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Como funcionam programas nos moldes do 'Bolsa Família' nas 10 maiores economias do mundo
Daniela Fernandes
De Paris para a BBC News Brasil
8 dezembro 2018
CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,
China implementou 12 programas de assistência social
A pobreza não é uma questão que preocupa apenas os países menos
desenvolvidos.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), as
nações ricas que integram o grupo gastam, em média, 1,6% do PIB em prestações de
assistência social condicionadas a um limite de renda dos beneficiários, como é o caso do
Bolsa Família. São recursos transferidos em dinheiro para ajudar na subsistência e lutar
contra a pobreza. O número exclui gastos sociais com Previdência, saúde e seguro-
desemprego.
No Brasil, as despesas com o Bolsa Família, programa que beneficiou 14 milhões de
famílias em novembro, representam cerca de 0,5% do PIB. Neste ano, os pagamentos do
Bolsa Família devem atingir R$ 30 bilhões.
Biblioteca Acarí e Churunga. 2006. Enciclopedia Andes e Desertos
O benefício médio recebido pelo programa é de R$ 187 (quase US$ 50), após reajuste de
5,7% que entrou em vigor em julho. O valor recebido pelos beneficiários varia conforme o
número de membros da família, a idade de cada um e a renda.
Como o Peru conseguiu reduzir 50% da pobreza em 10 anos
Por que injustiça incomoda mais que desigualdade, segundo pesquisa
Entre as 10 maiores economias do mundo – que incluem desde países com elevados
níveis de bem-estar social, como a França e a Alemanha, aos com altos índices de
pobreza, como a Índia –, os programas de transferência de renda estão presentes, ainda
que com diferentes formulações.
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Legenda da foto,
Sistema de proteção social francês é conhecido por ser um dos mais generosos do mundo
França gasta mais
Na França – que vive uma onda de violentos protestos motivados pelos efeitos da alta
carga tributária e do baixo poder de compra de boa parte da população –, os programas
de transferência de renda são ainda mais amplos do que a média dos países ricos e
atingem 2,1% do PIB, totalizando mais de 45 bilhões de euros (cerca de R$ 200 bilhões).
Além de garantir recursos para despesas do dia a dia, a França, que possui uma ampla
rede de proteção social, tem também programas de ajuda para pagar o aluguel e contas
de luz ou gás e para a compra de material escolar, entre outros.
De acordo com Maxime Ladaique, diretor de recursos estatísticos da divisão de políticas
sociais da OCDE, os gastos dos países ricos com programas de transferência de renda
se mantém, em geral, estáveis nos últimos anos.
"Logo após a crise financeira de 2008, as prestações sociais aumentaram, enquanto o
PIB caiu. Os países pagaram mais para amortecer os efeitos da deterioração da
economia", diz o especialista.
"Desde então, elas vêm sendo levemente reduzidas, mas o PIB dos países cresceu",
afirma Ladaique, acrescentando que, na prática, a relação desses gastos em relação ao
PIB tem se mantido estável.
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Na avaliação de Ladaique, os programas de transferência de renda dos países ricos têm
algo em comum: eles representam apenas uma pequena parte do total de gastos sociais,
que incluem despesas bem mais elevadas como as da Previdência e saúde. "As
despesas com pessoas de baixa renda são pouco significativas em relação a todos os
gastos sociais", diz ele.
Basta olhar para os números gerais: os países ricos da OCDE gastam, em média, 21%
do PIB (Produto Interno Bruto) na área social.
O percentual engloba os recursos usados na Previdência, na saúde pública, com seguro-
desemprego e assistência social às famílias, que em vários casos inclui programas de
distribuição de renda. Na França, os gastos na área são ainda maiores: 31% do PIB.
No Brasil, os gastos sociais do governo federal atingem cerca de 17,5% do PIB, incluindo
despesas com Previdência, saúde, assistência social, educação, trabalho, saneamento
básico e habitação. O percentual é mais elevado do que em outros países da América
Latina e da Ásia.
Em boa parte dos países ricos, no entanto, os programas de transferência de renda não
permitem que os beneficiários vivam acima da linha da pobreza (que leva em conta o
nível de vida no país), ressalta Ladaique, da Ocde.
Conheça detalhes sobre cada um deles (com exceção do Brasil, que ocupa a nona
posição no ranking do FMI) a seguir:
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Legenda da foto,
Programa americano paga benefícios a idosos e crianças de baixa renda cegos ou com alguma outra
deficiência
O principal programa social dos Estados Unidos é o SNAP (Programa de Assistência
Nutricional Suplementar), que ajuda pessoas de baixa renda a comprarem comida. É um
programa federal, executado por agências locais, que beneficia mais de 20 milhões de
lares. O valor médio pago por mês em 2018 para cada beneficiário é US$ 125 e, para
cada lar, US$ 252. Os valores se mantiveram estáveis nos últimos quatro anos. O
benefício custará quase US$ 56 bilhões neste ano. O SNAP é concedido aos lares com
recursos e ativos de até U$ 2,2 mil.
O governo do presidente Donald Trump propôs mudanças na legislação, passando a
exigir que pessoas com até 60 anos trabalhem para ter direito ao benefício, comumente
chamado de "selos de comida". No caso de desempregados, também há programas de
seguro-desemprego, operados por cada um dos Estados.
Por conta do impasse político criado com a proposta de mudança do SNAP, o Congresso
americano ainda não aprovou a nova lei agrícola (Farm Bill), que financia o setor e o
programa de nutrição. Parte da lei expirou no final de setembro e o restante irá expirar em
31 de dezembro.
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Legenda da foto,
Legislação de assistência social pode mudar nos EUA, a depender do governo de Donald Trump
A imprensa americana estima que pelo menos 2 milhões de pessoas poderão ter o
benefício do SNAP cortado ou reduzido caso a proposta de Trump seja aprovada.
O programa Renda de Segurança Suplementar – Supplemental Security Income (SSI) –
paga benefícios a adultos e crianças com deficiência ou pessoas acima de 65 anos com
poucos recursos (ativos de até US$ 2 mil para um solteiro ou US$ 3 mil para um casal,
considerando conta bancária, poupança, carro etc). No ano passado, o valor da ajuda
mensal era de US$ 735 para um solteiro e de US$ 1,1 mil para um casal.
Há outros programas nos Estados Unidos, como a assistência temporária em dinheiro
para famílias pobres e sem emprego (Temporary Assistance for Needy Families – TANF),
com critérios e benefícios definidos pelos Estados. Alguns Estados exigem, para
conceder o benefício, renda equivalente a menos de 50% da linha da pobreza, enquanto
outros aceitam valores acima disso. Há uma contrapartida de horas de trabalho mensais,
que podem ser serviços à comunidade, formações, ou empregos subsidiados no setor
público e privado.
China: mudanças desde 1990
O país implementou 12 programas de assistência social. Alguns foram criados há várias
décadas, mas eles ganharam força após uma reforma da assistência social no início dos
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anos 90, que passou a incluir nos programas de transferência de renda pessoas aptas ao
trabalho.
Um deles, com versões urbana ("Urban Dibao"), e rural ("Rural Dibao"), garante recursos
mínimos de subsistência às famílias de baixa renda, independentemente da capacidade
para trabalhar. O sistema beneficia todos os lares do país que vivem abaixo da linha da
pobreza. Shangai, a cidade mais desenvolvida do país, foi a primeira a implementar, em
1993, o Dibao urbano nos novos moldes que beneficiam a todos.
O programa Dibao é nacional, mas em razão das disparidades entre áreas urbanas e
rurais e entre províncias do país, os governos locais definem os padrões de ajuda, ou
seja, os benefícios variam de uma região para outra, mas são normalmente calculados
em função da linha da pobreza na localidade.
Em Pequim, por exemplo, a linha da pobreza é de 900 yuans por mês (R$ 500). Se uma
pessoa ganhar apenas 700 yuans (R$ 385), o governo completa os 200 yuans que faltam
para atingir a renda mínima de subsistência.
Na média, o "Urban Dibao" equivale a um quinto ou um sexto da renda per capita das
cidades. Em Pequim, a renda média per capita é de 5,3 mil yuans (R$ 2,9 mil).
Nas áreas rurais, a linha de pobreza média do Dibao é de 312 yuans (R$ 172), mais do
que o dobro do valor em 2010, segundo a ONU.
Há um outro programa nas áreas rurais, o "Wubao", que fornece alimentação, roupas e
cuidados médicos, além de ajuda financeira para moradia e até para enterros.
A partir dos anos 2000, a China reforçou novamente seus programas sociais, com
assistência educacional para beneficiários do Dibao, além de subsídios para moradia.
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Legenda da foto,
Japão tem programa que visa garantir um padrão de vida mínimo
O Japão possui um programa de auxílio de subsistência, o Seikatsu Hogo. O valor do
benefício resulta de um cálculo complexo em função do custo de vida básico necessário
da família, conforme a idade e o número de integrantes do lar e também da região. Um lar
em Tóquio com um adulto e uma criança em idade escolar, por exemplo, recebe por mês
cerca de 125 mil ienes – US$ 1,1 mil (R$ 4,2 mil) e tem direito a auxílio moradia de 64 mil
ienes (US$ 565 - R$ 2,2 mil).
O governo japonês prevê ainda ajuda financeira para gastos médicos, serviços para
idosos e compra de material escolar, entre outros. Além disso, os municípios do país
ainda oferecem um auxílio por criança a famílias de baixa renda, o Jido teate, que pagar
cerca de 15 mil ienes por criança (R$ 520) por mês.
No Japão, as despesas sociais representam cerca de 23% do PIB, abaixo de países
como a França e a Alemanha, mas acima dos Estados Unidos.
