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AULA 01: CRIMINOLOGIA: CONCEITO. MÉTODOS: !
SUMÁRIO
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1. CRIMINOLOGIA – PARTE I .......................................................................... 5
1.1. Fundamentos teóricos .............................................................................. 5
1.1.1. Conceito.................................................................................................. 5
1.1.2. Objeto de estudo ...................................................................................... 6
1.1.3. Etapas evolutivas do pensamento criminológico ............................................ 7
1.2. Escolas do pensamento criminológico ...................................................... 7
1.2.1. Escola clássica ......................................................................................... 7
1.2.2. Escola positivista ...................................................................................... 8
1.2.3. Decorrências do positivismo: a criminologia clínica e a criminologia sociológica . 8
1.2.4. O estrutural-funcionalismo ......................................................................... 9
1.2.5. A criminologia crítica ............................................................................... 11
1.3. Vitimologia ............................................................................................. 13
1.3.1. Conceito e classificação ........................................................................... 13
1.3.2. Processos de vitimização ......................................................................... 15
1.4. Processos de criminalização ................................................................... 17
1.4.1. Criminalização primária ........................................................................... 17
1.4.2. Criminalização secundária ....................................................................... 17
2. EXERCÍCIOS DA AULA ............................................................................... 18
3. EXERCÍCIOS COMENTADOS ....................................................................... 24
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4. GABARITO ................................................................................................. 37
É com imenso prazer que estou aqui, mais uma vez, pelo
ESTRATÉGIA CONCURSOS, tendo a oportunidade de poder contribuir
para a aprovação de vocês no concurso da POLÍCIA FEDERAL. Nós
vamos estudar teoria e comentar exercícios sobre CRIMINOLOGIA, para
o cargo de DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL.
E aí, povo, preparados para a maratona?
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O edital ainda não foi publicado, mas especula-se que saia agora !
em 2016. A Banca, provavelmente, será o CESPE.
Bom, está na hora de me apresentar a vocês, não é?
Meu nome é Renan Araujo, tenho 28 anos, sou Defensor Público
Federal desde 2010, atuando na Defensoria Pública da União no Rio de
Janeiro, e mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da
UERJ. Antes, porém, fui servidor da Justiça Eleitoral (TRE-RJ), onde
exerci o cargo de Técnico Judiciário, por dois anos. Sou Bacharel em
Direito pela UNESA e pós-graduado em Direito Público pela Universidade
Gama Filho.
Disse a vocês minha idade propositalmente. Minha trajetória de vida
está intimamente ligada aos Concursos Públicos. Desde o começo da
Faculdade eu sabia que era isso que eu queria para a minha vida! E
querem saber? Isso faz toda a diferença! Algumas pessoas me perguntam
como consegui sucesso nos concursos em tão pouco tempo. Simples:
Foco + Força de vontade + Disciplina. Não há fórmula mágica, não há
ingrediente secreto! Basta querer e correr atrás do seu sonho! Acreditem
em mim, isso funciona!
É muito gratificante, depois de ter vivido minha jornada de
concurseiro, poder colaborar para a aprovação de outros tantos
concurseiros, como um dia eu fui! E quando eu falo em “colaborar para a
aprovação”, não estou falando apenas por falar. O Estratégia
Concursos possui índices altíssimos de aprovação em todos os
concursos!
Neste curso vocês receberão todas as informações necessárias para
que possam ter sucesso na prova da POLÍCIA FEDERAL. Acreditem,
vocês não vão se arrepender! O Estratégia Concursos está
comprometido com sua aprovação, com sua vaga, ou seja, com
você!
Mas é possível que, mesmo diante de tudo isso que eu disse, você
ainda não esteja plenamente convencido de que o Estratégia Concursos
é a melhor escolha. Eu entendo você, já estive deste lado do computador.
Às vezes é difícil escolher o melhor material para sua preparação.
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Esse print screen acima foi retirado da página de avaliação do !
curso. Deste mesmo curso (Criminologia para Delegado da PF), só
que ministrado em 2015. Vejam que, dos 40 alunos que avaliaram o
curso, 38 o aprovaram. Um percentual de 95%.
Ainda não está convencido? Continuo te entendendo. Você acha
que pode estar dentro daqueles 5%. Em razão disso, disponibilizamos
gratuitamente esta aula DEMONSTRATIVA, a fim de que você possa
analisar o material, ver se a abordagem te agrada, etc.
Acha que a aula demonstrativa é pouco para testar o
material? Pois bem, o Estratégia concursos dá a você o prazo de 30
DIAS para testar o material. Isso mesmo, você pode baixar as aulas,
estudar, analisar detidamente o material e, se não gostar, devolvemos
seu dinheiro.
Sabem porque o Estratégia Concursos dá ao aluno 30 dias
para pedir o dinheiro de volta? Porque sabemos que isso não vai
acontecer! Não temos medo de dar a você essa liberdade.
Neste curso estudaremos todo o conteúdo de Criminologia
estimado para o Edital. Utilizaremos, como parâmetro, o edital do
último concurso.
Estudaremos teoria e vamos trabalhar também com exercícios
comentados.
Abaixo segue o plano de aulas do curso:
AULA CONTEÚDO DATA
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Trata-se de um curso pequeno, eis que o conteúdo do edital sobre !o
qual vamos trabalhar não é extenso.
As aulas serão disponibilizadas no site conforme o cronograma
apresentado. Em cada aula eu trarei algumas questões que foram
cobradas em concursos públicos. Sempre que possível,
trabalharemos com questões do próprio CESPE, que é a Banca do
concurso. Contudo, como esta é uma matéria que quase não é cobrada
em provas, trabalharemos com questões de diversas Bancas.
ATENÇÃO! Este curso é somente em formato PDF, não possui
videoaulas!
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1.! CRIMINOLOGIA – PARTE I !
1.1.1.! Conceito
Inicialmente, devemos analisar a criminologia por seu conceito.
A criminologia pode ser conceituada como a ciência empírica
(humana e social) que busca estudar o crime, o criminoso, a
vítima, o controle social, bem como todas as circunstâncias que
envolvem o fenômeno do crime.
Na definição de GARCÍA-PABLOS DE MOLINA1, “(...) trata-se de uma
ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da
pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento
delitivo(...).”
Inicialmente, a palavra CRIMINOLOGIA fora utilizada por
RAFFAELE GAROFALO. Porém, há indícios de que esta palavra já teria
sido utilizada anteriormente, por TOPINARD.
Diz-se que a criminologia é uma ciência empírica porque ela trabalha
sobre bases concretas, através da análise dos acontecimentos no mundo
real, e não meramente abstratos, utilizando-se, portanto, do método da
observação e da experimentação.
Entende-se a criminologia, ainda, como uma ciência
INTERDISCIPLINAR, eis que como seu objeto de estudo é por demais
amplo, ela necessariamente se vale de outros ramos da ciência como
forma de auxílio (Dentre elas a psicologia, a sociologia, a antropologia,
etc.).
Embora seja reconhecida pela maioria da Doutrina como uma ciência
autônoma em relação ao Direito Penal, há quem defenda sua vinculação
ao Direito Penal.
Contudo, prevalece, com acerto, a separação entre ambos.
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Assim, ambos analisam o CRIME, só que cada um analisa por um !
prisma próprio. Assim:
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controle social, ainda que não formais. Quando estas formas de !
controle social se mostram deficitárias, o indivíduo tende a desvirtuar-
se e o Estado é chamado a intervir a posteriori, por meio do seu
instrumento de repressão por excelência: O DIREITO PENAL.
