1. Introdução..................................................................................................................1
1.1. Objectivos...........................................................................................................2
2. REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................4
3. O DESENVOLVIMENTO DA CONTABILIDADE................................................8
3.1. Contabilidade na Idade Antiga: Princípio da História até o ano de 1202 da era
Cristã 8
5. EXERCÍCIO PRATICO..........................................................................................18
6. Conclusão.................................................................................................................19
7. Referencias Bibliografia...........................................................................................20
1. Introdução
O desenvolvimento e crescimento económico que se tem registado nos últimos anos em
Moçambique, faz com que haja sempre uma crescente preocupação por parte do
Governo em modernizar e actualizar o seu papel como responsável na administração
financeira da coisa pública. Para que se possa perceber exaustivamente o Sistema da
Administração Financeira do Estado (SISTAFE), é preciso que a contabilidade pública
moçambicana tenha consistência, comparabilidade, materialidade e oportunidade.
O controlo das despesas públicas desperta particular atênção, garantindo motivação aos
gestores e contabilistas públicos na concretização das metas traçadas duma forma
eficaz, eficiente e económica.
Ainda no que diz respeito ao controlo interno, a contabilidade pública deve ser também
entendida à observação da legalidade dos actos de execução orçamental, através do
controlo e acompanhamento, que será prévio, concomitante e subsequente, além de
verificar a exacta observância dos limites das quotas trimestrais atribuídas a cada
unidade orçamental, dentro do sistema que for instituído para esse fim. Deve também
verificar a legalidade dos actos de execução orçamental, como sejam: se o empenho da
despesa pública obedece a legislação vigente, relativa a licitação, autorização
competente, se não se trata de despesa já realizada; se na liquidação da despesa foram
atendidos todos aspectos da legislação sobre o assunto; se a ordem do pagamento foi
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exarada em documentos processados pelo serviço de contabilidade e se a determinação
para o pagamento da despesa foi despachada pela autoridade competente.
(KOHAMA:2001:52-53).
1.1. Objectivos
1.2. Objectivo Geral
Avaliar até que ponto a contabilização e controlo das despesas públicas em
moçambique se conforma com a Lei do SISTAFE e compreender como é feita a
realização dessa despesa pública.
Primeiro, para elaboração deste trabalho efectuou-se uma pesquisa bibliográfica, através
da consulta de manuais que abordam assuntos ligados há finanças e contabilidade
pública, controlo interno e externo das despesas públicas, auditoria, fez-se também a
consulta de artigos científicos e algumas explanações ou definições de conceitos
importantes utilizados durante a pesquisa deste estudo, e por outro lado foi feita a
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pesquisa na internet como forma de conhecer as actuais abordagens acerca da
contabilização e controlo das despesas públicas. No que diz respeito à pesquisa
documental recorreu-se à legislação vigente, com maior atênção para a Lei do
SISTAFE, que enumera normas básicas de contabilização e controlo das despesas
públicas no país.
Índice;
Introdução;
Desenvolvimento;
Conclusão;
Referências bibliográficas.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Conceito e finalidade da contabilidade
Conforme Oliveira e Nagatsuka (2000) a contabilidade é o campo das ciências
administrativas, que classifica, registra e estuda todas as operações feitas pela entidade
ou organizações que possui ou não fins lucrativos, concedendo então auxílio sobre a
situação econômica da empresa.
Apesar de a contabilidade estar relacionada a números ela é uma ciência social e não
exata, tendo como ramo científico analisar fatos sociais da humanidade. A contabilidade
está associada a relações comerciais como (negociar, promover, averiguar, ajustar,
comprar, vender, trocar).
De acordo com Sá (2010) a contabilidade é a ciência que tem como finalidade estudar
os fatos patrimoniais, dando importância à realidade, provas e atuação dos mesmos,
relacionando a eficiência útil das células sociais.
