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0» We 39 SECRETARIADEDEFESASOCIAL a POLICIACIVILDEPERNAMBUCO aaa DIRETORIAINTEGRADADOINTERIOR-1 GERENCIADECONTROLEOPERACIALDOINTERIOR-1 EXCELENTISSIMO SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE POCAO-PE. Processo n° 0000038-17.2015.8.17.1140. REF. INQUERITO POLICIAL N° 06.015.0114.00003/2015.1.1 CRIME: HOMICIDIO DOLOSO ViTIMAS: CARMEM LUCIA DA SILVA, JOSE DANIEL FARIAS MONTEIRO, LINDENBERG NOBREGA DE VASCONCELOS e ANA RITA VENANCIO e ANA CLAUDIA VENANCIO DE BRITTO SIQUEIRA A Policia Civil de Pernambuco, por meio do Delegado Erick da Silva Lessa, Gestor de Controle Operacional do Interior 1, na presidéncia do Inquérito_Policial_acima_epigrafado,consoante cépia da portaria anexa, instaurado para apurar os crimes de homicidio em desfavor de quatro vitimas, bem como tentativa de homicidio em desfavor da menina de 03 (trés) anos, Ana Claudia Venancio de Britto Siqueira, ocorridos na zona rural deste municipio de Pogao, no Ultimo dia 06FEV2015, por volta das 18h, consoante abaixo esbogado, vem a presenca de V. Exa., com fundamento nos termos da Constituigao Federal de 1988, artigo 5°, inciso LXI e da Lei Federal n° 7960/1989, representar pela PRISAO TEMPORARIA. CUMULADA COM PEDIDO DE BUSCA E APREENSAO DOMICILIAR, em desfavor de BERNADETE DE LOURDES BRITTO SIQUEIRA ROCHA, JOSE CLAUDIO DE BRITTO SIQUEIRA FILHO, WELLINGTON SILVESTRE DOS SANTOS, vulgo “CHAVES” e EGON AUGUSTO NUNES DE OLIVEIRA, pelos motivos.a seguir aduzidos: RESUMO FATICO Trata-se de Representagdo em autos apartades ao Inquérito Policial acima referenciado, instaurado mediante Portaria com a finalidade de apurar llicito Penal capitulado no art. 121, §2°, incisos | Ie \/aq 1 de me = ad SECRETARIADEDEFESASOCIAL do. POLICIACIVILDEPERNAMBUCO = DIRETORIAINTEGRADADOINTERIOR-1 GERENCIADECONTROLEOPERACIALDOINTERIOR-1 IV, do CP (quatro vezes) em concurso material com o crime de previsto no art.121, §2° inciso |, Ile IV do CP na modalidade tentada, contra as vitimas CARMEM LUCIA DA SILVA, JOSE DANIEL FARIAS MONTEIRO, LINDENBERG NOBREGA DE VASCONCELOS e ANA RITA VENANCIO (vitimas fatais) e ANA CLAUDIA VENANCIO DE BRITTO SIQUEIRA (homicidio fentado), onde figuram como investigados, as pessoas, ora representadas. Tragando um breve relato dos fatos, registramos que aos 06 de fevereiro de 2015, a vitima ANA RITA VENANCIO procurou 0 Conselho Tutelar do municipio de Pogao, solicitando que os Conselheiros Tutelares a acompanhassem até a cidade de Arcoverde-PE, a fim de buscar sua neta (ANA CLAUDIA VENANCIO DE BRITTO SIQUEIRA), j@ que esta iria passar o final de semana com a avé materna [ANA RITA VENANCIO) Sucede que, as visitas a casa da avé materna aconteciam de quinze em quinze dias sempre, com o ajuste de apanhar a crianga na escola ds 11h, no entanto, na semana do dia 06/02/2015, a avé paterna (BERNADETE DE LOURDES BRITTO SIQUEIRA ROCHA] alterou © hordrio de busca da crianga para as 17h, o que fez com que a vitima ANA RITA, temerosa pela alteragao feita e em razdo do litigio que envolvia a guarda da crianga ANA CLAUDIA, pedisse 0 apoio dos conselheiros jutelares da cidade de Pogdo, tendo acompanhado ANA RITA os seguintes conselheiros Tutelares: CARMEM LUCIA DA SILVA, JOSE DANIEL FARIAS MONTEIRO e LINDENBERG NOBREGA DE VASCONCELOS, os quais foram até a cidade de Arcoverde, buscar a crianca na escola onde ela estuda. No retorno da viagem, ja no Sitio Cafundé, zona rural de PogGo-PE, na estrada que dé acesso a casa da vitima ANA RITA, o veiculo conduzido pelo conselheiro tutelar LINDENBERG, foi emboscado e testemunhas ouviram cinco disparos de arma de fogo, dos quais um atingiu © conselheiro LINDENBERG no rosto, um atingiu a cabeca da conselheira tutelar CARMEM LUCIA, dois atingiram a avé materna da crianga, sendo um no ombro e outro na cabeca € o conselheiro tutelar JOSE DANIEL FARIAS MONTEIRO recebeu um disparo de arma de fogo e mesmo ferido ainda tentou fugir, mas nao resistiu, caindo em seguida ao solo. Todas as vitimas lesionadas faleceram no local e a crianca ANA CLAUDIA, de apenas 03 (trés) anos de idade, a qual nao sofreu 2 ve -O4~ ne SECRETARIADEDEFESASOCIAL 4 POLICIACIVILDEPERNAMBUCO th DIRETORIAINTEGRADADOINTERIOR-1 ue GERENCIADECONTROLEOPERACIALDOINTERIOR-1 nenhum ferimento, foi encontrada dentro do veiculo abragada & avé materna, ANA RITA, quando da chegada da Policia Militar, € segundo relatos, imével, com muito sangue em seu corpo, e até massa encefdlica, provavelmente da avé materna. Ademais, faz-se necessdrio registrar que o disparo que atingiu © ombro da vitima Ana Rita Venancio, passou muito perto da cabeca da crianga que se encontrava no colo da avé materna, que fora atingida no ombro esquerdo, portanto, o crime de homicidio tentado em desfavor de Ana Claudia, ocorrera ao menos na modalidade de dolo eventual, pois assumindo, ao menos o risco de produzir 0 resultado morie, o executor efetuou os disparos em directo a crianga e sua avé matema (assassinaca). A Policia Militar foi acionada por um telefonema anénimo, através do terminal 87-9139-7543, 0 qual descreveu com detalhes o ocortido, tendo sido informado a quantidade de disparos efetuados, que No carro poderia haver pessoas ainda vivas € a fuga de dois homens em uma moto. Ressaltamos que ouvimos a pessoa proprietéria do telefone acima, que afirmara que © matido dela acionou a policia, pessoa também ja inquiida nos autos policiais, e segundo o que ficou constatado, néo tem, a priori, qualquer envolvimento com o fato. © SAMU foi acionado, o qual chegou ao local do fato e prestou socorro & crianga, tendo os policiais iniciado o isolamento do local para pericia. Com a realizagGo da pericia foi verificado que nada foi roubado das vitimas, excluindo-se, em principio, a motivago patrimonial. Como preliminarmente exposto acima, ha uma lide judicial entre ao pai e avé paterna e os avés maternos pela guarda da crianca ANA CLAUDIA, 0 que leva a crer ser esta a motivacao do crime ora investigado, j4 que havia uma tendéncia, segundo o que restou até o momento apurado, para que a guarda ficasse com a avé materna ANA RITA, barbaramente assassinada juniamente com os conselheiros no dia 06/02/2015. Nos depoimentos prestados em sede de Inquérito Policial, ha relatos da convivéncia hostil entre a avé paterna (BERNADETE) e a familia materna da crian¢a, havendo inclusive registros de Boletins de 3 Vee oO = ss ma Se 4 SECRETARIADEDEFESASOCIAL Hite POLICIACIVILDEPERNAMBUCO ye DIRETORIAINTEGRADADOINTERIOR-1 GERENCIADECONTROLEOPERACIALDOINTERIOR-1 Ocorréncias denunciando ameagas feitas pela senhora BERNADETE a familia materna da crianga ANA CLAUDIA. E oportuno acrescentar, que segundo relatos do pai da crianga, quem a apanhava na casa dos avés maternos quando a crianga ia passar os finais de semana, conforme havia decidido a Justica, eram trés segurangas particulares da senhora BERNADETE, dentre elas as pessoas dos Sargentos Gildo e Soares, ambos integrantes da Policia Militar de Pernambuco. Apés © ato-fato-delituoso a senhora BERNADETE que tem o direito judicial fético (a guarda € do pai da crianga) de passar de segunda a sexta-feira com a neta ANA CLAUDIA, nao havia procurado saber sobre 0 estado da crianga, nem o local onde se encontrava, apesar do evento criminoso ter sido divulgado amplamente na midia nacional. Nao fosse s6, foram colhidas as declaragées da avé paterna e do pai da crianga, donde se extraem inumeras contradi¢ées, além dos depoimentos de familiares maternos € pessoas de algum modo ligadas & crianga, que coroboram a tese de crime por encomenda, onde os autores intelectuais seriam as pessoas de BERNADETE DE LOURDES DE BRITTO SIQUEIRA (avé paterna da crianga) e JOSE CLAUDIO DE BRITTO SIQUEIRA FILHO (pai da crianga ANA FLAVIA), em razao das diligéncias catreadas nos autos. Em sede investigativa, recebemos dentncias, que deram conta que um veiculo Modelo GOL, na cor branca, numero de placa 0106 (letras néo anotadas), da cidade de Serra Talhada/PE, fora visto nas proximidades de onde ocorreu a chacina, mais especificamente no Sitio Azevém, como estratégia criminosa, pois o garupa de uma motocicleta, provavelmente utilizada pelos criminosos na pratica do horendo crime, adentrara no veiculo mencionado. De posse dessas informacées, solicitamos & Delegacia de Roubos ¢ Furtos de Veiculos da Policia Civil de Pernambuco que nos confirmassem os automéveis modelos GOL, com placa da cidade de Serra Talhada e numeracdo 0106 sendo informados dois veiculos: um deles de propriedade de ADELSON JOSE TAVARES e 0 outro da pessoa de ITAMIRAN NUNES DE SOUZA. Paralelamente a esta informagGo sobre o veiculo que foi utilizado na empreitada criminosa, passamos a receber informagdes de 4 Ry SECRETARIADEDEFESASOCIAL QB POLICIACIVILDEPERNAMBUCO one DIRETORIAINTEGRADADOINTERIOR-1 GERENCIADECONTROLEOPERACIALDOINTERIOR-1 dentro da Penitenciéria Advogado Brito Alves (PABA), localizada na cidade de Arcoverde, onde um detento comentava que os executores do crime seriam as pessoas de EGON AUGUSTO NUNES DE OLIVEIRA € WELLINGTON SILVESTRE DOS SANTOS, vulgo "CHAVES”, ambos da cidade de Serra Talhada/PE e ex-detenios da PABA, os quais mediante a recompensa de R§ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais) pagos pela senhora BERNADETE DE LOURDES, haviam executado as vitimas acima identificadas. Frise-se que tais informagdes também foram reporladas pelo servico Disque Dentincia, cujas cépias encontram-se anexos no presente petitério. Ao cruzarmos as informagées recebidas sobre as caracteristicas do veiculo com os informes de dentro do Presidio, constatamos que um dos veiculos cujos dads nos foi repassado pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veiculos, estava no nome da mae de um dos suspeitos, a pessoa de ITAMIRAN NUNES DE SOUZA, ou seja, genitora da pessoa de EGON AUGUSTO NUNES DE OLIVEIRA. Ao analisarmos a ficha criminal do tal EGON, verificamos que ele havia sido preso em mais de uma ocorréncia (inclusive em crime de homicidio), na companhia da pessoa de WELLINGTON SILVESTRE DOS SANTOS, vulgo “CHAVES", sendo nao apenas conhecidos, mas também comparsas na pratica de crimes. No depoimento do senhor JOAO BATISTA DE BRITO (esposo da senhora ANA RITA e avé da crianga ANA CLAUDIA), ele faz mencao a uma ameaga de morte recebida hd mais ou menos cinco meses, onde a senhora BERNADETE DE LOURDES falou abertamente, se referindo & familia do seu JOAO BATISTA, usando as seguintes palavras: “IAM MORRER TUDINHO, IGUAL A UM SOBRINHO (de seu Jodo Batista) QUE FORA ASSASSINADO HA CERCA DE OITO MESES”. Conforme se extrai dos depoimentos das pessoas de BERNADETE DE LOURDES BRITTO SIQUEIRA e JOSE CLAUDIO DE BRITTO SIQUEIRA FILHO, estes claramente dizem que quem sempre ia buscar a criang¢a na cidade de Arcoverde eram os avés maternos (JOAO BATISTA DE BRITO e ANA RITA VENANCIO), na companhia de uma filha (JUCICLENIA VENANCIO DE BRITO), acrescentando ainda que esta havia sido a primeira vez que os conselheiros tutelares de Pogdo acompanhavam os avés maternos na busca da crianga. \ee "nt SECRETARIADEDEFESASOCIAL dq. POLICIACIVILDEPERNAMBUCO ro DIRETORIAINTEGRADADOINTERIOR-1 bs GERENCIADECONTROLEOPERACIALDOINTERIOR-1 