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CRÉDITO,GETTY IMAGES
Legenda da foto,
A assistência social na Alemanha cobre despesas de subsistência, com garantia de recursos
mínimos para pessoas de baixa renda ou incapacitadas de trabalhar
A assistência social na Alemanha cobre despesas básicas, com garantia de recursos
mínimos para pessoas de baixa renda ou incapacitadas de trabalhar.
Neste ano, o montante "da assistência para necessidades básicas" é de 416 euros
mensais (cerca de R$ 1,7 mil) para uma pessoa solteira e de 748 euros para um casal
(R$ 3,1 mil).
Há um suplemento para crianças em função da idade, que vai de 240 a 316 euros (de R$
1 mil a R$ 1,3 mil). Há ainda ajudas financeiras para necessidades suplementares, como
mães ou pais solteiros, situações especiais como roupas de gravidez e de bebê, ou ainda
para a educação de crianças e adolescentes, que incluem, por exemplo, recursos para
material didático e excursões escolares.
Também há auxílio para pagar o aluguel, se ele for considerado "razoável". Isso significa
um montante de cerca de 450 euros (quase R$ 2 mil) no caso de um apartamento para
duas pessoas em Berlim, uma das cidades mais baratas da Europa ocidental.
Reino Unido: apoio será ampliado
O país está implementando o sistema do Crédito Universal, um pagamento mensal para
famílias de baixa renda.
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Ele deverá ser ampliado para todo o país até 2019 e substituirá outros benefícios, como o
complemento de renda (Income Support) e auxílio-moradia.
O Crédito Universal pode ser solicitado por trabalhadores, autônomos e desempregados.
O montante depende da situação (ganhos, filhos, eventual deficiência, ajuda para pagar
aluguel) e do local onde a pessoa vive. Ele não é válido para quem não é cidadão
britânico ou irlandês. Um casal acima de 25 anos recebe 499 libras (US$ 640) por mês.
Outros fatores podem ser acrescentados à ajuda básica, como 277 libras (US$ 355) por
mês no caso do primeiro filho e 232 libras para o segundo filho e subsequentes.
França: ajuda nas contas de luz e gás
O sistema de proteção social francês é um dos mais generosos do mundo.
O país garante, por exemplo, uma renda mínima para pessoas com mais de 25 anos sem
atividade profissional e que não tenham mais direito ao seguro-desemprego (que pode
durar até dois anos). Jovens a partir de 18 também têm direito ao chamado Revenu de
solidarité Active (RSA) caso tenham filhos.
O valor do RSA para uma pessoa que não receba auxílio-moradia complementar é de
550 euros (R$ 2,3 mil) mensais. Um casal com um filho recebe quase 1 mil euros (R$ 4,3
mil).
Além de uma ajuda financeira para o aluguel, há inúmeras outras alocações, como a
destinada a despesas com crianças de menos de três anos, para a compra de material
escolar ou ainda o "cheque energia" para pessoas de baixa renda, soma anual que varia
de 28 a 247 euros (R$ 120 a pouco mais de R$ 1 mil) para ajudar a pagar contas de luz
ou gás.
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CRÉDITO,AFP
Legenda da foto,
Assim como o Brasil, a Índia é um país onde há grande desigualdade social
A Índia lançou em 2013 um plano experimental de pagamento em dinheiro aos mais
pobres, nos moldes do Bolsa Família brasileiro. O governo estuda atualmente
modalidades para estender o programa, batizado de "seu dinheiro em suas mãos". Há
dois anos, técnicos da Índia visitaram o Brasil para aprofundar conhecimentos em relação
ao Bolsa Família.
Há diversos programas de bem-estar social no país, relacionados principalmente a bolsas
de estudo. O país fornece auxílio para a compra de alimentos (5kg de grãos por pessoa
por mês), subsídio para o gás de cozinha e alocações financeiras para atender às
necessidades básicas de famílias.
A taxa de pobreza na Índia caiu de 55% para 28% no período de dez anos (até 2016),
segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
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CRÉDITO,REUTERS
Legenda da foto,
Na Itália, benefício social nacional é pago às pessoas de baixa renda com mais de 66 anos
A Itália ainda não possui um regime nacional de apoio financeiro à população de baixa
renda.
Até o momento, o único benefício social nacional, o Assegno Social, é pago àqueles com
mais de 66 anos em situação de vulnerabilidade.
Em seu projeto de orçamento para 2019 - fortemente criticado pela União Europeia por
prever o agravamento do déficit público, que se situaria em 2,4% do PIB -, o governo
italiano prevê o aumento dos gastos públicos para permitir a criação da chamada "renda
de cidadania", medida defendida pelo Movimento 5 Estrelas e que garantiria a qualquer
pessoa maior de idade uma renda mínima de 780 euros (R$ 3,3 mil).
Na prática, se a pessoa trabalhar e tiver um salário de 400 euros, ela receberá o
complemento, 380 euros.
Também existem na Itália programas administrados por regiões e cidades que concedem
recursos em função da renda e que variam de acordo com a localidade.
Canadá: governo limita iniciativas
No Canadá, os programas de assistência social são administrados pelas províncias e
territórios, que fixam suas próprias regras e montantes dos pagamentos.
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Em Ontário, uma pessoa sem filhos pode receber, entre a ajuda financeira de
subsistência e o auxílio moradia máximo, até cerca de R$ 2 mil. No caso de um casal
com dois filhos, a soma pode atingir R$ 3,3 mil.
A província de Ontário havia lançado no ano passado um projeto piloto de renda básica
universal (uma verba mensal garantida tanto para desempregados quanto para
trabalhadores), com 4 mil pessoas inscritas. Ele deveria durar três anos, mas em julho o
governo da província anunciou o encerramento progressivo do projeto, alegando que a
iniciativa custa caro e não é viável a longo prazo. Uma pessoa solteira poderia receber
até 17 mil dólares canadenses (R$ 50 mil) por ano.
Coreia do Sul: programas 'sob medida'
Após a crise de 1997, o governo sul-coreano ampliou, em 2000, as condições para ter
acesso ao chamado programa de proteção nacional de subsistência básica, permitindo
que pessoas na faixa de renda baixa pudessem receber os recursos.
Antes, eles eram destinados apenas a pessoas incapacitadas de trabalhar por motivo de
deficiência ou idade. O programa foi reforçado em 2015, com ajudas "sob medida"
relacionadas ao custo de vida, serviços médicos, moradia e educação, baseada nas
necessidades dos beneficiários.
O benefício corresponde a 30% da renda média, fixada anualmente pelo ministério da
Saúde e do Bem-Estar Social. A renda média é de 2,8 milhões de wons (US$ 2,5 mil)
para um lar com duas pessoas e a alocação de subsistência é de US$ 740. A ajuda
escolar (inscrições, compra de material, entre outros) para estudantes do ensino
fundamental e médio vai de US$ 37 a US$ 48
La rosa roja, símbolo internacional de la socialdemocracia debido al color rojo asociado con el socialismo.12
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Índice
1Historia
o 1.1Orígenes (1848-1880)
o 1.2El «periodo clásico» de la socialdemocracia (1880-1914)
1.2.1Primera revisión de la socialdemocracia
o 1.3La asunción de las tesis revisionistas y reformistas y ruptura definitiva de la
socialdemocracia con el comunismo (1918-1945)
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Historia[editar]
Orígenes (1848-1880)[editar]
Los dirigentes de las diferentes vertientes del socialismo alemán en sus inicios: (arriba) August Bebel, y Wilhelm
Liebknecht; (en medio) Karl Marx;(abajo) Carl Wilhelm Tölcke y Ferdinand Lassalle.
Al igual que los fabianos, Bernstein veía la democracia como «el medio para la lucha en
pro del socialismo» y la «forma imprescindible de realización del socialismo», mientras
que la dictadura del proletariado la consideraba una forma de «atavismo político». En
consecuencia, enlazando en esto con Lassalle, no consideraba al Estado como un
instrumento de dominación de clase, como sostenía la interpretación marxista
«ortodoxa», sino como el «legítimo guardián del interés general de la colectividad». 19
Edición de 1906 de Las premisas del socialismo y las tareas de la socialdemocracia de Eduard Bernstein.
Bernstein, citando a Engels, decía que el socialismo se lograría a través de una lucha
«prolongada, tenaz, avanzando lentamente de posición a posición», 20 lo que produciría
una especie de evolución del capitalismo dado que por un lado: a) Las condiciones
económicas no eran las suficientes como para permitir la aparición del socialismo; y b)
Que la concentración o acumulación del capital no se había realizado en los términos
previstos por Marx, sino por el contrario, se había extendido a través de la generalización
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de las empresas de capital social. Lo que significaba que en lugar de pauperizar habían
mejorado los niveles de vida de amplios sectores de ella 21 y que, por otro lado, la
ampliación de la democracia y los logros de beneficios sindicales que esa extensión hacía
posible significaba que el proletariado tendría cada vez más derechos a defender y por lo
tanto, menos razones para una insurrección. Todo lo anterior "ha revolucionado
completamente las condiciones de la lucha del proletariado. Los métodos de 1848 (la
referencia es al Manifiesto Comunista) son obsoletos en todo sentido".20 Paralelamente
Bernstein argumentaba que la extensión de derechos democráticos a las clases
desposeídas -específicamente, el derecho a voto a quienes no son propietarios-
cambiaba las reglas de la política: la democracia se había transformado en conquista y
herramienta popular y por lo tanto superaba la necesidad de una insurrección y/o guerra
civil a fin de instaurar una dictadura del proletariado. Consecuentemente, Bernstein
analizaba la posibilidad de transformación del capitalismo al socialismo mediante un
proceso de reformas políticas y económicas; la consecución de estas reformas debían
figurar en adelante como objetivo prioritario del movimiento obrero, por lo que la
confrontación electoral y la presencia parlamentaria de los partidos socialdemócratas se
transformaba en método central de avance al socialismo. Aunque las tesis de Bernstein
fueron condenadas por casi todos los partidos, su posicionamiento (denunciado por los
continuistas como revisionismo) tuvo una amplia influencia en el socialismo internacional.
