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EXPEDIEN T E

EQUIPE DIRETIVA

Oswaldo Luiz Saenger


Presidente – Grupo Projeção

José Sérgio de Jesus


Reitor e Diretor de Educação

Henrique Vinícius Ramos e Silva


Diretor de Operações

Jonathan Rosa Moreira


Pró-Reitor e Diretor Acadêmico da Educação Superior

ORGANIZAÇÃO

José Sérgio de Jesus

Jonathan Rosa Moreira

Francisca Carla Santos Ferrer

Daniel Barbosa Santos

Fabrício Vieira de Santana

Thamires de Oliveira Alencar

EQUIPE EDITORIAL

Daniel Barbosa Santos

Francisca Carla Santos Ferrer

Luis Eduardo Gauterio Fonseca

Fabrício Vieira de Santana

DESENVOLVIMENTO E SUPORTE TÉCNICO

José Gustavo Dias Alves

Thamires de Oliveira Alencar

Wellington Douglas Cordeiro de Souza Junior

SUPORTE ADMINISTRATIVO E LOGÍSTICO

Érika Silva Nascimento


JOSÉ SÉRGIO DE JESUS (Org)
JONATHAN ROSA MOREIRA (Org)
FRANCISCA CARLA SANTOS FERRER (Org)
DANIEL BARBOSA SANTOS (Org)
FABRÍCIO VIEIRA DE SANTANA (Org)
THAMIRES DE OLIVEIRA ALENCAR (Org)

MODELOS DE MATURIDADE DE PROCESSOS

Coleção
Projeção lato sensu

Volume 4
Copyright © Projeção
Brasília - 2020

Diagramação: Fabrício Vieira de Santana


Capa: Thamires de Oliveira Alencar
Coleção: Projeção lato sensu
Volume: 4

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

658

Modelos de maturidade de processos / Organizadores, José Sérgio de Jesus ... [et al.] –
Brasília: Projeção, 2020. 50 p. ; 30 cm. (Coleção Projeção latu sensu, v. 4)
ISBN: 978-65-89213-24-6

1. Análise de riscos 2. Gestão de projetos 3. Melhoria de processos de software


I. Jesus, José Sérgio de. IV. Título V. Coleção

CDU 658

Elaborada pelo processamento técnico da Biblioteca Central do Centro Universitário Projeção


Bibliotecário Luís Eduardo Gauterio Fonseca - CRB 01/1597
SUMÁRIO

06 ..................................................................Módulo 01
Análise de Risco para Gestão de Projetos

16 ........................................................................Módulo 02
Capability Maturity Model Integration

26 ........................................................................Módulo 03
Programa de Melhoria de Processos de Software
Brasileiro Part. 1

37 ........................................................................Módulo 04
Programa de Melhoria de Processos de Software
Brasileiro Part. 2
M Ó D ULO 1
ANÁLISE DE RISCO PARA GESTÃO DE PROJETOS
APRESENTAÇÃO
Caro estudante, seja bem-vindo ao primeiro módulo da componente curricular “Modelo
de maturidade de processos”. Antes de começarmos a desenvolver os conceitos sobre matu-
ridade de processos, é muito importante que compreendamos o que representam os riscos na
perspectiva dos projetos de software, bem como as relações de gestão sobre os riscos. Você
consegue reconhecer e classificar os diferentes tipos de riscos nas etapas de desenvolvimen-
to de software.

Apresentamos, neste módulo, a importância da análise qualitativa de riscos para a gestão


de projetos, conforme Morais (2012), bem como as relações conceituais envolvendo outros
autores relevantes da área de tecnologia da informação e comunicação.

