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Libertas – Faculdades Integradas

São Sebastião do Paraíso – MG

Enfermagem em Clínica Médica I

Aula 1: introdução à Disciplina

Profa. Dra. Mariana G. M. Zeferino


Enfermagem em Clínica médica I

Visa desenvolver competências e habilidades nos estudantes de


graduação para prestar assistência de enfermagem à adultos e idosos
portadores de alterações clínicas em serviços de saúde hospitalar
(atenção terciária) através das etapas do processo de enfermagem:
coleta, análise e síntese dos dados: estabelecimento de diagnósticos de
enfermagem, planejamento, implementação e avaliação dos resultados
das ações de enfermagem.

Mariana GMZ
Enfermagem em Clínica médica I
Objetivo:
Prestar assistência de enfermagem à adultos e idosos no processo
saúde-doença com alterações clínicas de maior prevalência, nos
campos de ensino utilizando a etapa do Processo de Enfermagem.
Estudar cada sistema – revisão anatomofisiológica; terminologia,
sinais e sintomas/alterações clínicas; exame físico; patologias mais
comuns; cuidados de Enfermagem; exames diagnósticos

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Enfermagem em Clínica médica I
1. Introdução e SAE (S/S; Sistematização da Assistência de
enfermagem);
2. Sistema Respiratório: avaliação da função respiratória.
Distúrbios do trato respiratório. Modalidades de cuidados
respiratórios;
3. Sistema Cardiovascular: histórico da função cardiovascular.
Distúrbio de condução, coronarianos, cardíacos estruturais,
infecciosos ou inflamatórios e vasculares. Complicações
decorrentes de cardiopatias. HAS;
4. Sistema Hematológico: Revisão da anatomia e fisiologia.
Disfunções hematológicas;
5. Sistema Neurológico: Histórico da função neurológica.
Disfunções e distúrbios neurológicos.
6. Sistema Gastrointestinal: Revisão anatomia e fisiologia.
Distúrbios orais, esofágicos, gástricos, intestinais e retais.

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Enfermagem em Clínica médica II
1. Sistema Metabólico e Endócrino: Revisão da anatomia e
fisiologia. Distúrbios endócrinos. Diabetes Mellitus;
2. Sistema Urinário e renal: Histórico das funções urinárias e
renal. Distúrbios urinários e renais;
3. Sistema Reprodutor: Revisão da anatomia e fisiologia.
Distúrbios reprodutivos femininos. Distúrbios da mama;
Distúrbios reprodutivos masculinos;
4. Sistema Imunológico: Histórico da função imune. Distúrbios
alérgicos. Distúrbios reumatológicos;
5. Sistema Tegumentar: Histórico da função tegumentar.
Problemas dermatológicos;
6. Sistema Musculoesquelético: Problemas musculoesqueléticos
comuns. Distúrbios ósseo metabólico: osteoporose. Infecção
musculoesquelético: osteomielite. Tumores ósseos.

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Referências Básicas
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
NORTH AMERICAN NURSING ASSOCIATION. Diagnósticos de
enfermagem da NANDA: definições e classificação 2009-2011. Trad.de
Regina Machado Garcez. Porto Alegre: Artmed, 2010.
PORTO, C.C. Semiologia médica. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2009.
SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner/Suddarth: Tratado de
Enfermagem Médico-Cirúrgica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan. 2009.
CARPENITO-MOYET, L.J. Diagnósticos de enfermagem: aplicação à
prática clínica. 13 ed. Porto Alegre, Artmed, 2011.
CARPENITO-MOYET, L.J. Palno de cuidados de enfermagem e
documentação. 5 ed. Porto Alegre, Artmed, 2011.

