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Ensino clínico em adulto e idoso

Aula 2- Processo de envelhecimento

• AGA ( Avaliação geriátrica ampla)


-Determina a fragilidade do idoso, principalmente a capacidade funcional.
- O objetivo é detectar deficiências, incapacidades, desvantagens que o idoso tenha e
planejar o cuidado.
- No AGA são avaliados os parâmetros de equilíbrio, mobilidade, função cognitiva,
deficiências sensoriais, condições emocionais, capacidade de vida diária (AVD - comer,
banhar, andar com ou sem ajuda), atividade instrumentais da vida diária ( AIVD –
preparar comida, serviço doméstico, trabalhos manuais ), entre outros.
Ao se aplicar essas escalas, deve-se ter em mente que se o paciente necessita de
supervisão e/ou ajuda de outra pessoa ele não é independente. No entanto, se algum
instrumento como bengalas ou andadores é utilizado, mas nenhuma ajuda ou
supervisão são necessárias, o paciente é independente 
•Geriatria e Gerontologia
- Geriatria: doenças mais comuns na fase idosa (inclui fisiologia, patologia, diagnóstico
e tratamento)
- Gerontologia: avalia o processo de envelhecimento (inclui ciências biológicas,
psicológicas e sociológicas)
- Na enfermagem gerontológica a assistência é centralizada na promoção, manutenção
e restauração da saúde e da independência. O enfermeiro ajuda a pessoa idosa a
manter sua dignidade e autonomia máxima.
- Política do idoso: os órgãos governamentais propuseram um plano de ação conjunta,
que trata de ações preventivas, curativas e promocionais, objetificando a qualidade de
vida do idoso.
O plano nacional do idoso possui as seguintes diretrizes:
1) Viabilizar formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso,
proporcionando-lhe integração às demais gerações;
2) Promover a participação e a integração do idoso, por intermédio de suas
organizações representativas, na formulação, implementação e avaliação das políticas,
planos, programas e projetos a serem desenvolvidos
3) Priorizar o atendimento ao idoso, por intermédio de suas próprias famílias, em
detrimento do atendimento asilar, à exceção dos idosos que não possuam condições
de garantir sua sobrevivência;
4) Descentralizar as ações político-administrativas;
5) Capacitar e reciclar os recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia;
6) Implementar o sistema de informações que permita a divulgação da política, dos
serviços oferecidos, dos planos e programas em cada nível de governo;
7) Estabelecer mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter
educativo sobre os aspectos biopsicossociais do envelhecimento;
8) Priorizar o atendimento ao idoso em órgãos públicos e privados prestadores do
serviço; e apoiar estudos e pesquisas sobre as questões do envelhecimento.

•Envelhecimento primário e secundário


O envelhecimento primário consiste nas alterações causadas pelo processos normal de
envelhecimento e caracteriza-se por ser universal, progressivo, decrescentes e
intrínseco. A universalidade é o principal critério que distingue o envelhecimento
primário (normal) do secundário (patológico). As alterações secundárias (patológicas)
do envelhecimento resultam de influências externas, como a doença, a poluição do ar
e a luz do sol (raios ultra-violeta) são exemplos de fatores patológicos que podem
acelerar o envelhecimento (o enfermeiro pode ser importante ao eliminar ou retardar
os processos secundários de envelhecimento).
• Alterações celulares, teciduais e orgânicas relacionadas a idade
As alterações celulares e extracelulares da idade avançada causam deterioração da
aparência e da função física. Existem alterações mensuráveis na forma e na
composição do organismo. O idoso tende a perder altura, seus ombros ficam curvados
e apresenta um aumento do perímetro torácico, do abdome e do diâmetro pélvico,
apele parece fina e enrugada. A massa corporal magra diminui e a massa gordurosa
aumenta. A gordura (tecido adiposo) redistribui-se dos tecidos subcutâneos e das
extremidades para o tronco.

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