Es importante tener presente que las reformas que Bernstein está postulando no se
refieren solo un sistema de beneficios, sean sindicales o sociales, sino que al sistema
político mismo -especialmente el de su tiempo- Para el, la democracia es un concepto no
solo mejorable sino un objetivo político que se debe lograr o implementar -por ejemplo, a
través de la lucha por el derecho de los sindicatos a participar no solo en la
administración de empresas sino también en la dirección política de un país- Así, define
democracia, negativamente, como: “la ausencia del gobierno de clases (...) el principio de
la supresión del gobierno de las clases aunque no todavía la actual supresión de las
clases”.22
La asunción de las tesis revisionistas y reformistas y ruptura
definitiva de la socialdemocracia con el comunismo (1918-1945)
[editar]
La Revolución de Octubre de 1917 supuso la ruptura del movimiento socialista europeo
ya que los partidarios del modelo leninista que acababa de triunfar en Rusia abandonaron
los partidos socialistas y socialdemócratas para fundar los partidos comunistas adheridos
a la nueva Tercera Internacional, mientras que aquellos asumieron plenamente los
valores democráticos y la vía reformista para alcanzar el socialismo —con la excepción
del Partido Socialista Obrero Español que protagonizó la fracasada Revolución de octubre
de 1934—.23
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Ramsay MacDonald, líder del Partido Laborista entre 1922 y 1931 y primer ministro británico en 1924 y entre
1929 y 1935.
Leon Blum (1927), líder del SFIO y presidente del gobierno francés entre 1936 y 1937 al frente de la coalición
del Frente Popular.
revisión a la socialdemocracia, pero sus tesis revisionistas tardaron varios años en calar
dentro de la socialdemocracia.30
Un intento de conciliación entre la socialdemocracia y el leninismo lo representó la
creación de la llamada Segunda Internacional y Media que asumió en gran medida la
posición más benévola sobre la Revolución de Octubre sostenida por
el austromarxista Otto Bauer —consideraba la dictadura del proletariado en Rusia como
una fase de transición hacia la democracia, lo que nunca llegó a realizarse—. 31
Finalmente los partidos o corrientes que seguían las tesis de Bernstein, que continuaron
denominándose socialistas o socialdemócratas, fundaron en 1923 la Internacional Obrera
y Socialista.
Durante este período de entreguerras se produjo la primera participación de los
socialdemócratas en los gobiernos, (en Alemania, en Austria, en Bélgica, en Gran
Bretaña, en Dinamarca o en España), aunque la misma fueron relativamente efímeras,
salvo en el caso del Partido Socialdemócrata Sueco que se mantuvo en el poder desde
1932 hasta 1976.24
Entre los pensadores y políticos más conocidos que tuvieron mayor influencia en la
socialdemocracia de este periodo se encuentran: Léon Blum; Ramsay MacDonald; Pierre
Mendès France; Tony Crosland (principal implementador político de las ideas de
Keynes), John Maynard Keynes; John Kenneth Galbraith, Olof Palme, Nehru, etc.
Segunda revisión de la socialdemocracia, ruptura definitiva con el marxismo en general y cisma
dentro del revisionismo[editar]
Tras el final de la Segunda Guerra Mundial la socialdemocracia europea abandonó
completamente el marxismo y elaboró una «visión diferente de las relaciones entre
capitalismo y socialismo»,32 centrando su propuesta en «una mayor intervención estatal
en los procesos de redistribución que en los de producción, de forma que una política
fiscal progresiva permitió consolidar eficazmente la red asistencial que configura
el Estado de bienestar» (dándose pues así la ruptura definitiva de
la socialdemocracia con el marxismo en general).33
Willy Brandt, líder del SPD y canciller de Alemania entre 1969 y 1974.
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Olof Palme, líder del Partido Socialdemócrata de Suecia y primer ministro de su país entre 1969 y 1976, y 1982 y
1986.
Hermes Binner, Fue el primer gobernador socialista argentino de la provincia de Santa Fe , entre el 2007 y el
2011, y un destacado dirigente socialista. Responsable de la transformación del sistema de salud público en esa
provincia37.
Los partidos socialdemócratas se encuentran entre los más importantes en la mayor parte
de los países europeos, así como en la mayor parte de países influidos por el viejo
continente, con la notable excepción de Estados Unidos. También
en Hispanoamérica tienen una notable influencia, con la Unión Cívica Radical en
Argentina, el Partido Socialista de Chile, el Partido Liberal Colombiano, el Partido
Liberación Nacional de Costa Rica, el Partido Colorado de Uruguay o la Acción
Democrática de Venezuela [cita requerida] 38 39algunos de los cuales han participado en los
gobiernos de sus respectivos países.
La socialdemocracia en la actualidad[editar]
Como se cadastrar
Gestão
O Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único) é uma
ação federal, com gestão compartilhada e descentralizada entre a União, os estados, o
Distrito Federal e os municípios. Ou seja, ao aderirem ao Cadastro Único, todos os entes
federados assumem compromissos e atribuições específicos, que devem ser executados
de forma articulada.
Saiba mais
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Cadastramento Diferenciado
Consulta ao Cidadão
Se você está cadastrado no Cadastro Único e deseja consultar o cadastro da sua família,
qual o seu NIS e outros dados cadastrais pode baixar o novo aplicativo do Cadastro
Único, que está disponível nas lojas Apple e Android e também pode ser acessado pelo
site https://cadunico.cidadania.gov.br.
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Dados
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Governo Lula
Brasil
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Mandato
Período 2003 - 2011
Composição
Partido PT
Coligação PT (2003-2011), PL/PR (2003-2011), PCdoB (2003-2011), PSB (2003-
2011), PTB (2003-2009), PDT (2003-2004/2007-2011), PPS (2003-2004), P
V (2003-2005), PMDB (2004-2011), PP (2005-2011), PRB (2007-2011)[1]
Sítio oficial
www.brasil.gov.br
Histórico
FHC Dilma
entre 2002 (nota 4,0, em 45º no ranking) e 2009 (nota 3,7, em 75º no ranking), tendo uma
queda de 30 postos.[24] Em 2008, o Índice de Democracia, elaborado anualmente pela
revista inglesa The Economist, classificou o Brasil como o 41º país mais democrático do
mundo.[25]
Carta ao povo brasileiro
Ver artigo principal: Carta ao povo brasileiro
Ainda durante campanha eleitoral, Lula redigiu a "carta ao povo brasileiro" onde
assegurou que, em caso de sua vitória, a sua agremiação, o PT, respeitaria os contratos
nacionais e internacionais. A carta foi lida no dia 22 de junho de 2002 durante encontro
sobre o programa de governo do partido.[26]
Posse presidencial
Ao lado de seu vice-presidente José Alencar, Lula sobe a rampa do Palácio do Planalto na cerimônia de posse do
seu segundo mandato.
Ver artigos principais: Posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2003 e Posse de Luiz
Inácio Lula da Silva em 2007
Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse no dia 1º de janeiro de 2003, tendo sido eleito
presidente em 2002. Ele foi o segundo presidente brasileiro a tomar posse nessa data, o
terceiro presidente eleito desde o fim da ditadura militar, e o primeiro ex-operário de
orientação socialista a assumir a Presidência da República.[27][28]
A posse do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República
Federativa do Brasil aconteceu em 1º de janeiro de 2007. Ele foi empossado novamente
com o vice-presidente, José Alencar. A cerimônia começou pouco depois de 16h, no
plenário do Congresso Nacional, em Brasília, e foi presidida pelo então presidente do
Senado, Renan Calheiros. Como na posse do primeiro mandato, o presidente e o vice-
presidente reeleitos leram e assinaram o termo de posse e, em seguida, foi ouvido o hino
nacional, executado pela Banda dos Fuzileiros Navais. [29]
Biblioteca Acarí e Churunga. 2006. Enciclopedia Andes e Desertos
Política interna
Economia
Lula foi eleito em um contexto econômico difícil, [12] e sua gestão iniciou dando seguimento
à política econômica do governo anterior, FHC.[30] Para tanto, nomeou Henrique Meirelles,
deputado federal eleito pelo PSDB de Goiás em 2002, para a direção do Banco Central
do Brasil dando um forte sinal para o mercado - principalmente o Internacional, em que
Meirelles é bastante conhecido por ter sido presidente do Bank Boston - de que não
haveria mudanças bruscas na condução da política econômica em seu governo.
[31]
Nomeou o médico sanitarista e ex-prefeito de Ribeirão Preto Antônio Palocci,
pertencente aos quadros do Partido dos Trabalhadores, como Ministro da Fazenda. Após
seguidas denúncias contra Palocci feitas pela mídia, no caso conhecido como "Escândalo
da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo", este pediu demissão (em 27 de
agosto de 2009, o STF arquivou a denúncia feita contra Palocci).[32] O seu substituto foi o
economista e professor universitário Guido Mantega, que assumiu o ministério em 27 de
março de 2006.
