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Trabalho de Geografia

Legislação Ambiental
A Constituição de 1988 abriu espaços à participação da população na
preservação e na defesa ambiental e impôs à coletividade o dever de defender
o meio ambiente (artigo 225,"caput", CF/88). Assegurou como direito
fundamental de todos os brasileiros a proteção ambiental, conforme o artigo 5º,
inciso LXXIII, da CF/88, através da Ação Popular. Estabeleceu que o meio
ambiente é um bem de uso comum do povo, assegurando a todos o direito a
um meio ambiente equilibrado, impondo ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para a presente e as futuras gerações.

A nível internacional existe A série de normas ISO 14000 correspondem a


um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) editado pela ISO (International
Organization for Standardization). Esta série de normas apresenta diretrizes
para Auditorias Ambientais, Avaliação do Desempenho Ambiental, Rotulagem
Ambiental e Análise do Ciclo de Vida dos Produtos. Ou seja, especifica os
requisitos relativos a um sistema de gestão ambiental, de modo a permitir que
a organização formule políticas e objetivos que levem em conta os requisitos
legais e as informações referentes aos impactos ambientais significativos.

A finalidade desta série de normas é equilibrar a proteção ambiental e a


prevenção de poluição com as necessidades sociais e econômicas.

Entretanto, esta norma não estabelece requisitos absolutos para o


desempenho ambiental, além do comprometimento, expresso na política, de
atender à legislação e regulamentos aplicáveis e do compromisso com a
melhoria contínua. Assim, duas organizações que desenvolvam atividades
similares, mas que apresentem níveis diferentes de desempenho ambiental,
podem, ambas, atender aos seus requisitos. Dessa forma, a adoção desta
norma não garante, por si só, resultados ambientais ótimos.

Também existem os acordos como o Acordo de Kyoto, ou protocolo de


Kyoto que é um acordo mundial, assinado no ano de 1997, no Japão,
resultante da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do
Clima. Foi elaborado durante a Conferência das Partes III, e seu principal
objetivo é propor metas, especialmente aos países desenvolvidos, a fim de
conter as emissões de gases de efeito estufa.

Lei Nº 7347, de 24 de julho de 1985


Lei da Ação Civil Pública
Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao
meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético,
histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências.

Quem tem legitimidade para instaurar o inquérito civil?

O inquérito civil, que é um procedimento investigatório de natureza


inquisitorial, será disciplinado por Ato do Órgão Especial do Colégio de
Procuradores de Justiça, por iniciativa do Procurador-Geral de Justiça. Ele
deve ser instaurado por portaria, de ofício ou por determinação deste
Procurador. 

Quem tem legitimidade para propor uma ação civil pública?

Em geral, o Ministério Público é o principal órgão responsável por esta ação,


mas ele não é o único. O artigo 5° da lei explica quais outros órgãos podem
propor a ação civil pública, sendo eles: a Defensoria Pública; a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios; a autarquia, empresa pública,
fundação ou sociedade de economia mista; a associação […].

Mas é preciso observar que alguns destes órgãos devem atender alguns
critérios para mover a ação.

Apesar disso, qualquer pessoa pode solicitar que a ação seja iniciada pelos
órgãos competentes. Por isso, os servidores públicos responsáveis deverão
solicitar ao Ministério Público que a ação seja movida, conforme manda o artigo
6° da lei.

Lei Nº 9433, De 8 de Janeiro de 1997


Lei De Recursos Hídricos

Conhecida como Lei das Águas, tem como objetivo promover a


disponibilidade de água e utilização racional e integrada dos recursos hídricos,
incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável
para a atual e as futuras gerações; prever e defender o recurso hídrico contra
eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso
inadequado dos recursos naturais; incentivar e promover a captação, a
preservação e o aproveitamento de águas pluviais.

A lei tem como base o fato de a água ser um bem público, que não pode
ser privatizado, e sua gestão deve ser baseada em usos múltiplos
(abastecimento, energia, irrigação, indústria etc.) e também deve ser
descentralizada, tendo a participação de usuários da sociedade civil e do
governo. Em caso de escassez, a lei assegura que o seu uso é prioritário para
o consumo humano e de animais.
Por descentralizar a gestão da água, o Estado abre mão de uma parte dos
seus poderes e compartilha com vários segmentos da sociedade uma
participação ativa nas decisões.