Como jé exposto no resumo dos fatos, a determinacdo judicial era para os avés matemos pegarem a crianga a cada quinze dias, ds onze horas da manhé, porém na semana do crime, a senhora BERNADETE, procurou 0 Conselho Tutelar de Arcoverde pedindo para que os conselheiros tutelares entrassem em contato com o Conselho Tutelar de Poco, antecipando a entrega da crianca em uma semana (o que por si s6 jG 6 por demais estranho, vez que no que podia, a senhora BERNADETE embargava a ida da crianga para a casa dos avés maternos) € alterando para as 17h do dia 06/02/2015 a entrega da crianga. Por sua vez, JOSE CLAUDIO, (pai da crianga) figou para a avé materna [vilima fatal] e@ corroborou a informagdo dada pela sua mae, a senhora BERNADETE, € falou que fossem buscar a crianga no dia 06/02/2015 e ds 17h € n&o as 11h, como era de costume. Cumpre acrescentar que a senhora BERNADETE DE LOURDES, responde pelo crime de homicidio por envenenamento na cidade de Pesqueira (0002371-03.2013.8.17.1110), tendo sido denunciada pelo Ministério PUblico daquela Comarca, e tal denincia recebida pelo Juizo de Pesqueira, sob a acusagdo de ter assassinado a propria nora, a pessoa de JUCY VENANCIO DE BRITO, filha da vitima ANA RITA VENANCIO. mae de ANA CLAUDIA VENANCIO DE BRITTO SIQUEIRA, crianga que vem sendo alvo de disputa judicial pelas familias materna e paterna. Que segundo resiou apurade, a motivacdo de tal crime seria a posse da crian¢a ANA CLAUDIA VENANCIO DE BRITTO SIQUEIRA, que com a morte da mae ficaria sob a tufela exclusiva do pai JOSE CLAUDIO, filho de BERNADETE. Como resultado de todo trabalho investigativo, chegamos até agora aos seguintes integrantes do grupo criminoso que participou da chacina ora apurada: BERNADETE DE LOURDES BRITTO SIQUEIRA ROCHA e JOSE CLAUDIO DE BRITTO SIQUEIRA FILHO (mandantes), EGON AUGUSTO NUNES DE OLIVEIRA e WELLINGTON SILVESTRE DOS SANTOS, vulgo “CHAVES" (executores). Onde EGON AUGUSTO NUNES DE OLIVEIRA, usara © veiculo da prépria genitora para a prética criminosa, 0 que demonstra a frieza do grupo criminoso e a certeza da impunidade. NGo fosse s6, recebemos a informagao de que as pessoas investigadas na condigdo de executores de tal empreitada criminosa seriam os portadores de telefones, os quais utilizaram inclusive para se comunicar entre si, e com terceiros, e provavelmente com oJs) mandante(s}, donde fora requerido ao juizo plantonista de Arcoverde, Q fe 6 POLICIACIVILDEPERNAMBUCO DIRETORIAINTEGRADADOINTERIOR-1 GERENCIADECONTROLEOPERACIALDOINTERIOR-1 e Ww SECRETARIADEDEFESASOCIAL OS Re deferimento da interceptagdo telefénica, dos terminals telefnicos, e autorizado em sede judicial, e tais dados estao sendo processados pelo Ncleo de Inteligéncia do Agreste. Empés_ isso, em relatério de anélise de inteligéncia condensado a esie petitério constatouse que as pessoas de EGON AUGUSTO NUNES DE OLIVEIRA, malgrado residir na cidade de Serra Talhada, segundo informagées preliminares, esteve usando o citado terminal telefénico no percurso entre Arcoverde e Pesqueira (Pocdo na & atendido pela operadora TIM}, no dia do crime, momentos antes ¢ momentos apés que o veiculo do Conselho Tutelar percorreu referidas cidades. Ademais, a pessoa de BERNADETE afirmou nessa unidade policial, em sede de inquirigdio, que esteve na escola da crianga Ana Claudia, apenas por volta das 13h do dia do quédruplo homicidio, entretanto, em imagens coletadas pela equipe investigativa verificamos que tal pessoa passou com seu veiculo VW/Fox prata, em pelo menos, 02 (duas) oportunidades, no momento da chegada do automével do Conselho Tutelar de Pogdo, onde se encontrava a Sra. Ana Rita Vendincio (avé materna de Ana Cléudia), provavelmente apontando citada senhora e€ citado automével, aos executores da barbarie. Além disso, fal investigada esteve apés a saida da avé materna (Ana Rita Venancio} apanhar a crianga na escola. FUNDAMENTACA A prisGo temporaria dos investigados € imprescindivel ao bom termo do inquérito policial, pois dada a frieza e audacia dos mandantes € executores, a manutengdo da liberdade, nese momento investigativo, dos representados atrapalhara a coleta das provas e a conclusdo do feito e imporé mais temor, além do jé verificado, nas pessoas de bem que se insurgem contra estes tipos de comportamento criminosos, os quais tm muito a acrescentar ds investigacdes. A ptisGo tanto dos mandantes como dos executores & necessdria até que todos sejam ouvidos, que as testemunhas dos crimes Por eles praticados sejam todas identificadas e ouvidas e mesmo para gue novos crimes sejam evitados. -G- SECRETARIADEDEFESASOCIAL ae POLICIACIVILDEPERNAMBUCO 46. DIRETORIAINTEGRADADOINTERIOR-1 mg GERENCIADECONTROLEOPERACIALDOINTERIOR-1 Segundo jargdo jutidico, a prisdio € medida extrema, tratando- se, portanto de remédio amargo a ser utilizado com parciménia em casos pontuais. A nossa Lei Major, preleciona no seu artigo §°, inciso LXI, que excetuada a captura em flagrante delito, a privagdo da liberdade do cidaddo brasileiro hd que ser determinada por ordem escrita e fundamentada da Autoridade Judicidria competente, nos casos previstos emlei. A Lei 7.960/89 dispde acerca da prisGo temporaria, espécie do género prisGo cautelar. No caso em aprego verifica-se que foram devidamente atendidos os reaquisitos autorizadores da medida extrema, com a cumulagéio dos incisos | ¢ Il, letra "a", da Lei n° 7960/89. De modo que urge decretar a prisGo temporaria dos investigados, a fim de solvaguardar as investigagSes, notadamente a colheita probatéria. Acerca da custédia cautelar de suspeitos que praticam crime dessa natureza, colacionamos julgade do STJ permitindo a segregagao Cautelar dos suspeitos e firmando entendimento que a demonstragao de frieza e indiferenga da vida humana por parte do agenie delituoso deve ser levada em conta como fundamento para a decretagao da prisao cautelar de acusado, conforme verifica-se na ementa abaixo: “quem _pratica_crime_de_sangue_com frieza_e indiferenca_pela_vida_humana deve ser _segregado _antecipadamente, pois ndo se poderd dizer que seja alvitreira ou meramente especulativa a conclusio de_que, em_liberdade, esse mesmo agente voltard a delingiiir, j4 que age sem motivacGo, sem provocacdéo_e sem tazdo.” (ST) HC 149406 / SP Die 22/02/2010). Sem grifos no original. Em relagGo aos Mandados de Busca e Apreensdo Domiciliar, © Cédigo de Processo Penal, traz no seu arligo 240, §1°, CPP, quando deve proceder a busca e demonstra as fundadas razées pora suc 8 o- we SECRETARIADEDEFESASOCIAL POLICIACIVILDEPERNAMBUCO GE DIRETORIAINTEGRADADOINTERIOR-1 tate GERENCIADECONTROLEOPERACIALDOINTERIOR-1 autorizagdo, limitando a atuagdo do Estado em busca domiciliar devido aos direito e garantias fundamentais: Art. 240. A busca sera domiciliar ou pessoal. § le Procederse-4 & busca domiciliar, quando fundadas razdes a autorizarem, para: a) prender criminosos: b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; ¢) apreender instrumentos de falsificagao ou de contrafagdo e objetos falsificados ou contrafeitos; d) apreender armas e muni¢ées, instrumentos utilizados na prdtica de crime ou destinados a fim delituoso; €) descobrir objetos necessarios 4 prova de infragao ou 4 defesa do réu; f) apreender cartas, abertas ou nGo, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu contetdo possa ser Util G elucidagao do fato; g) apreender pessoas vitimas de crimes; h) colher qualquer elemento de convicgdo. (BRASIL, Cédigo Processo Penal, 1941) A medida de busca e apreenstio é segundo Tavora e Alencor (2012), cercada de um minimo lastro probatério que fundamente as raz6es para sua autorizagdo, e no caso apreciado, temos mais do que meramente minimo lastro probatério, temos dados concretos, que nos levam a indicios da pratica criminosa, ademais temos a possibilidade de encontrar nos enderegos que vamos proceder, caso deferido por V. Exa. jais medidas meios de prova para consecucdo investigativa, bem como para a prisGio dos investigados. PEDIDOS Ve a gg « Bisa ‘ea SECRETARIADEDEFESASOCIAL POLICIACIVILDEPERNAMBUCO Ae DIRETORIAINTEGRADADOINTERIOR-1 ee GERENCIADECONTROLEOPERACIALDOINTERIOR-1 Assim sendo Exceléncia, resta indubitavel que houve a prética do homicidio, nas modalidades consumada (quatro vitimas) e tentada {uma vitima), por parte, a principio, podendo outras pessoas serem incluidas no rol criminoso, das pessoas dos REPRESENTADOS BERNADETE DE LOURDES BRITTO SIQUEIRA ROCHA, JOSE CLAUDIO DE BRITTO SIQUEIRA FILHO, WELLINGTON SILVESTRE DOS SANTOS, vulgo “CHAVES” e EGON AUGUSTO NUNES DE OLIVEIRA. Nao obstante o temor das testemunhas em romper a lei do silencio € informar acerca da possivel participagdio dos REPRESENTADOS ne evento criminoso, dada a alta periculosidade e histérico criminal dos envolvidos, a necessidade da prisao temporaria servird para robustecer o inquérito policial, principalmente no que concerne a MOTIVACAO e as CIRCUNSTANCIAS e@ a INDIVIDUALIZAGAO da conduta de cada INVESTIGADO/REPRESENTADO do delito. © referido decreto de priséo cautelar temporaria, resta imprescindivel para as investigacdes no Inquérito Policial, pois com tal medida e com a busca e apreensdo domiciliar, possamos conseguir principalmente a ligacdo entre os EXECUTORES © os MANDANTES, bem como instrumentos utilizados na pratica criminosa De todo o exposto, em todos os fundamentos de fato e de direito acima explanados, requer a autoridade policial que a esta subscreve, apdés manifestag¢do do Ministério PUblico, que, com fulcro no artigo 1°, incisos | € Ill “a”, da Lei n° 7.960/89 e Artigo 240, § 1°, do Cédigo de Processo Penal seja decretada a PRISAO TEMPORARIA, CUMULADA COM BUSCA E APREENSAO DOMICILIAR, das pessoas de BERNADETE DE LOURDES BRITTO SIQUEIRA ROCHA, RG N° 1.906.312/SSP/PE, CPF N° 303.793.504-91, Servidora do TJPE, nascida aos 29/04/1962, natural de Arcoverde/PE, filha de Pedro Venceslau Leite e Joana Maria Leite, com enderego na Rua Luiz Matos, n° 37, Centro, Arcoverde/PE e Avenida Zeferino Galvao, 376, Centro, Arcoverde/PE; JOSE CLAUDIO DE BRITTO SIQUEIRA FILHO, RG N° 6.758.273, SDS/PE, CPF N° 048.526.874-47, servidor pubico do municipio de Santa Terezinha, nascido aos 06/12/1982, natural de Arcoverde/PE, filho de José Claudio de Britto Siqueira e Bernadete de Lourdes de Britto Siqueira, com endereco na Rua Joaquim amaro, 363, bainro Monte Castelo, Patos/PB, WELLINGTON SILVESTRE DOS SANTOS, RG N° 7.924.072 SDS/PE, CPF N° 077.043,034-14, nascido aos 29/11/1987, natural de Serra Talhada/PE, filho de Maria José Silvestre dos Santos, com endere¢o na Rua Horacio Gomes de Andrade, 430, bairro Sao Cristévao, Serra Talhada/PE ou COHAB Il, n° 022, Calumbi/PE e EGON AUGUSTO V< 10 -| ee SECRETARIADEDEFESASOCIAL age POLICIACIVILDEPERNAMBUCO abe DIRETORIAINTEGRADADOINTERIOR-1 GERENCIADECONTROLEOPERACIALDOINTERIOR-1 NUNES DE OLIVEIRA, RG N° 8456492 SDS/PE, CPF N° 079.705.094-95, nascido gos 05/04/1988, natural de Serra Talhada/PE, filho de Orivaldo Gode de Oliveira e ltamiran Nunes de Souza, com enderego na Rua Manoel Romao de Farias, n° 390, bairro SGo Cristévao, Serra Talhada/PE. Pelo prozo legal de trinta (30) dias, com drrimo no que disciplina 0 § 4°, art 2°, da Lei 8.072/90, com a alteragGo trazida pela Lei n® 11.464/2007, haja vista se tratar de crime hediondo, elencado no inciso |, art. 1°, da referida lei ordindria, sendo tal medida imprescindivel para as investigagées ulteriores. Concluido 0 procedimenta policial, as demais pecas da investigagGo preliminar serao encaminhddas a este MM Juizo. Documentos acostados, em cépia elencar as demais pecas) Portaria instaurando IP; BO PCPE n°15E0046000236; ReinquitigGo de JUCICLENIA VENANCIO DE BRITO ¢ de JOAO BATISTA DE BRITO: Citivas de JOSE CLAUDIO DE BRITTO SIQUEIRA FILHO e de BERNADETE DE LOURDES BRITTO SIQUEIRA ROCHA; Parte de servico datada de 09.02.2015; Oilivas dle VANUCIA MARGARETE RAFAEL FERREIRA, GLEYS YARA CARVALHO ALVES, REGINALDO MENDES BARBOSA, MICHELE SHIRLEY DA SILVA, KARLA ELIANE DA SILVA AIEVEDO @ MARIA DENISE SABINO DA SILVA: 7. Cerlidées de dbito de JOSE DANIEL FARIAS MONTEIRO, CARMEM LUCIA DA SILVA, LINDENBERG NOBREGA DE VASCONCELOS @ laudo tanatoscépico de ANA RITA VENANCIO; 8. Partes de servigo n°02, n*03 © n*04; 9. Deciséio datada de 07.02.2015 ¢ deciso datada de 14.02.2015: 10. Relatério de analise n°032/2015; 11. Disque denuncia n*266.2.2015; 12, Tetmo de evasto. u LICL CAYIL DE gs Q GERENCIA DE CONTROLE OPE! UNGDENRER SIE investigatorio. siucidac&o do fata dettuoso ormanois GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO Oe ‘SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER1 - 15* DELEGACIA SECCIONAL DE POLICIA CIVIL - BELO JARDIM BOLETIM DE OCORRENCIA N°. 