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Referências Complementares
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BULECHEK, G. Classificação das intervenções de enfermagem (NIC). 5
ed. Elsevier Health Sciences, 2011
CARPENITO-MOYET, L.J. Manual de Diagnósticos de enfermagem. 11
ed. Porto Alegre, Artmed, 2008.
HORTA, W. A. Processo de enfermagem. 1 ed. São Paulo: EPU, 1979.
LIMA, O.P.S.C. Leitura e interpretação de exames em enfermagem. 3
ed. Goiânia: AB, 2008.
NETTINA, S.M. Prática de enfermagem. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2007.

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Enfermagem em Clínica Médica I
• Paciente/cliente/usuário: Atendimento médico e de enfermagem,
relação de aliança e interdependência entre as partes – relação
bilateral;
• Indivíduo, família e comunidade: estresse, ansiedade, raiva, medo,
hostilidade, vergonha e incertezas – alterações comportamentais
relacionadas à doença (sinais e sintomas – manifestações clínicas) ou
a frustrações (incapacidade e restrições) acarretadas por ela e pelo
tratamento; ambiente desconhecidos e assustador e vulnerabilidade.

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Alterações comportamentais frente à doença
• Ansiedade: reação normal do estresse, percepção de perigo real ou
imaginário; sentida física e psiquicamente refletindo no
comportamento do indivíduo, através de sensações de desconforto e
apreensão (receio e cisma), podendo haver sentimentos de
desamparo e segurança;
• Defensivas mediadas pelo SNA (Sistema Nervoso Autônomo);
aumento da FC, função intestinal, urinária, sudorese alterações da
PA…

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Alterações commportamentais frente à doença
• Ansiedade:
• Intensidade das respostas orgânicas e manifestações de alterações
do comportamento variam de acordo com a individualidade da pessoa;
• Isolamento pode aumentar as queixas, hiperatividades, choro,
hostilidade, agressões verbais e até físicas – meios específicos de
superar a ansiedade;
• Manifestações de raiva e hostilidade são comuns;
• Conflito, frustração e descontrole geralmente precipitam a agressão;
• Indivíduo descrito como: irritado, mal humorado, hostil não
cooperativo.

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Alterações comportamentais frente à doença
• Ansiedade:
• A raiva como termo geral, descreve a maneira de controlar a
ansiedade diante da ameaça;
• Insegurança acrescida a condição de submissão ao tratamento, são
intesificadas na realizações de procedimentos técnicos e dolorosos e
cirurgias que são desconhecidos a eles;
• Estes associados aos regulamentos e rotinas hospitalares limitam e
condicionam as atitudes da pessoa.

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Alterações comportamentais frente à doença
• Ansiedade:
• As manifestações variam do ataque expresso por agressões a equipe,
até a reclusão não comunivativa como defesa (não quer comunicar-
se);
• A medida que o usuário familiariza-se com o ambiente, tratamento e
equipe, as tensões diminuem, entretanto, o sentimento de raiva poderá
evoluir se a ameaça aumentar e as necessidades do indivíduo não são
atendidas.

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Alterações comportamentais frente à doença
• Expectativa de indivíduo em relação à Equipe de Saúde:
• Ao ser submetido aos cuidados de enfermagem os usuários
alimentam expectativas quanto à conduta e capacidade daqueles que
irão assistí-los;
• Esta observação baseia-se na avaliação da competência da Equipe,
feita pelo usuário, quanto ao preparo técnico-científico, habilidade na
execução do trabalho, seriedade no comportamento, bem como no
estado de humor e atenção dispensadas na satisfação de suas
necessidades;
• Os usuários esperam comportamentos compreensivos e de
aceitação, censurando condutas de natureza severa e punitiva.

Mariana GMZ
Alterações comportamento frente à doença
• Expectativa de indivíduo em relação à Equipe de Saúde:
• A orientação nos cuidados prestados e o esclarecimento de
dúvidas fazem com que se estabeleça um relacionamento de confiaça
e credibilidade com o usuário;
• Sua participação no planejamento da assistência o tornará mais
colaborativo facilitando em sua adaptação;
• No cuidado diário, o respeito, a privacidade e a preservação da
intimidade do usuário estão previstos por lei, tendo implicações
jurídicas.

