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Contrários aos mudancistas, os anti-mudancistas ou não-mudancistas, foram os

que defenderam a permanência da capital em Ouro Preto. E esta defesa fez-se através da
imprensa e pelas discussões travadas entre deputados e senadores no poder legislativo. Os
principais anti-mudancistas foram os deputados Camillo de Brito, Costa Sena e o senador
Xavier da Veiga, além de personalidades ouropretanas de relevo como o padre Camilo
Veloso e os componentes da Intendência Municipal de Ouro Preto37, como Cândido Cruz
e Francisco Borja de Almeida Gomes, entre outros, que tiveram participação ativa e
direta nas negociações para o aperfeiçoamento da cidade e na luta contra a mudança da
capital38. O principal meio de divulgação dos ideais anti-mudancistas foi o jornal “A
Ordem”, presidido por Xavier da Veiga. Chefe e redator de “A Ordem”, Xavier da Veiga
era monarquista convicto e, com a proclamação da Republica, passou a defender Ouro
Preto com tamanha tenacidade que acabou se tornando o maior arauto da luta
antimudancista; publicou em seu jornal inúmeros artigos, a maioria de seu próprio punho,
que defendiam a permanência da capital em terras ouropretanas. Em seus
pronunciamentos no congresso, Xavier da Veiga39 sempre defendia Ouro Preto

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