15E0046000236 Ocorréncia registrada nesta unidade policial no dia 07/02/2015 as 0! 5 HOMICIDIO - Doloso (Consumado) que aconteceu no dia 6/2/2045 no periodo da Noite Fato ocorrido no endereco: MUNICIPIO DE POCAO, 4, SITO CAFUNDO, SN - ZONA RURAL - ~ Bairro: CENTRO - POCAO/PERNAMBUCO/BRASIL Local do Fato: VIA PUBLICA Pessoa(s) envolvida(s) na ocorréncia: DESCONHECIDO ( AUTOR \ GENTE) ANALETICIA (OUTRO ) JOAO BATISTA DE BRITO ( TESTEMUNHA) JOSE DANIEL FARIAS MONTEIRO ( VITIMA) LINDENBERGUE NOBREGA DE VASCOCELHOS ( VITIMA) CARMEM LUCIA DA SILVA VITIMA) ANARITA VENANCIO ( VITIMA) Objeto(s) envolvido(s) na ocorréncia: VEICULO: (Usado na geracao da ocorréncia) , que estava em posse do(a) Sr(a): JOSE DANIEL FARIAS MONTEIRO ualificagao da(s) pessoa(s) envolvida(s) JOSE DANIEL FARIAS MONTEIRO (nao presente ao plantao) - NIC: 51752 Sexo: MasculinoMae: MARIA APARECIDA MONTEIRO Pai: ANTONIO BARBOSA MONTEIRO Data de Nascimento: 20/8/1983 Naturaidade: NAG. INFORMADO / PERNAMBUCO / BRASIL Protiss40: CONSELHEIRO TUTELAR Endereco Residencial MUNICIPIO DE POCAO, 4, RUA JOSE CONRADO, 12 - CENTRO - CEP: 5500-000 - Bairr CENTRO - POCAO/PERNAMBUCOIBRASIL LINDENBERGUE NOBREGA DE VASCOCELHOS (no presente ao plantao) - NIC: 54753 Sexo: MasculinoMde: MARLENE NOBREGA VASCONCELOS Pat LUIZ DE FRANCA CORDEIRO VASCONCELOS Data de Nascimento: 46/5/4964 Naturaidade: NAO INFORMADO / PERNAMBUCO / BRASIL PTofsséo: CONSELHEIRC TUTELAR Endereco Residencia: MUNICIPIO DE POCAQ, 111, RUA DOS MILAGRES, 111- CENTRO - CEP: 55000-000- Bairra: CENTRO - POCAO/PERNAMBUCO/BRASIL CARMEM LUCIA DA SILVA (nao presente ao planta) - NIC: 54755 Sexo: FemininoMée: 1voNE. RODRIGUES DA SILVA Pal. MANOEL AUGUSTO DA SILVA Data de Nascimento: 2/7/4977 Natwraldade: SAO JOAG DO TIGRE / PARAIBA / BRASIL Documentos: 5301522/SDS/PE (RG) Profissd0: CONSELHEIRO TUTELAR Enderego Residencial: MUNICIPIO DE POCAO, 1, RUA JOSE CORREIA NETO, SN - CENTRO - EP: 55000-000- Bairro: CENTRO - POCAO/PERNAMBUCO/BRASIL, ANA RITA VENANCIO (nao presente ao plantao) - NIC: 51754 Sexo: Masculinolde: ANTONIA AMBROSIO DA SILVA Pai JOAO VENANCIO DA SILVA Data de Nascimento: 19/5/1953 Naturalidade: POCAO / PERNAMBUCO / fileC:AsersPolicia%20Civi/ifopolm/BOEPreview Hr 12 ormarets Batetim de Ocorrencia BRASIL Profssdo: AGRICULTOR(A) ‘ Enderego Residencia: MUNIGIPIO DE POGAG, , SITIO CAFUNDO, SN - ZONA RURAL - CEP: 5000-000 - Bairro: CENTRO - POCAO/PERNAMBUCO/BRASIL ANA LETICIA (ndo presente ao plantdo) - Sexo: Femininolée: NAO INFORMADO Pa: NAO INFORMADO Dats de Nascimento: 4/4/2013 Naturaidade: NAO INFORMADO / PERNAMBUGO / BRASIL ESiado Civit SOLTEIRO(A) Enderego Residencial MUNICIPIO DE POCAG, 1, SITIO CAFUNDO, SN - ZONA RURAL - CEP: 5500-000 - Bairro: CENTRO - POCAO/PERNAMBUCO/BRASIL 2 JOAO BATISTA DE BRITO (nao presente ao plantéo) - Sexo: MasculfnoNde: BENEDITA BEzeRRA DA ~~ SILVA Pai: JOSE QUIRINO DE BRITO Daa de Nascimento: 39/6/1961 Naluraldade: NAO INFORMADO / PERNAMBUCO 1 BRASILPIOfSS0: AGRICULTOR(A) Enderego Residencia: MUNICIPIO DE POGAO, 4, SITIO CAFUNDO, SN - ZONA RURAL - CEP: 5500-000 - Bairro: CENTRO - POCAO/PERNAMBUCO/BRASIL DESCONHECIDO (ndo presente ao plantiio) - Sexo: DesconhecidelMae: pESCONHECIDO Pa: DESCONHECIDO Data de Nascimento: 4/4/4956 Naluraldade: NAO INFORMADO / PERNAMBUCO / BRASIL Estado Civit DESCONHECIDO Enderego Residencial MUNICIPIO DE POCAG, , SITIO CAFUNDO, SN - ZONA RURAL - CEP: 55000-000 - Bairro: CENTRO - POCAOIPERNAMBUCO/BRASIL. ~Jualificagao do(s) objeto(s) envolvido(s) VEICULO (VEICULO) de propriedade do(a) Sr(a): LINDENBERGUE NOBREGA DE VASCOCELHOS, que estava em posse do(a) Sr(a): JOSE DANIEL FARIAS MONTEIRO CategorialMarca/Modelo: AUTOMOVEL/FIATIUNO Objeto apreendido: Nao Cor: VERMELHA - Quantidade: 4 (UNIDADE NAO INFORMADA) Placa: 02929 (PERNAMBUCOINAO INFORMADO) Desctiséo: 0 VEICULO £ DE PROPRIEDADE DO CONSELHO TUTELAR DE POCA Complemento / Observagao CONFORME © CITADO NO BOPM N° 4186/2015, POR VOLTA DAS 18:30HS, © POLICIAMENTO DA CIDADE DE POGAO, RECEBEU UMA LIGAGAO DO NUMERO (87) 9134-7543, DANDO A INFORMACAO DE QUE DOIS HOMENS, EM UMA MOTOCICLETA, TERIAM EFETUADO DISPAROS CONTRA UM VEICULO, TENDO 0 VEICULO FICADO NO LOCAL HAVENDO PESSOAS EM SEU INTERIOR SENDO PROVAVEL QUE PESSOAS PODIAM ESTAR FERIDAS. DIANTE DA NOTICIA, OS POLICIAIS MILITARES ACIONARAM © SAMU QUE FETUARAM O SOCORRO DA MENOR ANA LETICIA QUE ESTAVA NO COLO DE SUA AV6. DENTRO DO ~vEICULO ESTAVAM O SENHOR LINDENBERGUE, CARMEM LUCIA SENDO ESTES CONSELHEIROS E A SENHORA ANA RITA, AVO MATERNA DA MENOR. FORA DO VEICULO DISTANTE CERCA DE 6 SEIS METROS DO CARRG, FOI ENCONTRADO O CORPO DE JOSE DANIEL COM UM DISPARO NO PEITO. AS DEMAIS iTIMAS APRESENTAVAM UM DISPARO DE ARMA DE FOGO NA CABEGA, EXCETO A AVO DA CRIANCA QUE ALEM DO TIRO NA CABECA TINHA UM TIRO NO OMBRO. A EQUIPE DO IC E DO IML ESTIVERAM NO LOCAL ONDE PERICIARAM 0 LOCAL DE CRIME. Assinatura da(s) pessoa(s) presente nesta unidade policial B.0. registrado por: ADILSON LEITE SILVA - Matricula: 320188-0 ‘le C:Users Policia. 20CiirtopclxmIBOEPrevie.it 2 GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 GCOT 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 TERMO DE REIQUIRICAO Aos (08) NOVE dia(s) do més de Fevereiro do ano de 2015, na Cidade de Caruaru - PE, Estado de Pernambuco, no Cartério desta Delegacia de Policia, onde presente se encontrava o Bel. ERICK DA SILVA LESSA, respective Delegado, comigo, Escrivao de seu cargo e ao final assinado, al compareceu o(a) declarante JUCICLENIA VENANCIO DE BRITO, brasileira, natural de Vitoria de Santo Antéo/PE, RG 9.127.589 SDS/PE, nascida em 19/01/1994, filha de Jogo Batista de Brito e Ana Rita Venéncio, residente e domiciliada na Sitio Cafund6, sin*, Zona Rural, Porgao/PE. Sobre as perguntas realizadas pela autoridade policial a respeito do fato investigado, respondeu o que adiante segue: QUE a reinquirida € filha de ANA RITA, vitima de homicidio consumado na ultima sexta-feira na ocasiao tambem fora vitima 03 ({rs) conselheiros tutelares; Que a reinquira tomou conhecimento que a uns 02 (dois) meses atrés aproximadamente as 22h da noite um carro de cor preta, sem saber declinar 0 modelo ou marca, parou na estrada em frente a residéncia da mesma e demorou por um certo tempo, inclusive chegou a buzinar por diversas vezes; Que a reinquirida no estava em sua residéncia no dia em que © supracitado veiculo foi até sua residéncia; Que tomou conhecimento através de sua genitora ANA RITA; Que a reinquirida sempre ia buscar a crianga ANA CLAUDIA juntamente com seu genitor JOAO BATISTA, e sua genitora ANA RITA, todos no mesmo veiculo de propriedade de seu genitor; Que todas as vezes sempre era essas pessoas que iriam buscar a crianga ANA CLAUDIA; Que a primeira vez que os conselheiros tutelares foram buscar ANA CLAUDIA na residéncia da avé paterna foi no dia em que aconteceu o crime; Que os familiares paternos da crianga ANA CLAUDIA ndo sabiam que era os conselheiros tutelares que iriam buscarem a crianga naquele dia, Que, inclusive diz a reinguirida que tomou conhecimento através de ligagdo telefonica de sua genitora ANA RITA que 0 CONSELHO TUTELAR DE ACORVERDE ligou para o Conselho Tutelar de Poredo para que 0s conselheiros fossem avisar aos seus genitores para irem buscar ANA CLAUDIA na sexta-feira as 17h; Que o seu genitor JOAO BATISTA no pode ir buscar ANA CLAUDIA em razdo de o mesmo esta com problema na coluna e ter sido proibida pela médica de dirigir, Que a reinquirida no foi juntamente com sua genitora porque tinha viajado para Sao Paulo; Que a reinquirida acredita que os familiares paternos de ANA CLAUDIA nao sabiam que a mesma tinha viajado para a cidade de Sao Paulo, Que o conselho tutelar de Porco foi duas vezes procurar 08 familiares da reinquirida para ir buscar ANA CLAUDIA; Que os genitores da reinquiriéa Avenida Caruaru, s/n? - Boa Vista IH Caruaru — PE p f- Vy Z preckina VG GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO, DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 Perguntaram ao conselheiros tutelar de Porgao se tinha sido ordem do Juiz para irem buscar ANA © CLAUDIA; Que os conselheiros de Porcdo disseram a ANA RITA genitora da reinquirida que teria Sq. Sido ordem de BERNADETE, a qual ¢ avé patema de ANA CLAUDIA Que a reinquiida, juntamente ye com seus genitores sempre fazia 0 mesmo percurso que os conselheiros tutelares fizeram no dia em Que foram assassinados juntamente com sua genitora; Que da residéncia da reinquirida da para ver a estrada; Que a reinquirida afirma que seus familiares no tem inimizade com ninguém. E, nada mais havendo a constar, mandou a Autoridade encelar este termo que segue legalmente assinado. DELEGADO, REINQUIRIDA: ESCRIVAO, 4 Avenida Caruaru, s/n? - Boa Vista II- Caruaru — PE GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO, DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 TERMO DE REIQUIRICAO ie Wn Be oe Aos (09) NOVE dia(s) do més de Fevereiro do ano de 2015, na Cidade de Caruaru - PE, Estado de Pemambuco, no Cartério desta Delegacia de Policia, onde presente se encontrava o Bel. ERICK DA SILVA LESSA, respectivo Delegado, comigo, Escrivio de seu cargo e ao final assinado, ai compareceu ofa) deciarante JOAO BATISTA DE BRITO, brasileiro, natural de PorSo/PE, RG 2.316.449 SSPIPE, nascido em 30/06/1961, filho de José Quirino de Brito e Benedita Bezerra da Silva, residente e domiciliada na Sitio Cafund6, s/n°, Zona Rural, Porgéo/PE. Sobre as perguntas realizadas pela autoridade policial a respeito do fato investigado, respondeu o que adiante segue: QUE 0 reinquirido € avé materno da crianga ANA CLAUDIA; Que reside préximo ao local em que ‘ocorreu 0 fato em investigagéio; Que sua