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HELLO OLTICICA AnotagSes sébre_o "Parangolé". Desde o primeiro ‘estandarte', que funciona com o ate de carregar (pelo espectador) ou dansar, jf aparece visivel a relagio da danga como de= senvolvimento estrutural dessas obras da 'manifestecdo da cbr no espego ambiental'. éde a unidade cotrutural dessas obres dsté basoada na ‘os srutura-agiio! que é aqui fundamental; o “ato do espdetador ao carregar a obra, ou ao dansar ou correr, reyela a totalidede expressiva da mesna na ova estruture: a estrutura atinge af o méximo de ago prépria no sen ido do “ato expressivo". A ago 6 a pura manifestag#o expressiva da obra, A idéia da 'capa', posterior & do estandarte, j4 consolide mais ‘@se ponto de vista: 0 espectador 'veste! a capa, que se constitue de camadas de pano de cor que se revelan & medida em que Sste se movimenta correndo ou densando. A obra requer af a participacdo corporal direta; além de revestir 0 ¢orpo, pede que Bste sa movimente, que danse em Witt ma andlise. 0 préprio ‘ato de vestir' a obra JJ implica numa transnu- tago expressive - corporal do espectador, caracteristica primordial da danga, sua primeira condigSo. A criagio de "capa" (j4 realizeda a 1 ¢ 2) veio trazer nfo 66 a ques— ‘Ho de considerar um ‘ciclo de’partieipagdo' na obra, isto &, um ‘assis tir' e 'vestir' a obra para e sua completa visdo por parte do especta— dor, mas também a de abordar o problema da obra no espago o no tempo - n&io mais como se fésse ela 'situada! em rela¢Ho a ésses elementos, mas como uma 'vivéneia mfsica' dos mesnos, Wo b4 ai a partida da valorizacde obra-cepacgo ¢ obra-tompo, ou melhor obra-espago-tempo, pera a consideragdo da sua trenscendentalidade como obra-objote no mundo ambiental, da 0 minha ovolugéo quo chegs aqui & ormulagdo do Parangolé, visa a essa incorporagiic magica dos elementos da obra como tal, numa vivéncia total do espectador, que chamo agora'par tlcipador'. Hé como aye a ‘instituigao' e um 'reconhecimento' do um e3 pago intor-corporal rriado pola obra ao ser desdobrado. A obra 6 feita para @sce espaco, e nonhum sentido de totalidade pode-se dela exigir co mo apenas ume obra situada num espago-tempo idee] oxigindo ou néo a par ticipag’io do espectaior. 0 'vestir', sentido meior o total de mesma, - contrapSe-se a0 ‘assitir', sentido secundéric, fechando assim 9. ciclo ‘yestir-ascistir!. 0 yostir jé on of se conetituo numa totalicade vas obra, pois a0 desdobri-in tendo como nucleo contral o sav préprio corpo, © espectador eono quo jf vivOncia a transmtagio espacial que af so dé: pereedo @1e na sts condigSo de micloo estrutural da bore, o desdobrenca to viyoncial d&sse espacgo inter-corporal. H& como que uma violagio ao scu estar como 'dndividuo' no mundo, diferenciado e 20 mesmo tompo 'oo~ lstivo', para o do 'parti¢ipader! come contre motor, nticlec, mas nfo 56 ‘motor! cono principslmonte 'simbélico', dentro da estrutura-obre. E osta e vordadeira motemorfose quo af s@ verifica na Inter-relagao es- pectador-obra (ou participador-obra). 0 assistir j4 condus o perticips dor para o plano espacic-temporal objetivo de obra, enquento que no ou- tro $33e plano dominedo pelo subjetivo-vivéneial; hé af e complotagiio de vivéncia inicial do vostir. Como face intermedidria poder-sc-ia dc- oignar a do yootir-aceistir, isto 6, ao vostir uma obra vé o participa- dor 0 gue se desonrola om ‘outro’, que vests outra obra, & claro. Aqui © ospago-tempo embicntel transforma-se numa totalidade ‘obra-ambiente's hé a vivéncia de uma 'participagio coletive' Parangolé, na qual e ‘ten da', isto 6 o ‘ponetrével' Parangolé assume wma fungSo importanto: ¢ @le o ‘abrigo' do participador, convidando-o a também n@le participa , acionando os clementos n&le contides (sempre manvalmente ou com todo © corpo, nunca mecinicanonte, como scja: acionar botées que pdem om mov. monto clomentos, ote. Quando péra a agiio corporal do espectador, pére © movimento; alids é importante noter os eleneatos ‘ago’ e 'pausat no desenrolar da participagio comp elementos da ‘ago total': 6 af a obra muito mais ‘obra-agée' do que 4 antiga ‘action-painting', puramente play mag&o visual da ag&0 ¢ ndo e agdo mesma transformada em elemento da o~ bra como aqui). © Parengolé revela enéio © sev cardter fundamental de 'estrutura ambien tel", possuindo un micleo principal: o participador-obre, que se deonen wre en 'participador’ quando assiste e 'cbra’ quando assistida de fora nésse espaco-tempo anbientel. Bsses niicleos participador-obra ao se 72 lacionarem num ambiente determinado (numa exposic&o, p.ex-) criam um - ‘sistena aubiental' Parangolé, que por sua vez poderia ser ‘aceistido! por outros participadores de fora. Dat rangolé, vivenciade pelo particivador, e¢ outres estruturas caracterfstL cas do mundo ambiental, surge o que chemo de ‘vivéncie-total Parangols', que 6 senpre acicnada pela participagdo do sujeito nas obras e langada no mundo embiental como que guerendo decifrar a sua verdadeira constity ico universal transformando-o en 'percepodo crdativa'. Tmporta acni, agora, procurar determiner a influncia de tal aco no comportananto ge rel do participador; seria isto uma iniciagio &s estruturas perceptivo- ereativas do mundo ambiental? da obra de arte, no fundo, o 6; resta saber aqui qual a esecificidade earacteristice nessa concepeao do aque seja o Parengolé. 2 0 estebelecimento perceptive de relagées entre a estrutura Pa- aes

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