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ESQUEMA DOS QUATRO GRAUS DA ORAÇÃO UTILIZANDO O EXEMPLO DO

PAI-NOSSO

1. Oração Vocal.
Fazer essa oração porque Cristo a fez, repetir a ação do Cristo.
Sentirá uma sensação de limpeza, de pureza, de bem-estar. Limpeza de certos
elementos impuros do coração. Prepara o terreno para o sujeito receber a
oração contemplativa.
Deve renunciar à sensação de limpeza para prestar atenção no conteúdo da
oração.

2. Oração Mental ou de Recolhimento.


Se concentrar no conteúdo das palavras da oração. Transferência da atenção
do exterior para o interior.
Entra num estado de recolhimento. O sujeito perde um pouco do contato com o
mundo exterior, se alguém o chama, ele tem dificuldade em escutar.
Começam a surgir intuições e compreensões acerca do conteúdo da oração e
acerca dos problemas que enfrenta na vida.
Deve renunciar às compreensões e buscar a origem delas, buscar de onde elas
vieram, a sua fonte interior.

3. Oração Afetiva ou de Quietude.


Os sentidos corpóreos desaparecem completamente. Imediatamente ele recebe
uma satisfação imensa, entra em contato com o Reino dos Céus dentro dele.
Isso o tira novamente da falta de contato com os sentidos corpóreos.
Deve renunciar à satisfação intensa e buscar a origem dela, a sua fonte
interior.

4. Oração Contemplativa.
Se ele voltar sua atenção para a origem dessa recompensa, ele compreenderá
que esta veio da presença divina na alma. Aqui o sujeito não se dirige mais
para Deus, mas está com Deus. É esse estar com Deus, a repetição desse estado
que santifica o sujeito.

As recompensas dos graus anteriores não desaparecem nos estágios posteriores,


mas intensificam-se aprofundam-se. Em cada grau que foi subindo, algo foi
saindo dele. Algum modo de contaminação foi saindo dele. Em cada estágio sai
um modo mais profundo de contaminação. Quando o sujeito chega nesse último
grau, que é de contemplação, o que sai dele procede de um nível existencial tão
profundo que ele nem percebe, mas sai de um nível ontológico dele que é muito
difícil de mudar. E esse último é algo difícil de entrar no sujeito e difícil de sair.
Isso significa que há alguns padrões de comportamento que desviam o sujeito de
Deus que não irão mais acontecer com o sujeito. Haverá algumas ações que ele
não voltará a fazer. Foi a própria presença constante de Deus em sua alma que
realizou aquela mudança santificante, removendo aquele obstáculo.

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