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1. Introdução
Boas-vindas! Você iniciará o estudo de Currículo e Avaliação da Educação,
uma das disciplinas que compõem os cursos de graduação em Pedagogia –
Licenciatura na modalidade EaD.

A presente disciplina está dividida em cinco ciclos de aprendizagem, cada um


deles correspondendo a um grupo de conteúdos e objetivos especí�cos.

Esses conteúdos e objetivos visam contribuir para a formação do pedagogo


que vai atuar na Educação Básica, promovendo a discussão de conceitos teóri-
cos que permitirão a compreensão da realidade político-social e educacional
que determina a educação brasileira, possibilitando a re�exão a respeito do
campo de estudo do currículo.

Há, ainda, a necessidade de entender o planejamento e a avaliação como um


instrumento formativo no sistema educacional, portanto, ambos adquirem ca-
racterísticas de gestão, uma vez que todos os aspectos que envolvem a educa-
ção, sejam pedagógicos ou administrativos, precisam ser planejados e avalia-
dos todo o tempo, quali�cados e analisados em sua e�cácia, e�ciência e efeti-
vidade.

Nessa perspectiva, a disciplina visa proporcionar ao futuro pro�ssional peda-


gogo a compreensão tanto dos aspectos referentes ao currículo, como do pla-
nejamento e avaliação da educação.

Além disso, a disciplina pauta-se pelos princípios da pesquisa como estratégia


educativa e da formação para o entendimento das demandas educacionais da
atualidade, de modo a formar pro�ssionais comprometidos em seus processos
de auto (trans) formação, da produção acadêmica para a mudança da realida-
de e da constituição das identidades e capacidades propositiva, investigativa e
criativa.

Por �m, os estudos desta disciplina objetivam contribuir para a formação de


um professor crítico e re�exivo, capaz de compreender e analisar o contexto
educacional de modo amplo (sistema educacional) e também local (institui-
ção de ensino formal e não formal).

2. Orientações para o estudo da disciplina 


Esteja atento às orientações contidas neste material, bem como àquelas vin-
das dos seus tutores.

É importante que você compreenda o contexto da disciplina a partir de uma


análise re�exiva da sua ementa, objetivos gerais e especí�cos, e sua relação
com o curso, para que, então, dê sequência aos estudos.

Como estratégia didática, a disciplina está dividida em cinco ciclos de apren-


dizagem distribuídos ao longo deste semestre, cada qual correspondendo a
um grupo de conteúdos, recursos didáticos e atividades avaliativas. É de suma
importância que todas as leituras, vídeos e atividades sejam realizados respei-
tando o período sugerido no Cronograma.

A partir de agora, você iniciará os estudos do primeiro ciclo de aprendizagem.

Bons estudos!

3. Informações da Disciplina
Ementa
A disciplina de Currículo e Avaliação da Educação vai tratar, no primeiro mo-
mento, do conceito do currículo e das tendências curriculares. Na sequência,
haverá o aprofundamento das teorias tradicionais, críticas e pós-críticas do
currículo e compreensão do currículo enquanto construção social e ideológica.
Tais conceitos darão subsídios para que o aluno compreenda, em uma pers-
pectiva crítica, a avaliação educacional e institucional, a concepção e imple-
mentação, bem como os sistemas de avaliação e políticas educacionais no
âmbito Federal, os indicadores dos resultados e, �nalmente, as implicações
políticas da avaliação institucional.

Objetivos Gerais
• Compreender o conceito do currículo.
• Conhecer as teorias tradicionais, críticas e pós-críticas do currículo.
• Compreender o currículo enquanto construção social e ideológica.
• Conhecer a avaliação educacional e institucional, concepção e imple-
mentação.
• Estudar sistemas de avaliação e políticas educacionais no âmbito
Federal, os indicadores dos resultados e, �nalmente, as implicações polí-
ticas da avaliação institucional.

