa estrutura é muito sensível e está ligada à excitabilidade
sexual feminina.
• Outra estrutura erétil é o bulbo do vestíbulo (homólogo rudimentar do bulbo do pênis), que é
composto por duas massas de tecido erétil, alongadas e dispostas como uma ferradura ao redor do
óstio da vagina, porém, não são visíveis, pois são recobertas pelos músculos bulboesponjosos.

• Quando essa estrutura está preenchida por sangue, dilata-se gerando maior contato entre o pênis
e o orifício da vagina.
PERÍNEO

É um conjunto de estruturas (músculos e


aponeuroses) formando uma membrana
fibrosa branca que serve especialmente
como revestimento de músculos, vasos)
entre o ânus e a vagina (na mulher), ou
entre o ânus e o escroto (no homem).
GLÂNDULAS VESTIBULARES

 Glândulas Vestibulares Maiores ( Bartholin):


• As glândulas vestibulares maiores são glândulas pares, dispostas profundamente, abrindo seus
ductos nas proximidades do vestíbulo da vagina.
• Essas glândulas, durante a relação sexual são comprimidas e secretam um muco que tem por
função lubrificar a porção inferior da vagina.
 Glândulas Vestibulares Menores (Skene)
• As glândulas vestibulares menores apresentam-se em número variável. Seus ductos desembocam
na região do vestíbulo da vagina.
• De modo geral, produzem secreção no início da cópula e durante a relação sexual para que as
estruturas tornem-se úmidas e propícias à relação sexual.
MAMAS

• As mamas são consideradas anexos da pele, mas têm importantes relações funcionais com os
órgãos da reprodução e seus hormônios.
• Esses órgãos localizam-se ventralmente aos músculos peitoral maior, serrátil anterior e oblíquo
externo, entre as camadas superficial e profunda da tela subcutânea.
• Esses órgãos começam a se desenvolver na puberdade e, com o passar do tempo, devido à perda
de elasticidade das estruturas de sustentação do estroma, tornam-se pedunculados.
• As mamas apresentam ainda a papila mamária, que é uma projeção onde os 15 a 20 ductos
lactíferos de cada lobo, desembocam. Essa papila possui constituição dada por fibras musculares
lisas, além de serem bastante inervadas. A área mais escura, onde há glândulas sudoríparas e
sebáceas com formação de pequenos trabéculos, é a aréola mamária.
MAMAS
• Parênquima: constituído pela glândula mamária, que apresenta 15 a 20 lobos piramidais, onde os
ápices dispõem-se no sentido da superfície enquanto as bases dispõem-se para a parte profunda
da mama. O corpo da mama é o conjunto desses lobos;
• Estroma: constituído por tecido conjuntivo envolvendo cada lobo e o corpo mamário de modo
geral. Apresenta ainda em sua constituição, tecido conjuntivo denso e tecido adiposo, sendo que
esse último está relacionado com o tamanho e a forma das mamas;
• Pele: é fina, além disso, apresenta glândulas sebáceas e sudoríparas.
Apresentam forma cônica, porém, variável, pois sua forma é influenciada pela quantidade de tecido
adiposo e também pelo estado funcional (gestação e lactação), quando, por exemplo, na fase final da
gestação, sofre aumento de volume, podendo haver algum enrijecimento decorrente da atuação dos
hormônios femininos.
REFERÊNCIAS

1. DANGELO E FATTINI. Anatomia Humana e Segmentar. 2 ed. Atheneu. 2001.


2. SOBOTTA. Atlas de Anatomia Humana. 23 ed. Grupo Gen. 2013.

Você também pode gostar