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Entre fatos e artefatos: Literatura e ensino de história nos encontros acadêmicos nacionais (1979-2007)
Entre fatos e artefatos: Literatura e ensino de história nos encontros acadêmicos nacionais (1979-2007)
Entre fatos e artefatos: Literatura e ensino de história nos encontros acadêmicos nacionais (1979-2007)
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Entre fatos e artefatos: Literatura e ensino de história nos encontros acadêmicos nacionais (1979-2007)

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Obra importante para a historiografia, para o ensino de história e de literatura e para o ensino em geral. Para a primeira, entendida como a forma que o conhecimento sistemático sobre a história foi produzido nas mais variadas épocas, por trazer significativo balanço dos múltiplos diálogos, dimensões e perspectivas dos mesmos, entre o conhecimento histórico, seu ensino e a literatura a partir dos principais eventos da nossa área no Brasil contemporâneo.
LanguagePortuguês
PublisherEDUEL
Release dateJun 1, 2014
ISBN9788572167451
Entre fatos e artefatos: Literatura e ensino de história nos encontros acadêmicos nacionais (1979-2007)

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    Entre fatos e artefatos - Ademar Firmino dos Santos

    Reitora:

    Berenice Quinzani Jordão

    Vice-Reitor:

    Ludoviko Carnascialli dos Santos

    Diretor:

    Luiz Carlos Migliozzi Ferreira de Mello

    Conselho Editorial:

    Abdallah Achour Junior

    Daniela Braga Paiano

    Edison Archela

    Efraim Rodrigues

    Luiz Carlos Migliozzi Ferreira de Mello (Presidente)

    Maria Luiza Fava Grassiotto

    Maria Rita Zoéga Soares

    Marcos Hirata Soares

    Rodrigo Cumpre Rabelo

    Rozinaldo Antonio Miami

    A Eduel é afiliada à

    Catalogação elaborada pela Divisão de Processos Técnicos

    Biblioteca Central da Universidade Estadual de Londrina

    Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)

    S237e

    Santos, Ademar Firmino dos.

    Entre fatos e artefatos [livro eletrônico] : literatura e ensino de encontros acadêmicos nacionais (1979-2007) / Ademar Firmino dos Santos. - Londrina : Eduel, 2015.

    1Livro digital

    Inclui bibliografia.

    ISBN 978-85-7216-745-1

    1. História - Estudo e ensino. 2. Literatura e história. I. Título.

    CDU 93:37.02

    Direitos reservados à

    Editora da Universidade Estadual de Londrina

    Campus Universitário

    Caixa Postal 6001

    86051-990 Londrina PR

    Fone/Fax: (43) 3371-4674

    e-mail: eduel@uel.br

    www.uel.br/editora

    2015

    Dedico este trabalho a Eliane, Felipe, Eduardo e a mãe Laura (in

    memoriam), que partiu sem que nos despedíssemos

    Sumário

    PREFÁCIO

    INTRODUÇÃO

    CAPÍTULO I

    HISTÓRIA E LITERATURA: DIÁLOGOS POSSÍVEIS

    CAPÍTULO II

    OS INTERESSES NO ENSINO DE HISTÓRIA

    CAPÍTULO III

    SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – ANPUH

    CAPÍTULO IV

    APROXIMAÇÕES ENTRE HISTÓRIA E LITERATURA

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    FONTES

    REFERÊNCIAS

    PREFÁCIO

    Prefaciar o livro do Professor Ademar Firmino dos Santos tornou-se para nós tarefa difícil e complexa por vários motivos. Porque ao refletir sobre como fazê-lo, muitas memórias revisitaram nossa mente mobilizando emoções e sensibilidades, porque trata de temática complexa e tão pouco compreendida em nossa sociedade tanto por governantes como por pessoas comuns, e, principalmente, porque como orientador da dissertação de mestrado que deu origem à obra, minha responsabilidade com os limites que ela com certeza contém é significativa.

    Após algumas reflexões para essa última questão, não por clichê mas por acreditar mesmo nisso e por considerar honesto na perspectiva intelectual, sempre inicio as sessões de avaliação dos trabalhos de meus alunos orientandos dizendo às comissões avaliadoras que estamos totalmente abertos a ouvir e considerar seus pareceres pelo aprendizado que outros olhares e leituras nos possibilitam e, que todos os méritos sejam atribuídos ao autor e os limites ao orientador não só pela anterioridade, mas especialmente pela responsabilidade profissional que caracteriza a natureza do trabalho de orientação. Nesse caso, ainda conto, para aliviar o peso da tarefa sobre meus ombros, com a satisfação de poder afirmar que a oportunidade da publicação foi conquistada pelo autor a partir de um edital público de agência de fomento para o seu financiamento cuja avaliação se fez com base em todos os princípios e procedimentos considerados éticos para tal fim pela comunidade acadêmica.

    A parte mais difícil mesmo foi encontrar a maneira de descrever as memórias que fizeram emergir tantas emoções por fazer dialogar trajetórias pessoais perpassadas por encontros que trazem reflexões profundas sobre o nosso fazer como professor em vários espaços e tempos. O primeiro deles foi recordar o semblante ainda adolescente do autor quando nosso aluno no curso de graduação, defrontar-me com o professor de hoje tão querido e respeitado por seus alunos e constatar seu amadurecimento pessoal e profissional.

    Após alguns anos acumulando a atividade de professor na universidade e no ensino médio, havia retornado naquele ano a desenvolver minhas atividades apenas na primeira porque o desgaste causado pelas responsabilidades e carga horária exigidas por tal acúmulo já se tornavam evidentes. Nesse momento, reivindiquei transferência da área de teoria e metodologia da pesquisa para a de metodologia e prática de ensino porque minha vida estava completamente ligada a isso. De professor de primeiras letras e de ensino fundamental e médio inicialmente, quando cheguei à universidade como professor continuei trabalhando em projetos voltados ao ensino regular e à alfabetização de adultos, nesse caso, trabalhadores rurais temporários conhecidos popularmente por "boias-frias" e essa trajetória impossibilitava uma ruptura de diálogo mais direto com o sistema educacional. Na primeira leva de estagiários de prática de ensino que supervisionei estava nosso autor formando dupla com seu colega Vanderlei.

    A escola onde tais práticas seriam desenvolvidas, o Colégio Estadual São José, onde havia trabalhado e sido responsável por um bom tempo pelo período noturno como vice-diretor. Chegamos a uma sala de quinta série do período da tarde que depois, com muito bom humor, denominamos de quase impossibilidade do magistério em função da indisciplina dos alunos. Haviam agrupado em uma mesma sala todos os oriundos de uma extensão do Colégio Marista de Londrina em uma área de crianças em situação de vulnerabilidade ao lado do colégio, conhecida por Maristinha. Dentro dos limites possíveis, conseguimos desenvolver nosso trabalho por solidariedade das crianças com os estagiários após saberem que esses professores estagiários e suas aulas seriam avaliados por mim. Uma das lideranças da sala era uma menina de porte físico franzino, lindos cabelos ruivos mesmo sem grandes cuidados, rostinho com muitas sardas e dois olhos azuis tão brilhantes que mais pareciam dois faróis. Quando ela começou a se movimentar, porque considerou que a sala estava muito comportada para seus padrões, resolvi olhá-la de maneira firme tentando inibi-la, e qual não foi minha surpresa diante de sua resposta a essa minha tentativa ao perguntar-me de maneira firme e desafiadora: por que está me encarando? E continuou: eu sou lá do Maristinha, viu... e pode tratar de dar notas boas para os moços! Certa de que estava me deixando ciente de que era muito brava e determinada e de que deveria respeitá-la.