O Governo Lula caracterizou-se pela baixa inflação, que ficou controlada, [33] redução do
desemprego e constantes recordes da balança comercial. [34] Na gestão do presidente Lula
observou-se o recorde na produção da indústria automobilística em 2005, o maior
crescimento real do salário mínimo[35] e redução do índice de Gini.[36]
Em 2010, Alan Mulally, presidente mundial da Ford afirmou que graças aos programas de
incentivo do Governo Lula foi possível ao país sair de forma efetiva da crise mundial.
[37]
Durante a crise a retração do PIB foi de apenas 0,2%, mostrando um resultado melhor
que as grandes economias do mundo obtiveram. [33]
O crescimento econômico foi puxado pelo boom das commodities, a redução das taxas
de juros internacionais e o aumento do consumo interno, apoiado pelo aumento do salário
mínimo e programas de transferência de renda como o Bolsa Família. [10][12][11]
A terceira edição do relatório produzido pela escola mundial de negócios Insead, em
parceria com a Confederação da Indústria Indiana (CII), realizado em 2010, mostrou que
o Brasil está na 68ª posição no ranking mundial de inovação de 2010, que classifica as
economias de Islândia, Suécia e Hong Kong como as três mais inovadoras do mundo.
Dentre os países latino-americanos, o país ficou apenas no 7º posto, perdendo para
nações como Costa Rica, Chile e Uruguai. A pesquisa classificou 132 países a partir de
60 indicadores diferentes, tais como patentes por milhão de habitantes, investimentos
em pesquisa e desenvolvimento, usuários de internet banda larga e celulares por 100
pessoas e prazo médio para se abrir um negócio no país. O estudo também mede o
Biblioteca Acarí e Churunga. 2006. Enciclopedia Andes e Desertos
O Governo Lula terminou com um valor total de 288,575 bilhões de dólares em reservas
internacionais em 31 de dezembro de 2010, o que representou recorde histórico. [43] No
início do governo, as reservas totalizavam US$ 37,65 bilhões. [43][44][45] A taxa de juros SELIC
saiu de 25% ao ano em 2003, quando Lula tomou posse, para 8,75% ao ano em julho de
2009 (no segundo mandato de Lula). [46]
O Brasil sofreu pouco com a crise econômica de 2008-2009, e isso foi reconhecido
internacionalmente por outros países.[47][48] De acordo com estudos da fundação
da Alemanha Bertelsmann publicados em 2010, o Brasil foi um dos países que melhor
reagiram perante a crise.[49] Segundo os relatórios publicados, a fundação elogia os
programas sociais do país e o controle austero sobre as instituições financeiras, e revela
que o país alcançou posições econômicas melhores. [49]
Biblioteca Acarí e Churunga. 2006. Enciclopedia Andes e Desertos
Inflação
Guido Mantega.
Nos oito anos do Governo Lula, a taxa de inflação oficial do país, representada
pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em sete oportunidades dentro
da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).[50] A exceção ficou por
conta justamente do primeiro ano da gestão, em 2003, quando o IPCA, mesmo
mostrando uma alta menor, de 9,30%, ante a taxa de 12,53% de 2002, ficou acima da
meta ajustada de 8,5% anunciada pelo Banco Central. [51]
Em 2004, depois de o CMN estipular uma meta de inflação acumulada de 5,5% para
aquele ano, com tolerância de 2,5 pontos porcentuais para baixo ou para cima, o IPCA
atingiu uma taxa final de 7,60%, bem próxima do teto estabelecido. [52] Em 2005, a inflação
oficial do País fechou o período com uma alta acumulada de 5,69%, dentro da meta de
4,5%, com tolerância de 2,5 pontos para cima ou para baixo. [52]
A partir de 2006, o CMN manteve o ponto central da meta inflacionária do Brasil em 4,5%,
mas reduziu as margens para 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo. [53] Foi
exatamente nesse ano que o IPCA atingiu a marca de 3,14%, a menor taxa desde o início
de implantação das metas, em 1999.[53]
Em 2007 e 2008, a inflação acumulada avançou para os níveis de 4,46% e de 5,90%,
respectivamente, mas ainda continuaram dentro do intervalo perseguido pelo Banco
Central.[54] Em 2009, em virtude principalmente da alta menor no preços dos alimentos, o
IPCA acumulado desacelerou para a marca de 4,31%. [54] No último ano do governo Lula, a
inflação apresentou importante aceleração, registrando alta de 5,91%. [55] Apesar de ainda
ter ficado dentro da meta do CMN, de 4,5%, com tolerância de 2 pontos para cima ou
para baixo, o IPCA foi o maior desde 2004.[55]
Produto Interno Bruto
O PIB no Governo Lula apresentou expansão média de 4% ao ano, entre 2003 e 2010.
[56]
O desempenho superou o do governo anterior, Fernando Henrique Cardoso (1995-
2002), que mostrou expansão média do PIB de 2,3% ao ano. [56] O número médio dos oito
anos ficou, porém, abaixo da média de crescimento da economia brasileira do período
republicano, de 4,55%, e colocou o Governo Lula na 19ª posição em ranking de 29
presidentes, conforme estudo do economista Reinaldo Gonçalves, professor da UFRJ.
[57]
Quando se divide o período por dois mandatos, a média foi de 3,5%, no primeiro (2003-
2006), e de 4,5%, no segundo (2007-2010). [57]
Biblioteca Acarí e Churunga. 2006. Enciclopedia Andes e Desertos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia o Programa de Aceleração de Crescimento em 2007.
O consumo familiar teve uma alta de 6,5% devido, segundo o IBGE, ao crescimento da
massa salarial real dos trabalhadores em 3,6% e ao aumento de 28,8% no crédito dos
bancos para pessoas físicas. Em contrapartida, a despesa da administração pública teve
um aumento de 3,1%.[61] A partir da criação da Secretaria Nacional dos Portos, no dia 7 de
maio de 2007, o governo passou a ter 24 ministérios, mais quinze secretarias e
órgãos com status de ministério.
Em 2008, quando o aquecimento da demanda e da atividade econômica nacional já
geravam preocupações para o cumprimento das metas de inflação e obrigavam o Banco
Central a apertar a política monetária por meio do aumento da taxa básica de juros,
a crise financeira mundial originada nos Estados Unidos atingiu o Brasil no último
trimestre de 2008, levando o governo a implantar entre 2008 e 2009 um conjunto de
medidas para conter os efeitos negativos no sistema financeiro. [63][64] Como o primeiro
semestre ainda havia apresentado um desempenho econômico forte, o PIB nacional
terminou 2008 com uma taxa de expansão ainda relevante de 5,1%. [65]
Desemprego
De acordo com o IBGE, em dezembro de 2010, a taxa de desemprego atingiu 5,3%
da população economicamente ativa (PEA), o que representou o menor resultado da
série histórica, iniciada em 2002 pelo instituto.[66] Em dezembro de 2002, o desemprego
representava 10,5% da PEA.[66] Em 2003, no mesmo mês, a taxa ficou em 10,9%. [66] Em
dezembro de 2004, atingiu 9,6% da PEA e, no mesmo mês dos anos seguintes, a taxa
sempre mostrou números menores: 8,4% (2005 e 2006); 7,5% (2007); 6,8% (2008 e
2009).[66] O desemprego médio do último ano do Governo Lula foi de 6,7%, também o
menor da série histórica.[67] Em 2009, essa mesma taxa era de 8,9%.[67]
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o volume de vagas criadas em 2010 foi o
melhor do Governo Lula na geração de emprego com carteira de trabalho assinada e
também representou resultado histórico.[68] Descontadas as demissões de 2010, foram
criados 2.524.678 postos de trabalho formal.[68] No acumulado de oito anos da era Lula, o
Ministério do Trabalho contabilizou a criação de 15.048.311 novas vagas com carteira
assinada, já descontadas as demissões.[68]
Biblioteca Acarí e Churunga. 2006. Enciclopedia Andes e Desertos
Política social
Em 2010, o Bird afirmou que o país avançou na redução da pobreza e distribuição de
renda.[69] Segundo a entidade, apesar da desigualdade social ser ainda elevada,
conseguiu-se reduzir a taxa de pobreza de 41% em 1990 para 25,6% em 2006, graças
aos avanços perpetrados pelos governos Collor, Itamar, FHC e Lula. [69] Alguns dos
motivos para a redução teriam sido a inflação baixa e os programas de transferência de
renda.[69]
A desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres teria aumentado entre 2001 e 2003,
conforme publicação do O Globo em fevereiro de 2005.[70] Após a posse de Lula, porém,
um relatório do IBGE, do fim de novembro de 2007, afirmou que o governo do presidente
Lula estaria fazendo do Brasil um país menos desigual. Com base no PNAD (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios), a FGV divulgou estudo mostrando percentuais
comparando desde o ano em que Lula tomou posse. [71]
Entre 2002 e 2007, o Brasil, embora tenha melhorado seu IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) de 0,790 para 0,813, caiu da 63º posição para a 75ª posição
no ranking dos países do mundo.[72] O estudo é divulgado pelo PNUD (Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento), que esclareceu o recuo do País para 75ª