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Objetivo da comunicação equipe-usuário
• Troca de informações entre duas ou mais pessoas através do uso dos
órgãos dos sentidos, verbal ou não;
• Constitui uma forma de comportamento, estabelece a troca de ideias,
sentimentos, pensamentos e atitudes, sendo fundamental no
desenvolvimento das relações humanas;
• Em alguns casos as mensagens transmitidas não significam o que
representam, significados especiais podem estar camuflados, é
importante a compreensão dos sentimentos e significados;
• A comunicação não verbal é a troca de mensagens sem o uso de
palavras, os indivíduos comunicam-se através das expressões faciais
e corporais, por ser muitas vezes involuntária é considerada a mais
fidedigna na expressão dos sentimentos humanos.

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Objetivo da comunicação equipe-usuário

• Tato: eficaz no consolo, amor, segurança, agressão e outros;


• Silêncio: rejeição, introspecção e análise da situaçao e dos
sentimentos, consolo, fuga e em alguns casos agressão;
• Importante: sempre “ouvir” o usuário verbalmente ou não –
interpretar sua mensagem;
• Reconhecer a influência de culturas e religiões diferentes entre as
pessoas – hábitos e padrões de comportamento.

Mariana GMZ
S/S mais comuns nos diferentes sistemas
• Dor (algia): irritação e estimulação dos nervos que conduzem a
sensação de sofrimento e/ou desconforto ao cérebro, possuindo
caráter agudo ou crônico;
• Causas: processos patológicos e/ou traumatismo.
• Cuidados:
• Observar e descrever a localização, natureza e outros s/s
relacionados a dor;
• Implementar medidas que modifiquem a influência na natureza e
intensidade da dor promovendo conforto físico e psicológico.

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S/S mais comuns nos diferentes sistemas
• Dor (algia): irritação e estimulação dos nervos que conduzem a
sensação de sofrimento e/ou desconforto ao cérebro, possuindo
caráter agudo ou crônico;
• Causas: processos patológicos e/ou traumatismo.
• Cuidados:
• Observar e descrever a localização, natureza e outros s/s
relacionados a dor;
• Implementar medidas que modifiquem a influência na natureza e
intensidade da dor promovendo conforto físico e psicológico.

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S/S mais comuns nos diferentes sistemas

• Dor (algia):
• Comunicar ao usuário sobre as providências e condutas a
serem tomadas em relação a dor;
• Realizar manobras terapêuticas: massagens, compressas
etc...que proporcionem diminuição ou alívio da dor;
• Medicamento (analgésico).

Mariana GMZ
S/S mais comuns nos diferentes sistemas

• Febre (hipertermia): aumento da T°corpórea acima do normal;

Mariana GMZ
S/S mais comuns nos diferentes sistemas
Febre (hipertermia) - causas:
• Processos inflamatórios, infecção, traumas, neoplasias e reações
de hipersensibilidade (alérgicas);
• Distúrbios hormonais e emocionais;
• Exercício excessivo;
• Doenças auto-imunes (própria célula – pirógeno);
• Exposição excessiva ao sol;
• Uso de certas drogas;
• Lesão do hipotálamo (termostato – função de controlar as
variações de T de um Sistema – manter T cte) - .

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S/S mais comuns nos diferentes sistemas
Febre (hipertermia):

• Ciclo circadiano: segundo o momento do dia, a temperatura pode


variar sendo mais baixa na madrugada (3h) e no início da manhã.
Pode ser máxima no final da tarde (17h) e no início da noite;
• Variações de acordo com a idade, o sexo e estilo de vida.

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S/S mais comuns nos diferentes sistemas
Febre (hipertermia):
• Atividade e o meio ambiente: A temperatura ambiental elevada
pouco arejada, além de atividade física intensa, podem determinar
elevação da T corporal;
• Local de verificação da temperatura;
• Temperatura retal é a mais elevada, a bucal (oral) é intermediária
e axilar a mais baixa quando medida nas mesmas condições.