Para Morais (2012), projeto é um empre- de riscos, sejam eventos negativos ou even-
endimento temporário que tem por finalidade tos positivos, ameaças e oportunidades res-
criar um produto, serviço ou resultado único, pectivamente. Portanto, esse tema de Ges-
dependendo de todos os stakeholders e do tão de Riscos é de grande importância para
gerente de projetos que além de habilidades se contemplar o sucesso e se evitar o fracas-
específicas como a comunicação, elaboração so no desenvolvimento e no alcance dos ob-
de orçamentos, dentre outras, é de suma im- jetivos e produtos dos projetos realizados por
portância a aplicação de boas técnicas de ge- alguma organização (MORAIS, 2012).
renciamento e o domínio das competências
De forma sumária, respondemos as prin-
gerais.
cipais perguntas pertinentes à gestão de pro-
Você teria outra definição sobre o que é jetos como um todo (PMBOK, 2013; MO-
projeto? Esta definição apresentada se apro- RAIS, 2012). Como gestor da área de TI que
xima muito aos conceitos mais clássicos, não se prepara a definição de processos e mode-
é mesmo? E sobres as estruturas organizacio- los de maturidade, é preciso ter bem claro:
nais, o que você pensa?
1) Quem são os principais envolvidos no
Existem três modalidades de estruturas projeto?
organizacionais que são: funcional, por proje- Os envolvidos na construção de qualquer
tos e matricial, podendo elas indicar que nível tipo de projeto são considerados stakehol-
de autoridade o gerente de projetos irá usu- ders, que são desenvolvedores, clientes, ges-
fruir. Os projetos começam e andam iguais, tores, patrocinadores, enfim, qualquer pessoa
começando por uma ideia excelente dada que tenha alguma interface na concepção,
por alguém onde o projeto é aprovado e se- construção ou entrega do projeto.
gue pelas fases intermediárias até a fase final
quando é concluído e encerrado. 2) Quais são as características de um pro-
jeto?
A Análise Qualitativa de Riscos dentro do
As características do projeto são únicas.
contexto de Gestão de Projetos e Gestão de
O projeto, de forma geral, tem prazo limitado
Riscos possibilita a classificação e priorização
quando a data de início e fim está estipulada.

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É temporário. A conclusão de um projeto se tem um monte de coisas e são excelentes comunica-
quando as metas forem alcançadas. dores, capazes de motivar as pessoas. Algumas
organizações admitem gerentes de projetos por
3) O que é gerenciamento de projetos?
contrato para administrarem grandes projetos de
Os gerentes de projetos são os responsáveis mudanças na empresa, para não deslocarem um
pela administração dos processos envolvidos e funcionário nessa função (HELDMAN, 2004).
pela aplicação das técnicas e ferramentas neces-
sárias para que sejam cumpridas as atividades do Todos os projetos têm algum problema. A
projeto (MORAIS, 2012). solução desses problemas é um processo duplo.
Para se negociar é preciso um esforço em con-
4) Quais são as restrições de um projeto? junto para se chegar a um acordo. A influência
Nas organizações existem mais solicitações seria uma conversa com a equipe convencendo
de projetos do que recursos para trabalhar neles. que tal coisa é melhor do que a outra. Os geren-
Esses recursos seriam as restrições. Todo proje- tes de projetos são extremamente dependentes
to é submetido a três restrições: tempo, custo e das habilidades de formação de equipe e geren-
escopo, e às vezes as três são limitadas. Todas as ciamento de recursos humanos. Todas as orga-
restrições apontam para a qualidade do projeto. nizações são estruturadas segundo uma destas
três modalidades: funcional, por projetos ou ma-
5) O que são premissas de um projeto? tricial (MORAIS, 2012).
As premissas do projeto são tudo aquilo que
A Figura a seguir apresenta a sequência típi-
acreditamos ser verdade. Cada projeto terá seu
ca de fases no ciclo de vida de um projeto, con-
próprio conjunto de premissas que devem ser
forme PMBOK (2013)
identificadas, documentadas e atualizadas no
decorrer do projeto.

Claro que você pode trazer outras respostas


às questões apresentadas. Dependendo do con-
texto e da área, tais respostas podem variar. De
toda forma, conhecer estes conceitos faz parte
das habilidades de um gerente de projetos.