    Por muito tempo essa cena e esse diálogo me perseguiram em função do quanto naquele momento me fizeram refletir sobre como aquele serzinho feminino tão frágil fisicamente e a quem a vida tinha negado o mínimo de dignidade havia, por isso mesmo, aprendido a se fazer parecer forte pela firmeza de seu olhar e pelos raciocínios que trazia como estratégia de sobrevivência. Outro momento dessa memória muito importante, foi a dificuldade de logo após Ademar ser aprovado na seleção do mestrado ter que dialogar e convencer aquele moço tão encantado com seu projeto inicial que, além de tudo o que foi tratado na dissertação e agora no livro, incorporava a reflexão acerca de Monteiro Lobato e sua obra, que se tratava, por isso, de tarefa hercúlea e impossível em função do tempo de que dispúnhamos e de nossos limites, de forma que não o desestimulasse. Com apenas dois exemplos, penso ser possível ao leitor dimensionar o quanto nossos encontros pela vida propiciaram aprendizado para ambas as partes.

    Essas memórias sempre me fazem pensar e refletir sobre quantas vezes nós profissionais de educação somos surpreendidos pela manifestação de governantes, outras autoridades e pessoas comuns e até por profissionais que se apresentam como de educação, pelo raciocínio de que a educação em geral está em crise porque nossos alunos não sabem escrever, calcular e resolver problemas simples a contento. Para corrigir tal diagnóstico, prescrevem como prognóstico e com alguma arrogância, na maioria das vezes, que seria necessário diminuir aulas de conteúdos das áreas de humanas e artes como se esses não pudessem ser mobilizados para nossos estudantes apreenderem tais habilidades e conhecimentos, e como se em um mundo que necessita a cada dia mais ser lido a partir da perspectiva da holística fosse possível tratar conhecimentos como estanques, ao sublinhar e reificar fronteiras artificiais que foram construídas com o simples propósito de apenas organizar tarefas e permitir aprofundar reflexões em espaços escolares e de construção de conhecimento e, jamais, de dissociá-los.

    Martha Nussbaum inicia sua obra intitulada Sin fines de lucro. Por qué la democracia necessita de las humanidades de 2010, em que discute o fenômeno em escala mundial declarando estar preocupada com a enorme crise mundial que acontece praticamente de forma inadvertida como um câncer, que no futuro pode ser muito mais prejudicial para a democracia: a crise mundial em matéria de educação. Sedentos por dinheiro, segundo a autora, estariam os estados nacionais e seus sistemas de educação prescindindo de atitudes que são necessárias para manter viva a democracia e que, se a situação permanece e se prolonga, estaremos produzindo gerações de máquinas utilitárias ao invés de cidadãos capazes de pensar por si mesmos, possuir um olhar crítico sobre as tradições e compreender a importância das conquistas ou sofrimentos alheios e assevera que o futuro da democracia em escala mundial está por um fio.

    Nussbaum sublinha ainda que, por acreditarem que uma diminuição das disciplinas humanísticas, com programas pautados pela preponderância dos estudos profissionais, tornaria os cursos mais atrativos, e mesmo com algumas continuando a conseguir resultados aceitáveis e tendo as universidades no mundo grandes méritos, deve ser sublinhado que também tem grandes problemas por não preparar seus alunos para o exercício da cidadania tão bem como poderiam fazê-lo.

    João Marcos Coelho apresentou entrevista à seção Aliás do Jornal O Estado de São Paulo, de 15 de fevereiro de 2014, em um texto em que inicia dizendo que dois peixes jovens encontram-se casualmente com um peixe mais velho que nada na direção contrária. Este cumprimenta-os com a cabeça e lhes diz: Bom dia, rapazes, como está a água?. Os dois peixes jovens nadam mais um pouco; depois um olha para o outro e pergunta: Que diabos é água?. Nuccio Ordine Diamante, 55 anos, professor de literatura italiana da Universidade da Calábria e colaborador do jornal Corriere della Sera, costuma abrir suas aulas a cada ano contando essa historinha do escritor norte-americano David Foster Wallace. A intenção é ilustrar o papel e a função da cultura. Com os alunos meio boiando, Ordine explica a parábola:

    como acontece com os dois peixes jovens, não nos damos conta de que é na água que vivemos cada minuto de nossa existência. Não temos consciência de que a literatura e os saberes humanísticos, a cultura e o ensino constituem o líquido amniótico ideal no qual as ideias de democracia, liberdade, justiça, laicidade, igualdade, direito à crítica, tolerância e solidariedade podem experimentar um vigoroso desenvolvimento.