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S/S mais comuns nos diferentes sistemas
Febre (hipertermia) - mecanismo
• O organismo mantém sua temperatura regulada através de um
centro termorregulador, localizado no hipotálamo anterior;
• Este centro que funciona como um termostato, busca o equilíbrio
entre produção e perda de calor, visa à manutenção estável da
temperatura em torno de 36,8 a 37,5°C (indivíduos
homeotérmicos);
• Na febre, o termostato é reajustado sendo a termorregulação (set
point) reajustado para um nível superior.

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Profa. Dra. MGMZ
S/S mais comuns nos diferentes sistemas
• Por ação de partículas ou não (pirógenos exógenos)
as células fagocíticas são induzidas a produzir
substâncias de natureza protéica (pirógenos
endógenos, ex: citocinas - interleucina).
• Os pirógenos externos, estimulam a produção de
prostaglandinas - atuam no centro termoregulador,
elevando o patamar de termoregulação (set point) –
febre;
• Obs: prostaglandinas: sinais químicos atuam apenas
na própria célula e nas células vizinhas
(resposta parácrina) - produzidos por quase todas
as células, geralmente em locais de dano tecidual
ou infecção, pois estão envolvidos em lidar com lesões
e doenças - processos como a inflamação, formação
de coágulos de sangue...
• pirógenos: qualquer agente da febre que atue sobre os
centros de termorregulação no hipotálamo e produzem
aumento T. Ex: microorganismo...
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S/S mais comuns nos diferentes sistemas

• Febre - prejudicial ou benéfica


• Benéfica por ser um aviso que algo está errado, mas é prejudicial
- ao aumentar o consumo de oxigênio a febre pode causar
diminuição do rendimento cardíaco – relevância especialmente
em situações de comprometimento pulmonar intenso ou
cardíaco grave;
• Em crianças, geneticamente predispostas, com idade de seis
meses a três anos, a febre pode desencadear convulsão.

Mariana GMZ
S/S mais comuns nos diferentes sistemas

• Febre:
• Proporcionar medidas de conforto e repouso;
• Monitorar temperatura;
• Realizar medidas físicas de redução da temperatura corpórea:
banhos “morno” – a temperatura além que estar um pouco abaixo
da temperatura do usuário, compressas, etc...;
• Estimular ingestão hídrica;
• Administração de antitérmico conforme prescrição médica.

Mariana GMZ
S/S mais comuns nos diferentes sistemas

• Cefaléia:
• Causas: Estresse, fadiga, patologias associadas aos olhos, ouvido e
vias aéreas superiores, infecção generalizada, problemas
gastrointestinais (intoxicação alimentar), traumatismos vasculares,
neoplasias cerebrais, meningite, hipertensão e reações alérgicas…

Mariana GMZ
S/S mais comuns nos diferentes sistemas
Cefaléia:
• Vários tipos de cefaléia - Classificação da Sociedade
Internacional reconhece mais de 150 tipos;
• 80% dos adultos – pelo menos um tipo de cefaleia conhecida
como cefaléia tensional, a mais comum de todos os tipos de
cefaleias.
✓ Por outro lado, a cefaléia também pode acompanhar doenças
graves como infecções do sistema nervoso, tumores,
hemorragias intracranianas, isquemias, trombose venosa, dentre
outras;
✓ No entanto, as dores de cabeça decorrentes de problemas graves
são a minoria.

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S/S mais comuns nos diferentes sistemas
Cefaléia:
• Primária: principal sintoma de uma condição na qual não são
identificadas alterações estruturais, metabólicas, tóxicas ou
infecciosas como causa - origem em alterações bioquímicas
cerebrais, podendo ser determinadas geneticamente - costumam se
repetir regularmente. Ex: enxaqueca, a cefaléia do tipo tensional...
• Secundária: consequência de lesões ou outras alterações - causas:
sinusites agudas, infecções do sistema nervoso ou sistêmicas,
tumores, problemas cervicais, cefaleias em salvas (relacionada ao
hipotálamo – ciclo circadiano; intoxicação por monóxido de
carbono, falta de oxigênio...) e muitas outras.

