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BRASIL
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Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................. 2
POLÍTICAS PÚBLICAS ................................................................................ 4
POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO A EDUCAÇÃO SUPERIOR
BRASILEIRA .......................................................................................................... 7
ANÁLISE DA LEI QUE INSTITUI PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA
TODOS - PROUNI ................................................................................................ 12
REESTRUTURAÇÃO E EXPANSÃO DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS 15
SISTEMA DE SELEÇÃO UNIFICADO – SISU........................................... 16
BIBLIOGRAFIA .......................................................................................... 19
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INTRODUÇÃO
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que foram e estão sendo implementadas, paulatinamente, na área da educação do
país.
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POLÍTICAS PÚBLICAS
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Político: encara-se a política pública como um processo de decisão, em que há
naturalmente conflitos de interesses. Por meio das políticas públicas, o governo
decide o que fazer ou não fazer.
A política pública pode tanto ser parte de uma política de Estado ou parte da
política de governo. Sendo que a política de Estado é toda política que independente
do governo e do governante deve ser realizada porque é amparada pela constituição.
Entretanto a política de governo pode depender da alternância de poder. Cada
governo tem seus projetos, que por sua vez se transformam em políticas públicas.
Vejamos alguns exemplos dessa distinção: é muito comum ouvirmos dizer que
a política externa do país deve ser uma política de Estado, ou seja, uma política
orientada por ideais que transcendem governos e que se mantêm no longo prazo.
Políticas públicas eficientes que têm continuidade de um governo para outro podem
se transformar em política de Estado. Um exemplo disso é o programa Bolsa Família,
criado e expandido no governo do PT, cujos bons resultados levaram o líder
oposicionista Aécio Neves a propor que o programa fosse transformado em política
de Estado; no ano de 2014 (a ideia seria incorporar o programa à Lei Orgânica da
Assistência Social).
Criar uma política pública, ou seja, um programa com vista a erradicar um
problema de ordem social, é muito mais complexo que que se possa imaginar,
uma vez que, mobiliza um número muito grande de pessoas: especialistas,
professores e outros funcionários públicos, em áreas muito extensas. Ainda se
faz necessário disponibilizar recursos financeiros públicos e ações bem
elaboradas para viabilizar o sucesso do programa, tais como:
As políticas públicas dão forma ao País e por isso é tão importante que a
população as conheça. Se estabelecemos uma política pública de redistribuição
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de renda, por exemplo, estamos sinalizando o enfrentamento da dura
desigualdade econômica brasileira, de maneira mais imediata - o que é
importante para a parcela da população mais pobre, como os das milhões de
pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza.
Essa visão do que são e para que se faz políticas públicas devem estar presente
na vida de toda a população em todo tempo e não apenas durante os períodos
eleitorais. Quanto mais democráticos e técnicos forem os processos das políticas
públicas, maiores as chances de os resultados serem positivos para toda a
sociedade. Como os recursos financeiros do país são limitados, as políticas
públicas desempenham a importante papel de organizar para onde vai esse
montante de dinheiro público.
Existem quatro tipos de políticas públicas que impactam nossas vidas
diariamente:
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. Políticas públicas constitutivas: elas estabelecem as “regras do jogo”.
Isto é, elas que dizem como, por quem e quando as políticas públicas podem ser
criadas. O conceito pode parecer obscuro, mas quer saber uma que atinge a vida
de todos nós? A distribuição de responsabilidade entre municípios, estados e
governo federal. Na Educação, por exemplo, municípios são responsáveis pela
Educação Infantil e Ensino Fundamental 1; estados pela Ensino Fundamental 2
e Ensino Médio; e o Governo Federal pela Educação Superior.
Nos anos 90, todo o espectro de políticas sociais e econômicas esteve sob a
influência da chamada Agenda Neoliberal. O conjunto de propostas assumiu um
caráter abrangente, com implicações para além das fronteiras nacionais, o que
confere especificidade à década. Daí a relevância de uma investigação que procure
apreender a singularidade deste momento histórico, no que concerne à política
pública para o ensino superior e suas tentativas de reformas educativas.
