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Palacete do barão de Itambé - Vassouras RJ

O Palacete foi construído


em 1849 por José Joaquim Botelho, e adquirido em 1859 por Francisco José Teixeira, o Barão
de Itambé. O Barão nasceu em Conceição da Barra de Minas, no estado de Minas Gerais.
Casou em 1802 com Francisca Bernardina do Sacramento Leite Ribeiro (1781-1864), irmã do
barão de Aiuruoca. Desse casamento tiveram onze filhos, conhecidos como os irmãos Teixeira
Leite, uma das mais conhecidas e influentes famílias do sul fluminense do século XIX, ligadas
ao ciclo do café como capitalistas e fazendeiros. Foram pais dentre muitos outros, do barão de
Vassouras, avós de Eufrásia Teixeira Leite, da baronesa do Rio Negro e bisavós do historiador
Afonso d'Escragnolle Taunay. Mudou-se de Conceição da Barra de Minas e foi morar em
Vassouras onde todos seus filhos já residiam. O barão faleceu em 1866, e foi enterrado em
Vassouras, no Cemitério da Irmandade de Nossa Senhora da Conceição, na cripta subterrânea
de uma das mais monumentais sepulturas construída no século XIX no Brasil. O palacete,
tombado pelo IPHAN, está localizado no centro da cidade, no lado direito da Praça Barão do
Campo Belo.
Postado por Nikson Salem 

VASSOURAS
Em 5 de outubro de 1782, o açoriano Francisco Rodrigues Alves e o seu sócio Luís Homem
de Azevedo, que residiam em Sacra Família o Tinguá (atualmente distrito do município de
Engenheiro Paulo de Frontin), recebem uma sesmaria no "sertão da Serra de Santana, Mato
Dentro por detrás do Morro Azul". Posteriormente, tais terras serão conhecidas por
“Sesmaria de Vassouras e Rio Bonito". À localidade, plena de arbustos utilizados na
confecção de vassouras, dá-se, obviamente, o nome Vassouras.

Vassouras está localizada no que se posteriormente nomeou-se Vale do Paraíba. Esta região
tornou-se conhecida como Caminho Novo e o Caminho do Proença pois faziam a ligação
entre Minas Gerais durante o período de seu Ciclo do Ouro e o porto do Rio de Janeiro,
servindo para o escoamento dessa produção destinada ao Império Português. Devido a essa
conexão de importância econômica, a Coroa Portuguesa promulgou um Decreto real
protegendo essa área 7. Pode-se nomear o primeiro proprietário a ocupar as terras da
cidade de Vassouras, que foi Francisco Rodrigues Alves, que a partir de 1792, já possuía
cafezais em sua propriedade, embora só em quantidade para abastecer a família.

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Com o crescimento econômico pelas plantações de café, a vila de Vassouras desenvolve-se e
é elevada à categoria de cidade a 29 de setembro de 1857. Possui já nesta época
aproximadamente 3.500 moradores em sua área urbana. Durante a década de 1850, a
cidade, em seu apogeu, ostenta o título de "maior produtora de café do mundo",
reconhecida como a "Princesinha do café". Entre 1856 e 1859, a província do Rio de Janeiro
produz 63.804.764 arrobas de café, enquanto as províncias de São Paulo e Minas Gerais,
juntas, produzem apenas um quarto deste total. Constroem-se casarios, palacetes, hotéis ,
joalherias, o teatro, etc., plenos de vida social intensa. Antes rústicos, os cafeicultores
educam-se e socializam-se; suas fazendas são ora reformadas, ora ampliadas para
atenderem às novas necessidades e para receberem hóspedes ilustres da Corte. Criam-se
importantes estabelecimentos de ensino, que serão freqüentados por alunos forasteiros,
incluídos os da cidade do Rio de Janeiro.

Tornou-se Vassouras, neste período, a maior cidade com fazendeiros nobilitados, ficou


conhecida como "Cidade dos Barões": ali viviam 25 barões, 7 viscondes, 1 viscondessa, 1
condessa, 2 marqueses, considerados titulares vassourenses, entre outros. Nas fachadas de
seus casarios, palacetes e monumentos, Vassouras guarda as lembranças desse próspero
período que não será esquecido. O seu conjunto histórico urbanístico e paisagístico foi
protegido em 1958 por um processo de tombamento (566-T-57, de 26.06.1958)
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional– IPHAN. A 24 de dezembro de 1984,
Vassouras é declarada, por força de lei, Estância Turística.

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