Objetivos Especí�cos
• Compreender e analisar, a partir de sua historicidade, o currículo e seu
processo teórico e prático.
• Interpretar as relações de poder empreendidas por meio do currículo.
• Analisar o currículo na educação escolar brasileira.
• Caracterizar o processo de avaliação, identi�cando sua importância e su-
as funções no processo de ensino-aprendizagem e no âmbito institucio-
nal (Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental).
• Compreender, re�etir, saber analisar e atender às necessidades da escola
e da aprendizagem a partir das propostas de avaliação Federal e Estadual.
• Organizar e saber conduzir o instrumento portfólio dentro do contexto do
processo ensino-aprendizagem.
• Compreender, analisar e perceber que a avaliação educacional pode ser-
vir de apoio para a atividade de gestão das escolas, visando à melhoria da
qualidade do ensino brasileiro.
• Formar o professor/gestor-re�exivo-investigador numa perspectiva hu-
manista, com sólida formação no contexto educacional, capaz de se
adaptar à diversidade de forma crítica, criativa e autônoma.
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Ciclo 1 – Currículo: Perspectiva Histórica,


Conceituação e Objeto de Estudo

Objetivos
• Compreender e analisar, a partir de sua historicidade, o currículo e seu
processo teórico e prático.
• Analisar, criticamente, cada fase da história do currículo.

Conteúdos
• Conceito de currículo.
• Breve histórico do currículo.
• Currículo: perspectiva histórica, conceituação e objeto de estudo.
• Currículo e realidade social.
• A construção do conhecimento e o currículo. Teorias do currículo.

Problematização
O que é currículo? Como o currículo foi pensado e mudando ao longo da his-
tória? Qual a relação entre as mudanças políticas, econômicas e sociais no
campo do currículo?

Orientações para o estudo


Neste primeiro ciclo de aprendizagem, você vai conhecer o conceito de currí-
culo e como ele se construiu ao longo da história. Para isso, leia os materiais
e assista aos vídeos indicados. No �nal, não se esqueça de participar do
Fórum de Interatividade proposto.
1. Introdução
O termo currículo deriva da palavra latina  curriculum  (cuja raiz é a mesma
de cursus e currere), e, ao longo da história, surgiram diferentes concepções de
currículo.

O conceito é relativamente novo, entretanto, não é fechado ou abstrato, trata-


se de uma construção cultural, um modo de organizar as práticas educativas.

Portanto, neste ciclo, abordaremos, de maneira breve, o que os autores trazem


como de�nição de currículo. Na sequência, estudaremos sobre a historicidade.

Antes de iniciar as leituras indicadas, assista ao vídeo Currículo, que nos traz


um breve panorama sobre o campo do currículo. O vídeo lhe dará subsídios
para compreender as leituras indicadas ao longo dos três primeiros ciclos de
aprendizagem.

Currículo: conceituação e objeto de estudo


Na leitura indicada a seguir, Gimeno Sacristán apresenta o que alguns autores
de�nem como currículo. É importante destacar que há outros textos que pode-
rão auxiliar na compreensão sobre o currículo.

 Leitura obrigatória!

• SACRISTÁN, J. G. Aproximação ao conceito de currículo. In: O currí-


culo: uma re�exão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Penso,
2020. Capítulo 1, páginas 13-37 (Minha Biblioteca).
• SACRISTÁN, J. G. O que signi�ca currículo? In:  Saberes e incertezas
sobre o currículo. Porto Alegre: Penso, 2013.   Capítulo 1, páginas
14-34 (Minha Biblioteca).

Diante do exposto, podemos perceber as diferentes concepções a respeito do


currículo. Ressaltamos, aqui, que o conceito de currículo se relaciona com as
experiências educativas que constituem as disciplinas e os conteúdos que fa-
zem parte do roteiro de aprendizagem do aluno, mas também as decisões tan-
to em nível de estrutura política, quanto na organização da estrutura escolar.
Ou seja, as disciplinas que são incorporadas ou retiradas de uma matriz curri-
cular, os conteúdos que são incluídos ou não no material didático, fazem parte
do currículo, assim como as escolhas relacionadas às políticas públicas que
fundamentam as diretrizes curriculares da educação e os direcionamentos
curriculares para cada nível de ensino.

Currículo: perspectiva histórica


Entende-se que o currículo é práxis, sua função é socializadora e cultural da
educação, realizada por meio de conteúdos, formatos e práticas. No texto abai-
xo, indicado para leitura, a autora nos apresenta como a história das concep-
ções de currículo foi marcada por diferentes decisões tomadas com o intuito
de racionalizar, de forma administrativa, a gestão do currículo para adequá-lo
às exigências econômicas, sociais, políticas e culturais da época; elaborar
uma crítica à escola capitalista; compreender como o currículo atua; e, por �m,
propor uma escola diferente da existente até o momento (SILVA, 2006).

