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Objetivo do curso

O objetivo deste curso é você aprender astrologia, e a partir disso, entender


a sua vocação existencial e profissional.
O termo “vocação” descende do latim vocare – a união de vox (voz) e cor
e (cora- ção) – e significa evocar a voz do coração. Nos dicionários da
língua portuguesa, “vocação” é uma palavra associada tanto a chamamento,
dom, escolha e predestinação quanto a talento, aptidão, pendor, disposição
ou terreno em que uma atividade se desenvolve de maneira admirável. 

Vocação é muito diferente de profissão porque é uma expressão natural da


personalidade. Você deve buscar uma atividade profissional que
corresponda aos seus talentos naturais. Assim, não só encontrará um
caminho profissional como também uma maneira de se sentir realizado e
feliz.

O que é a Astrologia?
A astrologia é a ciência que investiga a ação dos corpos celestes sobre os
objetos animados e inanimados, e a reação destes a essa influência. O
objeto de estudo da astrologia é decifrar a correlação entre os movimentos
celestes e os eventos terrestres. Ela busca entender e esclarecer os
movimentos dos céus e as suas implicações nos eventos da Terra. Não
sabemos ao certo como a astrologia surgiu, mas sabemos que ela funciona.
A hipótese mais provável é que durante várias eras homens sábios
observaram os céus em busca de padrões e ciclos, observando as sutilezas
do movimento dos planetas e os acontecimentos terrestres. Estes sábios
deixaram um legado e uma tradição astrológica que rendeu frutos e hoje
nós temos acesso a esse conhecimento.

A astrologia é um ramo específico do


conhecimento
A maioria de nós obtém o conhecimento da astrologia através de sites ou
revistas, sem sabermos o que de fato é a astrologia. É importante reiterar
que astrologia não é objeto de crenças e sim de estudos, é um ramo
específico do conhecimento que busca entender os fenômenos celestes e a
vida na terra. Por conseguinte, aprender astrologia é aprender um
conhecimento novo, assim como se aprende qualquer outro assunto, e este
conhecimento possui regras e postulados, leis, gramática, técnicas e
instrumentos específicos. O estudante deve procurar entender bem essas
regras e técnicas para dominar esta área do conhecimento. Em astrologia o
que importa é entender do que se trata e não decorar informações.

Os quatro ramos da astrologia


Existem quatro ramos na astrologia. A Natural que estuda a ação dos
planetas sobre as marés, o clima, a atmosfera e as estações. A Mundana, a
astrologia das nações, de sua economia e de seus ciclos políticos.
A Natal, a astrologia dos indivíduos e o estudo de seus mapas de
nascimento. E a Horária, que é o estudo de uma determinada questão que
ocorre num determinado lugar e num determinado momento. Neste curso
vamos tratar da astrologia natal.

Os elementos
Em astrologia o que importa é entender os símbolos, e não decorar
descrições genéricas sobre os signos. Se você entender os símbolos, você
entenderá astrologia sem precisar decorar características de signos e
planetas. Se você compreende o que representa cada símbolo astrológico,
você entende tudo. Os elementos da natureza são os símbolos primários
que precisamos compreender, para entender todo o resto.
1. Todo o universo está sujeito a forças opostas, que se manifestam
em contrastes: masculino e feminino; bem e mal; luz e escuridão;
calor e frio; expansão e contração; movimento e imobilidade;
atividade e passividade.

2. Os elementos do universo são constituídos de quatro princípios


fundamentais: quente, frio, seco e úmido. Estes quatro princípios
derivados dos quatro elementos simbolizam a energia, a densidade, a
resistência e a maleabilidade. Isso explica a essência dos elementos
e por conseguinte, a matéria do mundo material. (Os astros são
matéria, para entendê-los, precisamos entender o mundo material).

3. Ou seja, existem 4 quatro princípios básicos e todos os planetas e


signos vão refletir esses princípios. Ok? Primeiro precisamos
entender a dinâmica dos elementos, para só então entendermos o
resto.

4. As qualidades dos elementos constituem a essência dos diversos


fatores astrológicos (planetas e signos).
O Quente e o Frio, o Úmido e o Seco
O quente e o frio designam a dinâmica de todo o sistema, sendo por isso
chamados de qualidades ativas. Estão associados ao conceito de energia.

O Quente representa a energia masculina, que é expansiva e dinâmica, as


coisas ativas, enérgicas, irradiantes, luminosas, leves e sutis, o dinamismo,
a exteriorização e expansão.

