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A PARTICIPAÇÃO FAMILIAR RESPONSÁVEL E A APRENDIZAGEM

ESCOLAR DOS FILHOS 


 
Sem pretensão de generalização, gostaria de trazer um ponto que serve para a reflexão
quanto a aprendizagem escolar: filhos responsáveis são oriundos de famílias onde é a
relação é baseada na interação e participação responsável.  
Todos nós, desde o momento em que nascemos, vamos nos constituindo mediante
aprendizagens. Não nascemos prontos, tão pouco, findamos nossa trajetória da forma
que iniciamos. Nascemos com possibilidades, no que se refere a relação com os
outros, com a cultura, com a história já construída e em construção.
Nessa trajetória, vamos constituindo laços de responsabilidades que se refletem
em aprendizagens que  estão implícitas na forma como nosso grupo familiar e social
participa. Quando nos deixamos de participar, deixamos de lado oportunidades de
ampliar nossa aprendizagem, consequentemente, todas as competencias oriundas da
responsabilidade. Na família não é diferente, a participação dos pais implica
diretamente na educação e na aprendizagem escolar dos filhos. 
A interação participativa familiar, configura as bases da formação sociocultural dos
filhos. Dessa forma, os filhos vão se tornando mais maduros em relação à
aprendizagem, na medida em que se tornam membros de uma comunidade (seja ela
escola ou a família), ou de um mundo compartilhado subjetivamente pelo seu grupo
social de referência.
É pela interação e participação que os indivíduos formam-se, seja no âmbito da
estrutura de sua personalidade, e ao mesmo tempo, no grau de participação assumidos
com responsabilidade na sociedade. A responsabilidade e a participação fazem com
que os filhos passem a compreender à si mesmos, permitindo agirem autonomamente
e de modo responsável diante de si, diante da sociedade e da cultura. 
Portanto, a participação da família é o horizonte norteador a partir do qual os filhos
vão configurando seus processos de aprendizagem - inclusive, aprender a ser gente -
enquanto construção de personalidade, frente à cultura, à história e à
sociedade. Dessa forma, entende-se que o ser humano, tendo por referência a sua
construção, cria relações de proximidade e ampliação de suas potencialidades, a partir
do momento que interage de maneira decisiva com seu grupo familiar. 
No espaço familiar, as pessoas têm a possibilidade de aprender uns com os
outros, reconstruindo os seus saberes e a sua identidade, em processos de
concordância e conflito. Caso não ocorra a relação comunicativa entre a família e os
seus, deixa de existir o essencial no processo de formação e de aprendizagem: a
comunicação. 
Por fim, cabe dizer ainda, que é no mundo da vida, em especial, no grupo familiar,
que o sujeito inicia e dá continuidade aos seus processos de aprendizagem. No
entanto, não basta estar inserido, é preciso participar. Mais do que isso, é preciso
transformar as orientações educativas em reflexão e vivências. A partir dessa
transformação, os sujeitos são capazes de desenvolverem suas aprendizagens
objetivas, culturais, sociais e subjetivas, elos garantidores de sucesso em suas
aprendizagens.

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