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Justiça retributiva aristotélica), tampouco sob o aspecto da prevenção !
(geral ou especial), mas meramente como forma de expiação, de
purificação para o restabelecimento da ligação com Deus.
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clínica. Para ela, os fatores externos devem ser considerados como !
causa preponderante em relação ao fenômeno da criminalidade.
Enrico FERRI, que era adepto da criminologia clínica, pode
ser considerado como o primeiro expoente da criminologia
sociológica, isso porque apesar de ser adepto da teoria clínica,
Ferri reconhecia a extrema importância dos fatores externos. Tal
concepção sociológica é a raiz axiológica de teorias
contemporâneas, como a teoria da “coculpabilidade penal”, segundo
a qual a sociedade também é culpada pela prática de um delito, já
que ela não é capaz de proporcionar condições iguais para todos.
Desta forma, quanto maior for a integração social conferida ao
delinquente, menor será a coculpabilidade penal, e vice-versa. Este
novo modelo (sociológico) não marca o fim da pesquisa
etiológica (pesquisa das causas do crime), apenas desloca o
foco do estudo do criminoso para a sociedade, para o meio
social.
1.2.4.! O estrutural-funcionalismo
A teoria ou concepção estrutural-funcionalista rompe com as
teorias clínica e sociológica. Para esta teoria, o crime é um fenômeno
“natural”, inerente à sociedade, de forma que seriam inválidas as ideias
de criminoso como anormal, bem como as tentativas de explicar o crime
com base em aspectos sociológicos.
DURKHEIM, talvez o principal nome desta teoria, entendia que o
crime era algo “normal” na sociedade, pois uma sociedade sem
crime seria absolutamente inviável, e que patologia social não
seria a existência de crime, mas a sua ausência.
Para DURKHEIM, o crime era o fenômeno o social que permitia a
reafirmação da ordem social, pois toda vez que um crime era praticado
surgia a possibilidade de reafirmação e legitimação dos vínculos
estruturais e estruturantes da sociedade.
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CUIDADO! DURKHEIM não entendia que o delito era algo “bom”, mas
apenas que era inerente à sociedade (não confundir isso). Além disso, ele
entendia que o delito poderia ser considerado como algo normal dentro de
determinados limites que, caso ultrapassados, poderiam, sim, comprometer
a estrutura social.
Assim:
CRIME DENTRO DOS LIMITES – Inerente à sociedade, não é uma
patologia clínica ou social. Oportunidade de reafirmação da ordem e do
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sistema normativo vigente. !
CRIMINALIDADE QUE EXCEDE OS LIMITES – Perigo ao
desenvolvimento e à estrutura social, pondo em risco a própria existência
do sistema normativo.
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Voltando às subculturas criminais, reconhece-se como inegável que, !
muitas vezes, o delinquente enquanto produto de uma microssociedade
com valores próprios ainda assim está em contato direto ou indireto com
a “cultura oficial”.
Desta forma, o delinquente adotaria o que se chama de TÉCNICAS
DE NEUTRALIZAÇÃO para justificar internamente a conduta desviante.
São elas:
EXCLUSÃO DA PRÓPRIA RESPONSABILIDADE – O criminoso se
vê como um produto social, negando seu próprio livre-arbítrio,
numa inconsciente regressão à criminologia social.
CONDENAÇÃO DOS QUE CONDENAM – O delinquente se volta
contra as instâncias formais de Poder, alegando que sua conduta é
reflexo ou reação a uma agressão prévia por parte do Estado.
APELO ÀS INSTÂNCIAS SUPERIORES – O delinquente, aqui,
retira a legitimidade hierárquica do Estado, transportando-a para
outros sujeitos informais (família, organização criminosa, etc.), de
forma que a transgressão da norma não seria transgressão àqueles
a que realmente está subordinado.
NEGAÇÃO DA ILICITUDE – O criminoso tende a entender sua
conduta como legítima, ainda que formalmente incriminada. Trata-
se de reflexo consciente ou inconsciente dos valores que lhe são
caros e que emergem no grupo social em que está inserido.
NEGAÇÃO DA VITIMIZAÇÃO – O delinquente entende a vítima
como alguém que merece o mal que lhe está sendo imposto. Nas
sociedades contemporâneas, isso ocorre, com maior intensidade,
nos crimes contra o patrimônio.
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sempre no cabresto social. !
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valores comuns aos cidadãos, mas tendo como objetivo supremo a!
perpetuação da estrutura social dividida em classes.
Desta forma, o Estado se vale do Direito Penal para rotular como
“criminosas” as condutas praticadas com maior frequência pelos
membros das classes mais baixas, bem como impõe a elas penas mais
severas. Com relação às condutas praticadas com maior frequência pelas
classes altas, ou não são rotuladas como criminosas ou, quando o são,
recebem penas brandas.
1.3.! Vitimologia
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Podemos utilizar, portanto, o seguinte esquema: !
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! Vítima acidental – Aquela que é vítima de sua própria conduta, !
geralmente por ausência de observância de um dever de cuidado.
! Vítima ilhada – Aquela que se afasta das relações sociais.
Nesse sentido:
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outros reflexos.
ATENÇÃO! Parte da Doutrina, ao analisar o papel da vítima no campo
criminológico e o reflexo deste papel na responsabilidade penal do
infrator e na pena aplicada, entende que se está diante de um ramo
conhecido como VITIMODOGMÁTICA.
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Entretanto, as vítimas nem sempre foram compreendidas da mesma !
maneira no campo criminológico.
GARCÍA-PABLOS DE MOLINA descreve três fases na evolução
histórica da compreensão da vítima e seu papel:
! PROTAGONISMO – Deu-se no período da vingança privada. Neste
momento histórico a vítima recebe a incumbência de fazer, ela própria, a
Justiça.
! NEUTRALIZAÇÃO – Punição com viés imparcial e preventivo, sem
grande preocupação com a figura da vítima e a necessidade de reparação
dos danos sofridos.
! REDESCOBRIMENTO – Surgiu no segundo pós-guerra, como resposta
ao processo de vitimização de minorias que atingiu diversos grupos
vulneráveis, como os judeus, por exemplo.
ao fato criminoso.
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
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2.! EXERCÍCIOS DA AULA !
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04 - (MPE-SC - 2013 - MPE-SC - PROMOTOR DE JUSTIÇA - MANHÃ)!
A criminalização primária, realizada pelos legisladores, é o ato e o efeito
de sancionar uma lei penal material que incrimina ou permite a punição
de determinadas pessoas; enquanto a criminalização secundária,
exercida por agências estatais como o Ministério Público, Polícia e Poder
Judiciário, consistente na ação punitiva exercida sobre pessoas
concretas, que acontece quando é detectado uma pessoa que se supõe
tenha praticado certo ato criminalizado primariamente.
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a) é uma ciência do dever-ser. !
b) não é uma ciência interdisciplinar.
c) não é uma ciência multidisciplinar.
d) é uma ciência normativa.
e) é uma ciência empírica.
c) periculosidade vitimal.
d) vitimização primária.
e) vitimologia.
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(C) ela ocupa-se do estudo do delito e do delinquente, mas não se ocupa !
do estudo da vítima e do controle social, uma vez que tal assunto
constitui objeto de interesse da Sociologia.
(D) ela ocupa-se do estudo do delito e do controle social, mas não se
ocupa do estudo do delinquente e da vítima, uma vez que tal assunto
constitui objeto de estudo da Psicologia.
