Física Experimental I (Universidade Estadual do Paraná)
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LANÇAMENTO DE PROJÉTIL Mirian da Silva
Professora: Tânia Maria Coelho
Departamento de Engenharia de Produção Universidade Estadual do Paraná/Campo Mourão
O presente relatório tem como objetivo reconhecer e exemplificar a posição
horizontal, identificar o alcance num lançamento de projétil, executar medidas de alcance e altura, relacionar a altura da esfera metálica abandonada na rampa com o alcance. Utilizando o movimento de um projétil, o qual é submetido a uma aceleração constante g, vertical para baixo, não havendo componente horizontal de aceleração. Para a realização do experimento utilizamos um conjunto para lançamentos horizontais Moller, uma rampa de lançamentos, folha de sulfite e carbono, soltando uma esfera metálica dos pontos 10, 8, 6 e 4 cm e obtendo seu alcance. Foi possível obter os resultados nas posições descritas, quando: h=10 seu alcance foi de 23,8±0,2cm; h=8 seu alcance foi de 21,9±0,6; h=6 seu alcance foi de 18,7±0,5 e h=4 seu alcance foi de 15,2±0,5 mostrando que quanto maior for h, maior é a distância atingida.
Introdução vertical para baixo, não havendo
Denominamos de movimento dos componente horizontal da aceleração. projéteis ao movimento livre de um corpo lançado num campo gravitacional Tendo como base a figura II e a uniforme, onde a aceleração da gravidade é definição de lançamento de projétil até o constante e vertical, sendo desprezível a instante, podemos representar o intervalo resistência do ar, como podemos observar de tempo que o projétil fica no ar com a na figura I. equação (1).
Figura II: Lançamento de projétil.
Figura I: Gráfico teórico alcance por velocidade. Por não haver aceleração na direção (1) horizontal, a componente horizontal Vx da Onde t = tempo, h = altura e g = aceleração velocidade do projétil permanece gravitacional. inalterada, mantendo seu valor inicial V0x Analisando o movimento vertical durante todo o movimento. O movimento podemos equiparar com a definição de vertical é o movimento que podemos queda livre. A componente vertical da denominar como queda livre e tem sua velocidade se comporta como se fosse a de aceleração constante. um projétil atirado para cima, podendo O movimento de um projétil é então ser demonstrada na equação, com submetido a uma aceleração constante g, isso podemos dizer que V0y = 0. (2).
31/07/2018
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(2) folha de papel carbono; uma folha de papel
Sendo assim: sulfite e uma fita adesiva.
Onde Vy = velocidade na componente y, g =
aceleração gravitacional e t = tempo. Com a análise dos movimentos horizontal e vertical, é possível demonstrar as equações para o módulo da velocidade total inicial no ponto de lançamento (V0) e o módulo da velocidade total no ponto em que a esfera toca o papel (V), respectivamente nas equações (3) e (4). Figura III: Conjunto de lançamento horizontal (3) Moller. Onde V0 = velocidade inicial, g = No entanto foi nivelada a base da rampa aceleração gravitacional e h = altura. e em seguida posicionado o tripé marcando a sapata para não perder sua posição caso (4) ocorre-se um incidente, em seguida foram Onde V = velocidade, Vx² = velocidade unidas uma de sulfite e uma de carbono em inicial na componente x ao quadrado, Vy² = cima da mesa, fixado com fita adesiva para velocidade na componente y ao quadrado. não se moverem e utilizando a régua foi Devido ao formato da esfera e seu marcada a posição X0 no papel que fica na material, ela tem a capacidade de vertical na saída da rampa. rolamento e para calcularmos essa Com o uso de uma régua foi medido a velocidade utilizamos a equação (5) altura H, obtendo o valor de 23 cm. Na sequência um aluno manuseou a esfera de aço posicionando-a na escala 10 da rampa (5) onde ela adquiriu velocidade e realizou um As medidas de alcance médio são lançamento até colidir com o papel anotadas juntamente