Para Morais (2012), os gerentes de projeto


são profissionais generalistas que possuem uma É importante destacar quais são as etapas,
série de competências com a especialidade de atividades e artefatos nos projetos de desenvol-
resolver problemas podendo atuar numa varie- vimento de software para que se possam mapear
dade de campos. O que um bom gerente de pro- e definir os seus processos como um todo.
jetos deve ter de mais importante como uma de
Segundo Bouer e Carvalho (2005) a maturi-
suas características é uma imensa aptidão para a
dade de uma instituição pode significar que ela
comunicação. As aptidões organizacionais e de
está perfeitamente apta a gerenciar seus próprios
planejamento são as habilidades mais importan-
projetos. Na área de engenharia de software, por
tes de um gerente de projeto, depois da comu-
exemplo, o modelo PMBOK (Project Management
nicação. Para o autor, gerentes de projetos são
Body of Knowledge), que fornece uma estrutura
pessoas interessantes, sabem um pouquinho de

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de referência para os modelos de maturidade gia e dos projetos de TI, bem como dos recursos
PMMM (Project Management Maturity Model) e de TI utilizados e demais serviços relacionados
OPM3 (Organization Project Management Maturi- à TI.
ty Model), contempla áreas de conhecimento em
f) Accountability (AC): tem por objetivo defi-
gestão de projetos, dentre elas a área relaciona-
nir os papéis e responsabilidades das partes en-
da a Riscos (MORAIS, 2012).
volvidas nas decisões de TI, além de assegurar
Para Lunardi e Becker (2010), as organiza- claramente a sua compreensão pela organização
ções que apresentam boa governança de TI são (LUNARDI; BECKER, 2010).
aquelas que possuem elevado desempenho nes-
A Gestão de Riscos é formada por processos
sas diferentes áreas-foco, obtendo, portanto,
que tratam da realização de identificação, análi-
maior retorno sobre os investimentos realizados
se, respostas, monitoramento e controle e plane-
em TI do que as empresas que não conseguem
jamento do gerenciamento de riscos de um pro-
governar sua TI de forma adequada. Ao avaliar
jeto. O seu objetivo é maximizar a probabilidade
cada uma dessas áreas, a organização obtém
e o impacto dos eventos positivos e minimizar a
um retrato de quão bem vem gerenciando seus
probabilidade e o impacto dos eventos negativos
recursos tecnológicos da informação, além de
ao projeto. Dentre os processos que fazem parte
identificar os efeitos da adoção de tais mecanis-
do gerenciamento de riscos de um projeto está
mos na gestão da TI.
a Análise qualitativa de riscos (MORAIS, 2012).
Nesta perspectiva de Governança de TI, são
Segundo o PMBOK (2013), a análise qualita-
avaliados diferentes fatores em uma organização:
tiva de riscos é a priorização dos riscos para aná-
a) Alinhamento estratégico (AE): busca assegu- lise ou ação adicional subsequente através de
rar a integração entre o plano de TI e o de negó- avaliação e combinação de sua probabilidade de
cios, de modo a manter as soluções e estratégias ocorrência e impacto. Portanto, trata-se da etapa
de TI alinhadas às estratégias e aos negócios da de Gestão de Riscos que avalia a prioridade dos
empresa. riscos identificados considerando a probabilida-
de de sua ocorrência, o impacto de cada risco
b) Valor da TI (VA): busca assegurar que a TI
nos objetivos do projeto, a tolerância a risco das
esteja atingindo seus benefícios prometidos, oti-
restrições de custo, cronograma, escopo e qua-
mizando os custos dos investimentos.
lidade do projeto, e urgência requerida para as
c) Gerenciamento de risco (RIS): busca prote- respostas aos riscos identificados.
ger os ativos de TI, recuperando informações em
Os processos do gerenciamento de riscos
caso de desastres e mantendo a continuidade
do projeto interagem entre si e com processos
das operações dos serviços de TI.
de outras áreas de conhecimento. A instituição
d) Recursos de TI (REC): busca otimizar a in- deve estar envolvida com uma abordagem pro-
fraestrutura e o conhecimento de TI da empresa. ativa e consistente do gerenciamento dos riscos
Trata também dos recursos críticos de TI (aplica- durante todo o ciclo de vida do projeto. Portan-
tivos, informação e pessoal). to, uma boa análise qualitativa depende também
e) Medidas de Performance (MP): busca acom- da qualidade das informações disponíveis sobre
panhar e monitorar a implementação da estraté- os riscos do projeto (MORAIS, 2012).

