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VASSOURAS
Em 5 de outubro de 1782, o açoriano Francisco Rodrigues Alves e o seu sócio Luís Homem
de Azevedo, que residiam em Sacra Família o Tinguá (atualmente distrito do município de
Engenheiro Paulo de Frontin), recebem uma sesmaria no "sertão da Serra de Santana, Mato
Dentro por detrás do Morro Azul". Posteriormente, tais terras serão conhecidas por
“Sesmaria de Vassouras e Rio Bonito". À localidade, plena de arbustos utilizados na
confecção de vassouras, dá-se, obviamente, o nome Vassouras.
Vassouras está localizada no que se posteriormente nomeou-se Vale do Paraíba. Esta região
tornou-se conhecida como Caminho Novo e o Caminho do Proença pois faziam a ligação
entre Minas Gerais durante o período de seu Ciclo do Ouro e o porto do Rio de Janeiro,
servindo para o escoamento dessa produção destinada ao Império Português. Devido a essa
conexão de importância econômica, a Coroa Portuguesa promulgou um Decreto real
protegendo essa área 7. Pode-se nomear o primeiro proprietário a ocupar as terras da
cidade de Vassouras, que foi Francisco Rodrigues Alves, que a partir de 1792, já possuía
cafezais em sua propriedade, embora só em quantidade para abastecer a família.
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Com o crescimento econômico pelas plantações de café, a vila de Vassouras desenvolve-se e
é elevada à categoria de cidade a 29 de setembro de 1857. Possui já nesta época
aproximadamente 3.500 moradores em sua área urbana. Durante a década de 1850, a
cidade, em seu apogeu, ostenta o título de "maior produtora de café do mundo",
reconhecida como a "Princesinha do café". Entre 1856 e 1859, a província do Rio de Janeiro
produz 63.804.764 arrobas de café, enquanto as províncias de São Paulo e Minas Gerais,
juntas, produzem apenas um quarto deste total. Constroem-se casarios, palacetes, hotéis ,
joalherias, o teatro, etc., plenos de vida social intensa. Antes rústicos, os cafeicultores
educam-se e socializam-se; suas fazendas são ora reformadas, ora ampliadas para
atenderem às novas necessidades e para receberem hóspedes ilustres da Corte. Criam-se
importantes estabelecimentos de ensino, que serão freqüentados por alunos forasteiros,
incluídos os da cidade do Rio de Janeiro.