 Leitura obrigatória!

SILVA, MARIA APARECIDA DA. História do Currículo e Currículo como


Construção Histórico-cultural (http://titosena.faed.udesc.br/Arquivos
/Artigos_textos_historia/Curriculo.pdf) (2006). Páginas 4820-4828.

Diante do exposto, podemos perceber que, em cada período da história, a for-


ma de compreender o currículo se alterou conforme as mudanças políticas,
econômicas e sociais, cujo papel pode ser ativo ou passivo. O campo currículo
tem ocupado um papel importante uma vez que, como a�rma Sacristán (2013,
p. 36):

Se é o próprio currículo que “possui” política, poder e controle (e logo falaremos se


essas são características que o currículo pode ter ou ações relativas às característi-
cas com as quais se está comprometido), ou seja, se ele cumpre um papel ativo a
partir desses pressupostos ou então – uma segunda possibilidade – se o currículo
está submetido a processos políticos, ações de poder e mecanismos ou dispositivos
de controle; em outras palavras, se ele cumpre um papel passivo.

Neste momento, re�ita sobre sua aprendizagem, respondendo à questão a se-


guir:

2. Considerações
Finalizamos este primeiro ciclo de nossos estudos destacando a importância
do currículo e sua trajetória histórica ao longo dos anos. Agora, partiremos pa-
ra a segunda etapa de nossos estudos, ainda conhecendo e discutindo aspec-
tos importantes do currículo.

Bons estudos e vamos juntos para o Ciclo 2!


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Ciclo 2 – Teorias do Currículo: Teorias Tradicionais,


Críticas e Pós-críticas do Currículo

Objetivos
• Conhecer as diferentes teorias do currículo.
• Identi�car e compreender os objetivos de cada uma das teorias: tradicio-
nais, críticas e pós-críticas do currículo.

Conteúdos
• Teorias do currículo.
• Teorias tradicionais, críticas e pós-críticas.

Problematização
O que são teorias do currículo? Quais as diferenças entre as teorias do currí-
culo? Quais são as disputas vigentes entre essas teorias?

Orientações para o estudo


Neste segundo ciclo de aprendizagem, você vai conhecer as diferentes teori-
as curriculares. Para isso, leia os materiais e assista aos vídeos indicados. No
�nal, não se esqueça de responder às Questões on-line  e entregar o Portfólio
de Atividade proposto.

1. Introdução
Veremos, agora, as diferentes teorias do currículo. É importante, também, re-
conhecer o currículo como o resultado de uma escolha de um universo mais
amplo de conhecimentos e saberes. As teorias do currículo procuram explicar
por que “esses conhecimentos” e não “aqueles” devem ser selecionados, o que
excluímos ou incluímos.

Antes de iniciar as leituras indicadas, assista ao vídeo Teorias de Currículo, no


qual o Prof.º Dr. Marcos Neira explica, de forma breve e clara, as teorias. O ví-
deo lhe dará subsídios para compreender as leituras indicadas ao longo deste
ciclo de aprendizagem.

Teorias do currículo
Na obra indicada a seguir, Tomaz Tadeu Silva (2016, p. 11) inicia o texto trazen-
do as seguintes questões: “O que é uma teoria do currículo? Quando se pode di-
zer que se tem uma 'teoria do currículo'? Onde começa e como se desenvolve a
história das teorias do currículo? O que distingue uma 'teoria do currículo' da
teoria educacional mais ampla?”.

O autor iniciará uma discussão importante para contextualizar, de modo mais


amplo, a compreensão sobre as teorias do currículo.

 Teorias do currículo:

SILVA, Tomaz Tadeu da. Das teorias tradicionais às teorias críticas.


In:  Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo.
ed.; 8. reimp. – Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016. Introdução, pági-
nas 11-20. Biblioteca Virtual Pearson.
Observamos a importância de conhecer o que é currículo e como ele se organi-
za em teorias. A seguir, você estudará mais a fundo cada uma das teorias.