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S/S mais comuns nos diferentes sistemas
Cefaléia:

• Cuidados:
• Investigar quanto a natureza, localização e intensidade da dor;
• Relacionar sintomas associados (náuseas e vômitos);
• Promover ambiente calmo e medidas de relaxamento e conforto;
• Colocar compressas frias e úmidas sobre os olhos;
• Administrar analgésicos conforme prescrição médica.

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S/S mais comuns nos diferentes sistemas
Edema:
• Acúmulo excessivo de líquido nos espaços intersticiais (*entre as
células), que resulta em “inchaço” = edema;
• Causas: desordem no mecanismo das trocas líquidas corporais em
decorrência a processos patológicos, distúrbios
hidroeletrolíticos, traumas; alterações vascular e da rede
linfática, traumatismo e reações e terapia medicamentosa ex:
corticóides (glândula da supra-renal).

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S/S mais comuns nos diferentes sistemas Edema:

• Vasos = permitem seletivamente a passagem de


substâncias;
• O edema (inchaço) acontece quando há um
excesso de saída de líquido para o tecido;
• Excesso vai para o interstício (espaço entre as
células);
• Inflamação...facilita a defesa do local e
formação de pús, abcesso – alargamento dos
poros.

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líquidos - pus, células ou outras substâncias
celulares eliminadas vagarosamente dos vasos
sanguíneos (geralmente em tecidos inflamados)

líquidos q. passam pelo espaço extracelular dos


tecidos através de 1 membrana (sob pressão) de
tec. Não relacionada infecção/inflamação.

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Exsudato – pús/ purulento inflamatório rico em neutrófilos e fragmentos de células.


Transudato = líquido com pouco teor proteico, é um ultrafiltrado do plasma sanguíneo
resultante de Pressão Hidrostática elevada ou Força Osmótica diminuída no plasma.
S/S mais comuns nos diferentes sistemas Edema:

• Acúmulo anormal de líquido no espaço interticial


- constituído por uma solução aquosa de sais e
proteínas do plasma, cuja exata composição varia
com a causa do edema;
• Quando o líquido se acumula em todo o corpo,
caracteriza-se o edema generalizado =
anasarca;
• Quando ocorre em locais determinados o edema
é localizado, como por exemplo nos MMII com
indivíduos com varizes, dentre outros problemas.

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Anasarca
Edema:
edema generalizado = anasarca;

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S/S mais comuns nos diferentes sistemas
Edema:
• Tipos de edemas: comum, linfedema e mixedema;
• Edema comum: composto de água, sal – local ou generalizado;
• Linfedema: formação é o acúmulo da linfa - ocorre nos casos em que
os canais linfáticos estão obstruídos ou foram destruídos, como na
retirada de gânglios em cirúrgias de câncer. O esvaziamento
ganglionar facilita o surgimento do edema no braço. Outro exemplo
de linfedema é a elefantíase, q. se acompanha deformação dos MMII.

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S/S mais comuns nas patologias

Edema (mixedema):
• Edema de características especiais por ser duro e com aspecto de
pele opaca, ocorrendo nos casos de hipotireoidismo;
• Além da água e sais, há acúmulo de proteínas especiais
produzidas no hipotireoidismo.

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S/S mais comuns nas patologias
Edema:
• Localizado e generalizado;
• O linfedema e o mixedema são localizados;
• Edema comum - duas formas;
• Quando generalizado, espalha-se por todo o corpo,
principalmente membros, face e mãos;
• O edema generalizado pode ocorrer dentro do abdômen (ascite)
e dentro dos pulmões (EAP ou DP – edema agudo de pulmão e
derrame pleural).

