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1) Dispensa-se, para fins de aplicação da Lei Maria da Penha, a coabitação, desde que a
violência esteja relacionada a uma relação íntima de afeto. Ademais, a vulnerabilidade,
hipossuficiência ou fragilidade da mulher têm-se como presumidas (presunção relativa)
nas circunstâncias descritas na Lei n. 11.340/2006.
2) Não é necessário um vínculo familiar, basta que as pessoas compartilhem de um vínculo
permanente em um âmbito doméstico (Ex: Empregada doméstica – art. 5º, inciso I);
3) O STJ já aplicou a Lei Maria da Penha em caso envolvendo mãe e filha, desde que
verificado no caso concreto o estado de vulnerabilidade decorrente de uma relação de
poder e submissão. o sujeito ativo do crime pode ser tanto o homem como a mulher,
desde que esteja presente o estado de vulnerabilidade, caracterizado por uma relação de
poder e submissão. Precedentes citados: HC 175.816-RS, Quinta Turma, Die 28/6/2013; e
HC250,435-RJ Quinta Turma, 27/9/2013" HC 277.561-AL, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em
6/11 /2014.
4) Em uma relação homoafetiva entre duas mulheres, é possível a aplicação da Lei Maria da
Penha, desde que presentes a vulnerabilidade: "A Lei Maria da Penha atribuiu às uniões
homoafetivas o caráter de entidade familiar ao prever, no seu artigo 5 t parágrafo único.
que as relações pessoais mencionadas naquele dispositivo independem de orientação
sexual. " RESP 1183378/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, Julgado
em 25/10/2011, DJE 01/02/2012.
O art. 7º descreve cinco formas de violência doméstica e familiar contra a
mulher:
1) Física;
3) Sexual;
• A lei 11.340/2006, ao prever os artigos 10, 11 e 12, teve por finalidade transformar a Delegacia de
Polícia, em especial as delegacias das mulheres, um porto seguro para mulher vítima de violência.
Assim, a partir disso temos as seguintes conclusões:
1) É direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento policial e
pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente do sexo
feminino – previamente capacitados;
2) Proibição do Estado praticar VITIMIZAÇÃO SECUNDÁRIA (sofrimento causado a vítima em
razão da burocracia estatal, no sentido de se submeter, por exemplo, a várias oitivas sobre o
fato) no âmbito da violência doméstica. Nesse sentido, dispões o art. 10-A, §1º “A inquirição de
mulher em situação de violência doméstica e familiar ou de testemunha de violência doméstica, quando se tratar de crime
contra a mulher, obedecerá às seguintes diretrizes”
3) Previsão no art. 10-A, §2º, preferencialmente, caso seja necessário a utilização do
depoimento sem dano, o qual consiste na oitiva judicial da mulher que fora supostamente
vítima de crime envolvendo violência doméstica e familiar, por meio de um procedimento
especial, consistente em ouvir a mulher em uma sala/ambiente reservado, sendo o depoimento
colhido por um técnico (psicólogo ou assistente social) que faz as perguntas de forma indireta,
por meio de uma conversa em tom mais informal e gradual, a medida que vai se estabelecendo
uma relação de confiança entre ele e a vítima. O juiz, o Ministério Público, o réu e o
Advogado/Defensor Público acompanham, em tempo real, o depoimento em outra sala por
meio de um sistema audiovisual que está gravando a conversa do técnico com a vítima.
Do Atendimento pela Autoridade Policial
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;
Obrigação legal.
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis, inclusive
os de assistência judiciária para o eventual ajuizamento perante o juízo competente da ação de
separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de dissolução de união
estável. (Redação dada pela Lei nº 13.894, de 2019)
Observação: A lei fala de Assistência judiciária, que se trata do serviço gratuito de
representação, em juízo, da parte que requer e tem deferida a citada assistência que é
DIFERENTE de Assistência jurídica, esta é ampla e gratuita, pois envolve não somente a
assistência judiciária, mas também a consultoria e a orientação jurídica.
Art. 12 dispõe: que deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes
procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:
VI-A - verificar se o agressor possui registro de porte ou posse de arma de fogo e, na hipótese de
existência, juntar aos autos essa informação, bem como notificar a ocorrência à instituição
responsável pela concessão do registro ou da emissão do porte, nos termos da Lei nº 10.826, de
22 de dezembro de 2003 (Estatuto do Desarmamento); (Incluído pela Lei nº13.880, de
2019)
Medidas Protetivas de Urgência
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a
requerimento do Ministério Público ou a pedido da ofendida.