Teorias tradicionais, críticas e pós-críticas


As teorias relacionadas ao currículo, inicialmente, voltavam-se apenas aos
conteúdos disciplinares. Atualmente, o currículo traz outros aspectos, como:
questões de poder, tanto nas relações professor/aluno e administrador/profes-
sor, quanto em todas as relações que permeiam o cotidiano da escola e fora
dela, ou seja, envolve relações de classes sociais (classe dominante/classe do-
minada) e questões raciais, étnicas e de gênero, não se restringindo a uma
questão de conteúdos (HORNBURG, 2007).

No texto indicado a seguir, as autoras vão apresentar, de forma breve e bem


clara, cada uma das teorias.

 Leitura obrigatória!

HORNBURG, N.; SILVA, R. Teorias Sobre Currículo Uma análise para com-
preensão e mudança (https://docplayer.com.br/3246595-Teorias-sobre-
curriculo-uma-analise-para-compreensao-e-mudanca.html).   Revista de
divulgação técnico-cientí�ca do ICPG. 3 n. 10 - jan.-jun./2007.

A leitura do artigo apresentou um panorama geral das teorias do currículo.


Mas é preciso ir além, aprofundar a compreensão de cada uma das teorias e a
leitura de cada uma delas.

Podemos dizer que a escola (papel educacional) é a mesma para todos? As


oportunidades são as mesmas? Para alguns autores, as escolas mantêm as re-
lações sociais e reproduzem os papéis sociais existentes.

 Para compreender melhor essas questões, você deve ler:


SILVA, Tomaz Tadeu da. Das teorias tradicionais às teorias críticas.
In:  Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo.
ed.; 8. reimp. – Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016.   Capítulo 2.
Biblioteca Virtual Pearson.

Por �m, é preciso trazer para a discussão a diversidade, o multiculturalismo.


Segundo Silva (2016, p. 85):

O multiculturalismo, tal como a cultura contemporânea, é fundamentalmente am-


bíguo. Por um lado, o multiculturalismo é um movimento legítimo de reivindicação
dos grupos culturais dominados no interior daqueles países para terem suas for-
mas culturais reconhecidas e representadas na cultura nacional. O multiculturalis-
mo pode ser visto, entretanto, também como uma solução para os “problemas” que
a presença de grupos raciais e étnicos coloca, no interior daqueles países, para a
cultura nacional dominante.

No texto indicado a seguir, o autor apresentará o currículo multiculturalista, as


relações de gênero e a pedagogia feminista, o currículo como narrativa étnica
e racial, o pós-modernismo no currículo, a crítica pós-estruturalista do currí-
culo, os Estudos Culturais e, por �m, trará a pedagogia como cultura, a cultura
como pedagogia.

 Leitura obrigatória!

SILVA, Tomaz Tadeu da. As teorias pós-críticas. In: Documentos de iden-


tidade: uma introdução às teorias do currículo. ed.; 8. reimp. Belo
Horizonte: Autêntica Editora, 2016.   Capítulo 3.   Biblioteca Virtual
Pearson.

En�m, terminamos, neste ciclo, os estudos sobre as principais teorias curricu-


lares desenvolvidas no campo pedagógico, tecendo considerações e re�etindo
sobre os signi�cados delas para a formação de determinado tipo de sujeito.
Dessa forma, você, como pro�ssional da Pedagogia, poderá conhecer e re�etir
acerca dos pontos que permeiam as escolhas curriculares e o quanto tal cam-
po é complexo, uma vez que envolvem relações de poder, a política, economia,
cultura, en�m, tudo que está por trás da construção de um currículo.

Neste momento, re�ita sobre sua aprendizagem, respondendo à questão a se-


guir.

2. Considerações
Finalizamos este segundo ciclo de nossos estudos destacando as teorias do
currículo e a importância do campo, bem como ressaltamos seus papéis na
educação. Agora, partiremos para a terceira etapa de nossos estudos, enfati-
zando o currículo como política e diretriz da educação no Brasil.

Bons estudos e vamos juntos para o Ciclo 3!


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Ciclo 3 – Currículo como Intersecção de Práticas:


Elementos do Sistema Curricular

Objetivos
• Compreender o currículo prescrito e o currículo real.
• Conhecer as propostas e diretrizes curriculares da Educação Básica no
contexto brasileiro.