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com que consiga realizar os objetivos pretendidos, estipulados no planejamento
(IUDÍCIBUS et al., 2010).
Conforme Alves (2017) o pensamento de controlar os bens das pessoas, surgiram delas
mesmas, sendo contabilizado de forma rude no início da civilização. E com o aumento
de suas riquezas o homem procurou métodos mais adequados para preservar e controlar
cada vez mais seus patrimônios que era repassado para seus herdeiros.
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ao que acontecia antigamente, quando a contabilidade tinha por objetivo informar
apenas ao dono qual o lucro obtido pela empresa em determinado período.
Neste ambiente competitivo, Araújo e Assaf Neto (2003) também apresentam uma nova
finalidade para a contabilidade: além da divulgação das informações financeiras usuais,
a divulgação de informações econômicas destinadas a diversos níveis de usuários (tanto
internos como externos).
Araújo e Assaf Neto (2003) afirmam que os métodos utilizados pelos gestores para a
sua gestão financeira da empresa mudaram, pois está sendo adotado como objetivo
organizacional a maximização da riqueza dos acionistas. Assim, os gestores necessitam
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de informações que permitam aos acionistas verificar se os seus fins estão sendo
alcançados e, para isso, cabe à contabilidade apresentar tais subsídios.
Pode-se dizer que a principal função do profissional contábil é produzir, gerenciar dados
nos quais são uteis para seus usuários para realização da tomada de decisões. Ressaltou-
se que em segmentos da economia especialmente nas empresas pequenas, a função do
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profissional foi alterada, como se a principal função fosse satisfazer as exigências do
fisco2 (IUDÍCIBUS; MARION; FARIA, 2018).
3. O DESENVOLVIMENTO DA CONTABILIDADE
3.1. Contabilidade na Idade Antiga: Princípio da História até o ano de
1202 da era Cristã
Iudícibus, Marion e Faria (2009) afirmam que em trechos da bíblia, como no livro de
Jó, contém indícios que a contabilidade já existia com os povos primitivos. Mesmo que
o livro de Jó não seja o primeiro da Bíblia, é apontado como o mais antigo da história,
esses trechos demostram que havia controlo e cuidado relação aos patrimônios de Jó.
Sá (2010) diz que o homem utilizou da arte para evidenciar os bens patrimoniais que
guardava, a contabilização era realizada em paredes das grutas como forma de desenho,
e pedaços de ossos eram para produzir riscos, usando assim todos os as ferramentas que
arranjava. De maneira rudimentar, a contabilidade empírica do povo primitivo tinha os
desenhos como representação de qualidade do objeto e, riscos ou traços, a quantidade de
objetos. Contudo, essa fase empírica mostrou-se que era só o início de um
conhecimento que se tornará cada vez mais complexo.
Conforme Alves (2017) na Idade Média ocorreu o período entendido pela era da
sistematização da contabilidade, período esse marcado pelo primeiro livro que tratou da
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contabilidade, exatamente sobre as partidas dobradas, livro composto pelo “Frei Luca
Pacioli”, publicado no final de 1494, essa obra ficou muito conhecida ao ponto dos
europeus a denominarem de “Método Italiano”. Como o desenvolvimento no comércio,
tornou-se importante adquirir informações para os negócios com esse método de
partidas dobradas, sendo técnicas de registros mais modernas, esse período de
sistematização de registros, ocorreu no século XIII, nesse tempo as partidas dobradas
supostamente eram empregadas.
A obra do Frei franciscano Luca Pacioli, tratava-se da apresentação dos métodos que
exibia o processo das partidas dobradas e, tinha como objetivo ensinar realizar as
escriturações, que estabelecia recomendações referentes à burocracia de escrituras e as
práticas de comércio. Esse método prega que nos lançamentos, o total do valor das
contas de débito, deve ser idêntico ao valor total das contas de crédito, sendo assim,
todo devedor a um credor. De acordo com Sá (2010, p. 26) “se uma casa comercial
adquire mercadorias e a paga, duas coisas estão ocorrendo: a mercadoria que é efeito do
fenômeno da compra e a saída do dinheiro que é a origem ou recurso que permite a
compra”.
