Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
SÃO PAULO
2019
FAVENI – FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
CURSO DE ENFERMAGEM ONCOLÓGICA PEDIATRICA 720 HORAS
Denis Fiorezi,
Especialista em Formação de Docentes para o
Ensino de Enfermagem em Nível Técnico e
Superior - EAD
Universidade Nove de Julho, UNINOVE,
01156-050, São Paulo, SP.
Especialista em UTI Pediátrica e Neonatal
Universidade Braz Cubas
Mogi das Cruzes, SP
E-mail: denisfiorezi@ig.com.br
SÃO PAULO
2019
RESUMO
Ter uma revisão bibliométrica para se analisar o real motivo desse fenômeno
extravasamento tão prejudicial para o tratamento oncológico em paciente
pediátricos.
Analisar quais são as técnicas e protocolos para o empoderamento do
enfermeiro, para evitar, prevenir e cuidar.
INTRODUCÃO....................................................................................................6
OBEJETIVO......................................................................................................12
METODOLOGIA...............................................................................................13
RESULTADOS E DISCURSÃO........................................................................14
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................20
1. INTRODUÇÃO
Foram selecionados nove artigos, com base nos últimos dez anos
(2004-2014), dos respectivos periódicos Revista Mineira de Enfermagem (2),
Revista de Enfermagem UFPE OnLine (2), Revista Brasileira de
Cancerologia, Revista Brasileira de Enfermagem - REBEN, Ciência Y
Enfermeria, OnLineBrazilianJournalofNursing, Revista Latino Americana de
Enfermagem.
O processo de administração de quimioterápicos é de competência do
enfermeiro devido à alta complexidade de algumas drogas. Deve ser
realizado com eficiência, segurança e responsabilidade para que os
objetivos da terapêutica sejam alcançados e proporcione uma melhora no
quadro clínico do paciente (BRUNO et al.; 2014).
O extravasamento é uma das complicações mais graves decorrentes
do tratamento quimioterápico, assim a equipe de enfermagem necessita de
conhecimento, competência e habilidade técnica para oferecer cuidado
efetivo neste tipo de procedimento (SCHNEIDER; PEDROLO, 2011).
A prevenção é um conjunto de ações que visam evitar a ocorrência do
extravasamento, contando com um olhar criterioso por parte do enfermeiro;
a identificação é realizada através do reconhecimento de sinais flogísticos e
outros sinais e sintomas apresentados pelo paciente e o tratamento serão
medidas implementadas caso todas as barreiras anteriores falharem.
A prevenção inicia-se através da observação, cooperação por parte
dos pacientes e o reconhecimento dos efeitos das drogas por parte dos
profissionais (SCHNEIDER; PEDROLO, 2011).
Previamente ao procedimento de punção venosa, o local de escolha
deve ser observado. A maioria dos pacientes apresenta condições hígidas
dos vasos sanguíneos e alterações na coloração da pele. Outra pequena
parte apresenta escoriações, descamações cutâneas e turgor diminuído. O
enfermeiro deve registrar tais informações encontradas no prontuário do
paciente (REIS et al.; 2008).
A punção venosa periférica adequada deve oferecer proteção às
articulações, tendões e nervos, pois caso ocorra extravasamento causa
menor dano funcional e anatômico. A ordem de punção recomendada é:
antebraço, dorso da mão, punho e fossa antecubital. O acesso venoso é
considerado inadequado quando são realizadas várias tentativas sem
sucesso tornando as veias esclerosadas e o procedimento doloroso (BRITO;
LIMA, 2012).
É recomendada a utilização de cateter agulhado como dispositivo
mais adequado para prevenir o extravasamento, sendo apropriado para
infusões de curta duração. Não é indicada a utilização do cateter sobre
agulha para infusões mais demoradas, por se tratar de um dispositivo não
metálico e retardar a percepção de pequenos extravasamentos, embora seja
mais resistente ao risco de deslocamento da luz do vaso (BRITO; LIMA,
2012).
Fatores externos associados ao extravasamento: tipo de droga,
volume extravasado, localização anatômica do acidente, técnica de punção,
diluição e velocidade de infusão, alterações nutricionais, confusão mental e
agitação motora (BRITO; LIMA, 2012).