com o sinal de + ou - carbono marcando sua posição na folha por conta do desvio encontrado. Podemos sulfite, o mesmo foi repetido por 5 vezes tomar como exemplo a situação onde o para obter maior precisão. Após realizada a raio do círculo, que contém as marcas de 5 medida de alcance conforme o anexo I. Foi lançamentos da esfera metálica, medisse realizado esse processo nas escalas de 10, 2cm e o alcance médio obtido fosse 26cm, 8, 6, 4 da rampa, tais dados estão expostos então a anotação da medida do alcance na tabela I. médio, acompanhada do desvio seria Tabela I: Valores de h e Xc. (26±2)cm. Isto significa que os valores Altura Alcance mais prováveis do alcance são maiores do h (m) Xc (m) que 24 e menores do que 28cm. 0,1 0,238 ± 0,002 0,08 0,219 ± 0,006 Procedimento experimental 0,06 0,187 ± 0,005 0,04 0,152 ± 0,005 Para realização do experimento foi utilizado um conjunto de lançamento Com os dados da tabela I, foi possível horizontal Moller (figura III) composto calcular a velocidade em X e a velocidade por: um tripé e três sapatas niveladoras; inicial em X, assim como os módulos das uma rampa de lançamentos com escala de velocidades, com e sem rolamento, para posicionamento; suporte regulável de cada altura onde a esfera foi largada. apoio da esfera; uma esfera metálica; uma Resultados e discussão
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Com os dados de altura H e tomando o anteriormente, sendo possível traçar um
valor da aceleração da gravidade como g = gráfico por velocidade por alcance e se 9,8 m/s2 podemos calcular o tempo de assemelha ao da figura I. lançamento da esfera através da equação 1, sendo este de 0,217 s. A partir daí calculamos a velocidade de lançamento esfera em Y através da equação 2, tomando V0y = 0 de 2,127 m/s. Através da equação 3 e dos dados da tabela I, calculamos a velocidade horizontal e a velocidade horizontal inicial (equação 4) para cada uma das alturas de Figura IV: Gráfico de velocidade por alcance. onde a esfera foi lançada, esses resultados Com o quadro da velocidade e estão anotados no quadro I. considerando o movimento de rolamento da esfera, podemos analisar o quadro III. Velocidade horizontal nas diversas escalas Posição Vx (m/s) Vo (m/s) Vx1 1,1 1,4 h (m) Vs (m/s) Vc (m/s) % Vx2 1,01 1,252 0,1 1,4 1,18 15 Vx3 0,9 1,084 0,08 1,01 1,06 15 Vx4 0,7 0,885 0,06 0,9 0,92 15 Quadro I: Valores de velocidade horizontal nas 0,04 0,7 0,748 15 diversas escalas. Quadro III: Valores das velocidades sem e com rolamento e as porcentagens de erros. Vs = Para calcular a velocidade modular da velocidade sem rolamento e Vc = velocidade com esfera utilizamos a fórmula 5, que utiliza rolamento. os valores da velocidade horizontal e vertical, os valores podem ser observados Conclusões no quadro II. Velocidade modular nas diversas escalas Através desse experimento foi possível Posição Velocidade (m/s) concluir que a velocidade vertical não é V1 2,39 m/s alterada pela ação da velocidade V2 2,35 m/s horizontal, mas à medida que aumenta a V3 2,30 m/s altura que a esfera metálica percorre sobre V4 2,24 m/s Quadro II: Velocidade modular nas diversas a rampa, assim ela adquire uma velocidade escalas. horizontal maior, atingindo um maior alcance e quanto menor a escala é menor o A partir da análise do quadro I, pôde-se alcance. constatar que a velocidade vertical não é modificada pela intervenção da velocidade horizontal, mas à medida que aumenta a altura que o projétil percorre a rampa, ele adquire uma velocidade horizontal maior, consequentemente atingindo um maior alcance. Além disso, foi mensurado o raio do círculo que continha as marcações de queda do projétil quando o mesmo tocou a folha e com isso foi possível observar que quanto menor o raio, mais preciso foram as medidas e também maior precisão do lançamento e alcance do projétil. Podemos observar na figura IV os dados dispostos nas tabelas citadas
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