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INDUSTRIA DO
PETRÓLEO
Registros antigos dão conta de que vários povos conheceram o petróleo através do
afloramento natural do hidrocarboneto até a superfície, em virtude de altas
temperaturas, pressões e formações geológicas.
Hoje, para fazê-lo chegar à superfície é necessário perfurar um poço que atinja o
reservatório e o faça se elevar até a superfície. A tecnologia envolvendo a perfuração
de poços se desenvolveu bastante nos últimos anos, permitindo o alcance de
profundidades antes nunca imaginadas, acima de 6.000 m de profundidade.
A perfuração de poços tanto pode ser em terra (onshore) quanto no mar (offshore).
Os custos com a perfuração de poços são significativos, sendo bem mais elevados em
se tratando de poços offshore.
Mesmo com os recursos tecnológicos oriundos dos métodos sísmicos, somente com
a perfuração de um poço é que se comprovará ou não a tese de acumulação proposta
nas análises geológicas e geofísicas.
• Sustentação de cargas
• Geração e transmissão de energia
• Movimentação de carga
• Rotação
• Circulação
• Segurança do poço
• Monitoração
• Sistema de superfície (coluna de perfuração)
O estaleiro é uma estrutura metálica constituída de vigas apoiadas acima do solo por
pilaretes. Fica posicionado em frente a sonda e possibilita manter todas as tubulações
(comandos, tubos de perfuração, revestimentos, etc.) dispostas paralelamente a uma
passarela para facilitar o manuseio. A Figura 2.2 ilustra o estaleiro.
• Guincho
• Bloco de coroamento
• Catarina
• Cabo de perfuração
• Gancho
• Elevador
• Mesa rotativa
• Kelly
INTRODUÇÃO À INDUSTRIA DO PETRÓLEO
OPERADOR DE SONDA NOTURNO - 83107
INSTRUTOR: HEBERT PENELUC
AULA 2 – PRODUÇÃO DE PETRÓLEO
• Cabeça de circulação ou swivel.
• Cabeça de poço
• Preventores
São misturas complexas de produtos químicos, líquidos, sólidos e às vezes até gases,
cujo objetivo principal é lubrificar a broca e garantir uma perfuração ágil e segura. A
lama é injetada por dentro da coluna de perfuração retornando pelo espaço anular
existente entre a coluna de perfuração e as paredes do poço ou do revestimento.
Basicamente, são estas funções que o fluido deve ter:
Tal operação consiste em se retirar toda a coluna do poço, a fim de que uma broca
nova seja instalada. Tanto na descida quanto na retirada da coluna, as seções de tubos,
formadas por três unidades, são devidamente posicionadas na torre, na posição
vertical, de modo a permitir maior agilidade e racionalidade no manuseio das
ferramentas.
Perfilagem:
Uma vez perfurado o poço, são descidos em seu interior alguns equipamentos
especiais cuja finalidade é mensurar algumas propriedades das formações que farão
parte da caracterização e avaliação económica do mesmo.
Revestimento de Poço:
Sendo o poço perfurado em fases, vão sendo revestidos com tubos de aço especial,
colocados uns por dentro dos outros, formando as colunas de revestimento. No
começo da operação, o tubo inicial tem pequena extensão, e diâmetro maior do que
os posteriores, formando um ajuste tipo telescópico para formar a coluna de
revestimento. À medida que o diâmetro diminui, o revestimento inicial, antes dito de
superfície, passa a ser chamado de intermediário e, depois, de revestimento de
produção.
Cimentação do revestimento:
Uma vez instalada a coluna de revestimento do poço, o espaço anular entre a coluna
e a parede do poço é cimentado (preenchido com uma mistura cimento/água), visando
uma melhor fixação da coluna e isolando as zonas porosas e permeáveis atravessadas
pelo poço. Esta operação é feita por tubos condutores auxiliares, sendo que no
revestimento de superfície toda a extensão é cimentada e, nos demais, normalmente
só a parte inferior, ou intervalos predefinidos.
Testemunhagem do poço:
A operação é realizada com uma broca vazada e dois barriletes, um externo que gira
com a coluna, e outro interno, que aloja o testemunho. À medida que a broca avança
o cilindro, vai se alojando no interior do barrilete interno durante a perfuração.
Após a perfuração de um poço vem a fase de completação, que consiste numa série
de operações que têm por objetivo permitir a produção económica e segura de
hidrocarbonetos, bem como injetar fluidos no reservatório quando necessário.
A Figura 2.8 mostra uma árvore de natal convencional (ANC), e a Figura 2.9 apresenta
uma árvore de natal molhada (ANM).
Basicamente são instalados a cabeça de produção e o BOP (ver item 2.1.1.6) para
permitir o acesso ao interior do poço, com toda a segurança necessária, para a
execução das demais fases.
Para o condicionamento, é descida uma coluna com broca e raspador, como mostra
a Figura 2.10, de modo a deixar o interior do revestimento de produção (e liner, quando
presente) gabaritados e em condições de receber os equipamentos necessários. A
broca é utilizada para cortar os tampões de cimento e tampões mecânicos porventura
existentes no interior do poço, bem como restos da cimentação.
A surgência dos fluidos na superfície pode ser induzida por válvulas de gas-lift, pelo
flexitubo, pela substituição do fluido da coluna por outro mais leve ou por pistoneio,
que são formas de aliviar a pressão hidrostática do fluido existente na coluna de
produção.
2.4. Elevacão
A facilidade com que o petróleo alcança a superfície está diretamente relacionada com
a pressão existente no reservatório. Quando esta pressão é naturalmente suficiente,
os fluidos contidos no reservatório chegam facilmente à superfície, ao que chamamos
elevação natural.
Os poços que produzem por elevação natural são chamados poços surgentes, sendo
certo que tais poços, ao longo de sua vida produtiva, acabam por ter um declínio na
pressão preexistente, o que dificulta a produção económica do reservatório.
2.4.2. Gas-lift
A Figura 2.14 ilustra esquematicamente poços equipados com gas //#. O sistema é
composto por: