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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS


FACULDADE DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS

DOUTO JUÍZO DA 5º VARA CÍVEL DA COMARCA DE DOURADOS-MS

TECLADO INFORMÁTICA LTDA, pessoa jurídica de direito privado,


com sede no município de Dourados-MS, CNPJ nº 01.234.567/0001-23, neste
ato representado por seu sócio-proprietário JOÃO SETEMBRINO DA SILVA,
brasileiro, casado, portador da cédula de identidade nº 6.521.153, incrito no
CPF nº 489.657.356-65, empresário, residente e domiciliado na Rua Eliê Vidal,
nº 2113, Jardim Eldorado, Dourados-MS, por intermédio de seu advogado que
subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro
no artigo 319 e seguintes do Código de Processo Civil, ajuizar AÇÃO DE
COBRANÇA em face de ODORICO PARAGUAÇU, brasileiro, casado,
portador de cédula de identidade nº 5.290.171, inscrito no CPF nº 155.157.171-
17, comerciante, residente e domiciliado na Rua João Freire, nº 45, Centro,
Caarapó-MS, pelos fatos e fundamentos a seguir delineados.

I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Considerando que o requerente é empresário do ramo comercial e,


atualmente, encontra-se demasiadamente prejudicado pela pandemia da
Covid-19, na iminência de falência comercial, de acordo com as receitas de
lucro anexas, firmando declaração de hipossuficiência, também anexa, requer,
na forma do artigo 5º LXXIV, da Constituição Federal, bem como do artigo 98 e
seguintes, do Código de Processo Civil, os benefícios da gratuidade da justiça.

II – DOS FATOS

No dia 01 de abril de 2020, o requerido adquiriu, junto à empresa ora


requerente, 03 (três) computadores da marca Positivo, processador Intel Core
i5, avaliados unitariamente em R$ 1.000,00 (mil reais), totalizando, assim, o
montante de R$ 3.000,00 (três mil reais).
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Como consta, o intuito do requerido era informatizar o sistema de


cobrança de sua loja de brinquedos, situada no município de Caarapó-MS,
motivo pelo qual adquiriu os computadores supramencionados.

É cediço, que, o costume comercial regional do interior deste estado de


Mato Grosso do Sul, ainda é fortemente influenciado pela confiança em seus
pares, motivando, assim, o prejuízo de formalidades que comprovam o negócio
jurídico.

Neste diapasão, a descrição dos objetos, bem como seus respectivos


valores, restaram anotados na planilha de controle interno da loja, não
possuindo, portanto, assinatura do comprador.

No entanto, convencionou-se que o adimplemento daria-se mediante a


quitação de 03 (três) parcelas no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), pagas
diretamente no balcão do estabelecimento, sendo tal negociação
testemunhada por funcionários e demais clientes. Desta feita, ocorreu a
tradição.

Transcorrido o prazo estabelecido, o comprador, por sua vez, não


cumpriu com a obrigação outrora acordada, ocasião em que o sócio-
proprietário da empresa requerente buscou, exaustivamente, a negociação por
intermédio de métodos indulgentes, todavia não logrando êxito na negociação.

III - DA FUNDAMENTAÇÃO DO DIREITO

As provas carreadas aos autos já são suficientes para um juízo


inequívoco de convencimento na esfera cível, tendo em vista o
descumprimento da obrigação. Neste sentido, dispõe o artigo 389, do Diploma
Civil Brasileiro, ora invocado:

“Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor


por perdas e danos, mais juros e atualização monetária
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segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e


honorários de advogado”.

IV – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer à Vossa Excelência:

A) O deferrimento dos benefícios da gratuidade da justiça, nos termos do


artigo 98 e seguintes, do Código de Processo Civil;
B) A designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do
artigo 319, VII, do Código de Processo Civil;
C) A procedência da presente ação, com o intuito de condenar o réu ao
pagamento da dívida no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais); e
D) Seja o réu condenado ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatícios.

Pretende-se provar o alegado por todos os meios de prova admitidos,


em especial pelos documentos acostados à inicial, testemunhas a serem
arroladas em momento oportuno, bem como novos documentos que se
mostrarem necessários no decorrer da demanda.

Dá-se à causa o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais).

Pede o deferimento.

Dourados-MS, 20 de março de 2021.

Guilherme Barbosa Lima


OAB/MS nº 67.072

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