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No governo FHC a modernização administrativa associada aos princípios
neoliberais daria nova imagem à visão eficientista e produtivista dos anos 60. Novos
conceitos foram introduzidos à agenda de reformas: avaliação, autonomia
universitária, diversificação, diferenciação, flexibilização, privatização.
Não houve documento oficial único - como a Lei nº 5.540/68 - que refletisse
uma reforma do ensino superior, mas uma série fragmentada de texto legais, projetos
e programas. Isto ocorreu como uma estratégia governamental para o enfrentamento
parcial de problemas e de adversários. (Cunha, 2003). No entanto, alterou-se a lógica
organizativa dos sistemas público e privado. (Dourado, 2005).
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Entretanto, a política concretizou-se pelo sucateamento do segmento público,
devido à redução drástica do financiamento do governo federal11 e à perda de
docentes e de funcionários técnico-administrativos, associados à compressão de
salários e orçamentos. A situação tornou-se mais crítica, pois o crescimento da
produtividade ocorreu, através de abertura de turmas no período noturno e do
aumento de alunos em sala de aula, sem a reposição adequada do quadro funcional.
Esse cenário estimulou a privatização no interior das instituições, por meio da
disseminação de parcerias entre as universidades públicas e as fundações privadas
destinadas à complementação salarial docente12 e à oferta de cursos pagos de
extensão.
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candidatos em as ocupar. (Corbucci, 2002). Neste contexto, o programa crédito
educativo (FIES) – recomendado de forma recorrente pelo Banco Mundial -
direcionado aos alunos de baixa renda deixou de ser uma alternativa viável, face à
defasagem entre o aumento da taxa de juros do empréstimo e a taxa de crescimento
da renda do recém-formado, combinada à elevada taxa de desemprego na população
com diploma de terceiro grau.
Ocorrendo dessa forma, arrocho salarial, o corte das verbas de custeio com
saúde, educação e outros, bem como a redução dos gastos com investimentos. Não
é de se surpreender que os investimentos públicos sejam os mais baixos da história
recente do País e, após as privatizações das empresas estatais promovidas pelo
governo FHC, perderam o papel de articuladores das condições de crescimento.
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um prazo de quinze anos. A prioridade é a Educação Básica, que vai do Ensino Infantil
ao Médio.
- Expandir a educação superior para que 40% das matrículas estejam nas
instituições públicas.
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desenvolvimento conjunto das ações pela articulação entre a União, estados e
municípios.
Até o ano 2010, o plano contava com 130 programas distribuídos nas
áreas: Educação Básica, Educação profissional e tecnológica, Educação
Superior, alfabetização e diversidade. Foram elaborados alguns programas para
cada área específica.
A Educação Superior foi formada por alguns princípios complementares
entre si, como a expansão da oferta de vagas; a garantia de qualidade; a
promoção de inclusão social pela Educação; a ordenação territorial, permitindo
que o ensino de qualidade seja acessível às regiões mais remotas do país e o
desenvolvimento econômico e social. O plano tinha como objetivo fazer da
Educação Superior um elemento-chave da integração e da formação do Brasil
como nação. Criaram várias iniciativas para o ensino superior:
- aumento das vagas de ingresso e a redução das taxas de evasão nos cursos
presenciais de graduação por meio do Programa de Apoio a Planos de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni);
- Sustentação à adoção de políticas afirmativas através do Plano Nacional de
Assistência Estudantil (Pnaes);
- Alteração do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies),
ampliando o prazo para o aluno quitar o empréstimo após a conclusão do curso
Neste contexto, a política do ensino superior trata-se não mais de priorizar a
expansão de matrículas, cursos e instituições particulares, mas de criar condições
para a sustentação financeira dos estabelecimentos já existentes.