(E) ela constitui um campo fértil de pesquisas para psiquiatras,
psicólogos, sociólogos, antropólogos e juristas.
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D) filosófico ... humana !
e) psicológico ... normativa
C) do descaso
D) da falsidade.
E) do conflito.
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B) secundária !
C) quaternária
D) quintenária
E) terciária.
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um policial, levando a vítima a se sentir como um “objeto” do direito !e
não como sujeito de direitos, caracteriza
a) vitimização estatal ou oficial.
b) vitimização secundária.
c) vitimização terciária.
d) vitimização quaternária.
e) vitimização primária.
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D) A Vitimologia surgiu, como ramo da Criminologia, em 1876, por !
meio da obra “O Homem Delinquente”, de Cesare Lombroso.
E) O comportamento da vítima sempre contribui para a ocorrência
do crime contra si praticado.
COMENTÁRIOS: A Vitimologia é o ramo da criminologia focado na
vítima, analisando seu comportamento, ou seja, seu papel no evento
criminoso.
O comportamento da vítima pode possuir relevância penal, conduzindo,
em alguns casos, à própria atipicidade da conduta, pelo que se chama de
“consentimento do ofendido”. Em determinados casos, pode reduzir a
pena do condenado ou excluir a ilicitude.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
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COMENTÁRIOS: As teorias do conflito são as correntes criminológicas !
que, em contraposição às teorias do consenso, entendem que o Direito
Penal não parte de um consenso social sobre os bens jurídicos mais
relevantes e por isso os tutela (ou pretende tutelar).
As teorias do conflito entendem o Direito Penal como um instrumento nas
mãos de uma das classes na sociedade, a classe dominante e que,
portanto, o Direito Penal não selecionaria bens jurídicos mais importantes
para a sociedade a fim de tutelá-los, mas selecionaria os bens jurídicos
mais importantes para esta classe dominante, de forma que haveria um
conflito entre uma classe e outra.
Erving Goffman e Howard Becker foram dois dos maiores expoentes da
teoria do Labelling approach, ou teoria do “etiquetamento”, segundo a
qual o delito não é um dado natural, mas um dado normativo, ou seja,
nada é delito “por sua própria natureza”. É delito aquele fato que foi
assim rotulado, e é criminoso, portanto, aquele que foi assim rotulado
pela lei, já que o fenômeno “crime” necessita de uma previsão normativa.
Podemos citar como expoentes, ainda, o grande Alessandro Baratta.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
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D) tem como um de seus expoentes Howard Becker. !
E) surgiu nos Estados Unidos.
COMENTÁRIOS: A teoria do Labelling approach, ou teoria do
“etiquetamento”, é a teoria segundo a qual o delito não é um dado
natural, mas um dado normativo, ou seja, nada é delito “por sua própria
natureza”. É delito aquele fato que foi assim rotulado, e é criminoso,
portanto, aquele que foi assim rotulado pela lei, já que o fenômeno
“crime” necessita de uma previsão normativa.
Esta teoria surgiu nos EUA, em meados dos anos 1960 e tem como
expoentes Ervinh Goffman e Howard Becker, além de Alessandro Baratta.
Não se trata de uma das teorias do “consenso”, ao contrário, é uma das
teorias do conflito social, teorias estas que entendem o Direito Penal
como um instrumento nas mãos de uma das classes na sociedade, a
classe dominante e que, portanto, o Direito Penal não selecionaria bens
jurídicos mais importantes para a sociedade a fim de tutelá-los, mas
selecionaria os bens jurídicos mais importantes para esta classe
dominante, de forma que haveria um conflito entre uma classe e outra, e
não um consenso entre elas contra um “mal comum”.
Portanto, a ALTERNATIVA INCORRETA É A LETRA A.
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07 - (VUNESP – 2013 – PC/SP – PAPILOSCOPISTA) !
De acordo com Benjamim Mendelsohn, as vítimas são classificadas
em:
a) vítimas primárias, vítimas secundárias e vítimas terciárias.
b) vítimas ideais, vítimas menos culpadas que os criminosos,
vítimas tão culpadas quanto os criminosos, vítimas mais culpadas
que os criminosos e vítimas como únicas culpadas.
c) vítimas desatentas, vítimas desinformadas, vítimas
descuidadas, vítimas inocentes, vítimas provocativas e vítimas
participativas.
d) vítimas perfeitas, vítimas participativas, vítimas concorrentes,
vítimas imperfeitas e vítimas contumazes.
e) vítimas inocentes, vítimas conscientes e vítimas culpadas.
COMENTÁRIOS: De acordo com a clássica divisão de Mendelsohn, as
vítimas podem ser:
! VÍTIMA IDEAL (OU COMPLETAMENTE INOCENTE) – É
aquele que não contribui, em nada, para a ocorrência do delito.
EXEMPLO: Um trabalhador que é assaltado e tem sua carteira
roubada, sem que estivesse ostentando qualquer bem ou, de
alguma forma, chamando a atenção.
! VÍTIMA DE CULPABILIDADE MENOR (OU POR
IGNORÂNCIA) – Trata-se da vítima que contribui para a
ocorrência do delito, embora não haja um direcionamento doloso
para isso. EXEMPLO: Mulher que sai à noite, sozinha, em local
escuro e ermo, com roupas extremamente sensuais e acaba sendo
estuprada.
! VÍTIMA TÃO CULPADA QUANTO O INFRATOR (OU
VOLUNTÁRIA) – Trata-se da vítima que contribui para o delito em
grau semelhante ao do próprio infrator. O exemplo clássico é o da
roleta-russa.
! VÍTIMA MAIS CULPADA QUE O INFRATOR – Aqui nós
temos a figura da vítima que dá causa, que provoca a ação do
40458728683
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a) é uma ciência do dever-ser. !
b) não é uma ciência interdisciplinar.
c) não é uma ciência multidisciplinar.
d) é uma ciência normativa.
e) é uma ciência empírica.
COMENTÁRIOS: A criminologia é entendida como uma ciência empírica,
interdisciplinar e multidisciplinar, que trabalha com a análise de fatos
concretos, por meio da observação e experimentação, seja com foco
sobre o delinquente (aspecto clínico), seja com foco sobre o meio
(aspecto sociológico).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
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Mais especificamente, Lombroso foi um expoente da criminologia clínica !
(vertente da Escola Positivista).
Entende a criminologia clínica que o delinquente se dedica à atividade
criminosa porque ele é uma pessoa predisposta a isso, em razão de
fatores internos (biológicos ou psicológicos). Em sua obra “O homem
delinquente” Lombroso defende que o criminoso possuía alguns sinais
(por ele chamados de “stigmata”) físicos e psicológicos que poderiam
indicar sua predisposição ao delito, dentre eles as sobrancelhas fartas, a
forma do crânio, etc.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
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delinquente (aspecto clínico), seja com foco sobre o meio (aspecto !
sociológico).
Pode ser considerada interdisciplinar já que, naturalmente, não está
isolada na ciência, de forma que utiliza o auxílio da psicologia, da biologia,
da sociologia, da antropologia e outros ramos da ciência.
Ou seja, ela é ciência, não está subordinada ao Direito Penal, bem como
se ocupa do estudo do delito e do delinquente, da vítima e do controle
social.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
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(B) que não concorreu, de forma alguma, para a ocorrência do !
crime.
(C) que, de modo voluntário ou imprudente, colabora com o ânimo
criminoso do agente.