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S/S mais comuns nas diferentes patologias
• Ascite: acúmulo de fluídos na cavidade do peritônio;
• Comum devido à cirrose ou doenças graves do fígado e sua
presença pode esconder outros problemas;
• Diagnóstico é usualmente feito com recurso a testes de sangue, US do
abdomen e remoção direta do fluido por uma agulha ou paracentese -
cirrose hepática/esteatose hepática…
• S/S: distensão abdominal, sensação de peso, dificuldade respiratória.

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S/S mais comuns nas patologias
Edema:
• Diminui a velocidade de circulação do sangue e, por esse meio
mecânico (pressão), prejudica a nutrição e a eficiência dos tecidos.

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S/S mais comuns nas patologias
Edema:
• Aspectos clínicos:
• Clinicamente, o edema pode ser um sinal de doença cardíaca,
hepática, renal, desnutrição grave, hipotireoidimo, obstrução
venosa e linfática;
• Na formação do edema, essas doenças desencadeiam várias
alterações que têm como consequência o edema;
• Cada uma dessas doenças tem suas características e as pessoas
apresentam queixas específicas.

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S/S mais comuns nas patologias
Edema:
• Aspectos clínicos:
• Na insuficiência cardíaca, além da dispnéia, o edema começa pelos
MMII e pode se expandir para dentro do pulmão (edema pulmonar) e
do abdomên (ascite). Na doença cardíaca ele é causado pela falta de
força cardíaca para fazer o sangue circular;
• Na doença hepática e na desnutrição, a causa é a falta da
albumima do plasma. A albumina mantém os líquidos circulando.
Quando a albumina está diminuída, abaixo de 2,5g% no sangue, não
consegue mais manter a água dentro dos vasos e esta se difunde
pelos tecidos.

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S/S mais comuns nas patologias
Edema:
• Aspectos clínicos:
• Na doença renal, o edema é devido a retenção de água e sal que não
são eliminados convenientemente;
• Na obstrução venosa e linfática, o sangue e a linfa têm dificuldade
de circular e se acumular nos tecidos
• No hipotireoidismo, além da retenção de água e sal, há proteínas
associada que infiltra os tecidos (mixedema).

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S/S mais comuns nas patologias
Edema:
• Edema idiopático - ainda de origem desconhecida, apesar de ser
muito estudado, ocorre em mulheres jovens de 20 a 50 anos –
geralmente na pré-menopausa
• Geralmente, essas mulheres fazem uso e abuso de diuréticos ou
catárticos/ laxantes para constipação intestinal;
• Quase sempre estão fazendo dieta para emagrecer
• É um edema que surge nos membros e face rapidamente e sem causa
aparente, podendo atingir todo o corpo.

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S/S mais comuns nas patologias

Edema:
• Algumas drogas que podem causar edema: antidepressivos,
antihipertensivos, hormônios (corticóides, estrógenos, progesterona,
testosterona, antiinflamatório não esteróide (AINEs - grupo de de
drogas – ácidos orgânicos que que apresentam atividade
antiinflamatória – não hormonais – ao contrário do cortisol) e uso
crônico de diurético (vício) e catárcicos (*catarse)/laxantes.

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S/S mais comuns nas diferentes patologias
Edema:
• Cacifo = sinal de godet – sinal clínico avaliado por meio da pressão
digital sobre a pele, a fim de se evidenciar edema
• Considerado positivo quando a depressão na pele não se desfaz
imediatamente após a descompressão
• Localizado
• Generalizado (anasarca)

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S/S mais comuns nas diferentes patologias
• Cacifo = sinal de godet - Quanto mais profundo o cacifo (depressão),
maior é o número de cruzes
+ : o afundamento se desfaz
++
+++
++++: continua o afundamento...

Baqueteamento digital

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S/S mais comuns nas diferentes patologias
Edema

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S/S mais comuns nas diferentes patologias
Edema:
• Cuidados:
• Observar evolução e características – etiologia;
• Controle hídrico rigoroso;
• Implementação de medidas de proteção e conforto de áreas edemaciadas;
• Orientação quanto a dieta hipossódica;
• Administração de diurético, conforme prescrição médica.

