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PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Autor: Roseane Dutra Rodrigues1


Tutor externo: Fernanda Ribeiro2
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (Ped: 1914) – Estágio
30/06/2020

RESUMO

Neste artigo o principal enfoque é a alfabetização nos anos iniciais do ensino


fundamental. A área de concentração é a metodologia de ensino e a delimitação a
alfabetização. Ao estudarmos a alfabetização percebemos o quanto é importante na
vida dos alunos. É uma grande responsabilidade de o professor alfabetizar uma
criança ao qual levará este aprendizado para sua vida toda. A alfabetização também é
uma construção social na vida da criança. O processo de ensino- aprendizagem deve
garantir uma alfabetização por completo do educando. É um direito da criança,
portanto um dever do estado. Na busca de como ensinar o educador dever conhecer e
compreender o processo da alfabetização. Bem como conhecer o aluno para que
possa ser compreendido como um todo. Ensinar e aprender são um processo que
transforma pessoas e conseqüentemente o professor e o aluno estarão juntos nesta
construção.

Palavras-chave: Alfabetização, Educador, Ensino.

1 INTRODUÇÃO

Nesta pesquisa a área de concentração escolhida foi metodologia de


ensino, com a delimitação do tema alfabetização. O objetivo desta pesquisa é
aprofundar-se sobre o tema informado. Conhecer e desenvolver novos
conhecimentos na prática de estágio.

A alfabetização na educação das crianças é um direito conquistado na


LDB 1996. Alfabetizar vai alem de ensinar a ler e escrever, pois na construção
o processo de ensino aprendizagem a criança se redescobre no mundo. O
educador tem que estar envolvido neste processo porque fará parte da
construção social da criança.

1
Acadêmico do Curso de Licenciatura em XXXXXXXXXX; E-mail: roseanedu@hotmail.com
2
Tutor Externo do Curso de Licenciatura em Pedagogia – Polo Uniasselvi, E-mail:
fernandaribeiro@uniasselvi.com.br
Verificaremos nesta pesquisa que o aluno é foco no seu próprio
processo de educação. Em tempos de globalização as formas de aprender e
ensinar diversifica, aumentam agora as crianças tem mais informações as suas
disposições. O professor deve renovar-se acompanhar estas modificações.

Observar uma breve abordagem nos níveis de alfabetização de Emilio


Ferreiro, ao quais suas pesquisas nos apontam em que rumo como professor
deve tomar num processo tão importante que é alfabetização. O professor
deverá conduzir este processo com uma prática reflexiva que também
possibilitar a reflexão do aluno no seu processo de aprender.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

Neste projeto será apresentado um estudo sobre a alfabetização no


ensino fundamental. Como consta na LDB 1996 é direito da criança a
educação básica obrigatória. Nesta perspectiva a escola deve garantir
atendimento deste direito aos alunos. Estabelecer métodos que cumpram
um papel tão importante que é a alfabetização. Mas muito além de ensinar
a leitura e a escrita vamos compreender que alfabetizar é um processo rico
e que exige do educador um estudo intenso .

Fundamentalmente a aprendizagem é considerada, pela visão


tradicional, como técnica. A criança aprende a técnica da cópia, do
decifrado. Aprende a sonorizar um texto e a copiar formas. A minha
contribuição foi encontrar uma explicação, segundo a qual, por trás da
mão que pega o lápis, dos olhos que olham, dos ouvidos que
escutam, há uma criança que pensa. Essa criança não pode se
reduzir a um par de olhos, de ouvidos e a uma mão que pega o lápis.
Ela pensa também a propósito da língua escrita e os componentes
conceituais desta aprendizagem precisam ser compreendidos.
(FERREIRO, 1985, p. 14 apud MENDONÇA; MENDONÇA, 2020).

Ao estudarmos a pesquisadora Emilia


FERREIRO(2020),compreendemos que o ato de alfabetizar, busca o
conhecimento de quem é o aluno.

O professor deve considerar o aluno como o foco principal no processo


de alfabetização “[...] a criança passa a ser vista como “agente” ativo no seu
processo de aquisição de se conhecimento sobre a escrita, elaborando
hipóteses sobre a mesma.”(TRINDADE et al,2008,p.64).