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O Século XIX tornou-se um período de grandes evoluções, progredindo ao menos nas
intenções e em alguns elementos. As realizações, dessa área de informação, acabam
sendo transformadas em algo essencial nas administrações das organizações e de mérito
a uma metodologia científica.
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No século XV com a vinda importante do século XIII, sendo isso 5.000 ano a.C. é que a
contabilidade consegue alcançar o ponto de desenvolvimento evidente, denominado de
fase lógica-racional ou de fase pré-científica da Contabilidade.
Padoveze (1996) também utilizou em sua obra, grande parte da metodologia da escola
americana, devido a rapidez na aprendizagem, e os conceitos abordados em sua obra,
que se aproximaram do método ensinado na escola americana.
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desenvolvimento e fixou na profissionalização da contabilidade, isto é, assuntos
relacionados a capacitação.
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feitas pelas empresas, livros encadernados sempre na cor preta, e era um trabalho
realizado somente por homens.
Segundo Iudícibus e Marion (2008) a história tem manifestado que a contabilidade tem
cada vez mais importância conforme o crescimento econômico, e que a profissão
contábil tem sido valorizada nos dias atuais nos países, afinal na década de 60 o
profissional era conhecido como guarda-livros, um título desdenhoso e nada indicativo,
mas com o desenvolvimento econômico na década de 70, esse termo extinguiu-se e
passou a ser valorizado os contabilistas no mercado.
Para Alves (2017) a contabilidade no Brasil foi influenciada pelas duas escolas, a
italiana e a americana. Sendo que, no Brasil surgiu em 1902, a primeira escola
especializada em Contabilidade Brasileira, conhecida como “Fundação de Ciências
Econômicas e Administrativas da Universidade de São Paulo” (FEA-USP). A primeira
evolução contábil no Brasil tem como destaque dois momentos, sendo o primeiro
influenciado pela interferência da legislação na formação dos processos contábeis, e o
segundo motivado pela enorme interferência doutrinária das escolas italianas de
pensamento contábil.
A segunda evolução teve início em 1964, onde as escolas do pensamento italiano foram
deixadas para que fossem utilizadas as práticas das escolas do pensamento norte-
americano. Essas mudanças ocorreram devido a vários motivos, como a chegadas das
empresas de auditoria anglo-americanas, que governavam as multinacionais que
chegaram no Brasil. As empresas em relação as elaborações de peças contábeis
concediam qualificação específica aos profissionais. Também, a predominância das
escolas norte-americana que ficou consumada.
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Contabilidade Geral Contabilidade Financeira
Diversos ramos de actividade
Comercial Contabilidade Comercial
Industrial Contabilidade Industrial
Bancaria Contabilidade Bancaria
Hospitalar Contabilidade Hospitalar
Agropecuária Contabilidade Agropecuária
De Seguro Contabilidade Securitária
Figura 1 – Ramificação da contabilidade
Fonte: Marion (1998)
Essa estrutura justifica-se pelas exigências de informação do ambiente em que a
empresa está inserida. Cada segmento possui a sua realidade de concorrência, cadeia de
suprimentos, estilo de clientes e consumidores. Por esse motivo, cabe a contabilidade
adequar-se às necessidades específicas de cada ramo e se estruturar de acordo para
cumprir com sua missão.
Dos dois últimos conceitos acima citados, pode chegar-se a conclusão que o património
público é um conjunto de valores sob responsabilidade das entidades públicas, com o
objectivo de satisfazer as necessidades públicas.
Bens públicos são o conjunto de meios pelos quais o estado desenvolve suas actividades
de prestação de serviços à comunidade. (BEZERRA FILHO, 2005:127-128).