Conteúdos
• O currículo prescrito como instrumento da política curricular.
• Políticas curriculares para a Educação Básica.

Problematização
O que deve contar como currículo? Quem controla a seleção e distribuição do
conhecimento? Qual o conhecimento de maior valor? Como colocar o conhe-
cimento ao alcance do aluno? Quais as principais propostas curriculares
existentes no sistema educacional no cenário brasileiro?

Orientações para o estudo


Neste terceiro ciclo de aprendizagem, você vai conhecer as propostas curri-
culares existentes no sistema educacional no cenário brasileiro. Para isso,
leia os materiais e assista aos vídeos indicados. No �nal, não se esqueça de
realizar a atividade proposta no Portfólio.

1. Introdução
O currículo organiza qual e como o saber/conhecimento será desenvolvido
dentro da escolaridade. Segundo Sacristán (2020, p. 113):

O currículo prescrito, quanto a seus conteúdos e a seus códigos, em suas diferentes


especialidades, expressa o conteúdo base da ordenação do sistema, estabelecendo
a sequência de progresso pela escolaridade e pelas especialidades que o compõem.
Parcelas do currículo em função de ciclos, etapas ou níveis educativos, marcam
uma linha de progressão dentro de um mesmo tipo de conteúdos ou assinalando
aspectos diversos que é necessário abordar consecutivamente num plano de estu-
dos.

Neste ciclo, abordaremos, de maneira breve, o currículo prescrito para o siste-


ma educativo e professores no ensino.

2. O currículo prescrito como instrumento da


política curricular
Na leitura indicada a seguir, Gimeno Sacristán (2020) explica como a política
curricular pode ser sistematizada em torno de aspectos que contribuem para
dar forma, caminho cuja função é sistematizar e regular o conhecimento. O
autor a�rma que, sobre a sistematização, é importante considerar:
a) As  formas  de regular ou impor uma determinada distribuição do conhecimento
dentro do sistema educativo.

b)  Estrutura de decisões  centralizadas ou descentralizadas na regulação e no con-


trole do currículo. As opções que forem tomadas nesta dimensão delimitam os es-
paços de liberdade atribuídos a diversos agentes e instâncias que intervêm na con-
�guração do currículo: administração central, outras administrações, escolas, pro-
fessores, criadores de materiais, etc. Ou porque regula explicitamente essas mar-
gens ou porque as permite ou as estimula. Em cada caso se desenvolvem mecanis-
mos de “resistência” que �exibilizam e até fazem inoperantes as regulações em al-
gumas situações, sem deixar de estar dentro do sistema.

c)  Aspectos  sobre os quais esse controle incide: vigilância para determinar o cum-
primento dos objetivos e aprendizagens considerados mínimos, ordenamento do
processo pedagógico ou intervenção através dos meios didáticos.

d) Mecanismos explícitos ou ocultos pelos quais se exerce o controle sobre a práti-


ca e a avaliação da qualidade do sistema educativo: regulação do processo, inspe-
ção sobre as escolas e professores e avaliação externa. É importante analisar o grau
de conhecimento e tipo de utilização das informações sobre o sistema educativo.

e) As políticas de inovação do currículo, assistência às escolas e de aperfeiçoamen-


to dos professores como estratégias para melhorar a qualidade do ensino. É impor-
tante ver o papel especí�co dos meios técnicos expressamente dirigidos para orga-
nizar o currículo em planos ou esquemas moldáveis pelo professorado, devido à de-
cisiva in�uência na intervenção do currículo. Portanto, desde a política curricular é
preciso ver que campo se oferece para sua criação, consumo e inovação
(SACRISTÁN, 2020, p. 110).

Este desenvolvimento curricular se inicia por uma proposta formal, que pode-
mos chamar de currículo prescrito (planos curriculares; programas e currículo
adotado por uma organização escolar). Para compreender melhor o currículo
prescrito, você deve ler o capítulo: A política curricular e o currículo prescrito,
do livro: O currículo: uma re�exão sobre a prática, de Gimeno Sacristán.

 Leitura obrigatória!
SACRISTÁN, J. G. A política curricular e o currículo prescrito. In: O currí-
culo: uma re�exão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Penso,
2020. Capítulo 5, páginas 107-123. Disponível na Minha Biblioteca.