(D) que ocorre no meio social em que vive a vítima e é causada
pela família, por grupo de amigos etc.
(E) causada pelos órgãos formais de controle social, ao longo do
processo de registro e apuração do delito, mediante o sofrimento
adicional gerado pelo funcionamento do sistema de persecução
criminal.
COMENTÁRIOS: Segundo a Doutrina criminológica, sobrevitimização ou
vitimização secundária é o fenômeno do sofrimento adicional imputado à
vítima pelos órgãos de controle social, ao longo do processo, em razão do
próprio funcionamento do sistema de persecução penal, como a
necessidade de que a vítima tenha que relembrar os fatos, ter contato
com o infrator, etc.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
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E) o crime ... a vítima !
COMENTÁRIOS: A criminologia moderna estuda o crime, o criminoso, a
vítima e o controle social.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
D) da falsidade.
E) do conflito.
COMENTÁRIOS: Estas teorias são exemplos de teoria do conflito. Para
esta teoria a sociedade é uma grande luta de classes, de maneira que a
classe dominante necessita manter a classe dominada nesta condição e,
para tanto, se vale de diversas ferramentas, dentre elas o Direito Penal.
Como decorrência de seu viés “parcial”, o Direito Penal não é isonômico,
ou seja, não atua de maneira uniforme sobre todas as camadas sociais.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
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Uma vítima que, ao querer registrar uma ocorrência, encontra !
resistência ou desamparo da família, dos colegas de trabalho e
dos amigos, resultando num desestímulo para a formalização do
registro, ocasiona o que é chamado de “cifra negra”. Neste caso,
estamos diante da vitimização.
A) primária.
B) secundária
C) quaternária
D) quintenária
E) terciária.
COMENTÁRIOS: Neste caso estamos diante de uma hipótese de
vitimização terciária, pois praticada pelo grupo social que envolve a
vítima, gerando sensação de abandono e isolamento, o que pode agravar
os efeitos da vitimização primária (causada pelo próprio delito).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
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COMENTÁRIOS: Item correto. A teoria ou concepção estrutural- !
funcionalista rompe com as teorias clínica e sociológica. Para esta
teoria, o crime é um fenômeno “natural”, inerente à sociedade, de forma
que seriam inválidas as ideias de criminoso como anormal, bem como as
tentativas de explicar o crime com base em aspectos sociológicos.
DURKHEIM, talvez o principal nome desta teoria, entendia que o
crime era algo “normal” na sociedade, pois uma sociedade sem crime
seria absolutamente inviável, e que patologia social não seria a existência
de crime, mas a sua ausência.
Para DURKHEIM, o crime era o fenômeno o social que permitia a
reafirmação da ordem social, pois toda vez que um crime era praticado
surgia a possibilidade de reafirmação e legitimação dos vínculos
estruturais e estruturantes da sociedade.
Tal Teoria não prega a desvinculação entre crime e ambiente social,
apenas entende que o crime é decorrência natural do meio social, e não
uma anormalidade.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.
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Na definição de GARCÍA-PABLOS DE MOLINA4, “(...) trata-se de uma !
ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da
pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento
delitivo(...).”
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
b) dedutivo e dogmático.
c) dedutivo e interdisciplinar.
d) dogmático e lógico-abstrato.
e) empírico e lógico-abstrato.
COMENTÁRIOS: A criminologia moderna se vale da
INTERDISCIPLINARIEDADE e do EMPIRISMO como ferramentas
científicas, pois se trata de um ramo da ciência necessariamente
interligado a outras disciplinas (psicologia, sociologia, etc.), bem como se
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
4
GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, Antônio; FLÁVIO GOMES, Luiz. Criminologia. editora RT.
São Paulo, 2002. Página 30.
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vale da análise dos fatos “concretos”, da realidade empírica, para !
desenvolver-se.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
4.! GABARITO
2.! ALTERNATIVA B
3.! ALTERNATIVA A
4.! CORRETA
5.! ALTERNATIVA A
6.! ALTERNATIVA D
7.! ALTERNATIVA B
8.! ALTERNATIVA E
9.! ALTERNATIVA A
10.! ALTERNATIVA A
11.! ALTERNATIVA C
12.! ALTERNATIVA E
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13.! ALTERNATIVA B !
14.! ALTERNATIVA E
15.! ALTERNATIVA B
16.! ALTERNATIVA E
17.! ALTERNATIVA C
18.! ALTERNATIVA E
19.! ALTERNATIVA E
20.! ALTERNATIVA D
21.! CORRETA
22.! ERRADA
23.! ALTERNATIVA E
24.! ALTERNATIVA B
25.! ALTERNATIVA A
26.! ERRADA
40458728683
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AULA 02: FUNÇÕES DA CRIMINOLOGIA. !
SUMÁRIO
!
1. MODELOS TEÓRICOS ................................................................................... 3
1.1. Criminologia científica e seus modelos teóricos ....................................... 3
1.2. Teorias bioantropológicas, psicodinâmicas e psicopsicológicas. O homem
delinquente ....................................................................................................... 5
1.3. Teorias sociológicas ................................................................................. 9
1.3.1. Criminologia do consenso ........................................................................ 10
1.3.1.1. Escola de Chicago................................................................................ 10
1.3.1.2. Teoria da associação diferencial (aprendizagem social ou social learning) .... 12
1.3.1.3. Teoria das subculturas delinquentes ....................................................... 12
1.3.1.4. Teoria da anomia ................................................................................ 13
1.3.2. Criminologia do conflito ........................................................................... 13
1.3.2.1. Teoria do etiquetamento ou labeling approach ......................................... 13
2. PREVENÇÃO DA INFRAÇÃO PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
14
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4.2. Ressocializador ...................................................................................... 21
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4.3. Restaurador ........................................................................................... 21
5. EXERCÍCIOS DA AULA ............................................................................... 21
6. EXERCÍCIOS COMENTADOS ....................................................................... 30
7. GABARITO ................................................................................................. 48
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1.! MODELOS TEÓRICOS !
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FRANÇOIS JOSEPH GALL. Para !
GALL o formato do crânio irá
influenciar a atividade cerebral,
podendo, pela análise externa da
caixa craniana, saber quais
faculdades cerebrais são mais ou
menos desenvolvidas e, assim,
determinar as características
psicológicas da pessoa
(agressividade, coragem, etc.), o
que culmina na possibilidade de
afirmar a propensão à prática de
delitos.
PSIQUIATRIA Surge com o francês PHILIPPE
PINEL. Sua grande contribuição
foi a diferenciação entre
criminoso e enfermo mental.
Tal diferenciação possibilitou o
desenvolvimento da ideia de
imputabilidade penal e de criação
de estabelecimentos distintos
para cada um (doente mental e
criminoso).
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delito (o que se pode chamar de !
“paradigma etiológico”).
Contudo, as “causas” do delito
poderiam se de diversas ordens
(biológicas, psicológicas, sociais,
etc.).
SOCIOLOGIA CRIMINAL Enquanto a criminologia
positivista vê o crime como uma
consequência de determinados
fatores (diversos), a sociologia
criminal rompe com a ideia de
“causas do crime” e parte para a
ideia da teoria da criminalização.