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Você sabe quais são as entradas, ferramen- define a base para a realização da análise quan-
tas e técnicas e saídas da análise qualitativa de titativa dos riscos, se necessária. Esse processo
riscos? de realizar a análise qualitativa possui suas en-
tradas, ferramentas e saídas, e deve ser revisado
Para Morais (2012), a realização da análise
durante toda a vida do projeto para se atualizar
qualitativa de riscos, em geral, é um meio rápido
em relação às mudanças nos riscos do projeto.
e econômico de estabelecer as prioridades do
processo de planejar as respostas aos riscos e
A Figura a seguir detalha as entradas, ferramentas e técnicas e saídas, conforme o PMBOK.

As ferramentas e técnicas da Análise Quali- probabilidade de ocorrência e o efeito potencial


tativa de Riscos segundo o Guia PMBOK (2008) de cada risco específico identificado, sobre um
incluem a Avaliação de probabilidade e impacto objetivo do projeto. Os efeitos do impacto de
dos riscos, a Matriz de Probabilidade e Impacto, riscos podem ser tanto negativos provenientes
a Avaliação da qualidade dos dados sobre riscos, de ameaças, como positivos advindos de opor-
Categorização de riscos, Avaliação da urgência tunidades, e são classificados de acordo com as
dos riscos e Opinião especializada. A avaliação definições fornecidas no Plano de gerenciamen-
de probabilidade e impacto dos riscos investiga a to dos riscos (MORAIS, 2013).
Observe o Quadro a seguir que destaca a escala de impacto para objetivos do projeto.

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Para Morais (2012), a função primordial fícios ajuda a orientar as respostas e a priorizar
da Matriz de Probabilidade e Impacto é avaliar as ações da organização que podem ser proati-
a importância e a prioridade de cada risco, ou vas ou não. As ameaças ou oportunidades que
seja, esta tabela especifica as combinações de compõem a zona de alto risco (cinza escuro) são
probabilidade e impacto que resultam em uma tratadas com prioridade, com ações proativas
classificação dos riscos como de prioridade bai- e estratégias agressivas. Já as que compõem a
xa, moderada ou alta. A partir do estudo dessa zona de baixo risco (cinza médio) podem não exi-
ferramenta é possível desenvolver um esquema gir uma ação proativa de gerenciamento de risco
geral de classificação do projeto ponderando os além da simples monitoração. É importante lem-
riscos avaliados por objetivo para relacionar um brar que número de etapas na escala da matriz é
objetivo com outro. A classificação dos riscos ou determinado e depende da organização.
oportunidades quanto a suas ameaças ou bene-

A Categorização de riscos determina as áre-


as do projeto mais expostas aos efeitos de um
evento negativo ou positivo. Ela categoriza os
riscos por fontes ou área afetada e ajuda no de-
senvolvimento de resposta mais eficazes. Já a
Avaliação da urgência dos riscos juntamente com
os indicadores de prioridade de tempo para pro-
duzir uma resposta, sintomas, sinais de alerta e a
classificação do risco, fornece uma classificação
final da gravidade dos riscos (MORAIS, 2012).

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DESAFIO
Caro(a) acadêmico(a), que bom que você chegou até aqui.

Se você está neste desafio é porque você leu todo o material de estu-
dos (texto-base e leituras complementares) e respondeu o questioná-
rio.