Diante do exposto, é possível observar que o currículo é algo complexo que en-
volve a intenção do que se pretende ensinar, a razão das escolhas e a realidade
na qual ele se desenvolve, ou seja, o caminho que o currículo prescrito ou o�ci-
al se organiza e como este currículo de fato acontece na atividade em sala de
aula é que podemos chamar de currículo real.

2. Políticas curriculares para a Educação


Básica
A partir de agora, discutiremos como o currículo prescrito se constitui, isto
porque é ele que vai direcionar o que é apresentado, plani�cado e realizado. O
currículo proposto nos dias atuais é resultado de olhares e transformações que
ocorreram ao longo dos anos.

No capítulo a seguir, indicado para leitura, a autora traz uma re�exão sobre as
políticas e organizações curriculares para a Educação Básica, contextualizan-
do o cenário a partir da década de 1990.

 Leitura obrigatória!

SILVA, M. R. Políticas curriculares para a Educação Básica e suas impli-


cações para a reorganização pedagógica das escolas. In:   Perspectivas
Curriculares Contemporâneas.   Curitiba: Intersaberes, 2012.   Páginas
37-75. Disponível na Biblioteca Virtual Pearson.

A partir das leituras, é importante observar como as propostas curriculares


prescritas podem ser diferentes do que ocorre nas escolas, isto porque as esco-
las atribuem signi�cados próprios ao que é tido como o�cial, para adequar à
realidade educacional de cada contexto.

Para complementar as leituras realizadas até o momento, é indicado conhecer


um pouco mais sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), visto que
são elas que vão normatizar o trabalho curricular e orientar o trabalho peda-
gógico e o sistema de ensino. São normas obrigatórias para a Educação
Básica, discutidas e determinadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
Para tanto, seus objetivos são:

I - sistematizar os princípios e as diretrizes gerais da Educação Básica contidos na


Constituição, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e demais dis-
positivos legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para assegurar a
formação básica comum nacional, tendo como foco os sujeitos que dão vida ao cur-
rículo e à escola;

II - estimular a re�exão crítica e propositiva que deve subsidiar a formulação, a


execução e a avaliação do projeto político-pedagógico da escola de Educação
Básica;

III - orientar os cursos de formação inicial e continuada de docentes e demais pro-


�ssionais da Educação Básica, os sistemas educativos dos diferentes entes federa-
dos e as escolas que os integram, indistintamente da rede a que pertençam
(BRASIL, 2010, n.p.).

Para compreender melhor as DCNs da Educação Básica, leia a Resolução que


de�ne as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para o conjunto orgânico,
sequencial e articulado das etapas e modalidades da Educação Básica; além
disso, assista ao vídeo indicado.

 Conteúdo complementar

• Ministério da Educação.   Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais


para a Educação Básica. Resolução CNE/CEB nº 4/2010. (http://por-
tal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&
alias=6704-rceb004-10-1&category_slug=setembro-2010-pdf&
Itemid=30192)
• DCNs – DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A
EDUCAÇÃO BÁSICA. (https://www.youtube.com/wat-
ch?v=IaX8OM7K5jo)
• Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação
Integral.   Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação
Básica / Ministério da Educação. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013.
(http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&
view=download&alias=13448-diretrizes-curiculares-nacionais-2013-
pdf&Itemid=30192)

Para �nalizar, destacamos a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), um do-


cumento de caráter normativo que de�ne o conjunto orgânico e progressivo de
aprendizagens como direito das crianças, jovens e adultos da Educação Básica
escolar.

A BNCC é o documento atual que norteia a organização e formulação dos cur-


rículos do sistema educacional no cenário brasileiro. Este documento também
indica as competências e habilidades que precisam ser desenvolvidas nos es-
tudantes ao longo da Educação Básica. O maior propósito da BNCC é a promo-
ção de educação de qualidade com equidade, cujo foco é o desenvolvimento de
habilidades e competências necessárias para a sociedade do século 21.

É fundamental conhecer e estudar o documento, portanto,   clique aqui (http://basenacionalco-


mum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versao�nal_site.pdf) para visualizá-lo.

Será que você compreendeu todo o conteúdo estudado neste tópico? Veri�que
sua aprendizagem, realizando a questão a seguir.