Assim pode afirmar-se que os bens públicos visam a satisfação das necessidades
públicas duma forma não remunerada ou remunerada.
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Para não se limitar apenas aos dois conceitos sobre a contabilidade acima citados, no
entender de ANGÉLICO (1994:107), a Contabilidade pública é a disciplina que aplica,
na administração pública, as técnicas de registos e apuramentos contabilísticos em
harmonia com as normas gerais do direito financeiro.
Com os conceitos acima citados pode afirmar-se que a Contabilidade pública é a parte
da contabilidade que controla e regista o património duma entidade pública.
O orçamento é uma prévia autorização do poder legislativo para que se realizem receitas
e despesas dum ente público, obedecendo a um determinado período de tempo. Por
meio do orçamento podemos verificar a real situação económica do Estado,
evidenciando os seus gastos com a saúde, educação, saneamento, obras públicas, etc.
(FORTES, 2002:70).
Assim pode concluir-se que o Orçamento público define a previsão das receitas e a
fixação das despesas públicas.
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recolha, acompanhamento e processamento das transações suscetíveis de
produzir ou produzam modificações no património do Estado;
Subsistema do Tesouro Público: que compreende todos órgãos ou instituições de
Estado que intervêm nos processos de programação e captação de recursos e
gestão de meios de pagamento;
Subsistema do Património do Estado: que compreende todos órgãos ou
instituições do Estado que intervêm nos processos de administração e gestão dos
bens patrimoniais do Estado.
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parte do Orçamento, ou seja, é onde se encontram classificadas todas autorizações para
gastos com várias atribuições e funções governamentais. ﴾FORTES, 2002:139).
SILVA citado por BEZERRA FILHO (2005:61), define despesa pública, como sendo
todos os desembolsos efectuados pelo Estado no atendimento aos serviços e encargos
assumidos no interesse geral da comunidade, nos termos da constituição, das leis ou em
decorrência de contractos ou outros instrumentos.
Das definições acima citadas, nota-se que as despesas públicas são os gastos feitos
numa entidade pública que visam a prestação de serviços públicos.
5. EXERCÍCIO PRATICO
18
6. Conclusão
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7. Referencias Bibliografia
ANDRADE, Nilton de Aquino. Contabilidade pública na gestão municipal.1ª edição.
São Paulo: Editora Atlas S.A, 2002.
ALVES, Aline. Teoria da Contabilidade. Porto Alegre: Sagah Educação, 2017, p. 7-65.
Clóvis Luís. Manual de Contabilidade Básica. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 3-6.
Clóvis Luís. Introdução a Contabilidade com abordagem para não contadores. 2 ed.
São Paulo: Cengage Learning, 2016, p. 5.
FORTES, João. Contabilidade Pública. 7ª Edição. Brasília: Franco & Fortes, 2002
20
FRANCO, António L. Sousa. Finanças pública e direito financeiro. 4ª Edição.
Coimbra. Livraria Almeida.2001.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2017,
p.175.
Sérgio de; MARION, José Carlos. Introdução a Teoria da Contabilidade. 5 ed. São
Paulo: Atlas, 2009, p. 7-8-12.
IUDÍCIBUS, Sérgio. Teoria da Contabilidade. 11 ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. 4-16.
Sérgio de; MARION, José Carlos; FARIA, Ana Cristina de. Introdução a Teoria da
Contabilidade. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2018, p.13-24.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de Contabilidade Básica. 3 ed. São Paulo: Atlas,
1996, p. 42.
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PISCITELLI, Roberto Bocaccio; TIMBÓ, Maria Zulene Farias; ROSA, Maria
Berenice. Contabilidade pública: uma abordagem da administração financeira pública.
7ª Edição. São Paulo: Atlas, 2002.
SÁ, Antônio Lopes de. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade. São Paulo:
Atlas, 1997. p. 9
SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da Contabilidade. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010, p. 21-59.
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