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S/S mais comuns nas diferentes patologias
Edema:

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S/S mais comuns nas diferentes patologias

• Anorexia: perda de apetite (inapetência)


• associados a processos patológicos, dor (algia) e/ou ao bem estar
relacionado às condições ambientais e ao sabor da dieta –
disfunção alimentar – componetes físicos, mentais e sociais.
• Afeta principalmente adolescentes do sexo feminino
• Mortalidade de 10%

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S/S mais comuns nas diferentes patologias

• Anorexia: sintomas
• Peso corporal em 85% ou menos do nível normal;
• Prática excessiva de atividades físicas, mesmo tendo um peso
abaixo do normal;
• Em mulheres, ausência de três ou mais meses sem menstruação.
Pode causar sérios danos ao sistema reprodutivo feminino.

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S/S mais comuns nas diferentes patologias

• Anorexia: sintomas
• Crescimento retardado ou até estacionamento;
• Malformação do esqueleto (pernas e braços mais curtos em relação
ao tronco)

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S/S mais comuns nas diferentes patologias
• Anorexia: sintomas
• Descalcificação dos dentes, cáries dentárias;
• Depressão profunda;
• Tendências suicídas;
• Bulemia que pode desenvolver-se posteriomente em pessoas
anoréxias.

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S/S mais comuns nas diferentes patologias

• Anorexia:
• Cuidados:
• Agir na causa; proporcionar ambiente calmo e agradável,
fracionar as dietas, estimular ingestão da variedade e
atratividade dos pratos, monitorar peso diário e registro da
ingestão diária do indivíduo.

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S/S mais comuns nas diferentes patologias

• Desidratação: perda de água do corpo ou de um tecido levando a


diminuição no volume de água corporal;
• Causas: baixa ingestão hídrica, perda excessiva de líquidos através
da urina, perspiração (*eliminação normal de suor, sem realização
de exercícios físicos) e em situações de vômito, e/ou hemorragias,
devido ao edema em situações como a ascite e queimaduras.

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S/S mais comuns nas diferentes patologias

• Desidratação:
• Cuidados:
• Controle hídrico rigoroso e obs. sinais de desidratação;
• Mudança de decúbito;
• Cuidados com hidratação da pele;
• Lubrificação de mucosas;
• Administração de líquidos VO/EV (Prescrição médica).

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S/S mais comuns nas diferentes patologias
• Náusea: desconforto gástrico com aversão ao alimento e tendência ao
vômito;
• Vômito: conteúdo gástrico duodenal ou jejunal que é ejetado pela boca,
resultando da concentração súbita e forte do diafragma e dos músculos
abdominais;
• Causas: fadiga excessiva, emoções intensas, infecções generalizadas,
verminoses, obstrução intestinal, neoplasias cerebrais, gástrica ou
intestinais, quimioterapias, medicamentos, como anestésicos gerais e
ainda intoxicação por venenos.

Mariana GMZ
S/S mais comuns nas diferentes patologias

• Cuidados:
• Promover conforto e Descanso;
• Incentivar respiração profunda;
• Manter a cabeça lateralizada sobre toalha limpa;
• Eliminar a causa, se possível;
• Promover higiene oral;
• Observar e anotar a natureza e característica do vômito, se ação é ou
não precedida de náuseas, tosse ou dor;
• Aspirar o usuário s/n;
• Administrar antiemético, se prescrito.

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S/S mais comuns nas diferentes patologias
• Distensão abdominal: aumento anormal abdominal
• Causas: diminuição peristaltismo intestinal, acúmulo de flatos e retenção
urinária - Cuidados:
• Manobras para estimular a diurese espontânea;
• Cateterismo vesical s/n;
• Fazer uso de manobras como massagem abdominal (peristaltismo);
• Estimular deambulação;
• Passagem de sonda nasogástrica ou retal;
• Medicação, se prescrito.