Outras medidas preventivas são recomendas como: evitar punções
próximas às articulações ou proeminências ósseas; punção venosa com
mínimo de trauma, utilizando cateter de baixo calibre; utilização de filmes
transparente para fixação do cateter, possibilitando visualização do trajeto
venoso; padronização da diluição das drogas e velocidade/tempo de infusão;
infundir 5 a 10 ml de soro fisiológico entre as drogas; observar condições do
membro (terapia antineoplásica ou radioterapia prévia, linfadenectomia,
edema, neuropatia periférica, etc.); observar fragilidade da veia; local
inadequado de punção; sequência inadequada de infusão das drogas; testar
veia com solução isotônica; valorizar as queixas do paciente quanto à
ardência e queimação; evitar veias frágeis (dorso da mão, fossa antecubital
e pés) (GOZZO et al.; 2010).
Ainda como forma de prevenção, é importante que os pacientes
sejam orientados sobre os riscos de complicações no tratamento
quimioterápico endovenoso, para que possam relatar qualquer sintoma de
dor, desconforto e queimação no local de acesso venoso. Além das
orientações verbais, é ideal que o paciente também seja orientado por
escrito com informações sobre como proceder em caso de surgimento de
complicações, relacionados ao local onde foram administradas as drogas
quimioterápicas (SCHNEIDER; PEDROLO, 2011).
Os sinais e sintomas do extravasamento são: diminuição ou parada
do fluxo de soro, edema, eritema, hiperemia, queixas do paciente (dor,
queimação ao longo do trajeto venoso, ardência no local da punção,
"agulhada") diminuição ou parada do retorno venoso, resistência durante a
infusão (BRITO; LIMA, 2012).
Alguns quimioterápicos podem ocasionar lesões teciduais imediatas
quando extravasados, enquanto outros são rapidamente inativados sem
ocasionar danos maiores. Os quimioterápicos vesicantes causam dano
tecidual progressivo, levam a irritação severa, com formação de vesículas e
destruição tecidual. Em dias e até semanas após o extravasamento,
formam-se vesículas e úlcera. Há casos em que as lesões progridem e a
necrose chega a atingir tendões, ligamentos, nervos e ossos causando dor
severa e perda funcional (SCHNEIDER; PEDROLO, 2011).
Os quimioterápicos irritantes provocam reações cutâneas menos
intensas, causam irritação tecidual sem levar à necrose provocando reação
inflamatória local (BRUNO et al.; 2014).
A morbidade está relacionada às condições de saúde do paciente,
quantidade da droga extravasada, a sua concentração, a localização do
extravasamento e ao intervalo entre a ocorrência do fato, seu
reconhecimento e tratamento (GOZZO et al.; 2010).
Não basta identificar o extravasamento, é preciso tomar condutas
para que os danos sejam reduzidos. Como primeiro cuidado, deve-se
interromper a infusão do quimioterápico imediatamente e aspirar a droga
extravasada residual pelo dispositivo, o quanto for possível (SCHNEIDER;
PEDROLO, 2011).
Realiza-se aplicação de compressas conforme indicação: compressas
aquecidas são indicadas para as drogas Vincristina, Vinorelbine,
Vindesina,Vinblastina, Etoposídeo e Teniposido por 15 minutos, de 3 a 4
vezes ao dia, durante 24 a 48 horas subsequentes ao evento, avaliando a
resposta do paciente. Enquanto as compressas frias são utilizadas para as
demais drogas, a aplicação no local deverá ser por 15 minutos, de 3 a 4
vezes ao dia, durante 48 horas subsequentes ao evento, avaliando a
resposta do paciente(SCHNEIDER; PEDROLO, 2011).
São medidas importantes: comunicar o médico assim que detectar o
extravasamento; realizar anotação de enfermagem em prontuário
identificando data, hora, local/dispositivo do extravasamento, sequência de
medicamentos, notificação do médico e tratamento da enfermagem;
observar regularmente a presença de eritema, endurecimento necrose ou
queixa de dor local. Recomenda-se fotografar o local extravasado, mediante
autorização do paciente ou familiar, estabelecer um plano de
acompanhamento e cuidados (BRUNO et al.; 2014).