Contudo devemos considerar este processo como também uma


construção social da criança. Reconhecer que esta busca da aprendizagem é
um todo que deve abranger um conhecimento de que o aluno traz para escola.
Como também o novo que o mesmo irá aprender na escola. Conforme
Trindade:

Em tempos de globalização, em que há uma transitoriedade do


conhecimento e de formas de aprender e ensinar, num mundo onde,
desde o nascimento, a criança é rodeada por uma série de recursos
tecnológicos, a entrada na primeira série ainda é um marco na sua
vida. Continuam circulando na sociedade representações culturais de
que aprender decifrar a escrita é a adquirir as chaves para abrir as
“portas do paraíso” do conhecimento.(TRINDADE et al,2008, p. 15)

Segundo Freire (1921)“[...] Desde muito pequenos aprendemos a entender


o mundo que nos rodeia”. Este é o conhecimento comum e experiências que os
alunos trazem para a escola. E com as novas tecnologias devemos enquanto
educador mostrar a criança o quanto ela pode aprender na escola, compreender
que haverá novas conquistas.

Conhecer e aprender sobre processos de aprendizagem é passo


importante para o professor na educação. Nesta perspectiva vamos observar a
hipótese central de cada etapa (nível) por Emilia Ferreiro:

Nível I e II – Pré-silábico

Hipótese central: (I) escrever é reproduzir os traços típicos da escrita, identificados


pela criança como a forma básica da escrita. (II) Para ler coisasdiferentes, isto é,
atribuir significados diferentes, deve haver uma diferença objetiva nas escritas.

Nível III – Silábico Hipótese central: tentativa de dar um valor sonoro a cada uma das
letras que compõem a escrita.

Nível IV – Silábico-alfabético Hipótese central: coexistência de duas formas de


corresponder sons e grafias: fonemas para algumas partes das palavras e sílabas
para as outras.
Nível V – Alfabético Hipótese central: compreensão de que cada som (fonema)
corresponde a uma letra e que as letras se combinam para formar sílabas e palavras.

FONTE:Elias (2000, p. 170-174) apudJung.

Neste contexto ainda (MENDONÇA; MENDONÇA, 2020) complementa os


níveis de alfabetização:
[...] 1º) o da distinção entre o modo de representação icônica
(imagens) ou não icônica (letras, números, sinais); 2º) o da
construção de formas de diferenciação, controle progressivo das
variações sobre o eixo qualitativo (variedade de grafias) e o eixo
quantitativo (quantidade de grafias). Esses dois períodos configuram
a fase pré-linguística ou pré-silábica; 3º) o da fonetização da escrita,
quando aparecem suas atribuições de sonorização, iniciado pelo
período silábico e terminando no alfabético.(MENDONÇA;
MENDONÇA, 2020).

A construção dos níveis de alfabetização se da então: Nível pré-silábico


a crianças se utiliza de imagens ou letras e números para representar a palavra
que deseja. Os caracteres o tamanho do objeto com a quantidade caracteres
Nível silábico já passa a atribuir sons conforme a letra apresentada. Nível
silábico- alfabético quando a criança já compreende som e grafia. E por fim
alfabético quando

Ainda (MENDONÇA; MENDONÇA, 2020) escrita se apresenta com uma


construção do sistema de alfabetização, consideram urgente a mudanças de
metodologias que colaborem para o processo de alfabetização.

A construção do processo de alfabetização exige uma didática


construtivista do professor. Aprender a aprender para poder ensinar e
desenvolver um ato de educação junto aos alunos. Paulo Freire foi de grande
contribuição para educação e nos faz refletir em um ensino critico. Assim
colaborar para a construção de cidadãos.

No Círculo de Cultura, enquanto contexto que costumo chamar


teórico, esta atitude de sujeito curioso e crítico é o ponto de partida
fundamental a começar na alfabetização. O exercício desta atividade
critica, na análise da prática social, da realidade em processo de
transformação possibilita aos alfabetizandos, de um lado, aprofundar
o ato de conhecimento na pós-alfabetização; de outro, assumir diante
de sua quotidianidade uma posição mais curiosa. A posição de quem
se indaga constantemente em torno da própria prática, em torno da
razão de ser dos fatos em que se acha envolvido. (FREIRE, 1921)
O educador no papel de mediador da aprendizagem deve estar em
constante busca pelo conhecimento. Como também refletir sobre este papel
que vivencia em sala de aula. Segundo Freire(1997)A formação permanente
das educadoras, que implica a re-flexão crítica sobre a prática, se funda
exatamente nesta dialeticidade entre prática e teoria.