companheira foi vitima de homicidio consumado, juntamente com mais 03 (trés) conselheiros tutelares; Que se recorda o declarante que a uns 02 (dois) meses atrés a vizinha do declarante disse que umas 22h da noite um carra de cor preta, sem saber deciinar © modelo ou marca, parou na estrada em frente a residéncia do deciarante e demorou por um certo tempo, inclusive chegou a buzinar por diversas vezes; Que o declarante nao chegou a ouvir, nem saiu de sua residéncia: Que tudo fora visto pela sua vizinha a qual é conhecida por LIETE; Que na terga- feira da semana do crime, fora um caminhdo de cor vermelha na residéncia do declarante; Que quando 0 caminho foi em sua residéncia era por volta das 21h tendo passado bem devagar; Que es, pessoas que ocupavam o caminham nao chegaram a ver o deciarante, haja vista, que @ porta estava fechada; Que quem viu o retramencionado caminhdo fora a ANA RITA pela brecha da porta; Que sempre quando iria buscar a crianga ANA CLAUDIA iam juntos 0 declarante JOAO BATISTA, JUCICLENIA (filha do declarante) e ANA RITA (companheira do declarante), todos no mesmo veiculo: Que todas as vezes sempre iriam buscar a crianga essas pessoas citadas nunca tendo ido outres pessoas; Que 0s conselheiros tutelares nunca tinham ido buscar a crianga sendo na data do crime a primeira vez que 0s mesmo foram buscar; Que os familiares paternos da criance ANA CLAUDIA néo sablam que era os conselheiros tutelares que iriam buscarem a crianga naquele dia; Que o genitor de ANA CLAUDIA a pessoa de JOSE CLAUDIO, nunca tinha ligado para 0 telefone do deciarante, entretanto na segunde-feira dias antes do fato criminoso JOSE CLAUDIO ligou para o declarante mandando que 0 mesmo juntamente com sua companheira fossem buscar a crianga na sexta-feira por volta das 17h; Que o declarante nao foi buscar sua neta em razdo do mesmo esta doente; Que 0 Avenida Caruaru, s/n? - Boa Vista II- Caruaru — PE 4 Loot byjhae db BAP vy 8 GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO. ae DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 ees" COT 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 declarante estava com problemas na coluna e médica tinha mandado que 0 mesmo nao mais dirigisse; Que 0 percurso que o declarante fazia para ir buscar a crianga, € 0 mesmo que os conselheiros tutelares fizeram no dia em que foram assassinados juntamente com sua companheira: Que da residéncia do deciarante da para ver a estrada; Que fica aproximadamente uns 20 (vinte) metros da estrada para a casa do declarante; Que 0 declarante afirma que nao tem inimizade com ninguem; Que nunca preso € nem processado; Que a Uinica inimizade que o declarante tinha era com 08 familiares patemos de sua neta ANA CLAUDIA, tendo isto ocorrido, apos a morte de sua filha (genitora de ANA CLAUDIA). E, nada mais havendo a constar, mandou a Autoridade encerrar este termo que segue legalmente assinado. DELEGADO, REINQUIRIDO:/7. ESCRIVAO: i, Avenida Caruaru, s/n? - Boa Vista II- Caruaru — PE - ad POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 4 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 Sp ae TERMO DE DECLARACOES QUE PRESTA: JOSE CLAUDIO DE BRITTO SIQUEIRA FILHO. Telefone para contato: (083) 9815-7881; (083) 9400-2028; (087) 88187604; ¢ (087) 3859- 1206 (Telefone do Trabalho) Aos 09 (nove) dias do més de Fevereiro do ano de dois mil e quinze (09/02/2015), as 19hOOmin, nesta cidade de Caruaru, Estado de Pernambuco, nesta diretoria, onde presente se encontrava o Bel. Erick da Silva Lessa, respectivo delegado de Policia, comigo escrivao servindo ao seu cargo e ao final assinado, ai compareceu: JOSE CLAUDIO DE BRITTO SIQUEIRA FILHO, brasileiro, viuvo, Servidor Publico do Municipio de Santa Terezinha-PE(motorista), natural de Arcoverde-PE, RG n° 6758273/SDS/PE, CPF n° 048.526.874-47, nascido aos O6DEZ1982, filho de José Claudio de Britto Siqueira e de Bernadete de Lourdes de Britto Siqueira, residente na Rua Joaquim Amaro, n° 363, Bairro Monte Castelo, Patos-PB, acompanhado do advogado, José Vicente Pereira Cardoso da Silva, inscrito sob a OAB/PE de n°14958. Aos costumes disse nada, inquirido pela autoridade, apds 0 compromisso legal de dizer a verdade, passou a declarar 0 seguinte: QUE o declarante 6 genitor de ANA CLAUDIA VENANCIO DE BRITTO SIQUEIRA, de trés anos de idade; QUE na sexta-feira, dia 06.02.2015, um taxista, ZE NILDO OLIVEIRA DE ALMEIDA, residente na Rua Iido Menezes, n°163, Bairro Bela Vista, Patos-PB, telefone n°83-99259211, Ihe passou uma Corrida para o aeroporto de Recife-PE, tendo ele declarante ido buscar os passageiros no sitio Fechado, municipio de Brejinho-PE, de onde saiu pouco depois das 15:00 horas; QUE seguiu dali com destino a Recife-PE, passando por Campina Grande-PB; QUE chegou no aeroporto do Recife por volta das 23:20 horas, deixou os passageiros ali, em seguida viajou sozinho para Joao Pessoa-PB, onde chegou ja de madrugada, tendo parado no terminal rodovidrio, dormiu no seu carro; QUE pela manha, por volta das 05:00 horas, comecgou a chamar Passageiros e, quando completou a lotagao, seguiu viagem com destino a Patos- PB; QUE no caminho, quando chegava em Soledade, por volta das 11:30 horas do dia 07.02.2015, sua companheira, FLAVIANA, Ihe telefonou e perguntou se o declarante estava dirigindo e, ao receber resposta positiva pediu que parasse que precisava falar com ele; QUE parou no restaurante dos artistas e telefonou para sua companheira, tendo esta dito que "mataram a avé de ANA CLAUDIA", e que POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO. DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 4 5 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 ae ele declarante telefonasse para sua mae, procurando saber o que estava acontecendo; QUE telefonou para sua genitora em seguida, tendo sua mae informado que nao estava sabendo de nada; QUE quando estava saindo dos artistas, sua companheira telefonou novamente, informando que PAULINHO, que € cunhado de sua companheira, havia informado que em Santa Terezinha estavam comentando que tinha sido ele declarante o autor daquele crime; QUE logo depois a sua genitora Ihe telefonou, dizendo que realmente tinha acontecido essa tragédia; QUE telefonou para o advogado, Dr? VICENTE, falou com ele a respeito do ocorrido e o mesmo disse que iria se informar sobre 0 que acontecera: QUE sua esposa Ihe telefonou varias vezes, aperriada, chorando, inclusive a mesma esta gestante, numa gravidez de risco; QUE continuou a viagom, mas chegando em Santa Luzia-PB, resolveu ficar ali, tendo pedido a um dos Passageiros que continuasse dirigindo seu carro até Patos-PB; QUE nao conhecia © passageiro anteriormente, sendo a primeira viagem que fazia com o declarante, entao anotou o nome do mesmo, LAENIO EMANUEL DE BRITO, e pediu o numero do telefone do mesmo, que é 083-99585455, e o mesmo Ihe informou o enderego, que 6 Rua Panati, n°68, Bairro Belo Horizonte, Patos-PB; QUE uma senhora também deu o nome, sendo JUVENTUDE DE ALENCAR CARNEIRO, telefone n°083-96111581, tendo informado o enderego na Rua isabel Fernandes, n°60, Bairro jud Doce, Patos-PB; QUE os passageiros que levou para Recife, na sexta-feira & noite, foram JOAO DE SOUZA ARRUDA, RG 73465221-SSP/SP, MARIA ISODETE DE ALMEIDA, residentes na Avenida Congoba, n°3076, casa 51-A, Penha-SP; QUE em Santa Luzia ficou na casa de seu parente, JAQUILEUDO; QUE comprou um telefone de um vizinho, por R$40,00(quarenta reais), sem nota fiscal, ndo sabendo informar o nome, mas tal vizinho tem um balcao na frente da casa dele; QUE colocou seu chip da tim, tendo telefonado para sua irma QUITERIA ROSEANE DE BRITO SIQUEIRA, e a mesma Ihe perguntou qual 0 trajeto que ele declarante fizera na sexta-feira a noite, de Patos para Recife; QUE ficou no sabado em Santa Luzia e a noite, por volta das 22:30 horas, saiu de Santa Luzia num taxi, mais precisamente um fiat uno azul escuro, de quatro portas, com destino a Recife, porém quando chegaram em Campina Grande-PB, a luz da injegao acendeu, isto por volta das 00:30 horas, € 0 taxista nao quis continuar a viagem; QUE 0 taxista telefonou para outro taxista conhecido dele pedindo para continuar a viagem; QUE 0 outro taxista velo num fiat palio wekeend ty [le x 7 . bie haved Ors Degaarne Ft /nsfpaner — ect a I; _ ws i POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 4 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 de cor branca, tendo vindo acompanhado da esposa; QUE seguiram viagem para recife, mas como o motorista estava com sono pararam para dormir no Posto do Caja, tendo todos dormido dentro do carro por pouco mais de uma hora; QUE em seguida continuaram para Recife, onde chegaram ja com o dia claro; QUE marcou com sua irma, QUITERIA para se encontraram na Avenida Mario Melo, e assim foi feito; QUE sua irma foi encontra-lo e foi para o apartamento dela; QUE sua Genitora chegou em Recife a tarde, por volta das 13:00 horas, para encontrar ele declarante, visto que 0 mesmo estava muito nervoso; QUE em Recife ficou acompanhando as noticias pela televisao e pela internet; QUE falaram com o Advogado VICENTE, que reside em arcoverde, 0 qual disse que ia se informar da situagao; QUE na manha de hoje, o advogado foi ao DHPP e depois thes informou que viriam a caruaru, prestar depoimento a respeito do ocorrido, uma vez que na internet e na imprensa em geral o declarante e sua genitora estéo sendo apontados como autores daquele crime; QUE sua genitora mora em Arcoverde, mas trabalha em Recife, como oficial de justiga, QUE sua irma MARIA ROSANA DE BRITO SIQUEIRA, de 33 anos, mora em arcoverde, e sua outra irma, QUITERIA, de 36 anos, que também é oficial de justiga, reside em Recife; QUE acha que todos esses comentdrios séo decorrentes do fato ocorrido com sua esposa JUCI, que morreu vitima de envenenamento, e os familiares de JUCI acusaram sua genitora de ter envenenado JUCI; QUE chegou a prestar um depoimento em Pesqueira, onde afirma ter sido obrigado por familiares de JUCI, a acusar a sua genitora pela morte de JUCI; QUE afirma que em tal depoimento, estava com um aparelhinho no bolso gravando seu depoimento, para depois entregar a eles, comprovando o que ele havia dito; QUE os familiares a que se referem sao 0 pai de JUCI, as tias e varios outros que nao sabe dizer 0 nome; QUE indagado a que atribui esse fato, onde quatro pessoas foram assassinadas, respondeu nao saber a que atribuir tal fato, inclusive tinha o telefone da conselheira tutelar CARMEM, pois quando precisava de algum contato com o conselho tutelar, procurava falar com CARMEM, e também falava com o LINDEMBERG, isso para resolver quaisquer pendencias referentes a sua filha; QUE conhecia também o outro conselheiro tutelar que foi assassinado, embora nao se recorde o nome, pois os trés conselheiros sempre estavam juntos quando o declarante os via; QUE sua filha fica em Arcoverde-PE, com sua genitora, e ele declarante mora em Patos-PB, inclusive sua pretensao é leyar sua filha para morar POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO. DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 com ele declarante e sé nao o fez ainda porque depende da acao de alienacdo