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CHA VIII – SIMULAÇÃO 8 – CEFALEIAS

1. Coletar a anamnese DISCUSSÃO


2. Citar as hipóteses diagnósticas para o caso
3. Citar a conduta para o caso 1. Reconhecer as principais cefaleias primárias:
tensional, enxaqueca e cefaleias trigemino –
autonômicas:
CASO 1 o Enxaqueca sem aura:
A. >= 5 episódios
• Anamnese: B. 04 a 72 horas
o ID: Rafaela, 21 anos, casada, residente em C. >= 02 de 04 características:
Fortaleza e estudante de educação física - Unilateral
o QP: “Dor de cabeça há 6 meses” - Pulsátil
o HDA: Paciente refere cefaleia unilateral (E > D), - Moderada ou forte
latejante (pulsátil), 1-2 vezes na semana, de - Agrava-se por atividade física
intensidade moderada (6), com duração de 10-14 D. >= 01 de 02 acompanhamentos:
horas e melhora parcial com dipirona. Associado a - Náuseas e/ou vômitos
cefaleia refere “ver brilho antes da cefaleia” (flash - Fotofobia e fonofobia
= aura visual) náuseas, piora com exercício físico e
atividades diárias, fotofobia e fonofobia. Nega o Enxaqueca sem aura:
lacrimejamento, coriza e congestão nasal A. >= 02 episódios
o HPPP: Nega DM, HAS e usa ACO B. >= 01 sintoma reversível:
o HFam: Nega HF de enxaqueca - Visuais
o HSocial: Nega tabagismo e etilismo - Sensitivos
- Da fala e/ou linguagem
• Hipóteses diagnósticas: - Motores
o Cefaleias primárias: enxaqueca, cefaleia do tipo - Do tronco cerebral
tensão e trigemino – autonômicas - Retinianos
C. >= 03 das seguintes 06 características:
• Conduta: - Pelo menos um sintoma
o Realizar diário da enxaqueca - >= 02 sintomas sucessivos → uma aura
o Tratamento abortivo: precisa terminar para iniciar a outra (visual →
1. Analgésico simples (dipirona, paracetamol) sensitiva, por exemplo)
2. AINE (naproxeno, cetoprofeno) - Sintomas duram 5-60 min
3. Triptanos - 01 sintoma unilateral
o Suspender ACO - 01 sintoma positivo → brilhos,
o Tratamento profilático: formigamentos
1. Anticonvulsivantes (topiramato e - Cefaleia inicia em <= 60 min
carbamazepina)
2. Betabloqueador (propranolol e metoprolol) o Cefaleia do tipo tensão:
3. Tricíclicos (amitriptilina) A. >= 10 episódios
o Tratamento no hospital: B. 30 min – 07 dias
1. Hidratação C. >= 02 de 04 características:
2. Dipirona e AINE EV - Bilateral
3. Triptano parenteral - Pressão ou aperto (pulsátil)
4. Metoclopramida EV - Leve ou moderada
5. Dexametasona 10mg - Não se agrava por atividade física
D. Ambos os seguintes:
- Ausência de náuseas e/ou vômitos
- Foto ou fonofobia
o Cefaleias trigêmino – autonômicas:

o Tratamento de manutenção:
▪ Quando iniciar:
- A enxaqueca interfere significativamente na
rotina diária
- Mais de 03 dias de dor por mês há mais de
03 meses
- Ineficácia dos tratamentos das crises
2. Citar o tratamento de crise e de manutenção - Alergias/ efeitos colaterais das medicações
das cefaleias acima citadas: para as crises
ENXAQUECA - Abuso de analgésicos
o Tratamento das crises:
▪ Quanto mais precoce, melhor (primeiros 15 ▪ Opções:
minutos da dor) - Betabloqueadores: propranolol, metoprolol,
▪ Tomar a dose apropriada da medicação na timolol
primeira dose - Antidepressivos: amitriptilina, nortriptilina,
▪ Usar antieméticos na presença de náuseas venlafaxina
(mesmo que leves) e/ou vômitos - Anticonvulsivantes/ neuromoduladores:
▪ Se a dor pulsa/ lateja desde o início deve ser divalproato de sódio, topiramato
tratada mais agressivamente - IECA: Lisinopril
▪ Opções: - BRA: Candasertan
- Medicações inespecíficas: analgésicos e - BCC: Flunarizina, verapamil
AINE - Anticorpos monoclonais anti-CGRP:
- Medicações especificas não seletivas: Erenumabe, Galcanezumabe,
ergotamínicos, isometepteno (neosaldina) Fremanezumabe → aplicações subcutâneas
- Medicações específicas seletivas: triptanos mensais com resultados muito bons
(melhor para controlar crise)
- Medicações coadjuvantes: antieméticos
1. Colher a anamnese dirigida para o caso
2. Realizar exame neurológico sumário
3. Explicar ao paciente o diagnóstico sindrômico
e as prováveis etiologias para as queixas
4. Solicitar os exames mais adequados para o
atendimento na emergência

CASO 2
• Anamnese:
o ID: Fernanda, 28 anos, estudante
o QP: Pior dor de cabeça da vida há 2 horas”
o HDA: Cefaleia súbita, contínua, de intensidade 10,
holocraniana, em pontada. Refere ter visto flashs
antes de sentir a dor, além de diplopia.
CEFALEIA DO TIPO TENSÃO Acompanhada por náuseas, vômitos e tontura.
Nega lacrimejamento, hiperemia, sudorese,
o Tratamento das crises:
palpitação. Refere ter diagnostico de enxaqueca
▪ Analgésicos
há 7 anos, mas com mudança de padrão na atual
▪ AINES
cefaleia.
o HPPP: Uso de ACO. Nega DM, HAS
o Tratamento de manutenção:
▪ Amitriptilina
• Exame neurológico sumário:
▪ Nortriptilina
o Estado mental: Fazer ECG

CEFALEIA EM SALVAS
o Tratamento das crises:
▪ Oxigenoterapia em máscara facial 12 a
15L/min por 15 a 20 minutos
▪ Sumatriptana, 6mg SC, tem início rápido e em
geral encurtará uma crise para 10 a 15
minutos
▪ Os sprays nasais de sumatriptana (20 mg) e
zolmitriptana (5mg) são eficazes, oferecendo
uma opção útil

o Tratamento de manutenção:
▪ Verapamil
▪ Carbonato de lítio o Sinais de irritação meníngea: Kernig e Brudzinski
▪ Corticoide (Prednisona por 10 dias,
começando com 60mg/dia durante 7 dias,
seguidos de redução gradual)
o Nervos cranianos: reflexo pupilar, fundoscopia, • Exames para o atendimento na emergência:
campimetria, motricidade ocular extrínseca, o TC sem contraste
mímica facial o Líquor

o Motricidade: força muscular, manobras


deficitárias (braços estendidos, mingazzini e DISCUSSÃO
Barré); reflexos e tônus
3. Conhecer os sinais de alarme em uma
cefaleia na emergência:

4. Enumerar os exames complementares em


uma cefaleia secundária:
o TC sem contraste
o Líquor

5. Lembrar o exame neurológico:


o Funções mentais superiores
o Nervos cranianos
o Sensibilidade:
- Superficial: térmica, tátil, dolorosa
- Profunda: vibratória e proprioceptiva
o Motricidade:
- Reflexos superficiais e profundos
o Equilíbrio e marcha - Força muscular
- Tônus
o Coordenação: se paciente apresentar ataxia - Coordenação
o Equilibrio:
o Sensibilidade: se queixa sensitiva - Dinâmico (marcha)
- Estático (romberg)
• Diagnóstico sindrômico e etiologias: o Funções neurovegetativas
o Causas de cefaleia em trovoada:
▪ Hemorragia subaracnóidea
▪ Trombose venosa cerebral
▪ Dissecção de artéria cervical
▪ Síndrome de vasoconstrição cerebral
reversível
▪ Hipotensão intracraniana espontânea
▪ Apoplexia hipofisária
▪ AVC isquêmico

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