Assegurar o acesso a água conforme previsto na lei é um desafio, devido a


execução e efetividade de gestão, que muda de acordo com o estado, com
níveis diversos de investimento e sistema de monitoramento.

A Lei 9433/97 criou também o Sistema Nacional de Gerenciamento de


Recursos Hídricos com os objetivos de:

Coordenar a gestão integrada das águas; arbitrar administrativamente os


conflitos relacionados com os recursos hídricos; implementar a Política
Nacional de Recursos Hídricos; planejar, regular e controlar o uso, a
preservação e a recuperação dos recursos hídricos; promover a cobrança pelo
uso de recursos hídricos.

Os órgãos que integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos


Hídricos são:

O Conselho Nacional de Recursos Hídricos; a Agência Nacional de Águas;


os Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal; os
Comitês de Bacia Hidrográfica; os órgãos dos poderes públicos federal,
estaduais, do Distrito Federal e municipais cujas competências se relacionem
com a gestão de recursos hídricos; as Agências de Água.

Quais as penalidades por não cumprir a Lei 9433/97?

Se a empresa descumprir os dispostos da lei estará sujeito a sofrer


penalidades.

Entre os descumprimentos temos:

Utilizar recursos hídricos para qualquer finalidade, sem a respectiva outorga


de direito de uso; iniciar a implantação ou implantar empreendimento que altere
o regime, quantidade ou qualidade das águas, sem autorização dos órgãos ou
entidades competentes; utilizar-se dos recursos hídricos em desacordo com as
condições estabelecidas na outorga; perfurar poços para extração de água
subterrânea sem a devida autorização; fraudar as medições dos volumes de
água utilizados ou declarar valores diferentes dos medidos; infringir normas
estabelecidas no regulamento desta Lei; dificultar a ação fiscalizadora das
autoridades competentes no exercício de suas funções.

As penalidades podem ser advertência por escrito, na qual serão


estabelecidos prazos para correção das irregularidades, multas (de R$ 100,00
a R$ 50.000,00) e embargo.

Lei Nº 11 284, De 2 de março de 2006


Lei da Mata Atlântica

Até o começo do ano de 2006, não havia uma lei de orientação sobre como
explorar economicamente uma floresta pública e ao mesmo tempo que
garantisse a sua sustentabilidade ambiental. Então, em 2 de março de 2006, foi
sancionada a Lei nº 11.284, que dispõem sobre a Gestão de Florestas Públicas
(LGFP). No mesmo ato da criação desta lei foi instituído o Serviço Florestal
Brasileiro – SFB e criado o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal –
FNDF.

A Lei nº 11.284 traz as diretrizes para a gestão das florestas públicas. Além
de definir os princípios que devem orientar todas as ações. Considerando estes
princípios, as áreas de florestas públicas podem ter três formas de gestão:

Gestão direta governamental – o Poder Público (governos federal,


estadual ou municipal) gerencia diretamente a floresta, ou seja, podem utilizá-la
de acordo com suas necessidades. Para isso, os governos podem ter parceiros
ou
realizar contratos de utilização destas florestas. Mas, estes contratos não
podem durar mais que dez anos.

Destinação não onerosa – As comunidades locais que moram em florestas


públicas podem utilizar diretamente as florestas e não precisam pagar por esse
uso.

Gestão indireta por meio de Concessão Florestal – o uso da floresta é


feito pelo setor privado (pessoas ou empresas). Quem faz a exploração tem
que pagar anualmente pelos recursos florestais que são retirados. Para decidir
quem vai usar uma determinada floresta, é feita uma licitação. Quem oferecer
ao mesmo tempo a melhor proposta técnica (considerando aspectos
ambientais, sociais, de eficiência e de agregação de valor), assim como o
melhor preço, será o selecionado.

O texto Lei também coloca que os Estados e Municípios são competentes


para editar normas locais, mas estes devem seguir as regras do texto federal e
harmonizar agricultura e meio ambiente.

Esta Lei representa um instrumento para a proteção das florestas,


introduzindo novas formas de gestão, permitindo que os governos federal,
estadual e municipal gerenciem seu patrimônio florestal, de forma a combater a
grilagem de terras, ocupações irregulares e exploração predatória.

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