posição com dois fatores: a entrada de novos países no levantamento e a atualização de
dados, que beneficiaram países como a Rússia.[72][73] Países considerados de "Alto
Desenvolvimento Humano" são aqueles com IDH superior a 0,800. [73] No levantamento
referente a 2007, uma nova categoria de países foi incluída no ranking: o IDH "Muito
Elevado", com número superior a 0,900.[74]
No levantamento referente a 2010, último ano do Governo Lula, o Brasil ficou ainda na
distante 73ª posição entre 169 países. [75] Por conta de mudanças na metodologia, os
organizadores do levantamento enfatizaram que o IDH de 2010 não pode ser comparado
ao IDH de anos anteriores, que utilizavam uma metodologia diferente. [75] Conforme o
relatório, o IDH do Brasil apresenta "tendência de crescimento sustentado ao longo dos
anos".[75]
Com relação à mortalidade infantil, o governo Lula seguiu a tendência de queda, que se
observa desde 1930 no Brasil.[76] Entre 1996 e 2000 a redução foi de 20,5%, entre 2000 e
2004 a redução foi de 15,9%.[77]
Bolsa Família
Ver artigo principal: Bolsa Família
Biblioteca Acarí e Churunga. 2006. Enciclopedia Andes e Desertos
erradicar a fome em quatro anos e reduzir a subnutrição até 2015. [88] Por uma série de
razões, não foi realizada a contento e foi substituído pelo Bolsa Família. [89]
O Fome Zero foi citado pelos críticos como um dos principais fracassos da administração
Lula, conforme o Jornal do Brasil.[90] Foi, entretanto, elogiado pelo secretário-geral
da ONU, Ban Ki-moon, que, em 2010, durante participação no III Fórum da Aliança de
Civilizações, disse que o programa, ao lado do Bolsa Família, trouxe "uma grande
diferença" para o Brasil.[91]
Primeiro Emprego
O Governo Lula lançou, em 2003, o programa Primeiro Emprego, bandeira de campanha
da eleição de Lula em 2002.[89] Porém, o programa não deslanchou: foi extinto em 2006,
tendo conseguido empregar menos de 15 mil jovens, quando o plano inicial era 260 mil
vagas por ano.[89] Em 2007, o programa, que dava vantagens a empresas que
oferecessem vagas a jovens de 16 a 24 anos, foi excluído do projeto do PPA (Plano
Plurianual) 2008-2011.[89] Como o PPA orienta os Orçamentos a cada quadriênio, isso
significava o fim da verba para o Primeiro Emprego a partir de 2008. [89] Em 2009, o
Governo estudou ressuscitar o programa, porém não houve um consenso sobre o
assunto.[92]
Combate à escravidão
O combate à escravidão e ao trabalho degradante foram fortificados do governo do
presidente Lula.[93] Quando Lula assumiu, FHC tinha deixado um Plano Nacional de
Erradicação do Trabalho Escravo, uma base sobre a qual o governo Lula poderia
trabalhar.[94] O resultado foi que, entre 1995 a 2002 houve o resgate de 5.893 pessoas do
trabalho escravo e entre 2003 a 2009, o Brasil resgatou 32.986 pessoas da condição de
trabalho escravo, a maioria no Governo Lula.[93][95] Porém, as punições ao trabalho escravo
no Brasil, algumas vezes, se restringem a indenizações trabalhistas, como as assumidas
pelo Grupo Votorantim,[96] mas já há evolução e condenações contra tal crime. [97][98] Segundo
a OIT (Organização Internacional do Trabalho), até hoje houve no país apenas uma
condenação com efetivo cumprimento de pena de prisão, sendo aplicadas normalmente
apenas multas, indenizações às vítimas e bloqueio de ficha de empresas para o
recebimento de financiamentos.[99][100]
Saúde
Na Saúde, o Governo Lula também vinha atuando com investimentos considerados
insuficientes para as necessidades do país. Representantes do Ministério da
Saúde afirmaram no final de 2009, que o país estava abaixo do mínimo necessário para
os padrões universais de saúde. Segundo o departamento de Economia do Ministério da
Saúde, o percentual da despesa alocada em Saúde em relação ao PIB (Produto Interno
Bruto) no Brasil estava muito abaixo de outros países. A média nos sistemas universais,
segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) era de 6,5% do PIB. No Brasil, em
2007, a despesa pública com Saúde ficou em torno de 3,5% do PIB. Naquele ano, os
gastos com bens e serviços de Saúde no Brasil foram de R$ 224,5 bilhões, ou 8,4% do
PIB, sendo 4,8% dos gastos de famílias e 3,5% do PIB do governo. Segundo o Ministério
da Saúde, os gastos públicos do país no setor (41,6%) estavam abaixo da média
da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que era de
72%.[101]
Segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no
final de 2009, as famílias brasileiras gastavam dez vezes mais com medicamentos do que
o governo do país. O Ministério da Saúde afirmava, contudo, que havia gastos excessivos
Biblioteca Acarí e Churunga. 2006. Enciclopedia Andes e Desertos
das famílias com medicamentos, devido ao consumo sem prescrição médica. Segundo
pesquisadores do IBGE, mesmo com o governo tendo aumentado os gastos com o setor,
a participação pública ainda era pequena, em comparação por exemplo com o México e
outros países com o mesmo tipo de perfil, cujos gastos públicos com a Saúde eram em
média 70%, sendo 30% das famílias.[102]
Em 2009 o país investiu 7,5% do PIB em Saúde enquanto outros países, como os
Estados Unidos, investiram o dobro (15,3%). O então Ministro da Saúde, José Gomes
Temporão criticou os recursos destinados ao seu Ministério. Segundo o ministro, os R$
66,9 bilhões previstos para 2010 no Orçamento da União, não atendiam às demandas da
sua Pasta.[103]
Política educacional
Na área do ensino superior, o ProUni (Programa Universidade Para Todos) foi, segundo
as declarações do MEC, o maior programa de bolsas de estudo da história da educação
brasileira.[104] De 2005 a 2009, o ProUni ofereceu quase 600 mil bolsas de estudo em
aproximadamente 1,5 mil instituições de ensino em todo o país, que receberam para isto
o benefício da isenção de tributos.[105] Entre os beneficiados com bolsas, 46%
eram autodeclarados afrodescendentes.[106]
O programa inclui iniciativas como a concessão de um auxílio de R$ 300,00 para alunos com bolsa
integral matriculados em cursos com carga horária de pelo menos seis horas diárias (Bolsa-
Permanência). Os bolsistas ProUni também têm prioridade no Fundo de Financiamento ao Estudante
do Ensino Superior (Fies) do MEC e um convênio firmado com a Caixa Econômica Federal (CEF) para
oferta de estágios entre beneficiados pelo programa.
— Revista Brasilis[106]
Fernando Haddad em 2011. Durante seu mandato como ministro, houve a criação do PIBID e do SiSU, assim
como a implementação do ProUni e a reformulação e ampliação do FIES e do Enem.
O governo também criou onze universidades públicas federais até setembro de 2009,
superando o marco do presidente Juscelino Kubitschek., [107] Em janeiro de 2010
a Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana) foi a décima terceira
universidade criada, com perspectiva de início de aulas para agosto de 2010, [108] com sua
primeira turma de 200 alunos entre brasileiros, paraguaios, uruguaios e argentinos. Até
agosto de 2010, as universidades federais ofereciam 113 mil vagas gratuitas e
apresentavam que os investimentos teriam passado de 20 bilhões para 60 bilhões
durante o governo Lula, prometendo um aumento das vagas para 250 mil até 2014. [109]
[110]
Contudo, o programa é criticado por professores e estudiosos de instituições de ensino
Biblioteca Acarí e Churunga. 2006. Enciclopedia Andes e Desertos
Marina Silva, então Ministra do Meio Carlos Minc em 2009, então Ministro do Meio
Ambiente, discursa durante o lançamento Ambiente do Governo Lula.
do Plano Amazônia Sustentável em 2008.
Marina Silva (PT-AC) resistiu até 2008 e deixou o Ministério do Meio Ambiente por
enfrentar oposição à sua agenda dentro do governo, pedindo demissão. [121]
Porém, ações governamentais como fiscalização das áreas desmatadas, racionalização
do uso do solo, criação de reservas florestais e controle de crédito para produtores
irregulares fizeram a Amazônia possuir a menor taxa de desmatamento em 21 anos.[122]
Entre 2009 e 2010 o Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)
relatou desmatados 6.451 km², com previsão pelo padrão dos desmatamentos
consolidados de 7.134 km² no primeiro ano de governo da Dilma.[123][124] O desmatamento
de mata atlântica entre 2002 e 2008 foi de 2,7 mil km² [125] Em 1991 tinham sido
desmatados 11,1 mil km², que por sua vez já havia sido uma vitória daquele governo que
reduzira a média entre 1978 e 88 de 20,3 mil km² [126]
O Governo Lula também aprovou a Política Nacional de Mudanças Climáticas com metas
de reduções de emissões de gases do efeito estufa.[127]
Os êxitos atuais na redução do desmatamento de nossas florestas dão credibilidade à nossa
disposição de reduzi-lo em 80% até 2020. Os países amazônicos estão trabalhando para definir uma
posição comum sobre a mudança do clima. Queremos uma Amazônia protegida, mas soberana, sob o
controle dos países que a integram.