Mariana GMZ
S/S mais comuns nas diferentes patologias
• Diarréia: frequência incomum dos movimentos intestinais e também
mudanças de quantidade, composição e consistência das fezes;
• Causas: irritação do trato intestinal por estresse emocional uso de
laxativos e/ou antibiótico, ingestão de alimentação inadequada,
deteriorada e/ou contaminada, nos casos de obstrução intestinal,
infecção, impactação fecal (fecaloma) e colite;
• Em algumas situações - “diarréia paradoxal”: a irritação da mucosa
retal pela presença do fecaloma pode ocasionar a produção de
grande quantidade de muco pelo tecido epitelial na região se
assemelhando a fezes diarreicas, e pode ser referido pelo paciente ou
familiares como tal.

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S/S mais comuns nas diferentes patologias

• Cuidados:
• Atentar a causa;
• Repouso GI - Pausa alimentar oral até melhora do quadro
diarréico agudo, após, iniciar uma dieta branda leve, não irritante
à mucosa, com aumento progressivo;
• Observar rigorosamente o número e características fecais;
• Controle hídrico rigoroso;
• Monitorar SSVV;
• Promover medidas de higiene e conforto, isolamento s/n.

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Processo de Enfermagem

Método sistematizado de prestação de cuidados humanizados, que


enfoca a obtenção de resultados desejados
1) Coleta de dados: investigação – coleta de exames, resultados,
histórico, antecedents;
2) Diagnóstico: identificação do problema – análise dos dados
(informações) e identificação de problemas vigentes (em andamento) e
potenciais, que são a base para o plano de cuidados.

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Processo de Enfermagem

Método sistematizado de prestação de cuidados humanizados, que


enfoca a obtenção de resultados desejados
3) Planejamento: determinação das prioridade imediatas (quais
problemas necessitam de atenção imediata? Quais serão delegados ou
encaminhadas para outro profissional? Quais exigem uma abordagem
multidisciplinar? Estabelecimento dos resultados esperados
(exatamente o que é esperado que o usuário atinja e quanto tempo?
Determinação das intervenções (que intervenções-ações de
enfermagem serão prescritas para obtenção de resultados? Registro ou
individualização do plano de cuidados (redigir um próprio plano ou
adaptar um padronizado para a situação específica do usuário)

Mariana GMZ
Processo de Enfermagem

4) Implementação: colocação do plano em ação, mas não apenas


agindo; age de forma pensada (planejada); investiga a situação atual
da pessoa antes e de agora (existem problemas novos? Aconteceu
algo que exija uma modificação imediata no plano? Realiza as
intervenções, monitorizando a pessoa, cuidadosamente, e fazendo
as modificações necessárias (qual é a resposta? É necessário mudar
alguma coisa? Não esperar até o período “formal” de avaliação,
caso devam ser feitas modificações imediatas. Importante
comunicar e registrar (existem vários sinais que devem ser
comunicados imediatamente e o que deve ser monitorizado)

Mariana GMZ
Processo de Enfermagem

5) Avaliação: determina se os resultados desejados foram


atingidos e se as investigações foram efetivas e se são
necessárias modificações; então modifica-se ou conclui o plano
conforme indicado. O que era esperado foi atingido? Existem
novas prioridade de cuidados

Mariana GMZ
Exercícios Aula 1. Introdução
➢ Descreva brevemente as alterações comportamentais mais comuns de um
indivíduo frente à doença e porque ocorre. Qual atitude do profissional é
importante neste momento?
➢ Em relação aos sinais e sintomas mais comuns frente às diversas
patologias que foram dadas em aula como dor; febre; cefaléia; edema;
anorexia; desidratação; náusea e vômito; distensão abdominal e diarréia.
Descrever porque podem ocorrer, o que é cada uma delas
➢ Cite 2 cuidados que você enquanto enfermeiro implementaria a estes
pacientes em cada uma dessas manifestações clínicas.
➢ Qual a importância dessas manifestações clínicas para o Processo Saúde-
doença?

Profa. Dra. MGMZ

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