Com uma forte influência
marxista, tal modelo entende que
não importa tanto a “causa” de
determinado comportamento
criminoso, e mais o “porquê” de
se considerar criminoso
determinado comportamento, ou
seja, quais os interesses estão
por trás da criminalização de
determinadas condutas. A teoria
da REAÇÃO SOCIAL é o principal
marco deste modelo. Também é
conhecida como teoria da
rotulação social ou do
etiquetamento (labelling
aproach).
curso da vida, a teoria das trajetórias criminais, etc.), que tentam explicar
o fenômeno delituoso por meio de uma análise dinâmica dos padrões de
comportamento do indivíduo ao longo da vida (e suas diversas variáveis).
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Classificação de HILÁRIO VEIGA DE CARVALHO
BIOCRIMINOSOS PUROS São criminosos apenas por
(pseudocriminosos) fatores biológicos, de forma que
se nega a estes o livre arbítrio (é
o caso dos doentes mentais)
BIOCRIMINOSOS Possuem uma tendência biológica
PREPONDERANTES ao delito, e acabam por delinquir
(criminosos de difícil ao ceder a estímulos externos.
correção) Aqui há alguma dose de livre
arbítrio.
BIOMESOCRIMINOSOS Sofrem influências de fatores
(criminosos de correção biológicos e externos, não sendo
possível) possível definir qual destes
fatores prepondera. A
reincidência, aqui, é ocasional.
MESOCRIMINOSOS Possuem personalidade fraca,
(criminosos de correção sofrendo grande influência do
provável ou esperada) meio. São os clássicos “Maria vai
com as outras”, nas palavras do
próprio mestre HILÁRIO.
MESOCRIMINOSOS PUROS São considerados “vítimas” do
(criminosos ambientais) meio. Agem de forma antissocial
apenas em razão de fatores
externos. É o caso do holandês
que vem ao Brasil e acende um
cigarro de maconha. Em seu seio
social tal conduta é permitida. No
Brasil, trata-se de conduta
criminosa (posse de droga para
uso próprio). 40458728683
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NATOS Um degenerado, por fatores biológicos !
(cabeça pequena ou deformada,
sobrancelhas salientes, etc.). Um
selvagem sem correção.
LOUCOS Perverso, louco moral, alienado mental.
Deve permanecer fora da sociedade,
segregado em manicômio ou similar.
DE OCASIÃO Possuem predisposição hereditária e são
influenciados pelo meio, ou seja, são
criminosos em razão das circunstâncias
(“A ocasião faz o ladrão”.
POR PAIXÃO São inconsequentes, irrefletidos,
impulsivos, exaltados.
Classificação de GARÓFALO
ASSASSINOS São instintivos, egoístas,
aproximando-se dos seres
selvagens e das crianças.
ENÉRGICOS OU VIOLENTOS Possuem senso moral, mas lhes
falta compaixão.
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LADRÕES OU Falta a estes criminosos a ideia !
NEURASTÊNICOS de honestidade, de probidade,
embora não lhes falte o senso
moral.
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FRONTEIRIÇOS Apresentam deformidades !
permanentes em seu senso
moral, com distúrbios de afeto e
sensibilidade. Tais alterações
psíquicas os conduzem ao crime.
LOUCOS CRIMINOSOS Dois tipos: (i) Agem mediante um
processo lento e reflexivo; (ii)
Agem por impulso.
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todos. Assim, o Direito Penal nada mais seria que uma ferramenta para !a
defesa destes valores comuns a todos os indivíduos.
Inserem-se nesta ideia as teorias desenvolvidas pela ESCOLA DE
CHICAGO, ANOMIA E ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL.
A criminologia do conflito, por sua vez, verifica a sociedade não
como um todo coeso e harmônico, fundado em valores comuns a todos os
indivíduos, e sim um campo de batalha entre classe dominante e dominada.
Partindo deste viés marxista, as teorias decorrentes desta ideia vão
estabelecer que o Direito Penal nada mais é que uma ferramenta a serviço
da classe dominante, de forma a garantir a manutenção do status quo,
coagindo a classe dominada a “andar na linha”. Para tanto, o Direito Penal
seria absolutamente seletivo na escolha das condutas que seriam
criminalizadas, optando por uma criminalização primária voltada às
condutas geralmente praticadas pelos indivíduos pertencentes à classe
dominada (furto seria mais grave que condutas lesivas à ordem econômica,
por exemplo).
Feita essa distinção, vamos à análise das principais teorias relativas à
sociologia criminal.
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ECOLÓGICA Para esta teoria o progresso leva !
(DESORGANIZAÇÃO SOCIAL) a criminalidade aos grandes
centros urbanos. Propõe que a
estabilidade e a integração
contribuem para a ordem social,
enquanto a desordem social e a
ausência de integração entre os
indivíduos contribuem para
índices mais elevados de
criminalidade. A deterioração de
núcleos primários (família, igreja,
etc.), a superficialização das
relações sociais, tudo isso cria um
meio desorganizado e
2
potencialmente criminógeno .
ESPACIAL Defendia a reestruturação
arquitetônica das cidades como
forma de prevenção do delito,
inclusive como forma de permitir
maior controle sobre as pessoas.
Teve em OSCAR NEWMAN seu
maior expoente.
JANELAS QUEBRADAS Tem suas raízes na obra dos
estadunidenses JAMES WILSON e
GEORGE KELLING. Para esta
teoria a repressão dos menores
delitos é ABSOLUTAMENTE
INDISPENSÁVEL para inibir a
prática dos delitos mais graves.
Tem este nome em razão de um
experimento de PHILIP
ZIMBARDO. O citado psicólogo
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Daí a ideia de que um “pequeno” !
dano à sociedade, se não
consertado, gera a sensação de
que “tudo é permitido”,
estimulando a prática de delitos.
TOLERÂNCIA ZERO A teoria da tolerância zero
decorre naturalmente da ideia
defendida pela teoria das janelas
quebradas. Trata-se de uma
política criminal de repressão a
toda e qualquer conduta
desviante, por menor que seja,
como forma de reafirmar o poder
do Estado e a necessidade de
respeito à Lei.
de socialização do indivíduo.
Segundo esta teoria o indivíduo se tornaria criminoso ao observar
outras condutas criminosas e INTERAGIR com outras pessoas,
notadamente aquelas que se dedicam ao delito.
Assim, a pessoa se tornaria delinquente por estar mais submetida a
modelos de comportamento delitivo do que a modelos de comportamento
não delitivos. A cultura criminosa existe e, a depender do nível de atuação
do Estado em determinados grupos sociais, ela predomina em relação à
cultura legal.
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Tal teoria acaba defende que a conduta delitiva não seria um reflexo !
negativo da desorganização social e outras mazelas da sociedade
contemporânea. Para esta teoria todo agrupamento humano é dotado de
subculturas, com uma filosofia de vida e regras próprias.
Assim, a existência de subculturas corresponde, naturalmente, à
existência de valores distintos daqueles pregados pela cultura dominante.
Desta forma, é possível que algumas destas subculturas possuam
valores que se contraponham aos valores da cultura dominante e, em razão
disso, o delito não derivaria de uma predisposição à violação da Lei,
e sim um mero reflexo destas diferenças culturais.
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Para esta teoria, também chamada de “teoria da reação social”, !o
crime não seria um fenômeno social, mas um fenômeno normativo, ou
seja, o Estado rotula como crime as condutas que ele pretende
sejam consideradas como criminosas. Assim, não existiria um crime
“por natureza”, mas apenas “condutas”, que recebem o rótulo de
criminosas de acordo com os interesses do Estado (que nem sempre
protegem por igual os interesses dos mais diversos grupos sociais,
tendendo a conferir maior proteção aos bens de interesse da classe
dominante).3
Além disso, não seriam apenas as condutas (isoladamente
consideradas) que influenciariam na resposta do Estado, mas também a
pessoa do indivíduo e sua posição social.
Portanto, ao desviar o foco do desviante para o processo de
criminalização (e suas seletivas escolhas), a teoria da reação social coloca
em xeque os repressores, ao argumento de que o desviante é mero produto
das instâncias formais de controle na sociedade punitiva.
Teve como principais expoentes GOFFMAN, LEMERT e BECKER.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
3
HASSEMER, Winfried. MUÑOZ CONDE, Francisco. Introdución a la Criminologia y al
Derecho Penal. Ed. Tirant lo blanch. Valência, 1989, p. 18
4
A teoria do Direito Penal do inimigo foi melhor desenvolvida por Günther Jakobs. Para
o autor, o Direito Penal deve separar as pessoas dos inimigos. As pessoas seriam aquelas
que, eventualmente, cometeram algum delito, mas que não se dedicam a atividades
criminosas. Para estes, o Direito Penal preservaria toda o sistema de garantias
processuais. De outro lado, aqueles que praticam crimes de forma reiterada perderiam a
condição de “pessoa”, sendo considerados inimigos da sociedade e, portanto, estaria
autorizada uma flexibilização no sistema de garantias.
(JAKOBS, Günther. La normativización de la dogmática jurídico-penal. Trad. Manuel Cancio
Meliá e Bernardo Feijóo Sánchez. Ed. Thomson civitas, primera edición. Madrid, 2003, p.
57-59)
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já que não se estaria diante de alguém que merecesse qualquer !
consideração por parte do Estado.
Este tipo de teoria é inadmissível num Estado Democrático de Direito
por, inicialmente, violar o princípio da isonomia. Num segundo plano, não
menos importante, violaria, ainda, a ideia de que o Direito Penal pune as
pessoas pelo que elas FAZEM e não pelo que elas SÃO.
Da mesma forma, num Estado Democrático de Direito o ser humano é
o centro, o fim último de toda e qualquer ação do Estado. Desta maneira,
a pena deve ter por finalidade não apenas castigar o infrator, tampouco
servir apenas a uma esperada “prevenção especial”, mas também, e
principalmente, ressocializar o infrator.
Mais especificamente no que tange à prevenção, podemos estabelecer
a prevenção do delito, no Estado Democrático de Direito, como:
•! MEDIDAS DIRETAS DE PREVENÇÃO – Atuam diretamente
sobre o delito, como a pena, a tipificação de condutas, etc.
•! MEDIDAS INDIRETAS DE PREVENÇÃO DE DELITOS –
Atuam nas causas da criminalidade (melhorias na condição de
vida da população, educação, saúde, emprego, moradia, etc.).
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2.3.! Prevenção terciária !
Aqui a prevenção recai sobre o condenado, ou seja, visa a evitar
a reincidência. Pode se dar por meio da escolha da pena mais apropriada,
pela progressão de regime, que possibilita o reencontro paulatino do preso
com a sociedade, etc.
A prevenção terciária é materializada por meio da pena, ou seja, a
pena é o instrumento utilizado pelo Estado para alcançar prevenção
terciária, de forma a evitar a reincidência.
Para a melhor compreensão do tema, necessária se faz uma breve
síntese das finalidades atribuídas à pena criminal, de acordo com as
diversas teorias:
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
5
BACIGALUPO, Enrique. Manual de Derecho penal. Ed. Temis S.A., tercera reimpressión.
Bogotá, 1996, p. 12
6
ROXIN, Claus. Derecho penal, parte general. Madrid: Civitas, 1997. tomo I, p. 91.
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2.3.3.! Teoria Mista (unificadora ou eclética ou unitária) e sua dupla !
finalidade
Aqui, entende-se que a pena deve servir como castigo (punição) ao
infrator, mas também como medida de prevenção, tanto em relação à
sociedade quanto ao próprio infrator (prevenção geral e especial). Além de
consagrada na maioria dos países ocidentais7, foi a adotada pelo art. 59 do
CP.8
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
7
DOS SANTOS, Juarez Cirino. Direito Penal, Parte Geral. Curitiba: Ed. Lumen Juris, 2008,
p. 470
8
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à
personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem
como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente
para reprovação e prevenção do crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
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consequentemente, a possibilidade de que o indivíduo recorra !a
instrumentos paralelos para a obtenção destes fins, o que contribui
para a queda nas taxas de criminalidade.
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•! Quando a morosidade do Judiciário conduz à prescrição. !
•! Quando falha na efetiva execução da pena
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A Política Criminal, por sua vez, é o ramo que estuda os meios de !
prevenção e repressão à criminalidade. Ou seja, a política criminal se vale
da criminologia para traçar estratégias de controle penal, seja pela
ampliação ou restrição de condutas incriminadas, estabelecimento das
penas adequadas, etc.
As ciências criminais, por seu turno, englobam:
•! CRIMINOLOGIA
•! POLÍTICA CRIMINAL
•! DIREITO PENAL
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4.2.! Ressocializador !
De caráter mais “humanizado”, busca interferir na vida do delinquente,
promovendo sua reinserção social.
Assim, o modelo ressocializar está calcado numa finalidade de
prevenção positiva da pena, ou seja, a pena como instrumento de
transformação social.
4.3.! Restaurador
É considerado um modelo integrador, pois busca reparar o dano
causado à vítima, restabelecendo o status quo ante, bem como reparar o
“dano social” causado pelo delito.
Não se preocupa tanto com o castigo, nem com a transformação do
infrator, mas volta sua visão para a figura da vítima, de forma que o dano
a ela provocado seja reparado, já que os dois modelos anteriores acabam
por negligenciar a figura do ofendido.
Bons estudos!
Prof. Renan Araujo
D) Teoria da anomia.
E) Teoria das zonas concêntricas.
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03 - (VUNESP - 2013 - PC-SP - AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA
POLICIAL)
Quanto à teoria neorretribucionista, é correto afirmar:
A) surgiu na Europa, no século passado, baseada na teoria do consenso,
tem como objetivo coibir o crime organizado e os crimes transnacionais, o
que inibiria os crimes menos graves.
B) surgiu na Itália, na década de sessenta, é uma das mais importantes
teorias do conflito, por meio dessa teoria, a criminalidade não é resultante
somente da conduta humana, mas a consequência de um processo em que
se atribui uma qualidade à pessoa.
C) surgiu nos Estados Unidos, inspirada na escola de Chicago, com a
denominação “lei e ordem” ou “tolerância zero”, decorrente da teoria das
janelas quebradas, tem como objetivo coibir os pequenos delitos, o que
inibiria os mais graves
D) surgiu na Alemanha, no século XIX, defende que o comportamento do
criminoso é aprendido, nunca herdado, criado ou desenvolvido pelo sujeito
ativo, tem como objetivo identificar e punir rigorosamente o criminoso para
servir de exemplo, a chamada prevenção geral.
E) surgiu na Inglaterra, está baseada na teoria da sub- cultura delinquente,
ou seja, o comportamento criminoso é um sintoma de dissociação entre as
aspirações socioculturais e os meios desenvolvidos para alcançar essas
aspirações.
d) da ecologia criminal.
e) da reação social ou Labelling Approach.
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No paradigma etiológico, modelado segundo uma matriz positivista !
derivada Das Ciências Naturais, a Criminologia é definida como uma Ciência
causal-explicativa da criminalidade, isto é, que investiga as causas da
criminalidade (seu objeto) segundo o método experimental.
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A criminologia pode ser conceituada como uma ciência ______, baseada !
na observação e na experiência, e ________ que tem por objeto de análise
o crime, o criminoso, a vítima e o controle social.
a) exata … multidisciplinar
b) objetiva … monodisciplinar
c) humana … unidisciplinar
d) biológica … transdisciplinar
e) empírica … interdisciplinar
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c) Paul Topinard e divulgada internacionalmente por Cesare Bonesana, em !
sua obra intitulada Dos delitos e das penas.
d) Cesare Lombroso e divulgada internacionalmente por Adolphe Quetelet,
em sua obra intitulada O homem médio.
e) Paul Topinard e divulgada internacionalmente por Raffaele Garofalo, em
sua obra intitulada Criminologia.
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das vítimas, por temor de represália. !
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.
A) estatísticas azuis
B) estatísticas brancas
C) cifras douradas
D) cifras negras
E) cifras cinza
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c) retomar a tranquilidade e a paz pública. !
d) prevenção geral e prevenção especial.
e) afastar o delinquente da sociedade, para evitar novos crimes.
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A) prevenção e a retribuição !
B) indenização e a repreensão.
C) punição e a reparação.
D) inibição e a reeducação.
E) conciliação e o exemplo.
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27 - (UFPR – 2014 – DPE-PR – DEFENSOR PÚBLICO)
Na Criminologia, é frequente o debate a respeito das funções da pena.
Segundo a ideia de prevenção especial negativa, a pena teria a função de:
a) ressocializar o condenado, promovendo sua harmônica integração social.
b) retribuir proporcionalmente o mal causado pelo delito.
c) neutralizar ou segregar o condenado do meio social, impedindoo de
cometer novas infrações penais.
d) reforçar a confiança da coletividade na vigência da norma, estimulando
a fidelidade ao Direito.
e) intimidar e dissuadir a coletividade, de modo que todos se abstenham
da prática de infrações penais.
b) individual.
c) secundária.
d) estrutural.
e) terciária.
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d) cifras amarelas. !
e) cifras douradas.
d) A “Terza Scuola”.
e) A Lei da Saturação Criminal
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B) Teoria da subcultura delinquente. !
C) Teoria da desorganização social.
D) Teoria da anomia.
E) Teoria das zonas concêntricas.
COMENTÁRIOS: As teorias do conflito são as correntes criminológicas
que, em contraposição às teorias do consenso, entendem que o Direito
Penal não parte de um consenso social sobre os bens jurídicos mais
relevantes e por isso os tutela (ou pretende tutelar).
As teorias do conflito entendem o Direito Penal como um instrumento nas
mãos de uma das classes na sociedade, a classe dominante e que, portanto,
o Direito Penal não selecionaria bens jurídicos mais importantes para a
sociedade a fim de tutelá-los, mas selecionaria os bens jurídicos mais
importantes para esta classe dominante, de forma que haveria um conflito
entre uma classe e outra.
Erving Goffman e Howard Becker foram dois dos maiores expoentes da
teoria do Labelling approach, ou teoria do “etiquetamento”, segundo a qual
o delito não é um dado natural, mas um dado normativo, ou seja, nada é
delito “por sua própria natureza”. É delito aquele fato que foi assim
rotulado, e é criminoso, portanto, aquele que foi assim rotulado pela lei, já
que o fenômeno “crime” necessita de uma previsão normativa.
Podemos citar como expoentes, ainda, o grande Alessandro Baratta.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
D) “cidade limpa”
E) “diferencial”.
COMENTÁRIOS: A teoria das janelas quebradas, ou "Broken Windows
Theory", foi desenvolvida nos EUA, e tem como fundamento básico o
combate severo ao crime, por menor que seja, pois segundo esta teoria a
proliferação dos pequenos delitos cria um ambiente propício ao
desenvolvimento de grandes delitos, sob a alegação de que a aparente
inércia do Estado produziria um efeito estimulante em relação à prática de
delitos. Trata-se de uma espécie de política de tolerância zero.
A teoria do “neo-retribucionismo” é uma das políticas criminais
contemporâneas que pregam uma maior repressão estatal, ou seja, uma
aplicação do sistema punitivo do Estado.
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Trata-se, na verdade, de um movimento de reação aos elevados índices de !
criminalidade (surgido nos Estados Unidos), e tem como principal
fundamento a ideia de que para diminuir a criminalidade é necessário punir
mais.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
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04 - (UFPR – 2014 – DPE-PR – DEFENSOR PÚBLICO) !
Em relação às distintas teorias criminológicas, a ideia de que o
“desviante” é, na verdade, alguém a quem o rótulo social de
criminoso foi aplicado com sucesso foi desenvolvida pela Teoria
a) da anomia.
b) da associação diferencial.
c) da subcultura delinquente.
d) da ecologia criminal.
e) da reação social ou Labelling Approach.
COMENTÁRIOS: A ideia de que o crime é um rótulo imposto a
determinadas condutas deriva da teoria da reação social ou rotulamento
social (labelling approach). Em consequência disso, “criminoso” também
será alguém que foi rotulado como tal, de acordo com a seletividade do
sistema penal.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
40458728683
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A autonomia da Criminologia frente ao Direito Penal !
a) é almejada pelos estudiosos da primeira, mas negada pelos
estudiosos do segundo.
b) não se concretiza, uma vez que a primeira não é considerada
ciência, ao contrário do segundo.
c) comprova-se, por exemplo, pelo caráter crítico que a primeira
desenvolve em relação ao segundo.
d) não se vislumbra na prática, uma vez que todos os conceitos da
primeira são emprestados do segundo.
e) não se efetiva, uma vez que ambos têm o mesmo objeto e são
concretizados pelo mesmo método de estudo, qual seja, o empírico.
COMENTÁRIOS: A criminologia já se firmou como uma ciência autônoma
frente ao Direito Penal. A criminologia é uma ciência empírica, que analisa
os fatos e as causas do fenômeno delituoso, sendo uma ciência do “ser”. O
Direito Penal, por sua natureza, é uma ciência meramente normativa, que
visa a moldar o comportamento humano, uma verdadeira ciência do “dever
ser”.
A autonomia da criminologia também pode ser explicada pela crítica desta
em relação ao Direito Penal, embora nem todas as correntes criminológicas
desenvolvam tal crítica de forma acentuada.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
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Assinale a alternativa que completa as lacunas do texto. !
Os estudos de Sociologia Criminal de Sutherland (Teoria da
Associação Diferencial) estão principalmente ligados aos crimes de
________e tiveram como foco ________ .
a) genocídio ... a Alemanha
b) organizações criminosas ... a Itália
c) jogo ilegal ... a atual Rússia (ex-URSS)
d) discriminação de gênero ... países do Oriente Médio
e) colarinho branco ... os Estados Unidos da América
COMENTÁRIOS: Sutherland focou seus estudos sobre os crimes de
colarinho Branco, nos Estados Unidos da América, mais especificamente em
Chicago.
Para Sutherland, as explicações fornecidas pelas diversas teorias
criminológicas até então não seriam capazes de responder de forma
adequada à questão dos crimes de colarinho branco, já que todas (ou quase
todas) viam nas mazelas sociais (desorganização social, pobreza, etc.) a
gênese do crime, de forma que se distanciavam da realidade dos crimes de
colarinho branco (White colar crimes).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
9
GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, Antônio; FLÁVIO GOMES, Luiz. Criminologia. editora RT.
São Paulo, 2002. Página 30.
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A moderna Sociologia Criminal possui visão bipartida do !
pensamento criminológico atual, sendo uma de cunho funcionalista
e outra de cunho argumentativo. Trata-se das teorias
a) indutiva e dedutiva.
b) do consenso e do conflito.
c) absoluta e relativa.
d) moderna e contemporânea.
e) abstrata e concreta.
COMENTÁRIOS: O pensamento da criminologia social ou sociológica é
bipartido em teoria do consenso e teoria do conflito.
A teoria do consenso ou “criminologia do consenso” parte da premissa de
que a sociedade é formada por uma séria de valores fundamentais
consensuais, que devem ser protegidos e promovidos por todos. Assim, o
Direito Penal nada mais seria que uma ferramenta para a defesa destes
valores comuns a todos os indivíduos.
Inserem-se nesta ideia as teorias desenvolvidas pela ESCOLA DE CHICAGO,
ANOMIA E ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL.
A criminologia do conflito vê a sociedade não como um todo coeso e
harmônico, fundado em valores comuns a todos os indivíduos, e sim um
campo de batalha entre classe dominante e dominada. Para ela, o Direito
Penal nada mais é que uma ferramenta a serviço da classe dominante, de
forma a garantir a manutenção do status quo, coagindo a classe dominada
a “andar na linha”. Para tanto, o Direito Penal seria absolutamente seletivo
na escolha das condutas que seriam criminalizadas, optando por uma
criminalização primária voltada às condutas geralmente praticadas pelos
indivíduos pertencentes à classe dominada (furto seria mais grave que
condutas lesivas à ordem econômica, por exemplo).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
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e) é considerada uma ciência jurídica, por tratar o delito como um !
conceito formal, normativo, do “dever ser” … não é considerado
uma ciência, pois encara o delito como um fenômeno social, do
“ser”
COMENTÁRIOS: Ciência do “ser”, a criminologia se vale do empirismo
para comprovar suas teses, bem como possui caráter interdisciplinar, já
que se utiliza de diversos ramos da ciência que lhe são correlatos, como a
psicologia, a psiquiatria, a sociologia, etc.
O Direito Penal, por sua vez, é uma ciência meramente normativa, do
“dever ser” (modelação de comportamentos), baseado nos valores culturais
de determinada sociedade.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
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e) ciência dogmático-normativa, fundada na ética e na filosofia, a !
qual estuda a personalidade do preso, dentre outros temas
correlatos.
COMENTÁRIOS: A criminologia, em sua fase atual, científica, pode ser
conceituada pela perfeita definição de GARCÍA-PABLOS DE MOLINA10, “(...)
trata-se de uma ciência empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo
do crime, da pessoa do infrator, da vítima e do controle social do
comportamento delitivo(...).”
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
10
GARCÍA-PABLOS DE MOLINA, Antônio; FLÁVIO GOMES, Luiz. Criminologia. editora RT.
São Paulo, 2002. Página 30.
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surgia a possibilidade de reafirmação e legitimação dos vínculos estruturais !
e estruturantes da sociedade.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.
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Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma das!
características da função retributiva da pena, segundo a Teoria
Absoluta.
A) Analogia: pena independente da gravidade do delito.
B) Duração indeterminada: a duração da pena dependerá, dentre
outros fatores, do comportamento do apenado.
C) Infligibilidade: a pena consistirá em aflição corporal.
D) Derrogabilidade: o delito terá, por consequência, uma punição,
ainda que injusta.
E) Responsabilidade penal individual: a pena não passará da pessoa
do condenado.
COMENTÁRIOS: Uma das características da função retributiva da pena
(Infligir um mal ao infrator, um mal necessário em razão do rompimento
dos laços com a sociedade) é a intranscendência da pena, segundo o qual
a pena não passará da pessoa do apenado, já que tendo função retributiva,
deverá, necessariamente, ser punido aquele que cometeu o delito, pois o
seu sofrimento através da pena é fundamental para que esta alcance sua
finalidade.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.
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Umas das formas que o Estado Democrático de Direito possui para !
prevenir o crime é a pena. De acordo com a teoria mista que estuda
as penas, estas têm a finalidade de
a) punir o delinquente de forma proporcional ao mal praticado.
b) trazer mais tranquilidade para a sociedade, uma vez que o
criminoso não estará mais nas ruas.
c) retomar a tranquilidade e a paz pública.
d) prevenção geral e prevenção especial.
e) afastar o delinquente da sociedade, para evitar novos crimes.
COMENTÁRIOS: A pena pode possui diversas funções, a depender da
Teoria que se filie.
A teoria utilitarista (ou da prevenção ou, ainda, teoria relativa) entende que
a pena tem como finalidade prevenir o crime, seja pela prevenção especial
(evitar que o infrator volte a delinquir), seja pela prevenção geral (servir
de exemplo para que outras pessoas sejam desencorajadas a praticar
crimes).
A teoria absoluta (ou retributiva) entende que a pena tem por finalidade
PUNIR o delinquente, como forma de recompensa pela mal que praticou.
Já a teoria mista (ou eclética) entende que a pena conjuga ambas as
finalidades: Punir e prevenir.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.
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A prevenção especial, por sua vez, se destina ao próprio infrator, ou seja, !
a pena tem a finalidade de evitar que aquele infrator volte a delinquir.
Outra classificação, menos utilizada é a que divide a prevenção em
primária, secundária e terciária:
A prevenção primária é a verdadeira prevenção, pois ela ataca a raiz do
mal, ou seja, as causas sociais do problema (desemprego, educação, etc.)
Ela atua no longo prazo e requer forte investimento estatal.
A prevenção secundária, por sua vez, não quer saber onde e quando
conflito criminal ocorre ou é gestado, mas onde se manifesta. Opera a curto
e médio prazos e se destina seletivamente a determinados grupos sociais,
notadamente aqueles grupos e subgrupos que possuem maior risco de
serem os protagonistas no cenário criminal, até pela própria seletividade
do sistema, que convenientemente escolhe os destinatários da norma
penal. Aqui, entram em cena o legislador (para tipificar condutas), o
sistema repressivo policial e judiciário, bem como, inclusive, os meios de
comunicação.
A prevenção terciária, por fim, tem como objeto o preso, ou o condenado,
melhor dizendo, com o objetivo de evitar a reincidência, possuindo nítido
caráter punitivo, utilizando-se da pena como forma de prevenção. Aqui
surge a ideia de prevenção especial e prevenção geral.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.
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COMENTÁRIOS: No estado democrático de Direito, entende-se como !
prevenção delitiva o conjunto de ações que visam à prevenção da
ocorrência do delito.
Em decorrência deste conjunto de ações, o delito será, naturalmente,
atingido, direta ou indiretamente.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
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conhecida universalmente como direitos sociais e que se manifesta !
a médio e longo prazos, é chamada pela Criminologia de prevenção
a) primária.
b) individual.
c) secundária.
d) estrutural.
e) terciária.
COMENTÁRIOS: A prevenção criminal que possui tais características é a
prevenção primária. A prevenção primária consiste em programas cuja
finalidade é atacar a causa da criminalidade, ou seja, a origem do problema
(desigualdade social, pobreza, desemprego, etc.), com resultados de médio
a longo prazo.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA A.
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apropriada, pela progressão de regime, que possibilita o reencontro !
paulatino do preso com a sociedade, etc.
Assim, a população carcerária é um dos destinatários da prevenção terciária
(embora possa recair sobre os condenados que não estão encarcerados).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA D.