Conforme (TRINDADE et al,2008), podemos realizar reflexões acerca de


novas práticas pedagógicas. Cabe ao professor ser reflexivo a busca de melhor
aprendizagem para este processo de alfabetização.

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
Devido a pandemia do covid-19 não houve ida a campo, bem como
práticas de observações e regências. O que nos condicionou um novo
processo de aprendizagem. Como o estudo do processo da alfabetização nos
aponta que é também um processo social. A pesquisa somente baseada em
bibliografias, nos trás um prejuízo nesta área de conhecimento. São inovadoras
as tecnologias que nos rodeiam, mas uma prática com alunos totalmente online
nos limita ao campo da imaginação.

Elaborar atividades sem conhecer o público, torna a mesma fragilizada.


Pois cada turma tem seu perfil, seu tempo, o grupo em geral terá uma postura
conjunta.

Contudo o professor a cada dia deve se reinventar e aprender a


aprender. Criar e recriar como seria a prática pedagógica em sala de aula foi
uma ato de estudo bem intenso. Primeiro momento foi pensar em que ano, e
qual a turma, escolhendo o primeiro ano. No segundo momento dedica-se a
pesquisa o que o primeiro ano aprende. O suporte do professor a LDB 1996, e
assim o tema escolhido logo então à alfabetização.

As atividades com uma turma de primeiro ano a qual foi escolhida,


pensar e elaborar as atividades não seria uma tarefa fácil. Rebuscando no
conhecimento popular, pensou-se como são as crianças nos dias atuais.
Crianças que a todo o momento tem acesso a informação, uma informação que
reflete muito em sala de aula. Ao longo de alguns estudos realizados em outros
momentos também conhecemos que as atividades deveriam ser mais lúdicas.
Então em linhas gerais buscou-se atividades que viabilizassem a alfabetização
da criança de forma lúdica. Assim atividades de jogos, com pintura, recurso de
vídeo, história,atividades em grupo.
Desenvolver este projeto foi desafiador, tanto por nosso momento
quanto a pandemia, mas como também elaborar atividades sendo parte do
processo de ensino aprendizagem. Segundo Freire (1997)”[... participemos
como aprendizes, e portanto ensinantes, ou como ensinantes e, por isso,
aprendizes também”. O professor ao ensinar aprende novamente, aprende a
aprender, construindo sua própria aprendizagem.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

A aprendizagem sempre nos desperta mais a curiosidade como futuro


professor. Cada momento de novos conhecimentos nos agrega valor
intelectual, mas com uma grande contribuição para a nossa vida pessoal. A
cada etapa o nosso desenvolvimento enquanto professor aumenta, pois somos
parte do ensino.

Conhecer como ocorre o processo de alfabetização e aprender sobre o


mesmo é um diferencial para o professor. É um estudo muito amplo que deve
ser abordado mais vezes por parte dos professore. Compreende-se que
alfabetizar vai muito alem de ensinar a ler e a escrever. Portanto é uma
pesquisa que demanda continuidade. Mas neste projeto podemos a conhecer
que rumo deve-se tomar para futuras pesquisas no tema abordado.

Em frente à pandemia covid-19 a dificuldade maior foi não ter realizado a


prática. Não poder aplicar as atividades, e de fato estar em sala nos deixa uma
realidade desconhecida.

Mas apesar de na estar em sala, à possibilidade de realizar a pesquisa


de um plano de aula enriquece nosso conhecimento. A pesquisa e o estudo é o
maior recurso do professor. Então mesmo com as dificuldades consegue-se
alcançar um objetivo de conhecimento científico.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional(LDB).Lei nº9.394, de 20 de
dezembro de 1996. Disponível em
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf>.Acesso em
26/05/2020 ás 18:24

FREIRE, Paulo, 1921 – A importância do ato de ler: em três artigos que se


completam / Paulo Freire. – São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989.

FREIRE, Paulo, 1997 – Professora sim tia não/Paulo Freire – São Paulo: Editora Olho
d´Água

JUNG, Brigitte Klenz Fundamentos e metodologias da alfabetização e letramento /


Brigitte Klenz Jung. Indaial : Uniasselvi, 2012

Mendonça, Onaide Schwartz -Psicogênese da Língua Escrita: contribuições,


equívocos e consequências para a alfabetização

TRINDADE, Iole, 2008 -Múltipla alfabetizações e alfabetismos/Iole Maria Favieiro


Trindade – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008.

ANEXO
Registro de Frequência

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