O Frio representa a energia feminina, o que é contrativo e estático, as


coisas estáticas, absorventes, centrípetas, escuras, pesadas e densas, a
receptividade, contemplação e interiorização. A interação entre Quente e
Frio gera dois novos polos: Úmido e Seco.
A qualidade Úmida representa a adaptabilidade, a maleabilidade, a
plasticidade, a suavidade, e por consequência as coisas moldáveis. Não tem
forma própria, mas representa o princípio da moldagem.

O Seco é derivado da qualidade Quente, pois o calor gera secura.


Representa a rigidez, as coisas fixas, cristalizadas e estruturadas. Úmido e
Seco são qualidades passivas, pois são gerados pelas qualidades ativas
Quente e Seco.
Os 4 Elementos
Tudo o que existe no mundo está associado a um dos Elementos e a uma
Estação do ano. Incluindo os planetas e signos.

A terra é o elemento mais denso, tudo o que tende a permanecer estático,


por exemplo, uma pedra. Mantém as formas fixas e estruturadas, torna a
substância cristalina e dura. Símbolo de permanência, durabilidade e
estabilidade. Saturno que é um planeta está associado a terra, e carrega
essas características. Pois é o planeta mais distante de todos, e se move
lentamente.

A água é também um elemento denso, porém a qualidade úmida, confere a


água uma grande plasticidade e adaptabilidade. A água torna as coisas
moldáveis. A Lua que é um planeta na astrologia devido a sua
influência nas marés, está associada à água, e tem essas características.

O ar representa a leveza e a penetração, a mobilidade, a sutileza, os sons e


cheiros, a expansão e a contração. O ar está associado à Júpiter e Vênus,
que são planetas expansivos como o ar.
O fogo é o elemento mais sutil, é enérgico e elétrico, luminoso, produz
calor e força, opera transformando a matéria, é a vitalidade, é brilhante e
irradiante. Está associado à Marte e ao Sol, que são planetas quentes.

*Mercúrio é neutro.
Os elementos fogo, terra, ar e água também representam funções
básicas da personalidade: a intuição, a sensação, o pensamento e o senti
mento.
Fogo é intuição ou a capacidade de antecipar o futuro por meio de imag
ens e insights. Entendimento, imediato ou não, de qualquer situação. Os 
signos de fogo são Áries, Leão e Sagitário.
Terra é sensação ou a capacidade de lidar com os 
aspectos materiais e concretos da vida e ainda de expressar sensações
ou sentidos físicos. Os signos de Terra são Touro, Virgem e Capricórnio.

Ar é pensamento, capacidade intelectual, ordenação mental. Interesse


por atividades sociais ou intelectuais. Os signos de Ar são Gêmeos,
Libra e Aquário.
Água é sentimento. Expressar sentimentos e emoções,
envolvimento com pessoas, ambientes e atividades. Os signos de água sã
o Câncer, Escorpião e Peixes.
As estações
Existem quatro estações: primavera, verão, outono e inverno. Cada signo
corresponde à uma etapa dessas estações.

Os signos que iniciam as estações são chamados de Cardinais, pois


movimentam e impulsionam as características da estação.

Os signos do meio da estação dá-se o nome de Fixos pois estabilizam e


fixam as características dessa época do ano.

Os signos finais são chamados de Mutáveis porque representam a zona de


mudança de estação.

Existem os signos do início (cardinal), do meio (fixo) e do final (mutável)


de cada estação.

Os ritmos
Os signos Cardinais que iniciam as estações, são caracterizados por um
forte impulso para a ação (pois iniciam as estações), possuem um gosto
pelo movimento e uma certa agitação. Representam ações repentinas e
objetivas, que terminam rapidamente como começam. Os signos
Cardinais são Áries, Câncer, Libra e Capricórnio.
Os signos Fixos são os signos do meio da estação, por conseguinte
representam a estabilidade e a durabilidade, e lhes é atribuído uma certa
inércia, ações cautelosas e defensivas, persistentes e coerentes. Os signos
Fixos são Touro, Leão, Escorpião e Aquário.
Os signos Mutáveis são os signos do fim da estação, ou seja, quando a
estação está mudando, mudando o clima da estação, por isso representam a
dualidade, a ambivalência, a variedade, a dispersão, a transição, a
diversidade e a adaptabilidade. Os signos Mutáveis são Gêmeos, Virgem,
Sagitário e Peixes.
Os Planetas Astrológicos

O Ascendente não é um planeta, mas ele é a sua “casca”, é como você se


comporta no mundo, como você se mostra. Ele é a sua roupa.