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Num primeiro momento, o Programa seria instituído por Medida Provisória,
mas sofreu pressão de entidades representativas do setor privado de educação, como
a Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES), o Sindicato
das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de
São Paulo (Semesp), a Associação Brasileira das Universidades Comunitárias
(Abruc), a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), a Associação
Nacional dos Centros Universitários (Anaceu), e o Conselho Nacional de Igrejas
Cristãs do Brasil (Conic), dentre outras.
- Emenda 149, que propõe que “as instituições de educação superior que não
gozem de autonomia para a fixação do número de vagas em seus cursos de
graduação e aderirem ao PROUNI poderão acrescentar duas vagas para cada dez
vagas autorizadas, na data desta Lei”.
- Emenda 151, o deputado propõe que mesmo as IES que possuem débitos a
Secretaria da Receita Federal ou à Procuradoria–Geral da Fazenda Nacional, com
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vencimento até 30 de abril de 2004, podem aderir ao PROUNI em troca do
oferecimento de bolsas nos mesmos percentuais e condições previstas na lei.
- Emenda 175, Átila Lira também propôs a modificação do art. 1.º do Projeto
de Lei. No momento da justificativa da emenda, o deputado argumentou que a nova
redação dada ao artigo tem por objetivo ampliar o universo de estudantes a serem
beneficiados, mediante:
a) A concessão de bolsa parcial ao aluno cuja renda familiar per capita se situe
na faixa de mais de um até três salários mínimos;
A questão das bolsas foi talvez a maior vitória das IES privados em relação ao
projeto de Lei inicial. Com tal advento, aumentam o número beneficiados pelo ProUni,
contribuindo para diminuir o problema crônico das instituições privadas: o alto número
de vagas ociosas.
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que retornam tardiamente aos bancos escolares. No entanto, este fenômeno dá
indícios que o segmento privado disponibiliza vagas não procuradas pelos
estudantes.
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• Potencializar a função social e o engajamento dos Institutos e Universidades
como expressão das políticas do Governo Federal na superação da miséria e na
redução das iniquidades sociais e territoriais.
A prova também é feita por pessoas com interesse em ganhar bolsa integral
ou parcial em universidade particular através do Programa Universidade para Todos
(Prouni). Desde 2014 serve também para obtenção de financiamento através do
fundo de Financiamento do Ensino Superior (FIES).
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ensino superior que aderiram totalmente ou parcialmente, com uma certa
porcentagem de suas vagas, à nota do Enem como forma de ingresso, em
substituição ao vestibular.
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228 071 vagas em 6 323 cursos de 131 instituições.[6] Já em 2017 foram oferecidas
238 397 vagas no mesmo número de instituições.
O SISU tem por base o mesmo projeto do Programa Universidade para Todos,
e sua dinâmica é por turnos. Durante o dia, fica aberto a seleção e modificação por
parte dos estudantes e na madrugada (23h:59min às 01h:59min) é fechado à edições.
Neste momento o sistema gera o ranking classificatório. No próximo dia, o sistema é
reaberto para os estudantes verificarem sua classificação no curso escolhido e se
desejarem alterarem o curso e a universidade. A prova também é feita por pessoas
com interesse em ganhar bolsa integral ou parcial em universidade particular através
do Programa Universidade para Todos (Prouni). Desde 2014 serve também para
obtenção de financiamento através do fundo de Financiamento do Ensino Superior
(FIES).
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BIBLIOGRAFIA
19
Impulso, v. 16, n. 40, maio-ago. 2005.
COBB, R. W., ELDER, C. D. Issues and Agendas. In: THEODOULOU, S. Z., CAHN,
M. A. (ed.). Public Policy: The essencial readings. New Jersey: Prentice Hall, 1995.
CORBUCCI, P.R. Avanços, limites e desafios das Políticas do MEC para a Educação
mar. 2002.
GOVERNO tenta derrubar alteração no ProUni. Folha de São Paulo, São Paulo: 03
20