    Mas, e se a água está irremediavelmente suja? Uma água contaminada pela corrupção, por uma sociedade em busca incessante do lucro? Uma água que transforma estudantes em clientes, induzidos por pais a carreiras que só contemplam maior chance de enriquecer? Uma água virulenta, que espalha violência gratuita? Uma água que sepulta a arte e a cultura de invenção, em troca da beleza fácil e dos critérios comerciais na vida artística e cultural, na expressão de Ordine?

    Contra essa água emporcalhada, o professor oferece um livrinho-bomba – um manifesto virulento e cheio de indignação intelectual a favor da arte e da cultura desinteressada a cargo de Platão, Aristóteles, Ovídio, Dante, Montaigne, Borges, Shakespeare, Boccaccio, Leopardi e Calvino. Um timaço convocado pelo autor em sua frente de combate. Título? A Utilidade do Inútil. A melhor frase na imprensa europeia sobre o livro já está eleita: é de Jordí Llovet em El Pais: Uma porrada em toda a classe política.

    A mensagem é bastante direta: não é verdade, nem em tempos de crise como se vive na Europa, que é útil apenas o que produz cifras. Num jogo de palavras, ele brinca com a utilidade do inútil (conhecimento) e a inutilidade do útil (lucro). Especialista em Giordano Bruno e no Renascimento e com um conhecimento enciclopédico fluindo numa escrita saborosa e clara, constrói um caleidoscópio de defesa da arte e da cultura – segmentos massacrados e hostilizados especialmente quando praticam a criação e a pesquisa baseadas tão somente no saudável gosto de perseguir o conhecimento. No universo do utilitarismo, um martelo vale mais que uma sinfonia, uma faca mais que uma poesia, uma chave-inglesa mais que um quadro, porque é fácil entender a eficiência de uma ferramenta, mas vem se tornando cada vez mais difícil entender para que servem a música, a literatura ou a arte, denuncia. Existem saberes que são fins em si mesmos e que, por sua natureza gratuita e desinteressada, alheia de qualquer vínculo prático e comercial, podem exercer papel fundamental no cultivo do espírito e desenvolvimento civil e cultural.

    Mesmo se em alguns momentos da história o saber não soube ou pôde eliminar de vez a barbárie, ele diz não haver nenhuma outra escolha. Devemos continuar a crer que a cultura e uma educação livre são os únicos meios para tornar a humanidade mais humana. Pequenas revoluções individuais, essa é a receita de Ordine para mudar o estado das coisas.

    Com base nas preocupações e argumentos colocados pelos dois autores mencionados anteriormente, que concordamos e endossamos plenamente, podemos afirmar que a obra em tela traz contribuições essenciais e muito importantes, em diversos níveis, para os desafios colocados para nós como pessoas e, mais ainda, como profissionais de educação, na contemporaneidade.

    Muito importante para a historiografia, o ensino de história, de literatura e para o ensino em geral: para a primeira, entendida como a forma como o conhecimento sistemático sobre a história foi produzido nas mais variadas épocas, por trazer significativo balanço dos múltiplos diálogos, dimensões e perspectivas dos mesmos, entre o conhecimento histórico, seu ensino e a literatura a partir dos principais eventos da nossa área no Brasil contemporâneo; para o ensino de história, porque contribui substancialmente para alcançar seu desafio atual de promover a superação de uma metodologia a serviço da nação para outra a serviço da democracia, da formação do pensamento crítico e de um raciocínio histórico independente, constituidores da consciência histórica, indispensável para alcançarmos as pretendidas consciências crítica e cidadã. Mas, especialmente, por tratar o conhecimento histórico e seu ensino de maneira articulada em seu próprio fazer, e não apenas como prescrição, a importância da indissociabilidade entre ambos; para os ensinos de história e literatura, por evidenciar os significativos ganhos que tal diálogo propicia se considerarmos que estudamos história não apenas para sabermos como se organizavam as sociedades em outras épocas, mas também como os que nelas viviam e projetavam aquela em que gostariam de vive – memória em que a literatura ocupa lugar privilegiado – e como estão inseridas, tais perspectivas e características, na forma como travamos relações na sociedade atual e na que projetamos viver e deixar como legado.

    Apresentando a obra de Paulo Freire À sombra dessa Mangueira, Dowbor afirma que o que globaliza separa, que as soluções passam por uma rearticulação profunda do tecido social e que no raciocínio de Freire, ao criticar a globalização, a racionalidade reclama racionalmente o direito a suas raízes emocionais, a volta à sombra da mangueira, ao ser humano completo, e, assim, reafirma a importância das reflexões tratadas na obra.

    Londrina, outubro de 2014.

    Dr. Cristiano Biazzo Simon

    Professor da Área de Metodologia e Prática do Ensino de História - UEL

    INTRODUÇÃO

    Neste trabalho, analisamos o diálogo entre a História e a Literatura e a maneira como esse tem sido incorporado no ensino de História, nos Anais de Eventos nacionais de História, realizados nas últimas três décadas (1979-2007). Para isso, consultamos 14 Anais do Simpósio Nacional de História, 6 Anais do Encontro Nacional Perspectivas do Ensino de História e 6 Anais do Encontro Nacional de Pesquisadores do Ensino de História, com 394 trabalhos (148 artigos e 246 resumos) consultados. Trata-se, pois, de uma pesquisa bibliográfica e documental.

    O trabalho de analisar artigos publicados em Eventos tem características que devem ser colocadas ao leitor para que ele compreenda melhor o que envolve a produção de um artigo e quais os interesses nele contidos. Os Anais analisados neste trabalho apresentam resultados de produções e discussões realizados em Eventos nacionais (contando muitas vezes com debatedores e conferencistas internacionais) que reúnem profissionais da área de História, pesquisadores, professores do ensino fundamental, médio e superior, acadêmicos e outros interessados em áreas temáticas como, por exemplo: Teoria, historiografia e metodologia; História e linguagens; História, memória e patrimônio; ensino de História e educação; História e identidades, entre outras que possam surgir de acordo com o tema de cada evento.

    Depois de feita a escolha do tema do Evento seguinte, realizada por votação simples em reunião feita no final de cada encontro, cabe aos interessados apresentar trabalhos que deem conta do tema proposto. Nesse momento, os artigos enviados para os organizadores do evento passam por uma comissão avaliadora. a qual escolhe os trabalhos que são mais adequados ao tema proposto. Portanto, nem todos os artigos enviados são publicados e para os que são, cabe somente ao autor a responsabilidade do que foi escrito.

    Na fase de publicação, encontramos uma dificuldade, pois, devido à questão financeira e à quantidade de trabalhos apresentados, alguns organizadores optaram por publicar apenas o resumo do texto e, quando houve publicação do artigo na íntegra, ocorreu uma redução considerável no número de artigos, priorizando autores já consagrados e de destaque nacional em pesquisas na área de História. Essa situação melhorou com a inserção de novas tecnologias e o desenvolvimento da informática, que, a partir do final da década de 1990 e início de 2000, aumentou o número de artigos, facilitou a inscrição desses através do site da Associação Nacional de História (ANPUH) e a publicação pôde ser realizada com custo mais baixo, por meios digitais em forma de CD-ROM, possibilitando a inclusão de um número maior de artigos dos pesquisadores.

    Partindo da análise dos trabalhos apresentados em Encontros e Simpósios de História, procuraremos analisar como vem sendo trabalhada as conexões entre História, Literatura e ensino

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