3. Considerações
Finalizamos o terceiro ciclo de nossos estudos sobre o currículo e sua impor-
tância na elaboração das propostas educacionais. Agora, partiremos para a
quarta etapa de nossos estudos, enfatizando a importância da avaliação edu-
cacional.

Bons estudos e vamos juntos para o Ciclo 4!


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Ciclo 4 – Avaliação da Educação: um Olhar para a


Instituição

Objetivos
• Caracterizar o processo de avaliação, identi�cando sua importância e
suas funções no âmbito institucional da Educação Básica.
• Compreender, analisar e perceber que a avaliação institucional deve ser
um apoio para a atividade de gestão das escolas, visando à melhoria da
qualidade do ensino brasileiro.

Conteúdos
• Avaliação institucional: uma leitura orientada da realidade.
• O sentido e complexidade da avaliação institucional.

Problematização
Como surge a avaliação? Podemos diferenciar avaliação escolar e avaliação
institucional? Qual a função da avaliação institucional? O gestor educacional
é importante na construção do planejamento educacional? Qual a relação en-
tre planejamento e avaliação?

Orientações para o estudo


Neste quarto ciclo de aprendizagem, você vai conhecer a importância da
avaliação institucional como aliada ao trabalho educacional. Para isso, leia
os materiais e assista aos vídeos indicados. No �nal, não se esqueça de res-
ponder às Questões on-line propostas.
1. Introdução
Freitas (2014) explica que a avalição é inerente ao trabalho desenvolvido na
escola, isto porque se trata de um processo intencional e atrelado às políticas
educacionais contemporâneas, seja em escala nacional ou local.

2. Avaliação institucional: uma leitura orienta-


da da realidade
Iniciemos este tópico com a abordagem de Freitas (2014), solicitando que faça
a leitura, especi�camente, do Capítulo 2,  Avaliação institucional: induzindo
escolas re�exivas, no qual o autor destaca o papel, a importância e controvér-
sias da avaliação institucional.

 Leitura obrigatória!

• FREITAS, L. C. Avaliação institucional: induzindo escolas re�exivas.


In:   Avaliação educacional: caminhando pela contramão. 7. ed.
Petrópolis: Vozes, 2014.   Capítulo 2, páginas 33-45. Disponível na
Biblioteca Virtual Pearson.

Diante do exposto, podemos perceber que a avaliação institucional possui in-


teração com o planejamento educacional, destacando a avaliação como sub-
função do planejamento, o que possibilitará uma leitura orientada da realida-
de.

3. O sentido e complexidade da avaliação insti-


tucional
Nos capítulos a seguir, indicados para leitura, a autora traz a seguinte re�exão:
a avaliação é utilizada como medida ou como gestão? Re�etir sobre esta per-
gunta é trazer à tona a intencionalidade da avaliação institucional, que revela-
rá não só a função, como também o objetivo e a maneira de realizá-la.

 Leitura obrigatória!

• CERVI, R. M. Avaliação a serviço do planejamento educacional: sen-


tido, complexidade e paradigma. In:  Planejamento e avaliação edu-
cacional.   Curitiba: Intersaberes, 2013.   Capítulo 4, página 63-75.
/ Capítulo 5, página 77-83. / Capítulo 6, página 85-98. Disponível na
Biblioteca Virtual Pearson.

Para entender melhor a avaliação institucional, assista aos vídeos indicados:

 Vídeos Complementares

• AÇÃO EDUCATIVA. Entrevista com Mara de Sordi:   Por que a


Avaliação Institucional é importante? (https://www.youtube.com
/watch?v=1K-lN-rWR0Y)
• AÇÃO EDUCATIVA. Segunda parte da entrevista com Mara de
Sordi:  O que devemos levar em conta em uma avaliação institucio-
nal? (https://www.youtube.com/watch?v=N-1Lz-_VUTw&t=0s)
• AÇÃO EDUCATIVA. Entrevista com Elba de Sá Barreto:  Aderindo à
avaliação institucional (https://www.youtube.com
/watch?v=QWzbNMsLU4U&index=8&list=PLLGen0q3sl-
o8o9RAnRdJYjV9DSInV_VT).