parental; QUE © declarante nao tem conhecimento de nenhum problema dos conselheiros tutelares que foram mortos; QUE afirma também nunca ter tido problema nenhum com a Sr@ ANA RITA; QUE houve um perfodo em que sua filha era _levada pelo declarante ou por seus familiares algumas vezes, no sitio do Sr JOAO; QUE na verdade ele declarante foi poucas vezes, mas na maioria das vezes era sua av6, e muitas vezes acompanhados do Sargento GILDO; QUE acrescenta que na verdade, no sitio Cafundé quem ia levar e buscar a menina era sempre ele deciarante, acompanhado do Sargento GILDO e o Sargento SOARES; QUE os Policiais GILDO e SOARES iam com ele declarante por conta de possiveis problemas que poderiam haver com os familiares de JUCI, e faziam isso por amizade; QUE sua avé e sua irma adotiva, MARIA CLARA, foram buscar a menina algumas vezes em Pesqueira; QUE em Arcoverde quem sempre ia buscar a menina na escola, eram os avos maternos e a tia, JUCICLENIA, sempre no carro deles; QUE eles sempre pegavam a menina no colégio as 11:30 horas da sexta- feira e devolviam na segunda-feira as 07:30 horas; QUE no inicio deste ano o declarante e sua genitora resolveram mudar 0 hordrio das aulas para o periodo da tarde, isto porque de manha sua filha dormia boa parte do dia, perdendo metade da aula; QUE hoje havia uma audiéncia marcada, que seria por conta de uma agao de alienagao parental; QUE a partir do dia 1° de fevereiro as visitas seriam quinzenais, ou seja, a cada quinze dias a sua filha iria passar um final de semana com os avos maternos; QUE em fevereiro de 2014, houve um deseniendimento por conta do aniversdrio de sua filha, sendo que os avés maternos achavam que a menina devia ir ficar com eles numa data mas ndo era na data que eles pensavam e, por conta disso, os mesmos foram ao forum denunciar que ele declarante e sua genitora nao haviam entregue a crianga a eles na data correta e que, por conta disso, haviam perdido toda a festa de aniversario que tinham preparado para a menina; QUE no ano passado, sua genitora foi agredida fisicamente pelas pessoas de JOAO e JUCICLENIA, fato este ocorrido no Hospital Memorial Arcoverde, onde sua filha estava internada, doente; QUE tem conhecimento que 0 fato foi parar na Delegacia, onde foi registrado BO; QUE ressalta que nunca houve problemas com a avé materna de sua filha, pois se evitavam, mas jA houve desentendimentos com JOAO e com JUCICLENIA; QUE ndo sabe porque alguem mataria a Sr ANA RITA e os conselheiros, inclusive até a sua genitora ficou p ar Kir’ Cisat 2 he Cx be P ae! POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 -@- GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 n- sentida com o ocorrido; QUE no dia que JUCI foi socorrida, por conta do envenenamento, o declarante estava trabalhando, e na manha seguinte, foi informado que sua esposa JUCI estava internada; QUE tomou conhecimento no dia em que JUCI "se envenenou", que ela estava traindo 0 declarante com a Pessoa de EMERSON, que é de pesqueira; QUE retifica que no dia seguinte, apés tomar conhecimento de que JUCI estava internada, ele declarante foi informado airavés da irma de JUCI, Ge nome JUCICLENIA, de que sua esposa estava Ihe traindo; QUE mais ou menos uma semana antes do envenenamento JUCI teve um problema de satide e passou mal, tendo a genitora do declarante socortido ela para 0 hospital; QUE nao sabe dizer qual hospital e nem qual o motivo dela ter Passado mal; QUE JUCI Ihe contou a respeito mas nao lembra direito, lembra que JUCI telefonou e disse que tinha comido um lanche ¢ tinha passado mal, mas nao sabe qual foi o problema de satide; QUE JUCI trabalhava em Sanharé e morava em Pesqueira; QUE na época JUCI Passou mal em Sanhar6, e na época sua mae também trabalhava em Sanharé-PE; QUE conhecia o EMERSON, sabendo que o mesmo € vendedor de medicamentos ha muitos anos; QUE mesmo sabendo da traigao, o declarante tentou acompanhar sua esposa no Hospital e cuidar dela, Pols gostava muito dela, e tencionava manter o relacionamento, mas os familiares de JUCI proibiram ele dectarante de acompanha-la: QUE afirma nao ter procurado © EMERSON nem sequer falado com 0 mesmo acerca da traicao; QUE tem conhecimento que um primo de JUCI foi assassinado a tiros em Pogo, primo este de nome PAULO, cujo fato ocorreu na porta da casa dele(PAULO), isto no ano passado, mas nao sabe dizer a data; QUE tomou conhecimento dessas informacoes através da internet; QUE conhecia 0 PAULO, inclusive sabia que o mesmo tinha uma motocicleta, mas nunca o viu acompanhando os tios dele, ex- Sogro @ sogra do declarante; QUE tem um irmao mais novo, LUIZ TENORIO CAVALCANTE FILHO, que é filho de LUIZ TENORIO CAVALCANTE, ex-marido de sua mae que faleceu em 27.12.2014, mas estava separado de sua genitora ha alguns anos; QUE atualmente sua genitora é casada com LUIZ CARLOS; QUE na semana passada, o declarante telefonou para a Sf ANA RITA(vitima), na terca ou quarta-feira, dizendo que fosse buscar ANA CLAUDIA na sexta-feira, dia 06.02.2015, pois 0 acertado anteriormente era para eles irem buscar no dia 13.02.2015; QUE inclusive houve um atrito com a JUCICLENIA no dia 15.01.2015, no conselho tutelar de arcoverde, quando os avés maternos da crianga foram levar eis POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 4 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 a menina; QUE durante as férias da escola, a crianga estava sendo entregue por uma familia & outra no conselho tutelar de arcoverde; QUE ressalta que 0 conselho tutelar de pogéio nunca havia ido buscar sua filha da escolinha; QUE a mudanca de horario para irem buscar a menina na escola, deveu-se & mudan¢a do horario das aulas; QUE GILDO e SOARES néo andavam rotineiramente com o declarante ou com sua genitora, apenas quando iam buscar a crianga no sitio ou na frente da Delegacia de Pesqueira, e também quando haviam audiéncias, inclusive eram ~ testemunhas no processo de guarda da crianga, isto porque eles viam o carinho com que a crianga era tratada quando iam levar ou buscar a menina; QUE acha que tinha uma audiéncia marcada para dezembro, acerca da alienagao parental, cuja audiéncia ele declarante nao pode comparecer, tendo a audiencia sido remarcada para a data de hoje; QUE 0 processo de guarda esta arquivado; QUE 0 que fora determinado pelo Juiz, acerca da visitagao, era para os avés maternos irem buscar a crianga de 11:00 horas da sexta-feira e irem levar a mesma na escola na manha da segunda-feira, pelas 07:00 horas; QUE o declarante e sua genitora alteraram 0 horario porque a menina dormia na escola parte da manha, entéo mudaram o horario da escola para o periodo da tarde; QUE ressalta que telefonou para CARMEM na semana passada, e pediu para falar com LINDEMBERG; QUE tencionava pedir para o mesmo informar a avo materna de sua filha para irem buscar sua filha no dia 06.02.2015 mesmo, e nao dia 13.02.2015, entretanto LINDEMBERG pegou o telefone e disse que estava ocupado, que falava com ele depois, desligou; QUE 0 nome da escola em que sua filha estudava era IMACULADA CONCEICAO; QUE nao procurou sua filha apés tomar conhecimento do ocorrido porque ficou com medo de ir aquela cidade € acabar sendo linchado, pois os comentarios que corriam, inclusive na imprensa, eram de que ele declarante e sua genitora seriam os autores de tal crime; QUE sua genitora trabalha em recife, na CEMANDO (Central de Mandados); QUE afirma nunca ter sido preso nem processado; QUE franqueada a palavra ao advogado que acompanha este auto, o mesmo solicitou que fosse indagado ao declarante qual o sentimento do mesmo em relacdo ao ocorrido, tendo o declarante respondido sentir tristeza; QUE indagado se tem plena consciéncia dos riscos que sua filha correu durante 0 acontecimento, respondeu nao ter conhecimento de como exatamente aconteceu tudo, mas acredita que sua filha correu um grande risco, acreditando que ela esta viva "por Jesus"; QUE afirma ter visto na internet q frw levatn ob BID POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO. DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 4 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 apenas que 0 carro foi alvejado de bala e sua filha sobreviveu; Nada mais disse e nem the foi perguntado, depois de lido e achado gontorme, mandou a autoridade encerrar o presente termo, que assina com o dedlarante, 0 advogado e comigo, escrivao, que digitei. AUTORIDADE: DECLARANTE: ADVOGADO: ESCRIVAO: POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 4 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 om TERMO DE DECLARACOES QUE PRESTA: BERNADETE DE LOURDES BRITTO SIQUEIRA ROCHA. Telefone para contato: (087)88018088 e (081)96652040. Aos 09 (nove) dias do més de Fevereiro do ano de dois mil e quinze (09/02/2015), as 23:55min, nesta cidade de Caruaru, Estado de Pernambuco, _-nesta Diretoria, onde presente se encontrava o Bel. Erick da Silva Lessa, respectivo delegado de Policia, comigo escrivao servindo ao seu cargo e ao final assinado, ai compareceu: BERNADETE DE LOURDES BRITTO SIQUEIRA ROCHA, brasileira, natural de Arcoverde-PE, RG n°1906312-SSP/PE, CPF n°303.793.504-91, filha de Pedro Venceslau Leite e Joana Maria Leite, residente na Rua Luiz Matos, n°37, Bairro Centro, Arcoverde-PE, enderego de sua genitora Avenida Zeferino Galvao, 376, centro, Arcoverde-PE(genitor), acompanhado do advogado, José Vicente Pereira Cardoso da Silva, inscrito sob a OAB/PE de n°14958. Aos costumes disse nada, inquirido pela autoridade, apds o compromisso legal de dizer a verdade, passou a declarar 0 seguinte: QUE a declarante € avo paterna da menina ANA CLAUDIA, sendo genitora de JOSE CLAUDIO DE BRITTO SIQUEIRA FILHO; QUE reside na cidade de Arcoverde e trabalha em Recife-PE, utilizando como ponto de apoio o forum; QUE tem uma filha que mora em Recife, filha esta que também é oficial de justiga e mora num apartamento, mas raramente a declarante vai dormir na casa de sua filha; QUE na ~ sexta-feira a noite(06.02.2015), nao lembrando o hordrio, mas acredita que por volta das 21:30 horas ou 22:00 horas, estava em sua residencia acima informada, na companhia de sua genitora, seus dois filhos menores(LUIZ TENORIO CAVALCANTE FILHO e MARIA CLARA CAVALCANTI), quando recebeu um telefonema de CLAUDIO, seu filho, informando que FLAVIANA, esposa dele, havia dito que a avé materna de ANA CLAUDIA havia sido morta; QUE a declarante nao sabia de nada e procurou pesquisar na internet, tendo visto que eram trés conselheiros tutelares, inclusive chegou a telefonar de volta para CLAUDIO dizendo que tinham sido os conselheiros tutelares, mas depois viu a noticia que tinham também uma idosa e uma crianga que havia sido ferida; QUE CLAUDIO insistiu que FLAVIANA disse que a avo materna de ANA CLAUDIA tinha mesmo sido morta; QUE a declarante viu a noticia que era o carro do conselho tutelar, & sabia que o conselho tutelar de pocdo nunca foi buscar sua neta na escolinha, pois Vex DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 sempre quem ia buscar eram os avés maternos, que faziam isso num gol branco; QUE os avés maternos iam buscar a menina na sexta-feira, na escolinha, e levavam a menina la na segunda-feira