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Keywords: Given the relevance and importance of Human Rights, which have a
principled nature and are provided for in our Federal Constitution, having great
importance within the formal and also material plan, it is necessary to analyze the
effectiveness of these rights. Means are constantly being sought to insert these
rights in society, ways are being sought to guarantee these rights, first in an
internal panorama, so that they can also become tangible at a global level, within
the social plane. The study was developed from the hypothetical-deductive
method, through bibliographical research.
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1 Bacharela em Direito pela Univesc, Lages/SC (2015); Pós-Graduada em Direito Processual
Penal e Legislação Penal pela Universidade Candido Mendes (2019); Mestranda em Direito pelo
Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade de Passo Fundo. Passo Fundo-RS.
Advogada; e-mail: nataliaferreira.advo@gmail.com.
2 Bacharela em Direito pela Univesc, Lages/SC (2015); Pós graduanda em Direito Civil e
Desenvolvimento
3 Direitos Fundamentais e a distinção dos Direitos Humanos.
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3 BARROSO, Luís Roberto. Curso de Direito Constitucional contemporâneo: os conceitos
fundamentais e a construção do novo modelo. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 241.
4 MENEZES, Carlos Alberto. Efetividade dos Direitos Declarados. Revista da EMERJ, v.1, n.1,
1998.
1.1 Direitos Humanos à luz da Constituição de 1988.
A década de 1980 foi marcada por inúmeras crises, que foram além de
problemas conjunturais.
Nossa Constituição é resultado de importantes transformações políticas e
sociais. As garantias de direitos sociais e individuais por meio da Constituição
Federal de 1988 se consolidaram, e se tornaram marco da redemocratização do
nosso país na década de 80.
E fora por meio desta transição democrática, e a pequenos passos, que se
conseguiu vencer o período de pouco mais de duas décadas de autoritarismo
militar, que se formou um controle civil sob as forças militares.
Assim, a Constituição Federal de 1988, nasceu da necessidade de se fazer
um código onde estabelecesse e refizesse o pacto político/social, que resultou
na promulgação de uma nova ordem constitucional.
Flavia Piovesan nos diz que, a Carta de 1988 pode ser concebida como o
marco jurídico da transição democrática e da institucionalização dos direitos
humanos no Brasil. Introduz indiscutível avanço na consolidação legislativa das
garantias e direitos fundamentais e na proteção de setores vulneráveis da
sociedade brasileira. A partir dela, os direitos humanos ganham relevo
extraordinário, situando-se a Carta de 1988 como o documento mais abrangente
e pormenorizado sobre os direitos humanos jamais adotado no Brasil.
Por ser assim, que a Constituição de 1988, deve ser compreendida como
uma unidade e como um sistema que privilegia determinados valores sociais,
elegendo em especial o valor da dignidade humana como essencial que lhe doa
unidade de sentido, uma característica particular.
Em analise a todo conjunto, se observa que a Constituição Federal de 1988
se caracteriza por ser amplamente democrática e liberal – no sentido de garantir
direitos aos cidadãos.
Canotilho5, fala que a tarefa da Constituição é: “em sempre como tarefa a
realidade: juridificar constitucionalmente essa tarefa ou abandoná-la à política, é
o grande desafio”.
Quanto à forma, ressalta-se que está se consubstancia a partir da
positivação constitucional dos direitos, cujas características, uma vez trazidas
ao sistema jurídico brasileiro se apresentam da seguinte maneira: 1) os
direitos fundamentais se encontram no topo do ordenamento, visto que integram
a Constituição Federal escrita, de modo que se mostram hierarquicamente
superior às normas restantes; 2) os direitos fundamentais são entendidos como
pétreos, sendo protegidos pelos limites trazidos pelo artigo 60 da Constituição
Federal, notadamente, no que tange à revisão e emenda constitucional; 3) os
direitos fundamentais possuem aplicabilidade imediata e vinculam os setores
públicos e privados.27
Já em relação a matéria, tem-se que está se traduz a partir da relação
existente entre os direitos fundamentais e os axiomas da Carta Magna,
principalmente os princípios elencados nos artigos 1º, 2º, 3º e 4º de tal diploma
e, em especial o princípio da dignidade da pessoa humana, princípios estes que
foram o resultado dos valores trazidos pelo constituinte a rigor da história que
antecedeu à promulgação da Constituição, ou seja, em virtude das
necessidades sociais mais importantes que clamavam por proteção do Estado,
no momento pós ditadura militar. 28
Nesse sentido, o texto de 1988 não apenas é instituto de proteção das
relações existentes, mas é Constituição de uma sociedade em devir. Surge o
problema da realidade como tarefa e do Direito como antecipador das mudanças
_______________
5
José Joaquim Gomes Canotilho, Direito constitucional, 6. ed. revista, Coimbra: Almedina, 1993, p. 578.
sociais, o que rompe com a função de "Direito-situação", conforme ensinamento
de Flavia Piovesan.
A opção da Constituição de 1988 é clara ao afirmar que os direitos sociais
são direitos fundamentais, sendo pois inconcebível separar os valores liberdade
(direitos civis e políticos) e igualdade (direitos sociais, econômicos e culturais).
Logo, a Constituição Brasileira de 1988 acolhe a concepção contemporânea de
direitos humanos, ao reforçar a universalidade e a indivisibilidade desses
direitos.
4 A Reforma Constitucional
Muitas vezes, vemos a necessidade de nos adequar as transformações e
avanços da sociedade, o que impõe possíveis mudanças em textos de leis, para
que possam acompanhar a evolução social, econômica e cultural de uma nação.
Nesta toada, Moreira, salienta, que: “a mudança de uma Constituição, seja
ela rígida ou flexível, é inevitável. Se ela não se adapta às alterações que
permanentemente se processam nas relações dinâmicas da sociedade, ela
perde sua efetividade, seja pela ruptura revolucionária, seja pela caducidade ”.
Desta lição, concluímos que s Constituições não podem ser eternas e
precisam adaptar-se oportunamente ao momento vivido, ressaltando também
que a supremacia da Constituição não significa imutabilidade absoluta, já que,
fontes normativas, são suscetíveis de revisão (respeitando o núcleo essencial),
principalmente quando se trata de Constituição rígida, como é o caso do modelo
adotado no Brasil.
Karl Loewenstein nos ensina que: “a Constituição é um organismo vivo,
sempre em movimento como a vida mesma, e está submetido à dinâmica da
realidade que jamais pode ser captada através de fórmulas fixas” (apud
Zandonade, 2001, p. 208)
Neste passo, trazemos dois entendimentos diversos, para analise, sendo o
primeiro favorável, defendido por CARVALHO (2003), onde frisa que reformar
não significa mudar, substituir, ab-rogar toda a Constituição existente para então
estabelecer outra em seu lugar, mas “tão-somente alterar, modificar, fazer
adições ou supressões, mantendo a identidade e a continuidade da
Constituição”.
Diferente, é o entendimento de Gisela Maria Bester (2005) explica que
quando tratamos da reforma da Constituição:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No entanto, mais importante que isso, é um olhar sensível, para que não
esqueçamos dos direitos mínimos, bem como o zelo pelo Sistema Constitucional
de origem.
Assim, concluímos que não basta apenas a criação normativa que
priorizem a população, mas deve-se priorizar por meio de um caráter
intransponível, onde não venha a suplantar.