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SISTEMA LOCOMOTOR DE EQUINOS

As principais causas de enfermidades ortopédicas que levam à claudicação são traumatismo,


excesso de exercício, anomalia congênita ou nervosa ou, ainda, a combinação das duas.

O exame clínico no animal é a forma principal de se perceber as alterações locomotoras, sendo


feito o exame com o animal parado realizando palpações distoproximal do membro, utilização
de pinça de casco, e avaliação do animal em trote. No exame do animal, a idade do animal
deve ser levada em consideração, pois claudicações em membros posteriores em potros de 1,5
a 2 anos poderá estar relacionada com osteocondrose nas articulações do tarso e
femorotibiopatelar, e ao no caso de animais adultos uma doença articular degenerativa.

 INFORMAÇÕES IMPORTANTES QUE DEVEM SER OBTIDAS NA ANAMNESE.


 Quando se iniciou a claudicação?
 Quanto tempo dura os sinais clínicos?
 Houve algum trauma?
 Qual o grau da claudicação? Altera quando o animal está em trabalho?
 O animal foi ferrado ou casqueado recentemente?
 Já foi realizado algum tipo de tratamento? (AINE)
O exame físico é dividido em:

- inspeção

- palpação

- manipulação

Na maioria dos exames o movimento inicial começará em linha reta, em solo plano e duro.
Neste irá ser observado o andamento do animal, se haverá ou não claudicação.

O equino deve ser conduzido com sua cabeça centrada em relação a seu corpo e se exercitar a
uma velocidade constante em linha reta. O condutor não deve olhar para o equino; este deve
acompanhar lateralmente o animal para não obstruir a visão do examinador.

A movimentação da cabeça do animal durante o exercício é um meio auxiliar no diagnóstico


da claudicação e, em virtude disso, é muito importante a participação do condutor no exame
de claudicação. Geralmente, nas claudicações de apoio do membro anterior, o animal eleva a
cabeça quando apoia o membro lesado no solo, na tentativa de aliviar o peso aplicado sobre
ele na fase de apoio e, em seguida, abaixa a cabeça quando apoia o membro normal. Já nas
claudicações do membro posterior, a garupa do lado afetado se eleva ao apoio do membro
lesado e desce ao apoio do membro são. Em casos de claudicação bilateral, quando a
movimentação da cabeça é mínima, o equino compensa a dor reduzindo a fase de sustentação
para ambos os membros, produzindo assim um andar geralmente arrastando a pinça do casco.

 GRADUAÇÃO DA CLAUDICAÇÃO:
Grau 0: claudicação não perceptível em nenhuma circunstância
Grau 1: a claudicação é dificilmente observada ao trote e não é consistente,
independentemente das circunstâncias
Grau 2: a claudicação é dificilmente vista ao passo, mas pode ser observada ao trote,
em movimentos circulares ou sobre superfície dura
Grau 3: a claudicação é consistente, observada claramente ao trote, com
movimentações de cabeça
Grau 4: a claudicação é óbvia ao passo, com movimentação característica de cabeça
Grau 5: impotência funcional do membro.

Sendo que em claudicações de graus 4 e 5 estão associadas a fraturas, luxações, abcessos


subsolares, tendinites e artrites graves.

 TESTES DE FLEXÃO:

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