cedinho; QUE quando CLAUDIO Ihe telefonou disse que estava viajando, indo para Recife, levar alguns passageiros; QUE CLAUDIO é motorista de ambulancia, mas quando esta de folga, trabalha num taxi; QUE a declarante nao acreditou que tinha sido a avo de ANA CLAUDIA, _ tanto pelo fato do horario quanto pelo fato de tratar-se do carro do conselho tutelar; QUE soube que tratava-se realmente de ANA RITA e de sua neta ANA CLAUDIA no sabado a tarde; QUE no sabado a declarante deixou seu telefone desligado e acordou tarde; QUE quando ligou o telefone viu que CLAUDIO havia tentado the telefonar, isto por volta das 10:30 horas, entao tentou falar com ele e nao conseguiu; QUE 4a tarde, seu marido LUIZ CARLOS pesquisou na internet confirmou a informagao de que realmente tratava-se da avé materna de sua neta, ANA CLAUDIA, e a noite, a declarante viu reportagem no ABTV informando os nomes das vitimas; QUE a declarante telefonou para seu filho CLAUDIO, a tarde, mas néo conseguiu falar novamente; QUE apenas a noite, depois do jornal nacional, onde também saiu uma nota sobre o crime, a declarante conseguiu falar com seu filho, por telefone, informando que ANA RITA tinha sido morta mesmo, QUE tentou falar com o advogado, VICENTE, mas nao conseguiu; QUE no domingo, ou seja, oniem, a noite, CLAUDIO informou que estava em Recife, na casa da irma, com medo de morrer, bastante nervoso; QUE o medo de CLAUDIO ~deve-se ao fato de que foi divulgado na imprensa que ela declarante e CLAUDIO eram os suspeitos do crime que vitimou a ANA RITA e os conselheiros; QUE viu na imprensa que a menina néo tinha sido ferida e também que estava sob cuidados da policia, em local nao divulgado; QUE falou com o Dr? VICENTE apenas no domingo 4 noite, ficou preocupada com a menina, sua neta, e 0 advogado a tranquilizou dizendo que se a crianga estava com a policia, estava segura, e que na segunda-feira procuraria resolver tudo; QUE na madrugada de hoje foi para Recife, trabalhar; QUE sua filha QUITERIA Ihe disse que era melhor a declarante nao voltar para Arcoverde e que nao fosse de jeito nenhum para Pogdo-PE; QUE hoje foi combinado com o Dr? VICENTE para ela declarante e seu filho virem se apresentar; QUE resolveram se apresentar porque a divulgagao na imprensa esta dando a entender que sao ela declarante e seu filho CLAUDIO os culpados do crime; QUE nao conhecia os conselheiros tutelares que foram mortos, > e | sess POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 4 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 CO! 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR t nem mesmo de vista, lembrando-se que uma vez viu o conselheiro tutelar LINDEMBERG; QUE a declarante nao acredita que a Sr ANA RITA seria 0 alvo desse crime, pois ela era uma boa pessoa; QUE acha que tal fato pode ter sido direcionado aos conselheiros tutelares, isto porque © carro onde houve o crime era do conselho tutelar, e a declarante acha uma profissao arriscada; QUE 0 conselho tutelar de pocdo nunca havia ido buscar sua neta ANA CLAUDIA, @ que sempre quem ia buscar sua neta ANA CLAUDIA na escola era JOAO e ANA RITA, avos maternos de ANA CLAUDIA; QUE 0 carro de ANA RITA e JOAO era um gol branco e o carro do conselho tutelar, que a declarante viu nas fotografias divulgadas, era um fiat uno vermelho; QUE a declarante nunca teve problema nenhum com a Si* ANA RITA, mas ja teve problemas com 0 Sr? JOAO; QUE tal problema ocorreu e setembro de 2014, quando sua neta ANA CLAUDIA ficou doente, com infecgao urinaria, e foi internada no Hospital Memorial de Arcoverde, isto num final de semana que ela deveria ir ficar com os avds maternos; QUE na ocasiao falou com seu conhecido, Cabo GIL, e perguntou se ele conhecia alguém que pudesse avisar no sitio onde moravam os avos maternos de ANA CLAUDIA; QUE Cabo GIL telefonou para um loteiro, que falou com um mototaxisia, tendo este ido ao sitio avisar os avés maternos de ANA CLAUDIA; QUE 0 avé de ANA CLAUDIA ¢ a filha dele, conhecida por JO, foram até 0 hospital e ali ela declarante acabou sendo agredida fisicamente pelo Sr JOAO; QUE seu filho menor, LUIZ, estava presente e tentou Ihe defender, segurando 0 Sr JOAO; QUE na confusao. foi quebrada uma porta do hospital, tendo a confusdo ido parar na delegacia; QUE nunca tinha tido problernas anteriormente com 0 Sr° JOAO; QUE Cabo GIL andou algumas vezes, esporadicamente, com ela declarante a acompanhando em aiguma viagem, mas néo andava com ninguém mais de sua familia, pelo menos com os que residem com a declarante; QUE Cabo GIL fez uma viagem com a declarante até Custdédia, para ver uma casa da caixa econdmica que ela declarante estava comprando; QUE a guarda da menina ANA CLAUDIA é do pai, CLAUDIO, filho da declarante, e os avés maternos tem direito de visita; QUE desde quando a menina comegou a frequentar & escola, no inicio do ano passado, as visitas ficaram sendo quinzenais, sendo que os avés maternos iriam buscar @ menina na escolinha, na sexta-feira, ao final da aula, e na segunda-feira eles iam levar a menina na escola, no inicio da aula; QUE seu filho CLAUDIO reside em Patos-PB, mas a menina ficava mais em Arcoverde, com ela declarante, QUE a \x y i POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO we DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 menina ficou com os avés maternos desde o dia 26.12.2014, tendo sido entregue a eles em janeiro, mais precisamente no dia 15.01.2015; QUE os avés maternos de ANA CLAUDIA iriam pegar a menina no dia 13.02.2015, mas acharam que era melhor que eles pegassem a menina no dia 06.02.2015, pois CLAUDIO queria que a menina passasse 0 carnaval com ele; QUE a declarante entrou em contato com © conselho tutelar de Arcoverde, pedindo que os mesmos mantivessem contato com os avés maternos de ANA CLAUDIA para que os mesmos viessem buscé-la no dia 06.02.2015; QUE esclarece que na Ultima audiéncia CLAUDIO nao compareceu, por nao ter sido intimado, mas a declarante foi a audiéncia e ali mencionou que possivelmente a menina iria passar a estudar no hordrio da tard isto porque de manha ANA CLAUDIA dormia na escola; QUE no dia 15.01.2015, CLAUDIO avisou aos avés maternos de ANA CLAUDIA sobre a mudanga no horario das aulas; QUE ANA CLAUDIA estuda na escola Imaculada Conceigao, e a declarante as vezes vai até la, mas no horario da manha, uma vez que seus filhos adolescentes estudam naquele mesmo colégio; QUE no dia 06.02.2015, a declarante foi a escola Imaculada Conceigéo apenas levar sua neta ANA CLAUDIA, isto por volta das 13:00 horas; QUE acerca do envenenamento de JUCI, tem a dizer que JUCI era uma pessoa muito boa, mas que ja havia Ihe confidenciado que tinha casado para sair de casa, mas que nao era feliz no casamento; QUE apesar de CLAUDIO ser seu filho, tem conhecimento de comentarios dando conta de que CLAUDIO traia JUCI, inclusive os mesmos chegaram a se separar quando JUCI estava gravida; QUE JUCI acabou vindo morar na casa da declarante, isto em 06.01.2012, onde ficou varios meses, tendo a menina nascido em fevereiro de 2012, inclusive lembra que JUCI! uma vez fugiu de casa e foi para Recife, onde ficou com a filha da declarante e pediu para nao avisarem a CLAUDIO onde ela estava; QUE enquanto JUCI estava na casa da declarante, ela e CLAUDIO acabaram se entendendo e voltaram a viverem juntos; QUE ficaram residindo na casa da declarante até o final de agosto ou inicio de setembro, quando mudaram para uma casa na mesma rua, ha trés ou quatro casas de distancia da sua; QUE JUCI era funcionaria da Prefeitura em Santa Terezinha, mas depois conseguiu ficar a disposigao da Prefeitura de Sanharé QUE naquela época a declarante estava trabalhando no forum de Sanhard-PE; QUE quando JUCI ia trabalhar em Sanhar6é, a filha, ANA CLAUDIA, ficava na casa da declarante, com a empregada; QUE CLAUDIO e JUCI comegaram a pensar em G Vy : toes POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 4 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 morar em Sanhar6, mas a declarante néo concordou de imediato porque aquele ano era de eleicao e ela poderia ter de voltar para a Prefeitura de Santa Terezinha, QUE naquele ano a declarante comprou uma casa em Sanhard, reformou e esperou que CLAUDIO e JUCI se mudassem; QUE CLAUDIO estava vendo a possibilidade de vir trabalhar no forum de Pesqueira, mas nao chegou a concretizar esse intento; QUE no dia 29.11.2012, pela manha, JUCI estava meio triste e passou na casa da declarante e deixou a menina la; QUE a noite JUCI esteve na sua casa e parecia estar triste, tomou café, entrou na internet, depois a internet caiu, e pouco depois ela saiu, pediu para sua filha mais nova levar o andajé da menina e, como ANA CLAUDIA estava dormindo no brago da deciarante, pediu para ela levar a menina; QUE foram até a casa de JUCI, colocou amenina no berco e logo depois ela declarante voltou para sua casa; QUE MARIA CLARA se demorou um pouco mais na casa de JUCI, mas também voltou logo para casa; QUE as duas horas da madrugada, estava dormindo quando JUCI telefonou para seu telefone celular; QUE a declarante viu que era a cobrar, desligou e telefonou do celular de seu marido, tendo JUCI atendido e dito que estava passando mal; QUE a declarante foi até a casa de JUCI e a encontrou sentada no sofa, sentindo-se mal e, ao pegar na mao de JUCI, viu que estava gelada; QUE achou que era queda de pressao e voltou até sua casa para buscar 0 tensiémetro, ocasido em que ja encontrou com seu marido ¢ o deixou ali, tomando conta dela; QUE momentos depois, quando voltava com 0 tensiometro, escutou 0S: ~ gritos de JUCI chamando pela declarante; QUE imediatamente colocaram JUCI no carro e levaram para o hospital; QUE JUCI deu entrada no hospital e momentos depois um enfermeiro comentou que ela tinha tomado ‘chumbinho", mas estavam tirando; QUE tentou telefonar varias vezes para a irma de JUCI, mas a mesma nao atendeu; QUE telefonou para uma amiga e o marido dessa amiga, pedindo que avisassem a itma de JUCI; QUE JUC! recebeu atendimento em Pesqueira e depois foi encaminhada numa ambulancia do SAMU, para o hospital de Garanhuns-PE; QUE CLAUDIO estava trabalhando e a declarante ficou com medo de contar 0 que acontecera, e disse que JUCI tinha passado mal, mas que estava judo bem; QUE quando CLAUDIO chegou em Pesqueira, foi informada do que aconteceu; QUE CLAUDIO foi para o hospital, onde chegou a sentir-se mal, inclusive ali a JO, irma de JUCI, fez uma confusao no hospital e depois os familiares de JUCI nao quiseram mais que eles ficassem ali, chegando a fazerem POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 4 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 _63- mam ameagas dizendo que se voltassem ali “ia ter"; QUE um ou dois dias depois de JUCI ter sido internada, um amigo do casal JUCI e CLAUDIO, chamado LUCAS, foi a sua casa e colocou um pendrive no computador e mostrou umas conversas de JUCI com um cidadao, conversas comprometedoras, dando a entender que tinha havido algo entre ela e esse cidadéo; QUE tem conhecimento que uma amiga dela, FERNANDA, que é comadre dela, sabia desse relacionamento; QUE mostrou a CLAUDIO aquela conversa mas ele nao acreditou; QUE