O Sol é o eu. Ele representa o interior, a alma, a inteligência intuitiva.

A Lua representa os sentimentos, as emoções, desejos e a natureza básica


de nossos instintos. É símbolo de nossas emoções e desejos.
O planeta Mercúrio representa a mente, o raciocínio, o intelecto, a
comunicação e a linguagem.

Vênus representa os prazeres e as coisas gostosas da vida, os divertimentos


e o lado lúdico da vida. Representa também a imaginação e a memória.
O planeta Marte representa o espírito de luta, nossa ira, raiva, impulso
agressivo, nossa vontade de desafios e de impor nossa vontade.
Júpiter é o potencial de crescimento, a prosperidade, a vontade e a
expansão. Representa também a autoconfiança e a coragem.
Saturno representa o limite, a dificuldade, a estratégia, o tempo, a razão.
*nossa abordagem neste curso é tradicional e não moderna, por isso não usaremos os planetas
Urano, Netuno e Plutão.

O mais importante: cada signo corresponde a


1) um elemento 2) a uma estação 3) a um ritmo
4) a regência de um planeta. Ou seja: para entender um único
signo você precisa ser capaz de cruzar esses quatro princípios.
Os elementos, os ritmos e os signos
Áries: fogo cardinal, age para afirmar a sua vontade.
Câncer: água cardinal, age para afirmar suas emoções.
Libra: ar cardinal, age para afirmar suas ideias.
Capricórnio: terra cardinal, age para concretizar algo.

Touro: terra fixo, age para manter seus bens.


Leão: fogo fixo, age para criar e manter sua identidade.
Escorpião: água fixo, age para controlar suas emoções.
Aquário: ar fixo, age para manter e defender suas ideias.

Gêmeos: ar mutável, age para alterar e propagar suas ideias.


Virgem: terra mutável, age para alterar o mundo e aperfeiçoá-lo.
Sagitário: fogo mutável, age para propagar seus ideais.
Peixes: água mutável, age para alterar suas emoções.
As casas
Casa 1: Refere-se à auto-imagem, à aparência física do indivíduo imediata
e visível (seus gestos, expressão facial, etc.). É o conjunto esquemático do
que o indivíduo vê e compreende sobre si mesmo sem intermediários, é a
auto-imagem arquitetônica. Casa do eu. Refere-se também à estatura e
forma do nativo, suas motivações e objetivos.
Casa 2: Refere-se ao conhecimento do real, do mundo físico, dos dados
sensíveis presentes (formas, cores, cheiros, sons, pesos, tamanhos, texturas,
sabores, etc.). Confronto do indivíduo com o que o cerca.
O mundo dos objetos inclui o próprio corpo, não enquanto imagem (Casa I)
e sim enquanto densidade, peso, força e tensão. Casa do dinheiro e das
posses. A forma como a pessoa gere os bens.
Casa 3: Refere-se ao pensamento, ao estabelecimento de relações entre as
coisas, de maneira a poder representar uma coisa por outra. É todo processo
onde haja um signo e um significado, transformando a realidade em
linguagem. Casa do aprendizado, do pensamento, do intelecto, da
comunicação e das viagens curtas.
Casa 4: Refere-se à intimidade do sujeito: a imagem do ritmo interior, a
passagem do tempo dentro de si e a vivência das emoções. A cada
momento sabe o que está sentindo e com que intensidade e participação.
Antevisão e vivência dos temores, anseios, desejos, aspirações, atmosfera
psicológica e estados passageiros. É onde há a menor distância entre os
desejos e seus objetos. É a auto-imagem musical. É o rio do tempo e a
própria dissolução nele. É a impermanência. Também é a casa da família,
do lar, das tradições, etc.
Casa 5: Representa em todos os casos o conhecimento que o indivíduo tem
de todas as suas possibilidades de ação pessoal num determinado
momento. Este domínio é estreito ou amplo em cada situação. É o que se
sabe ou não se sabe, de fato, do que se pode ou não se pode fazer a cada
momento. É o domínio das situações que se pode conquistar ou perder. É a
consciência do poder pessoal inerente ao indivíduo. Casa da diversão e
desafios. Está associada a todo tipo de divertimentos e expressão artística.
Casa 6: Refere-se à integração do indivíduo no meio circundante, tomado
como um todo. É a relação entre os recursos totais e organizados do
indivíduo e o conjunto das exigências que lhe pesam desde fora. Reflete a
elaboração de um sistema que torne a vida funcional para o indivíduo,
organizando cada parte do sistema de maneira a facilitar o funcionamento
do todo, inserido, por sua vez, numa totalidade ambiente. É a relação entre
corpo e mundo, parte e todo, órgão e organismo, micro e macro. Casa da
rotina, do trabalho diário, e da saúde física.
Casa 7: Refere-se a apreensão do eu através da relação com o outro, tudo
que o indivíduo sabe de si a pretexto de um outro indivíduo. Esta Casa é
toda projetiva e o outro é a referência. É por onde se conhece o
especificamente idêntico e numericamente diferente. É o conjunto das
relações e sobretudo das expectativas bilaterais: como espero determinada
resposta, ajo de determinada maneira, mas ao mesmo tempo minha
maneira de agir fundamenta a expectativa de resposta. É o conhecimento
por espelhismo, a definição mútua dos papéis, com toda a constelação de
expectativas, direitos e deveres supostos. Casa do outro.
Casa 8: Refere-se ao potencial de ação do indivíduo num momento
presente, numa situação que requeira a ação do sujeito através de uma
decisão imediata, de emergência. É um potencial de estimativa e
conjectura. Ao contrário da Casa II, que se refere à percepção do dado, do
fato consumado, como numa tela exposta, a Casa VIII é antecipação, é
conhecimento estimativo e quase premonitório do potencial imediato
contido na situação. Não confundir com Casa XI, que é antecipação de
meras possibilidades, e portanto escolha e plano de futuro. A Casa VIII
não implica nenhuma escolha livre, mas apenas uma decisão imediata,
praticamente forçada pela percepção súbita de uma mudança iminente.
Casa da morte, das mudanças e do dinheiro dos outros.
Casa 9: Refere-se ao sistema de crenças do indivíduo, à captação de
verdades gerais, de princípios, de certezas com as quais possa formar juízos
sobre o mundo que o rodeia. É o objetivo e termo final do pensamento,
aquilo que não precisa ser pensado ou questionado porque já é sabido.
Cada pensamento nosso se assenta em juízos anteriormente pensados, e
que não são recolocados em questão. A Casa IX é o arquivo do já sabido.
Isto não quer dizer que estas crenças tenham de ser objetivamente
verdadeiras, mas apenas que são tomadas pelo indivíduo como certas e
inquestionáveis, pelo menos até segunda ordem. Casa da religião, da
filosofia, e dos estudos superiores. Do conhecimento, dos livros,
universidades e professores.