— Lula, em 2009[128]
Infraestrutura
Em janeiro de 2007, foi lançado o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), um
conjunto de medidas que visava à aceleração do ritmo de crescimento da economia
brasileira, com previsão de investimentos de mais de 500 bilhões de reais para os quatro
anos do segundo mandato do presidente, além de uma série de mudanças
administrativas e legislativas.[129]
Biblioteca Acarí e Churunga. 2006. Enciclopedia Andes e Desertos
Segurança
Outra situação grave era a do Sistema Carcerário Brasileiro. Durante os anos de 2002-
2006, a população carcerária aumentou em cerca de 67%. [137] A situação chegou a ponto
de ser instalada uma CPI. Em 2008, as investigações mostravam superlotação das
prisões, a falta de acesso dos presos à educação e ao trabalho, e situações desumanas
nos presídios. Durante oito meses, a CPI visitou 60 estabelecimentos em 17 estados e no
Distrito Federal. O deputado Domingos Dutra (PT-MA), relator da CPI, pediu o
indiciamento de cerca de 40 autoridades em todo o país e a responsabilização dos
culpados, de alguma forma, pelo caos no sistema carcerário. De acordo com o relator,
estima-se que o custo médio de um preso hoje no Brasil seja de R$ 1.300 a R$1.600 por
mês. A criação de uma vaga no sistema carcerário tem o custo de R$ 22 mil. "Nós
estamos pagando um valor absurdo e a culpa não é nem do preso, nem do carcereiro e
nem de Jesus Cristo. A culpa é das autoridades brasileiras que sempre trataram o preso
com descaso, como lixos humanos", afirmou o relator. [138]
Em 2007, o Governo Lula, tentando realizar melhorias na área, lançou o Pronasci
(Programa Nacional de Segurança com Cidadania), que tem como objetivo auxiliar os
Estados na qualificação e capacitação das forças policiais. Somente no final dos 8 anos
do Governo Lula, o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) começou a analisar mudanças
no sistema carcerário e o CCJ (Comissão de Constituição de Justiça) do Senado,
mudanças no Código de Processo Penal, que, no entanto, foram criticadas pela
possibilidade de tornar a Justiça mais lenta do que já é na atualidade. [139]
Habitação
Ver artigo principal: Minha Casa, Minha Vida
Um dos grandes feitos do governo Lula foi a integração da América do Sul através da
expansão do Mercosul.[156]
O Mercosul representou o primeiro processo de integração sul-americano, e também latino-americano,
a obter resultados concretos e a abrir alternativas regionais para uma melhor inserção internacional
dos países do cone sul, nos quadros de uma ordem mundial emergente.
— Paulo G. Fagundes Vizentini[156]
Governo Lula promoveu a abertura de novas rotas comerciais com países os quais o
Brasil pouco se relacionava: República Popular da China, Índia, Rússia e África do Sul,
entre outras bem como uma associação entre o Mercosul e a União Europeia e da
valorização das organizações internacionais (especialmente a ONU).
Em termos práticos, o governo brasileiro suplantou certa passividade anterior e buscou alianças fora
do hemisfério, como forma de ampliar seu poder de influência no âmbito internacional a partir da
mencionada postura ativa e pragmática. Como principal prioridade da agenda percebe-se a
reconstrução do Mercosul e a integração sul-americana, criando um espaço para a liderança brasileira.
Além disso, a solidariedade com a África também é central, pois associa princípios éticos e interesse
nacional. A intenção de aprofundar as relações (e estabelecer uma "parceria estratégica") com
potências emergentes como China, Índia, Rússia e África do Sul, entre outras, ao lado do
estabelecimento de uma associação entre o Mercosul e a União Europeia e da valorização das
organizações internacionais (especialmente a ONU), ao lado das vantagens econômicas que propicia,
sinalizam a intenção de contribuir para o estabelecimento de um sistema internacional multipolar. O
princípio de democratização das relações internacionais foi invocado explicitamente.
— Paulo G. Fagundes Vizentini[156]
Porém, o governo Lula tomou decisões controversas em matéria de política externa. Uma
delas foi a ampliação da malha diplomática no continente africano. [157] Houve também o
reconhecimento da China como economia de mercado,[158] o que derrubou diversas
barreiras comerciais impostas aos produtos chineses, facilitando sua entrada no mercado
brasileiro,[159][160] e como a balança comercial era favorável às importações de produtos
chineses, haveria prejuízo a produção nacional de alguns setores, visto que o produto
chinês chega ao mercado brasileiro bem mais barato e esta tendência se seguiu até o
Governo Dilma.[161] Contudo o movimento não surtiu o efeito desejado, que era o apoio
da China[162] por um assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas[163] já que
o Japão, que era apoiado pelos Estados Unidos, também queria um assento permanente
e isso seria inaceitável para os chineses. [164] O Governo Lula também acumula
algumas derrotas em suas tentativas na criação de um bloco econômico compreendido
por países subdesenvolvidos e emergentes. O Governo Lula patrocinou uma missão de
paz no Haiti, almejando crédito com a ONU. Cerca de 1200 militares brasileiros
desembarcaram no Haiti em uma missão pacífica visando a reestruturação do estado
haitiano.[165]
Biblioteca Acarí e Churunga. 2006. Enciclopedia Andes e Desertos
Missão no Haiti
Ver artigo principal: MINUSTAH
José Dirceu foi o Ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula. Ele foi afastado depois de Roberto
Jefferson acusá-lo de ser o coordenador de um esquema ilegal de pagamentos mensais para congressistas. Em
2012, foi condenado a 10 anos e 10 meses de detenção.
As crises políticas tiveram seu ápice em julho de 2005 quando denunciaram o esquema
de compra de votos de deputados no Congresso e o financiamento de campanhas por
"Caixa 2". Conhecido como o "Escândalo do Mensalão", foi o momento mais crítico da
gestão Luiz Inácio Lula da Silva e considerado o pior escândalo de seu governo e
resultou na cassação do mandato de José Dirceu em dezembro de 2005, detentor do
principal posto de coordenação política do país naquele momento, sendo tratado pela
imprensa como o verdadeiro homem forte da administração federal, a quem caberia as
decisões.[189] E os desdobramentos das investigações se estenderam até 2008 na
Operação Satiagraha.[190]
Em 2011, já depois do fim dos dois mandatos do presidente Lula, reportagem de capa
da Revista Época trouxe a informação de que um relatório final da Polícia Federal
confirmou a existência do mensalão.[191] O documento de 332 páginas foi a mais
importante peça produzida pelo governo federal para averiguar o esquema de desvio de
dinheiro público e uso para a compra de apoio político no Congresso durante o Governo
Lula.[192] A reportagem da Revista Época foi contestada uma semana depois pela
revista CartaCapital, que destacou que não havia "uma única linha no texto" da PF que
confirmava a existência do esquema de pagamentos mensais a parlamentares da base
governista em troca de apoio a projetos do governo no Congresso Nacional. [193]
Até o final do primeiro mandato de Lula, outras denúncias de escândalos foram sendo
descobertas, como o caso da quebra de sigilo de um caseiro, que levou a demissão do
ministro Antonio Palocci, além de a tentativa de compra de um dossiê por parte de
agentes da campanha do PT de São Paulo.
Em fevereiro de 2011, o Ministério Público Federal entrou com ação contra o ex-
presidente Lula por improbidade administrativa. [194] A acusação é de que ele e o ex-
ministro da Previdência Social Amir Francisco Lando teriam usado a máquina pública
para promoção pessoal e a fim de favorecer o Banco BMG. [194] As supostas irregularidades
ocorreram entre outubro e dezembro de 2004. [194][195]
Crise do setor aéreo
Ver artigo principal: Crise no setor aéreo brasileiro
A crise no setor aéreo brasileiro ou "apagão aéreo", como divulgado pela imprensa em
2006, foi uma série de colapsos no transporte aéreo que foram deflagrados após o
acidente do voo Gol 1907 em 29 de setembro de 2006. Apagão é um nome adotado
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No início de 2008, começava uma nova crise: a crise do uso de cartões corporativos.[201] As
denúncias levaram à demissão da Ministra da Promoção da Igualdade Racial, Matilde
Ribeiro, que foi a recordista de gastos com o cartão em 2007. [202] O ministro dos Esportes
Orlando Silva devolveu aos cofres públicos mais de R$ 30 mil, evitando uma demissão.
[203]
A denúncia que gerou um pedido de abertura de CPI por parte do Congresso foi a
utilização de um cartão corporativo de um segurança da filha de Lula, Lurian Cordeiro
Lula da Silva, com gasto de R$ 55 mil entre abril e dezembro de 2007. [204] Fernando
Henrique Cardoso criticou a proposta dos governistas de iniciarem as investigações a
partir dos gastos feitos na sua gestão alegando que isso é um jogo político. A acusação
que existe é no governo atual e criticou os saques em dinheiro feitos com o cartão
corporativo.[205] A investigação, no entanto, contou com a abrangência desde o período de
governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso. [206]
A imprensa revelou que o Palácio do Planalto montou um dossiê que detalhava gastos da
família de FHC e que os documentos estariam sendo usados para intimidar a oposição na
CPI, mas a Casa Civil negou a existência do dossiê. [207] Meses depois, sob críticas da
oposição, a CPI dos Cartões Corporativos isentou todos os ministros do governo Lula
acusados de irregularidades no uso dos cartões e não mencionou a montagem do dossiê
com gastos do ex-presidente FHC.[208]
Caso Erenice Guerra
Ver artigo principal: Caso Erenice Guerra
Erenice Guerra.
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La norma, que fue publicada en el diario oficial “El Peruano”, establece una multa equivalente al
8% de una UIT (S/ 332 soles) para aquel chofer que la incumpla; así como el registro de 20 puntos
en su récord de conductor. Por ello, el MTC hace un enérgico llamado a los conductores a mantener
una buena conducta frente al volante.
Cabe destacar que el próximo martes 14 de agosto se iniciará la imposición de papeletas a los
conductores cuyos vehículos sean detectados circulando por la Red Vial Nacional sin encender las
luces intermitentes en zonas de neblina. De esta manera se dará por culminada la etapa de marcha
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blanca iniciada tras la publicación del dispositivo legal, en la cual se impusieron solo papeletas
educativas.