a declarante imprimiu aquela conversa e entregou ao Delegado de Alagoinha, um moreno, de nome JAIR; QUE indagado se acha normal uma pessoa tomar veneno para se suicidar e pedir socorro em seguida, respondeu que acha que depende da "agonia da morte"; QUE tomou conhecimento de que a psicologa do hospital conversou com JUCI e esta teria dito que estava arrependida de ter tentado suicidio; QUE indagada acerca do processo na Justiga, respondeu que o Promotor denunciou a declarante e que o processo esté em fase de oitivas de testemunhas de defesa; QUE indagado se tinha conselho tutelar envolvido na questéo da guarda, respondeu que nao, que apenas durante as ferias escolares a crianga era entregue no conselho tutelar de arcoverde pela declarante ou por CLAUDIO ¢ os avés maternos iam busca-la naquele local; QUE indagado se tomou conhecimento que no ano passado, acerca de oito meses, um primo de JUCI havia sido assassinado, respondeu que ouviu falar, mas nao conhecia o mesmo nem sabe 0 motivo, mas ouviu comentarios de que o mesmo respondia diversos processos @ que tinha sido assassinado a tiros de arma de fogo; QUE a acao de alienacao parental foi iniciativa do ministério piblico e néo dos familiares de JUCI; QUE afirma nunca ter sido presa, mas esta sendo processada por ter sido acusada de ter envenenado sua nora JUCI; QUE trabalha em Recife, na Cemando, desde 2013; QUE nunca andou com policiais a titulo de seguranga particular e acredita que nenhum andava com familiares seus; QUE neste momento, pede que descubra quem fez essa barbaridade; Nada mais disse e nem Ihe foi perguntado, depois de lido e achado conforme, mandou a autoridade encerrar 0 presente termo, que assina com o deciarante,-o/advogado e comigo, escrivao, que digitei AUTORIDADE: a DECLARANTE: a XX YY ADVOGADO: @ s SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 1 — DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 4 yo- GCO 1 — GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 “xe, PARTE DE SERVICO Dos Agentes de Policia: Donizete Menezes Veras _Ao Delegado: Erick da Silva Lessa Sr. Delegado, Levo ao seu conhecimento para os devidos fins, que, dando continuidade As investigacdes que se iniciaram no dia 06.02.2015, Ultima sexta-feira, com a ocorréncia da Chacina na ocorrida na Cidade de Pocao-PE, quando do acompanhamento da oitiva de JOSE CLAUDIO DE BRITTO SIQUEIRA FILHO, ocorrida na presente data (09.02.2015), na sede da Diretoria do “Interior 1, me foi facultado pelo declarante, para que verificasse as chamadas por ele realizadas e recebidas, inclusive, na presenga do advogado que o acompanhava, Dr. JOSE VICENTE PEREIRA CARDOSO DA SILVA, inscrito sob a OAB/PE de n° 14958-D, bem como dos demais policiais que participavam da oitiva, momento em que de pronto aceitei, e peguei os 2 (dois) aparelhos telefénicos que estavam em sua posse naquela oportunidade, sendo um, smartphone da marca LG e um outro da marca SANSUMG, conseguindo extrair as seguintes informagées: SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 1 — DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 GCO 1- GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 Be e Os aparelho da MARCA LG estava com horario desajustado, o que impediu uma analise criteriosa das ligagdes realizadas e recebidas no periodo da ocorréncia do crime até o presente momento, inclusive podendo o declarante apagado algumas chamadas, somente havendo um resultado fiel quando da analise do extrato reverso. O fato do horario encontrar-se desajustado, sugere uma mudanga constante de chips, visto que o proprio declarante afirmou em sua oitiva que possuia diversos mnumeros de_ telefone, inclusive nao recordando-se de um dos numeros; ¢ Consegui extrair os IMEIs dos referidos aparelhos, resultando em 4 (quatro) IMEIs, quais sejam: 356806042952937; 357719058767306; 357719058767314; e 357719058767322; 35771 9058767306 357719058767: 357719058767322 IMEls dos aparelhos utilizados por CLAUDIO SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO Ke DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 4 GCO 1~-GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 4 c, ome e Localizei na agenda do aparelho da MARCA LG os contatos telefonicos de GIL (087) 88078771 e de PAULINHO (083) 96380444, que podem ter participado da execucao do crime, sendo interessante saber a quem pertecem tais aparelhos, bem como a interceptacao; «© Também localizei na agenda do mesmo aparelho LG, os mumeros (083) 99386686 e (083) 99123444, que conforme a _ analise realizada, provavelmente mantiveram contato com a pessoa de JOSE CLAUDIO em momentos proximos ao horario do crime; e No aparelho também estavam os nuimeros de sua genitora, BERNADETE (081) 96652040, ¢ da sua companheira, FLAVIANA (083) 99158812; e Encontrei uma conversa, via whatsapp (FOTO EM ANEXO) entre CLAUDIO e sua companheira FLAVIANA, ocorrido no final do més de Janeiro do corrente ano, onde CLAUDIO afirma: “APESAR DE TUDO QUE ESTAR PARA ACONTECER SAIBA, ESTAREI COM VC NAS HORAS BOAS E RUINS, FELIZES E TRISTES, VOU SEMPRE ESTAR AO SEU LADO, POR UMA SERIE DE FATORES ESTAREI COM VC E UM DELES E QUE VC FE A MULHER DA MINHA VIDA E AMO VC COM TODA MINHAS FORCAS E MEU CORACAO VC E SEMPRE % See SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 1 — DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 GCO 4 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 4 Be SERA MINHA ESPOZA A MULHER DE CLAUDIO,™~ TENHO MUITO ORGULHO DE FALAR. VC E D+ AMO VC’. Tal fato nos chamou atencao, por ter sido num periodo préximo ao crime, e ter ocorrido como em um CODIGO, o que na nossa opiniao sugere que CLAUDIO quando fala “APESAR DE TUDO QUE ESTAR PARA ACONTECER’, faz referéncia ao crime que fora cometido e ao que pode Ihe acontecer caso o crime viesse a ser esclarecido, sugerindo também que a companheira FLAVIANA tinha conhecimento da trama; e Nos chamou atencdo o fato de no aparelho da MARCA LG nao haver mensagens no aplicativo whatsapp do dia 06 em diante, o que pode sugerir que CLAUDIO apagou as mensagens que recebeu do dia 06 de feverciro em diante, visto que 0 mesmo mantem contato diario com seus contatos. SUGESTAO DOS TERMINAIS TELEFONICOS 4 SEREM INTERCEPTADOS Cour ‘JOSE CLAUDIO 356806042952937 " JOSE CLAUDIO 357719058767306 a JOSE CLAUDIO 357719058767314 SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL POLICIA CiVIL DE PERNAMBUCO DINTER 4 — DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 Fy GCO 1 — GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 4 ie JOSE CLAUDIO 357719058767322 Bau Sen Gib (087) 88078771 PAULINHO (083) 96380444 OUTRO 0 (083) 99386686 OUTRO (083) 99123444 -BERNADETE | ~~ (081) 96652040 a FLAVIANA (083) 99158812 E o que tenho a relatar. Sem mais para 0 momento, encerro esta parte de servico. = Caruaru, 09 de fevereiro de 2015. oe : Z— ~Donizeté Menezes Veras Matricula 319.868-5 POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO ‘SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 TERMO DE DECLARACOES DE VANUCIA MARGARETE RAFAEL. FERREIRA. ‘Aos 11 dias do més de fevereiro do ano de dois mil e quinze, na Delegacia de Policia de Pesqueita-PE, presente 0 Bel ERICK DA SILVA LESSA, Delegado de Policia, comigo Escrivao de Policia a seu cargo no final assinado, af 8s 09:45 horas, compareceu VANUCIA MARGARETE RAFAEL FEI Arcoverde-PE, mnascida em 22.11.1958, RG n°1593176-SDS/PE, CPF n°226.882.504-34, conselheira tutelar do municipio de Arcoverde-PE, filha de Francisco Pereira da Silva e Iéda Rafacl Pereira, residente na Rua Padre Roma, n°52, Bairro Centro, Arcoverde-PE (087-3821 1049/087-91632757/087- 98015011), Testemunha compromissada na forma ¢ sob as penas da Ici, inquirido pela autoridade, disse 0 seguinte: QUE faz parte do conselho tutclar de Arcoverde desde 2008, exercendo mandato que ird até janciro de 2016; QUE jé foi consclheira tutelar anteriormente, no periodo de 1999 até 2005; QUE a dec ante nao tinha conhecimento da situacao da menor de ANA CLAUDIA, sendo que apenas no dia 26.12.2014, a declarante recebeu um telefonema da consclheira ELAINE, informando que um oficial de Justica havia telefonado para cla dizendo que haviam algumas pessoas para serem atendidas no conselho tutelar, a mando do Juiz; QUE a declarante entrou em contato com a conselheira tutelat GLEICIARA ¢ foram ambas a0 conselho tutelar, onde encontraram a menina ANA CLAUDIA, com a av6 paterna, acompanhada de uma tia, ¢ também estavam presentes os avés maternos, acompanhados de uma filha; QUE the apresentaram um tormo de audiéneia, cuja cOpia apresenta neste momento, onde constava que a crianga deveria ser entregue pela av6 paterna aos avés maternos, no dia 26. 12.2014, as 11:30 horas, ¢ no dia 15.01.2015, no mesmo horirio, a crianga deveria ser entregue pelos avés matcrnos a av6 paterna ou ao genitor; QUE estranhou 0 fato do termo de audiencia nao estar assinado, sendo informados pelos familiares ali presentes que 0 Juiz dissera ter enviado um oficio ao conselho acerca de tal determinacao; QUE como 0 oficio nao havia chegado, fizeram um termo de entrega e responsabilidade, constando que a crianga fora entregue aos avés maternos, conforme determinado; QUE nao houve nenhum desentendimento entre os presentes; QUE no dia (15.01.2015, reeeberam o oficio do Juiz acerca da determinagio de entrega da crianga, cuja cépia do oficio apresenta neste momento; QUE no dia 15.01.2015, a crianca foi trazida até 0 selho pelos avs maternos, estes acompanhados de uma filha, © foi entregue & av6 paterna, a0 pai ea uma tia, sendo que na ocasidio presenciou quando o pai da 2) 2 pen POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO, SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 crianga informou 4 av6 materna que as aulas da menina comecavam dia 02.02.2015; QUE naquele momento a fitha do St? JOAQ, tia da menor, exaltou-se, chamando o pai da crianga de "palhago", no que © pai disse que a "guarda era dele"; QUE a declarante interveio, informando que ali nao era lugar para discussao ¢ que tudo que ocorresse ali ela teria de informar ao Juiz, ¢ assim foi feito, conforme copia do oficio 1045/2015, que apresenta neste momento; QUE tomou conhecimento que Posteriormente, em data que nio se recorda, pois cla declarante nao estava presente, que av6 paterna foi a0 consclho tutelar ¢ falou com GLEICIARA, pedindo que esta telefonasse para o conselho tutclar de Pocio-PE, para que cles avisassem & familia materna que deveriam vir buscar a crianga no dia 06.02.2015, as 17:30 horas, no colégio Imaculada Conceigao, em Arcoverde-PE; QUE tem conhecimento que GLEICIARA telefonou para 0 conselho de Pogao falow com uma consetheira, ndio sabendo quem, ¢ repassou a informagio; QUE Iembra que na semana entre os dias 02(dois) ¢ 06(seis) de fevereiro, a av6 paterna foi ao conselho tutclar de Arcoverde e perguntou se a familia materna da menina tinha sido avisada, reeehendo confirmacao positiva; QUE ressalta que o conselho tutelar de Arcoverde niio teve nenhuma participagio no processo de guarda da crianga, nio tendo recebide nenhum tipo de solicitagao para acompanhamento, tendo tomado conhecimento disso apenas como informou