Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CAPÍTULO 1
Trecho da p. 44 a 47
igual para cada qual, isto é, cada qual dos interessados que efetivamente se encontram
*
O autor agradece as contribuições críticas da professora Agatha Justen.
racional [...] 2. de caráter tradicional […] ou de caráter carismático” (WEBER, 2000, p.
estatuídas e do direito de mando daqueles que, em virtude dessas ordens, estão nomeados
Sim, é a lei para todos. Mas o conjunto de regras técnicas e normas que constituem
o sistema legal em que se apoia o conceito weberiano de burocracia não é inquirido sobre
a sua própria legitimidade – ele, este conjunto, é apresentado como legitimador, sem que
o autor indague em que condições aquelas regras e aquelas normas foram produzidas.
Como foram formuladas e formalizadas, que jogo de forças e pressões, que recursos de
construído. Ele procura fazer crer, ademais, que “a administração burocrática significa:
funcionário.
recursos que moldam o mérito muito além (ou aquém?) do conhecimento técnico e
científico dos candidatos.
culpados dos males da burguesia do que os próprios burgueses que ali os colocam para
executarem as políticas que lhes interessam. Weber também alimentou esta fantasia
senso comum (ideologia) de que a burocracia se imporia como um poder à parte, tema a
que o pensador alemão dedicou várias páginas, especialmente em seu pouco conhecido
Isto acabou por dar às mesquinharias e questões secundárias – problemas que não estão
na base da exploração, ainda que de fato incomodem – uma dimensão tão agigantada
subsumidas.
Cabe ainda chamar a atenção para o conceito de racionalidade presente no
exerce, por exemplo, o monarca, ao não distinguir os bens públicos dos bens privados,
considerando a tudo seu patrimônio. Entretanto, ao observador mais atento não escapa o
racional que o patronato exerce senão da prevalência do capital sobre tudo mais? É este
capital, líquido e físico, que por seu turno permite ao capitalista tratar a todas e todos
o todo. Não é outra a razão pela qual o Estado, patrimonialisticamente gerido sob as
associado aos sistemas monárquicos, cabe perfeitamente citar aqui o comentário de Marx
Referências bibliográficas
CANO, Wilson (2009). América Latina: notas sobre a crise. In: Revista Economia e
Sociedade, vol.18, nº3, Campinas, dez. 2009.
CORIAT, Benjamin (1994). Pensar pelo avesso. Rio de Janeiro: Editora REVAN/UFRJ.
COVRE, Maria de Lourdes (1983). A fala dos homens. São Paulo: Brasiliense.s.
DRUCKER, Peter (1997). Mary Parker Follet: profeta do gerenciamento. In: Pauline
Graham. Mary Parker-Follet, Profeta do Gerenciamento. Rio de Janeiro: Qualitymark.
FOLLET, Mary Parker (1949). Creative experience. New York: Longmans, Green.
GALEANO, Eduardo; BORGES, José (1994). Las palabras andantes. Montevideo: Siglo
XXI.
HILFERDING, Rudolf. O capital financeiro (1985). São Paulo: Nova Cultural, col. Os
Economistas.
KALECKI, Michal (1977). Crescimento e Ciclo das Economias Capitalistas. São Paulo:
Editora Hucitec.
KEYNES, John Maynard (1964). Teoria geral do emprego, do juro e do dinheiro. Rio de
Janeiro: Editora Fundo de Cultura.
MARX. Karl; ENGELS, Friedrich. (1982). Manifesto Comunista. In: Textos, vol. III. São
Paulo: Alfa-Ômega.
MARX, Karl (1983). Contribuição à crítica da economia política. São Paulo: Martins
Fontes.
MAYO, Elton (1933). The Human Problems of an Industrial Civilization. Nova Iorque:
Harvard Univ. Press.
OHNO, Taiichi (1997). O sistema Toyota de produção. Porto Alegre: Editora Bookman.
SAY. Jean-Baptiste (1983). Tratado de economia política. São Paulo: Abril Cultural,
coleção Os Economistas.