A equipe enfermagem tem maior contato com o paciente oncológico,
sendo responsável pelo cuidado, dando orientações, suporte e sanando
dúvidas durante seu tratamento. O enfermeiro tem papel primordial antes,
durante e após o tratamento quimioterápico, seja na intervenção e
gerenciamento de ações, como no contato direto ao paciente.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
ADAMI NP, BAPTISTA AR, FONSECA SM, PAIVA DRS. Extravasamento de drogas
antineoplásicas: notificação e cuidados prestados. Revista Brasileira de
Cancerologia. v. 47, n. 2, p. 143-51, 2001.
BEYEA, S.; NICOLL, L.H. Writing an integrative review. AORN J. v. 67, n. 4, p. 877-
80, 1998.
SILVA, M. M.; CIRILO, J. P. A visão dos enfermeiros acerca dos acessos venosos
para administração da quimioterapia. Revista de Enfermagem UFPE OnLine. v. 8, n.
7, p. 1979-87, 2014.
Anexo 1 - Quadro Resumo
Observa-se a necessidade de
capacitação contínua para os
profissionais que manipulam
quimioterápicos, pois somente
com treinamento e observância
Avaliar o conhecimento Estudo quantitativo Os profissionais de
aos normativos que
da equipe de com delineamento enfermagem entrevistados
Avaliação do Conhecimento da regulamentam a administração
enfermagem sobre os transversal, utilizado possuem conhecimentos
Equipe de Enfermagem sobre Revista Brasileira dessas substâncias é que se
2010 riscos ocupacionais questionário com parciais sobre os riscos a
Riscos Ocupacionais na de Cancerologia garantirá a segurança e
durante a perguntas objetivas, que estão expostos durante a
Administração de uniformidade da equipe.
administração de amostra composta administração e descarte de
Quimioterápicos Sugere-se que sejam
quimioterápicos por 27 profissionais quimioterápicos
realizados mais estudos nessa
área, pois são poucos os
artigos publicados, apesar de
ser um tema extremamente
importante
Maior atenção deve ser
dispensada as experiências
Analisar a visão dos 3 categorias emergiram adversas relacionadas a via de
A Visão dos Enfermeiros enfermeiros acerca da evidenciando as principais administração de
Revista Estudo descritivo
acerca dos acessos venosos utilização dos acessos intercorrências relacionadas a quimioterápicos. O enfermeiro
2014 Enfermagem com abordagem
para a a administração da venosos para a acessos venosos para a precisa estar em constante
UFPE On Line qualitativa
quimioterapia administração de administração de educação continuada,
quimioterapia quimioterapia envolvido com pesquisa e
integrado com a equipe de
saúde
O estudo desenvolveu um
Elaborar um protocolo A conduta terapêutica
protocolo operacional padrão -
de procedimento imediata deve seguir
Condutas de Enfermagem POP com o intuito de
operacional protocolo da instituição, daí a
no Extravasamento de Revista de padronizar uma ação referente
padronizado referente Estudo exploratório importância de se estabelecer
Quimioterápicos 2014 Enfermagem ao extravasamento
ao extravasamento de descritivo procedimentos padronizados
Antineoplásicos: Protocolo UFPE On Line quimioterápico, assim
drogas quimioterápicas para uma melhor solução do
Operacional Padrão proporcionando uma qualidade
antineoplásicas problema minimizando os
de assistência a partir de uma
durante sua dados ao paciente
situação específica
administração
A literatura é pobre na
discussão deste tema,
contudo a maioria dos
autores indica o uso de
cateter sobre agulha para as Foi observado que não há
Dispositivo Intravascular infusões mais demoradas de consenso entre os autores
Prevenção da
Periférico Curto mais seguro remE - quimioterápicos vesicantes, quanto à indicação do
ocorrência de Revisão bibliográfica
para infusão de quimioterápicos 2012 Revista com o tempo menor que 24 dispositivo mais seguro para
extravasamento, sistemática
antineoplásicos vesicantes: o Mineira de horas, e o cateter agulhado tal finalidade e conclui-se que
principalmente de
que a literatura diz Enfermagem para terapia de curta duração. vários fatores devem ser
drogas antineoplásicas
Recomendam o uso de considerados para sua
vesicantes
cateter venoso central para escolha
as infusões prolongadas
(acima de 24 horas) dos
quimoterápicos vesicantes