Com as leituras realizadas e os vídeos sugeridos, conhecemos um pouco sobre


a avaliação institucional e sua contribuição na melhoria e aprimoramento da
instituição de ensino.
Neste momento, re�ita sobre sua aprendizagem, respondendo à questão a se-
guir.

 
(https://md.claretiano.edu.br/curavaedu-

gs0055-fev-2022-grad-ead-np/)

Ciclo 5 – Avaliação da Educação: um Olhar para as


Avaliações Externas

Objetivos
• Compreender o papel das avaliações externas.
• Conhecer as avaliações externas realizadas na Educação Básica.

Conteúdos
• A avaliação institucional e externa.
• Avaliações externas.

Problematização
Qual a função dos indicadores dos resultados? Qual ou quais os recursos uti-
lizados na avaliação institucional?

Orientações para o estudo


Neste quinto e último ciclo de aprendizagem, você vai compreender o papel
das avaliações externas e conhecer as avaliações externas realizadas na
Educação Básica. Para isso, leia os materiais e assista aos vídeos indicados.
No �nal, não se esqueça de responder às Questões  on-line   e participar do
Fórum proposto.

1. Introdução
A generalização da avaliação externa coincide, em muitas ocasiões, com a fal-
ta de autonomia vivenciada pelas instituições de ensino. Já a avaliação insti-
tucional é uma importante aliada ao desenvolvimento das ações escolares, no
entanto, nem sempre traz à tona os reais problemas educacionais. Antes de
prosseguirmos com nossos estudos, assista ao vídeo Avaliação e Meritocracia,
a seguir, para compreender mais sobre a avaliação.

2. A avaliação institucional e externa


A abordagem deste tópico será por meio das contribuições de Freitas (2014),
com a leitura:  Avaliação de redes de ensino: a responsabilidade do poder pú-
blico. O autor destaca que a avaliação externa da escola, dos alunos tende a ser
desvinculada da investigação social e de seu papel regulador.

 Leitura obrigatória!

FREITAS, L. C. Avaliação de redes de ensino: a responsabilidade do poder


público. In:  Avaliação educacional: caminhando pela contramão. 7. ed.
Petrópolis: Vozes, 2014.   Capítulo 3, páginas 47-68. Disponível na
Biblioteca Virtual Pearson.

Diante do exposto, podemos perceber que a avaliação institucional externa


possui interação com o planejamento educacional, destacando a avaliação co-
mo subfunção do planejamento, o que possibilitará uma leitura orientada da
realidade.

Podemos perceber a importância que tais experiências musicais proporcio-


nam, levando em consideração a inclusão de todos os alunos e alunas no pro-
cesso, em que cada um dos envolvidos contribuem de maneira signi�cativa,
de acordo com sua habilidade, não buscando talentos privilegiados nos edu-
candos.

3. Avaliações externas
Neste tópico, você conhecerá algumas avaliações externas realizadas no con-
texto brasileiro. Cabe ressaltar a importância da avaliação externa para o apri-
moramento do sistema educacional, do institucional e da aprendizagem. No
entanto, é preciso saber o propósito e desdobramentos dos dados obtidos para,
somente assim, de fato, ocorrer algum avanço.

Portanto, é preciso conhecer a concepção e metodologia, o processo de imple-


mentação, as di�culdades de utilização dos resultados das   avaliações da
Educação Básica no Brasil. Para compreender melhor a avalição externa, leia
o artigo indicado a seguir, complementando-o com o vídeo.

 Saiba mais!

• CASTRO, M. H. G.   Sistemas de avaliação da educação no Brasil:


avanços e novos desa�os (http://produtos.seade.gov.br/produtos
/spp/v23n01/v23n01_01.pdf). São Paulo Perspectiva, São Paulo, v. 23,
n. 1, p. 5-18, jan./jun., 2009.
• Sistema de avaliação da Educação no Brasil (https://www.youtu-
be.com/watch?v=oNdC__lgIB8): avaliações externas em discussão e
o novo SAEB.

Para conhecer, com detalhes, algumas das avaliações,   acesse aqui


(https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-
educacionais) o site do INEP e consulte sobre:

• Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).


• Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
• Exame Nacional para Certi�cação de Competências de Jovens e Adultos
(Encceja).
• Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).

Neste momento, re�ita sobre sua aprendizagem, respondendo à questão a se-


guir.

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