acima e, posteriormente ao crime, viu entrevista do avd paterno falando acerca da existéncia de uma agio de guarda da menor, disputada catre as avés_materna ¢ paterna; QUE esclarece que nunca tomou conhecimento se o conselho tutclar de Pogo tinha algum envolvimento com a situagio da menina ANA CLAUDIA, ou se alguma vez chegou a fazer 0 transporte da menina; QUE conhecia todos os conselheiros tutelares de Pogio, tendo-os por boas pessoas, excelentes profissionais; QUE nunca teve conhecimento se os conselheitos tutelares de Pocao tinham alguma inimizade, ou se tivessem recebido alguma ameaca, tanto em relacio a0 trabalho que desenvolviam quanto pessoal; QUE costumavam encontt 98 conselheiros de Pogio quando havia algum encontro de conselheiros, © ness:is ocasides as conversas cram sobre as dificuldades de trabalho, salitio, ele; QUE afirma que no houve nenhum telefonema dos familiares paternos ou maternos para aqucle conselho tutelar de Arcoverde; QUE lembra que no termo de audiéneia que veio anexado ao oficio enviado ao conselho, constava um acordo para que a menina fosse cntreguc, quinzenalmente, aos avés maternos, na colégio Imaculada Conceigio, ao termino do horatio da aula e que os mesmos entregassem a crianca diretamente naquela escola na segunda-feira seguinte; QUE conhecia a avé paterna da crianga porque quando a declarante entrou para o consclho tutclar, em 1999, a se com, POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL, POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO. DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 av6 paterna trabalhava como oficial de Justiga no frum de Arcoverde, sabendo apenas que posteriormente a mesma havia sido transferida, tendo visto a mesma novamente apenas no dia 26.12.2014; QUE esclarece que ha aproximacao ou vinculo de amizade com a avé paterna da crianga, apenas a conhecia em virtude da mesma ter trabalhado no forum de Arcoverde, aiquela época; QUE niio conhecia os demais familiares, nem maternos nem paternos; QUE tomou conhecimento do que ocorrera por volta das 21:00 horas, através de um telefonema de sua colega, MARIA ROSILEIDE DA SILVA, a qual the telefonou chorando dizendo que os consclheiros de Venturosa haviam visto uma informagio na internet acerca do caso; QUE. a declarante disse que deveria ser mentira isto, mas mesmo assim telefonou para sua hora, que tem familia em Pogio, pedindo que confirmasse tal informagio; QUE recebeu entio a confirmagio de que aquele fato realmente havia ocorrido; QUE no dia 06.02.2014, a declarante trabalhou das 08:00 horas até 8 14:00 horas junto com as conselheiras ROSILEIDE ¢ JANEIDE, ¢ das 12:00 horas até as 18:00 horas, wabalharam GLEICIARA ¢ ELAINE; QUE pode afirmar que naquela data ni houve nenhum contato telefSnico entre os conscihos tutelares de Arcoverde ¢ de Pogio; QUE tem conhecimento da existencia de comentirios, inclusive na imprensa, de que os autores intelectual do crime seriam a av6 paterna e o pai da crianga; Nada mais disse e nem Ihe foi perguntado,\lido c achado conforme, assina com a autoridade, a declarante © comigo Escrivgh que digite DELEGADO, DECLARANTE luo 5 y POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO ‘SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL, POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO. DINTER 4 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 TERMO DE DECLARACOES DE GLEYS YARA CARVALHO ALVES. Aos 11 dias do més de fevereiro do ano de dois mil c quinze, na Gerencia de Controle Operacional do Interior 1, Caruaru-PE, presente 0 Bel ERICK DA SILVA. LESSA, Delegado de Policia, comigo Escrivao de Policia a scu cargo no final assinado, af 4S 11:15 horas, compareceu GLEYS YARA CARVALHO ALVES, natural de Arcoverde-PE, nascida em 12.04.1984, RG n°6695662-SDS/PE, CPF n°051.880.184-54, conselheira tutelar, filha de Marcos Alves da Silva ¢ de Marineide Carvalho Alves, residente na Rua Jacinta Sampaio Feitosa, n°30, Bairro Sao Cristovao, Arcoverde-PE(087-91386238/087-9604213 1/087- 38219056 e 087-88637929, do conselho tutelar). Testemunha compromissada nat forma e sob as penas da lei, inquirido pela autoridade, disse 0 seguinte: QUE faz parte do conselho tutelar de Arcoverde desde o inicio de 2012, exereendo mandato gue ir até janeiro de 2016; QUE nao tinha conhecimento acerca do processo de guarda da menina ANA CLAUDIA, tendo tomado conhecimento disso apenas quando a avé paterna chegou ao conselho com um documento do Juiz, onde havia a determinacao para que a crianga fosse entregue aos avés malernos, na sede do conselho, isto no dia 26.12.2014; QUE na ocasido estavam presentes a avé pater, a av6 materna ¢ uma tia materna da menina; QUE a entrega da crianga foi feita normalmente, sendo confeccionado um termo de entrega ¢ responsabilidade; QUE acha que quem ditigia 0 carro que foi buscar a erianga era 0 avo paterno, mas a declarante nao se recorda de ter visto 0 mesmo entrando no consctho naqucle dia QUE a entrega foi feita por volta das 11:30 horas do dia 26.12.2014, e que estava marcado para que no dia 15.01.2015, os avés maternos viessem entregar a crianga & av6 paterna ou ao pai, no mesmo horirio, no conselho tutelar; QUE ressalta que no dia 15.01.2015, a declarante nao estava trabalhando no horario da entrega, entretanto tomou conhecimento que a crianga foi entregue conforme determinade naquele documento; QUE lembra que depois do dia15.01.2015, em data que nao se recorda, mas acreditando que ha cerca de quinze dias, a av6 paterna, BERNADETE, foi a0 consclho tutclar ¢ falou com a declarante, pedindo que cla telefonasse para 0 consclho tutclar cle Pogao, pedindo que os mesmos avisassem aos avés paternos dit menina ANA CLAUDIA que fossem buscar a menina no Colégio Imaculada Conceigao, no dia 06.02.2015, as 17:00 horas; QUE dias aps, nao lembrando a data, mas acredita que na semana passada, BERNADETE voltou ao consetho tutelar, onde estavam a declarante, VANUCIA ¢ ELAINE, ¢ perguntou se 0 recado hava sido dado aos avés maternos ¢ se eles viriam busc: ‘a menina, ¢ comentou que cla ia be POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO ‘SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 1 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 4 GCOI1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 viajar ec o filho dela também; QUE a declarante telefonou novamente para o conselho tutelar de pogio ¢ falou com uma consclheira, no recordando-se CARMEM ou a ouira conselheira, perguntando "deram 0 recado?", tendo a conselhcira respondido "demos", e a declarante perguntou se "ta tudo certo?" ¢ a consclheira respondeu "ti"; QUE esta foi a tiltima vez que a av paterna, BERNADETE, esteve no conselho tutelar de Arcoverde; QUE ficou bastante claro que quem viria buscar a crianga era a av6 materna; QUE esclarece que nunca houve nenhuma outta solicitagio ou informacio do Judiciério ou Ministerio Péiblico ao conselho tutelar de arcoverde, em relacio 4 menina ANA CLAUDIA, além da determinagao para a entrega da menina na sede do conselho, no dia 26.12.2014 © no 15.01.2015; QUE no dia 15.01.2015, eram VANUCIA ¢ JANEIDE quem sslavam no conselho e presenciaram a entrega da menina; QUE tem conhecimento que no dia 15.01.2015, estiveram presentes no conselho 0 avé ¢ a avé matcrnos, uma tia materna, o pai da crianga ¢ a av6 paterna; QUE nao sabe se 0 conselho tutclar de Poco acompanhava o caso dessa menina ou sc tinha conhecimento da situagdo dela: QUE os comentérios na localidade s4o de que a avé paterna ¢ o pai da crianga ANA CLAUDIA scriam os autores de tal ctime; QUE tomou conhecimento do crime ora investigado através de suas colegas de trabalho, na sexta-feira a noite, tendo visto posteriormente a divulgacao do caso na internet ¢ na televisao, inclusive a declarante esteve presente, junto com varios outros conselhciros, em Pogio-PE, no sibado, dia 07.02.2015, prestando apoio moral as familias cnlutadas; QUE nfo conhes BERNADETE co filho dela, CLAUDIO, tendo tomado que BERNADETE 6 de Justica porque a mesma comentou isso, quando esteve no conselho; Nad: mais disse e nem the foi perguntado, lido e ach declarante e comigo Escrivao que digitei, assina com a autoridade, a DELEGADO. DECLARANTE_& ESCRIVAO j ee POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO, SECRETARIA DE DEFESA SOCIAL, POLICIA CIVIL DE PERNAMBUCO DINTER 4 - DIRETORIA INTEGRADA DO INTERIOR 1 GCOI 1 - GERENCIA DE CONTROLE OPERACIONAL DO INTERIOR 1 TERMO DE DECLARAGOES DE REGINALDO MENDES BARBOSA. Aos 11 dias do més de fevereiro do ano de dois mil ¢ quinze, na Gerencia de Controle Operacional do Interior 1, Caruaru-PE, presente 0 Bel ERICK DA SILVA LESSA, Delegado de Policia, comigo Escrivao de Policia a seu cargo no final assinado, af As 12:05 horas, compareceu REGINALDO MENDES BARBOSA, natural de ARcoverde-PE, nascido em 18.01.1972, RG n°4038119-SSP/PE, CPF n°749.153.474-00, motorista, filho de Severino Barbosa ¢ Maria Mendes Barbosa, residente na Rua dos Mascates, n°270, Bairro Santa Luzia, Arcoverde -PE(087-91634154/087-38219056-conselho tutelar). Testcmunha compromissada na forma e sob as penas da lei, inquirido pela autoridade, disse 0 seguinte: QUE trabalha como motorista de taxi, ¢ seu taxi € colocado pela Prefeitura de Arcoverde- PE a disposicdo do Conselho Tutelar, isto ha cerca de quinze anos; QUE lembra que no dia 26.12.2014, cra o dia da confraternizagio dos conselheiros tulclares, por isso alguns conselheiros estavam de sobreaviso; QUE lembra que antes de meio dia, nao lembrando a hora exata, mas acredita que por volta das 11:00 horas, recebeu um telefonema de VANUCIA pedindo para que o declarante fosse buscar ela ¢ a conselheira YARA cm casa, pois tinham uma diligencia; QUE 0 declarante pegou as duas conselheiras ¢ foram para a sede do conselho tutelar, que fica na cesa da cidadania, em Arcoverde; QUE ali chegando presenciou as familias de uma menina soube que havia um documento do Juiz determin: nga A outta familia ali, na sede do conselho; QUE as cc procedimentos delas e a crianga foi entregue; QUE lembra que no dia 15.01.2015, cle declarante estava no conselho ¢ viu os mesmos familiares daqucla menina na sede do consctho; QUE nao acompanhou a entrega nem sabe dizer se houve algum atrito entre os familiares, mas soube que a entrega da menina foi feita naqucle dia, 15.01.2015 e, pelo que o declarante soube, naquele dia tratava-se da devolugio da menina de uma familia 4 outra; QUE nao tinha nenhum conhecimento sobre 0 caso da guarda dessa menina, inclusive nao sabe dar nenhuma informacao sobre o andamento do processo, apenas lembra-se que VANUCIA © YARA comentaram que era apenas para elas, do conselho tutelar, acompanharem a entrega da menina de uma familia A outra; QUE ouviu comentarios, em rodas de pessoas, de que no dia, 06.02.2015, 0 horario para a entrega da menina seria as 11:30 horas ¢ teria sido mudado para as 17:30 horas, entretanto nao viu as conselheiras tutclares falarem acerca desse fato; QUE conhece a avé paterna da menina, BERNADETE, apenas de vista, tendo conhecimento que a mesma é oficial de justia © trabathou em acr /h ds sy nod:

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