Ley que promueve y regula el uso de la bicicleta como medio de transporte sostenible-LEY-N° 30936.
https://www.alamy.es/un-hombre-chino-se-sienta-sobre-su-
superficie-plana-muy-cargado-triciclo-con-muebles-apilados-en-una-luz-roja-en-shanghai-el-2-de-
febrero-de-2015-el-sector-de-los-servicios-de-china-crecio-al-ritmo-mas-lento-en-la-mitad-de-un-
ano-en-enero-como-el-crecimiento-de-nuevos-negocios-debilitado-suscitar-expectativas-que-las-
autoridades-pueden-revelar-mas-medidas-de-estimulo-para-evitar-una-mayor-desaceleracion-en-la-
segunda-economia-del-mundo-foto-por-stephen-afeitadora-upi-image258283746.html
https://www.google.com/search?
q=BICICLETA+E+TRICICLO+EM+HOLANDA+&tbm=isch&ved=2ahUKEwi0yK-
kp8L5AhUcrpUCHW8ZB1oQ2-
cCegQIABAA&oq=BICICLETA+E+TRICICLO+EM+HOLANDA+&gs_lcp=CgNpbWcQAzoIC
AAQgAQQsQM6CAgAELEDEIMBOgUIABCABDoECAAQQzoHCAAQsQMQQzoECAAQHjo
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Bicicleta
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Para otros usos de este término, véase Bicicleta (desambiguación).
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El modelo más popular de bicicleta —y el vehículo más popular de cualquier clase a nivel mundial— es el
chino Flying Pigeon, con alrededor de 500 000 000 en servicio.1
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Índice
1Historia
o 1.1Supuestos antecedentes
o 1.2La draisiana
o 1.3La bicicleta de pedales
2Clasificación general de bicicletas
o 2.1La bicicleta doméstica
o 2.2La bicicleta de montaña
o 2.3La bicicleta de carreras
o 2.4La bicicleta de turismo
o 2.5La bicicleta plegable
3Otros tipos de bicicletas
o 3.1Bicicleta reclinada y bicicleta de mano
o 3.2Bicicletas para personas discapacitadas
o 3.3Bicicleta remolque y remolque de bicicleta
o 3.4Bicicleta chacarera
o 3.5Parientes de la bicicleta
o 3.6Bicicleta de alta gama
o 3.7Aparatos inspirados en la bicicleta
4Seguridad en la bicicleta
o 4.1Seguridad mecánica
o 4.2Equipo de protección
o 4.3Conducción
5Anatomía de la bicicleta
6Reparación
7Complementos
8Salud en bicicleta
9Estandarización
10Competiciones ciclistas
11Cultura
12Véase también
13Referencias
14Bibliografía
15Enlaces externos
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Historia[editar]
Supuestos antecedentes[editar]
Hasta la segunda mitad del siglo XX, se aceptó que el primer antecedente de la bicicleta
era el celerífero(célérifère) inventado en 1790 por el conde francés Mede de Sivrac, el
cual consistía en un listón de madera terminado en una cabeza de animal montado sobre
dos ruedas. No tenía articulación alguna y era propulsado por una persona sentada a
horcajadas, impulsándose con sus propios pies. En los años 1950, sin embargo, se
descubrió que ni el conde Mede Sivrac, ni su invención existieron; ambos fueron creados
en 1891 por el periodista francés Louis Baudry de Saunier (1865-1938), copiando el
diseño de Karl Drais y basándose en una patente de 1817 para un coche de caballos
llamado celerífero.
En 1974 se difundió un bosquejo de un diseño de bicicleta, impulsada por unos pedales y
con transmisión de cadena, hallado en el Codex Atlanticus, de Leonardo da Vinci. Sin
embargo, un estudio del códice muestra que tal dibujo no es original y fue añadido por un
falsario durante la restauración del mismo entre 1967 y 1974. 8
La draisiana[editar]
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La draisiana (ca. 1820) era el primer vehículo de dos ruedas dispuestas en línea, y el primer vehículo práctico de
propulsión humana.
Como puede observarse en este modelo de los años 1900, el diseño del cuadro «diamante» se ha mantenido
más de cien años.
Bicicleta doméstica.
La bicicleta de carreras[editar]
Bicicleta de carreras.
La bicicleta de turismo[editar]
Véase también: Cicloturismo
Las bicicletas de turismo para distancias largas y cargas pesadas están diseñadas para la
comodidad. La estabilidad se ve incrementada por su larga batalla, que mantienen el
peso equilibrado, además de contar con espacio para las alforjas delanteras y traseras y
hacer cicloturismo, aunque algunos prefieren mantenerlas ligeras y llevar solamente un
pequeño juego de herramientas y una tarjeta de crédito. Tan solo hace unos pocos años
atrás, la bicicleta de turismo hubiera sido considerada una bicicleta de carreras en todo su
principio.
La bicicleta plegable[editar]
Artículo principal: Bicicleta plegable
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La bicicleta plegable es una bicicleta que se puede hacer más pequeña doblándola en
dos o más partes. Este tipo de bicicleta está diseñada para que cuando no esté en uso,
pueda adquirir una forma que ocupe menos espacio, ya sea para fines de
almacenamiento o transporte.
El hecho de poder plegarla hace que sea más fácil de transportar y guardar. Gracias a
ello se puede guardar en casa o en el trabajo, se puede combinar su uso con
el transporte público o se puede llevar en autocaravana, en barco o avión con más
facilidad que una bicicleta tradicional.
La idea de una bicicleta plegable o desmontable es casi tan vieja como la bicicleta misma.
Se dice que cada novedad tecnológica en el mundo de las bicis ya ha sido probada hace
al menos cien años, y como prueba, tenemos el velocípedo, que existía en una forma así
durante los años 1880 —se podía desmontar la rueda grande y plegar el cuadro para
alojar la bici en una bolsa específica—.
Recientemente, la popularidad de este tipo de bicicleta ha ido creciendo. Durante los años
1960, hubo un aumento de la demanda de bicicletas plegables con ruedas pequeñas. Los
líderes fueron Moulton (aunque a pesar de tener ruedas pequeñas, solo algunos modelos
eran desmontables), y Brompton cuyo estilo en ambos capturó el humor
de Londres durante esa época. Actualmente, la mayoría de bicicletas plegables o
desmontables tienen ruedas menores que las de una bicicleta convencional, pero casi
para cada tipo de bici, desde la bici doméstica de compras, hasta bicicleta de
montaña, carreras, o incluso reclinada, se puede encontrar un diseño plegable.
Para poder avanzar la misma distancia por pedalada en una bicicleta con las ruedas más
pequeñas como son las de muchas de las bicicletas plegables en comparación con
bicicletas de ruedas más convencionales (26 pulgadas) es necesario aumentar el
desarrollo en el sistema plato-piñón, es decir, se debe colocar un plato proporcionalmente
más grande o un piñón más pequeño. En contra de lo que se pueda pensar, esto no
supone un aumento del esfuerzo que ha de realizar el ciclista para avanzar, ya que en
realidad el desarrollo de la bicicleta lo da el conjunto de rueda trasera con la transmisión
plato-piñón y finalmente las bielas y los pedales, es decir, la relación entre el movimiento
de los ejes pedalier y trasero, y sus respectivos extremos (pedales y rueda trasera).
En los años 70 fueron comunes las bicicletas infantiles o de paseo plegables, se trataba
de bicicletas sencillas, generalmente sin marchas. En tiempos más recientes se ha
desarrollado una industria de bicicletas plegables de altas prestaciones, con todo tipo de
comodidades: cambios, suspensión, etc.
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Bicicleta chopper o para caballitos. Bicicleta con el asiento encima del eje trasero
de modo que la rueda delantera puede ser alzada con facilidad, por ejemplo la
bicicleta Vagabundo.11
Triciclo de reparto.
Triciclo: bicicletas de tres ruedas. Son muy estables y se utilizan para llevar niños
pequeños o ir de compras y para discapacitados con problemas de coordinación y
equilibrio.
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La bicicleta de mano se puede utilizar también para todos aquellos que tengan
algún tipo de discapacidad en las extremidades inferiores o en el tronco:
lesionados medulares (parapléjicos y algunos tetrapléjicos), amputados, polio etc.
Es decir, para quienes, debido a algún tipo de discapacidad en las piernas o en el
tronco, no puedan llevar una bicicleta propulsado por las piernas.
Tándem para personas con discapacidades visuales: El tándem está indicado para
personas que necesitan de un acompañante que los guíe.
Triciclo (o cuadriciclos): El triciclo es una bicicleta de tres ruedas especialmente
indicada para aquellas personas que tengan problemas de coordinación o
equilibrio. Igual que la bicicleta genérica se propulsa con los pies y se dirige con
los brazos. Según los modelos, se pueden muchos accesorios que se adaptan a
las necesidades específicas del usuario: sistemas de control de tronco, manillares
especiales, manillar suplementario para que, en caso necesario, el acompañante
pueda ayudar a dirigir el triciclo, etc.
Bicicleta chacarera[editar]
Bicicleta chacarera con canasta, nótese los tapabarros en la cadena y en las llantas, el piñón simple, y la
parrilla en la parte de atrás para llevar a una persona más.
Monociclo, con una rueda: no tiene timón (volante) ni frenos, pero sí tiene pedales.
Triciclo, con tres ruedas: para niños muy pequeños; les permite aprender a
moverse con un medio de transporte con bastante seguridad.
Cuatriciclo: Se trata de bicicletas con cuatro ruedas, doble asiento, doble manillar y
doble pedal. El acompañante puede ayudar o sencillamente dirigir el cuadriciclo
(anulando una de las dos direcciones).
Seguridad en la bicicleta[editar]
Para el uso de una bicicleta destinada para el ámbito deportivo, el casco es un elemento de seguridad que es
obligatorio. Frecuentemente también se utilizan gafas de seguridad y guantes.
