O documento discute formas de reconhecimento de paternidade e autoridade parental. Existem dois tipos de reconhecimento: voluntário, onde o pai reconhece formalmente, e judicial, onde é necessário processo caso o pai não reconheça. A autoridade parental pertence a ambos os pais e pode ser extinta, suspensa ou destituída judicialmente em casos como abandono ou maus-tratos dos filhos.
Descrição original:
Título original
seminario civil v - Autoridade parental, filiação e reconhecimento e poder familiar
O documento discute formas de reconhecimento de paternidade e autoridade parental. Existem dois tipos de reconhecimento: voluntário, onde o pai reconhece formalmente, e judicial, onde é necessário processo caso o pai não reconheça. A autoridade parental pertence a ambos os pais e pode ser extinta, suspensa ou destituída judicialmente em casos como abandono ou maus-tratos dos filhos.
O documento discute formas de reconhecimento de paternidade e autoridade parental. Existem dois tipos de reconhecimento: voluntário, onde o pai reconhece formalmente, e judicial, onde é necessário processo caso o pai não reconheça. A autoridade parental pertence a ambos os pais e pode ser extinta, suspensa ou destituída judicialmente em casos como abandono ou maus-tratos dos filhos.
2- O que fazer quando o pai não reconhece o filho ?
Reconhecimento Pode ser conceituado como o ato por meio do qual se estabelece relação de parentesco em primeiro grau, na linha reta.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, no artigo 27, dispõe
sobre as características do direito ao reconhecimento filiatório.
Personalíssimo: Independe de consentimento de
terceiros; Indisponível: As partes não podem abrir mão Imprescritível: Pode ser reconhecido a qualquer tempo A lei 8.560/92 expõe duas formas de reconhecimento da filiação
a) Reconhecimento Voluntário: o próprio pai manifesta a
vontade de reconhecimento formalizando sua vontade por escritura publica ou testamento perante o Tabelião de Notas ou por um instrumento particular.
É importante ressaltar que para ser feito o reconhecimento
voluntário, necessita a anuência da mãe do reconhecido, do maior de 21 anos e do menor de 21 anos. A anuência da mãe do reconhecido é necessária, pois caso ela não concorde deverá explicar seus motivos para o não reconhecimento do filho pelo suposto pai. Da anuência do filho maior de 21 anos para que o pai consiga reconhecer o filho maior de 21 anos e expressamente preciso que o filho concorde com o reconhecimento, se o filho não quiser o pai não conseguira reconhecer. O art.1614 Código Civil é claro: “Art. 1 614. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o menor pode impugnar o reconhecimento, nos quatro anos que se seguirem à maioridade, ou à emancipação.” (BRASIL, 2010b. p.277). Reconhecimento Judicial ou Forçado b) Reconhecimento Judical é quando pai não reconhece o filho, então a genitora poderá pedir o reconhecimento judicial, onde o Estado abrirá uma investigaçaõ de paternidade. Sobre o processo de reconhecimento: 1)Genitora procura a Promotoria ou Advogado. 2) Será marcado um dia para que a Assistente Social veja a situação financeira de ambos. 3) Após a entrevista é mandado uma notificação ao pai para comparecer a Promotoria para a averiguação de paternidade. Reconhecimento Judicial ou Forçado Sobre o processo de reconhecimento:
4) No dia marcado é feito um reconhecimento
expontâneo, caso o pai reconheça a criança, será redigido um acordo entre as visitas e alimentos que posteriomente será averbada pelo Juiz. 5) Caso não haja acordo, o Promotor poderá pedir exame de DNA para sanar todas as duvidas. Autoridade Parental (poder famíliar)
Poder famíliar era conhecido como pátrio poder pelo
Código Civil de 1916, onde o poder familiar era do pai sobre a família. E após o Código Civil 2002, esse poder passou para ambos genitores.
Alguns doutrinadores preferem referir-se ao poder
familiar como Autoridade Parental. Autoridade Parental segundo Silvio Rodrigues, “é o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais, em relação à pessoa e aos bens dos filhos não emancipados, tendo em vista a proteção destes”.
Essa Autoridade está mais relacionada a
deveres do que de fato poder sobre os filhos. Casos de extinção, suspenção e destituição
A autoridade parental pode ser extinta,
suspença e destituita dos pais em alguns casos, vejamos:
a) Extinção da autoridade parental:
Morte dos pais Morte do filho(s) Maioridade do filho(s) Emancipação Adoção Decisão Judicial b)Suspensão da autoridade parental
Abuso de autoridade (risco de exposição à vida, à
saúde, ao lazer) profissionalização, à dignidade Genitor for condenado, por sentença irrecorrível, com pena de mais de 2 anos de prisão c) Destituição da autoridade parental
Diferentemente da suspenção a destituição faz com que o
genitor(a) ou genitores perca totalmente o direito-dever do filho por ordem judical. Todos elencados no artigo 1638 do Código Civil.
I - castigar imoderadamente o filho;
II - deixar o filho em abandono; III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes; IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente. V - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção. Parágrafo único. Perderá também por ato judicial o poder familiar aquele que: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) I – praticar contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher; (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) b) estupro ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão; (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) II – praticar contra filho, filha ou outro descendente: (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher; (Incluído pela Lei nº 13.715, de 2018) b) estupro, estupro de vulnerável ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão. Obrigado pela presença!