Casa 10: Refere-se ao conjunto de funções e lugares sociais que o


indivíduo efetivamente ocupa, e que são definidos pelo poder que outros
exercem sobre ele ou ele sobre os outros. É a auto-referência social a
partir da posição do indivíduo no sistema de hierarquia: o poder e a
influência que emanam da sua função social (real ou nominal), os aspectos
coercitivos presentes na relação do indivíduo com os outros (pelos papéis
que assumiu). Casa da carreira, da vocação, da carreira e profissão do
nativo, é também representante da vida pública do sujeito.

Casa 11: Refere-se aos projetos futuros do indivíduo, aos planos de vida, a
como ele concebe o próprio futuro e o que deseja obter da vida em termos
de uma imagem integral do personagem que quer ser. Representa os
amigos e aliados, é a casa dos planejamentos de longo prazo e das
atividades sociais.

Casa 12: Refere-se à relação do indivíduo com o espaço indefinidamente


grande que rodeia a sua esfera de vida conhecida, ou mesmo que se
prolonga para muito além e em torno da esfera reconhecida no seu meio
social. É tudo quanto, para ele ou para seu grupo de referência, está fora
do mundo conhecido (embora, para outros indivíduos ou grupos, possa ser
bastante conhecido e até banal). É um âmbito que o indivíduo mais
pressente e adivinha do que enxerga. É, portanto, tudo o que, para ele,
surge como transcendente, inusitado, misterioso e incontrolável. O que
meus vizinhos falam de mim sem que eu ouça, criando em torno de mim
uma atmosfera vagamente malévola que pressinto mas não logro captar, é,
sem dúvida, Casa XII; e nada mais banal que uma fofoca de vizinhos. A
astrologia clássica viu isto perfeitamente bem ao falar de "inimigos
ocultos": o inimigo oculto não é necessariamente Satanás em pessoa, mas
pode ser a quitandeira da esquina. A Casa XII define-se negativamente e
não positivamente; e aquilo que não enxergo, e que escapa mesmo a
percepção do meu meio social pode ir desde as leis cósmicas que
determinam invisivelmente o curso das coisas, até alguma informação
banal, fortuitamente ocultada por um menino amedrontado.

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