Para un uso seguro de una bicicleta, esta debe estar en buen estado. El punto más
importante a considerar es el sistema de frenos, ya que sin este puede ocurrir
fácilmente un accidente. Otros aspectos mecánicos importantes incluyen
componentes en mal estado o mal colocados que pueden fácilmente fracturarse,
doblarse o desprenderse originando un accidente, entre los accidentes más peligrosos
por fallas mecánicas están los que implican que entre los radios de alguna llanta se
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atore un desviador u otro elemento, que se frene súbitamente una rueda por un cable
flojo o que se desmonte una rueda en medio de un salto. Por lo anterior la mecánica
de la bicicleta y su mantenimiento21 es importante en la seguridad del ciclista (véase la
sección de mecánica).
Equipo de protección[editar]
La protección en bicicleta puede agruparse en dos: protección personal y accesorios
de seguridad en la bicicleta.
El casco de ciclismo es un elemento de seguridad pasiva que supuestamente
contribuye a disminuir la incidencia y la intensidad de traumatismos craneoencefálicos.
Mientras algunos estudios de caso-control2223 han demostrado una reducción en
traumatismos entre un 39 y un 85 %, numerosos otros estudios estadísticos han
expuesto una falta de relación entre el uso del casco y la incidencia de traumatismos y
algunos incluso sugieren que el uso del casco hace más probable que otros vehículos
embisten a los ciclistas.24 De acuerdo con el estudio llevado a cabo por la Universidad
de Bath en 2006, sobre 2500 conductores, cuando los conductores adelantan a
ciclistas, dejan menos espacio —una media de 8.5 cm menos— entre su vehículo y
un ciclista que lleva casco. Es decir, que el espacio se ve afectado por la apariencia
del ciclista, ya que se llega a pensar que un ciclista que lleva casco está más
experimentado, con lo cual más predecible en su comportamiento en la carretera. 24
Hay desacuerdos respecto a si el uso del casco debe ser obligatorio. La principal
oposición a que el uso del casco sea obligatorio parte de la idea de que tal medida
podría desalentar el uso de la bicicleta o a que una falsa sensación de seguridad
incite a los ciclistas a conducir con menos precaución. 25 La obligación del uso de
casco de protección para ciclistas varía de unos países a otros. La primera ley que
obligaba el uso de casco al circular en bicicleta fue aprobada en 1990, tras 10 años de
promoción del uso del casco, en el estado de Victoria (Australia). Algunos países en
los que se obliga al uso del casco en diversas circunstancias son Australia, Canadá,
Chile, Colombia, Estados Unidos, Nueva Zelanda, España, Finlandia, Islandia y la
República Checa. En algunos casos estas obligaciones están dirigidas exclusivamente
a los menores a una determinada edad o a la circulación en vías exteriores al casco
urbano.26 En el caso de España, la legislación obliga a utilizar casco homologado o
certificado al circular con una bicicleta en vías interurbanas, ya sea como conductor o
como acompañante, exceptuando dicha obligación en rampas ascendentes
prolongadas, o por determinadas razones médicas acreditables o en condiciones
extremas de calor.27
Otros equipos de protección personal dependen de la actividad particular, siendo los
más comunes las rodilleras y coderas para el ciclista de BTT, BMX o Biketrial.
También es recomendado el uso de guantillas para mejorar la comodidad de
conducción y para evitar abrasiones en las manos en caso de caídas
En cuanto a los accesorios de seguridad para la bicicleta dependen del tipo de
ciclismo que se haga. Así una bicicleta de ruta podrá hacer uso de un «sacaclavos»,
una bicicleta para la ciudad de faros, timbre o timbre y espejo. Para uso de ciudad, el
guardabarros es muy útil para mantener la limpieza del ciclista al emprender la ruta
después de la lluvia.
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Policía danesa en bicicleta.
Conducción[editar]
Conduce de forma predecible — Sigue las mismas trayectorias que los vehículos
de motor sin zigzaguear.
Avisa antes de moverte o detenerte — Las señas con las manos permiten a los
demás saber lo que vas a hacer.
Mira hacia atrás – Aprende a ver sobre tu hombro sin mover el manillar o perder el
equilibrio. El uso de espejos es una opción.
Obedece los señalamientos de tránsito (semáforos, señales y carriles) — Los
ciclistas deben seguir las reglas de tránsito como cualquier otro vehículo.
Sigue los carriles marcados — No gires a la izquierda desde el carril derecho. No
sigas de frente en un carril exclusivo para girar a la derecha. Toma tu carril
oportunamente.
Circula por tu derecha — Siempre por la derecha en el sentido del flujo vial. Ir en
contra del flujo vial, además de constituir una infracción grave, es muy peligroso.
Toma las calles e intersecciones con precaución, mirando bien antes la situación
de los peatones o de otros vehículos.
En ciudad intenta circular por calles tranquilas, evitando ir por la acera.
Es muy importante informarte de la normativa del lugar por la que conduces, ya
que no existe una normativa común como sucede con otros vehículos.
Anatomía de la bicicleta[editar]
Existen diferentes tipos de bicicletas, pero básicamente todas son similares, aunque
los componentes difieran en calidad, diseño y peso, así como en la agilidad y
modalidad de uso. En orden de importancia, una bicicleta está formada por los
siguientes componentes:
Ruedas: Después del cuadro, las ruedas son el elemento de mayor importancia
para el rendimiento de la bicicleta. Son los únicos elementos que están en
contacto con el suelo y los que le proporcionan la tracción necesaria para el
movimiento. Cuando las ruedas giran, cada una de ellas actúa como
un giroscopio, lo que ayuda al equilibrio y estabilidad de todo el conjunto.
Neumático: El neumático es parte de la rueda y es la combinación de una cubierta
protectora y una cámara inflable instalada alrededor de la llanta que le da rigidez y
sirve de estructura al eje de rodadura de la bicicleta.
Transmisión: Incluye los cambios de marcha externos tipo desviadores (dérailleur)
delanteros y traseros y cambios internos en el buje de la rueda trasera, ambos
manejados por palancas de cambio.
Palanca de cambio: Cambiadores de marchas incluyen cambiadores de puño y
cambiadores de pulgar entre otros.
Frenos: Incluye las palancas de freno y sistemas de frenos (pastillas de freno)
Potencia: La potencia (o tija del manillar), en conjunto con la horquilla delantera,
son los componentes de una bicicleta que proporcionan una interfaz entre sí con el
tubo frontal del cuadro.
Manillar: Los manillares varían entre una anchura de 52,5 a 60 cm (21 a 24
pulgadas), los anchos permiten un control a velocidades bajas mientras los
estrechos son mejores para velocidades altas, los estrechos además son
convenientes en la ciudad para escurrir entre los automóviles. Un tipo de manillar
se denomina «cola de ballena». Se distingue de los demás en que carece de los
extremos libres que caracterizan al manillar tradicional. 31
Sillín: De los sillines existentes en el mercado, unos son delgados y ligeros para
reducir el peso mientras otros modelos anatómicos están diseñados para el
confort.
Tija de sillín: Se denomina tija al tubo de soporte del sillín.
Plato y bielas.
Cadena de transmisión.
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Reparación[editar]
Llave para radios. Cada una de las aberturas de la parte inferior tienen asociado un número el cual se
corresponde a un tipo determinado de cabezal de radio.
Eje de rueda de tornillo. Los elementos principales se colocan de forma simétrica a ambos lados. De
izquierda a derecha: tuerca con superficie ampliada de soporte, tuerca para tope del cono, cono con
cubrepolvo y coronilla.
Para cambiar o ajustar un radio (rayo en Hispanoamérica) de una rueda se usa una
llave especial. Para ajustar una rueda y evitar que esté alabeada, ovalada o
descentrada; y también para montarla de cero, se usa, además un banco de ruedas,
aunque se pueden hacer ajustes aproximados usando la horquilla de una rueda.
La forma más común de adaptar una bicicleta a una persona es mediante la altura del
asiento o sillín. Este está fijado a la tija, un tubo que va apretado en el cuadro de la
bicicleta. Cuanto más alta sea la persona más alto deberá estar el asiento. Sin
embargo, las dimensiones del cuadro son también importantes para una posición de
conducción adecuada.
Complementos[editar]
Estacionamiento de bicicletas tipo Davis.
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Esponja, se coloca en los manubrios para tener un mejor agarre y evitar que
salgan ampollas en las palmas de las manos, también se coloca en el tubo
superior para llevar más cómodamente a una persona.
Salud en bicicleta[editar]
Estandarización[editar]
Competiciones ciclistas[editar]
Véase también: Ciclismo de competición
El ciclismo de competición, es uno de los deportes más duros del mundo[cita requerida].
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Cultura[editar]
Véase también[editar]
Bicicleta blanca
Bicicleta de entrenamiento sin pedales
Bicicleta eléctrica
Bicicleta sin cadena
Bicitaxi
Bicicleta prono
Cambio climático
Ciclomotor
Ciclovía
ConBici
Día de la Bicicleta
Día Mundial de la Bicicleta
EuroVelo
Federación europea de ciclistas
Índice interactivo de parámetros para bicicleta
Masa Crítica (evento ciclista)
Patinete e híbridos patinete — bicicleta.
Portabicicletas
Récords de velocidad en bicicleta
Tándem
Referencias[editar]
Citas
Bibliografía[editar]
Enlaces externos[editar]
Proyectos Wikimedia
Datos: Q11442
Multimedia: Bicycles
Citas célebres: Bicicleta
Identificadores
BNE: XX525740
BNF: 13162854m (data)
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GND: 4016297-7
LCCN: sh85013911
NDL: 00574882
NARA: 10647185
AAT: 300212636
Diccionarios y enciclopedias
HDS: 013902
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Bicicletas
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