A realização deste desafio é opcional. Trata-se de uma atividade pro-


positivo-atitudinal. Ou seja, não compõe nota e não deve ser postada
na plataforma. É apenas para que você tenha a oportunidade de cor-
relacionar os conteúdos curriculares às diferentes situações práticas,
alcançando a práxis.

Vamos lá?

Observe o esquema a seguir:

O esquema representa um fluxo informacional com os processos de


gestão de risco. Tais processos subsidiam a criação do plano de ris-
cos da organização. Elabore um plano de riscos a partir dos processos
constantes no esquema apresentado. O seu plano deve conter papéis,
responsabilidades, programação, atividades e tarefas.

Vamos lá?

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LEITURA COMPLEMENTAR
A título de leitura complementar, para se aprofundar nas questões tratadas nessa unidade, são
sugeridas três leituras:

1. Análise dos mecanismos de governança de TI mais difundidos entre as empresas brasileiras

A TI se tornou um dos principais ativos das organizações, sendo utilizada na realização de boa
parte das suas operações. Essa dependência, em termos de investimentos e impacto nos negócios,
tem feito com que as decisões relacionadas à TI não sejam tratadas apenas pelos executivos de
TI, exigindo um maior envolvimento dos gestores de negócio. É nesse contexto que desponta a
Governança de TI, tendo por finalidade auxiliar a organização a garantir que os investimentos rea-
lizados em TI agreguem valor aos negócios.
LUNARDI, Guilherme Lerch; DOLCI, Pietro Cunha; MAÇADA, Antônio Carlos Gastaud; BECKER, João Luiz. Análise
dos mecanismos de governança de TI mais difundidos entre as empresas brasileiras. Revista ALCANCE, v. 21, n.
1, p. 46-76, 2014. Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/mod/resource/view.php?id=282.
Acesso em: 5 out. 2020.

2. Automatizando a estimativa de riscos em sistemas de gerenciamento de mudanças em TI

Organizações modernas utilizam infraestruturas de TI complexas para apoiar suas operações diá-
rias. Por se tratar de um ambiente sensível, sempre que surge a necessidade de se aplicar mudanças
e importante estimar quais riscos podem estar associados a elas. Geralmente, estimativas de riscos
realizadas por humanos são baseadas apenas em conhecimento empírico, o que, além de acarretar
uma quantidade proibitiva de trabalho, muitas vezes, leva á conclusões imprecisas e incompletas
sobre os riscos associadas às mudanças.
WICKBOLDT, Juliano Araújo et al. Automatizando a Estimativa de Riscos em Sistemas de Gerenciamento de Mu-
danças em TI. In: 27º SIMPÓSIO BRASILEIRO DE REDES DE COMPUTADORES E SISTEMAS DISTRIBUÍDOS. Por-
to Alegre, [2009]. Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/mod/resource/view.php?id=295.
Acesso em: 5 out. 2020.

3. Proposta de ferramenta de análise e controle de processos com foco em análise de riscos

Atualmente, não há como imaginar uma empresa sem uma forte área de tecnologia da informação
(TI), a fim de trabalhar os dados operacionais e gerar informações gerenciais aos executivos para
tomadas de decisões. A criação e manutenção de uma infraestrutura de TI, incluindo profissionais
especializados requerem altos investimentos. Portanto algumas vezes a alta direção da empresa
impõe restrições aos investimentos em tecnologia por não acreditarem nos seus benefícios. Entre-
tanto, a falta de investimentos em TI pode levar um empreendimento ao fracasso, devido a grande
competitividade de mercado que aumenta a cada dia.
CAVALANTI, Vitor Flisch; DIAS, Ricardo Alves; BARROS, Reinaldo T. O. M. de. Proposta de ferramenta de análise
e controle de processos com foco em análise de riscos. [S. I.]. [20--]. Disponível em: https://faculdadeprojecao.
nucleoead.net/pos/mod/resource/view.php?id=296. Acesso em: 5 out. 2020.

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SAIBA +
Araújo et al. (2017) apresentam uma abordagem prática sobre a avaliação
de um processo organizacional para identificar seus riscos e oportunidades
de melhoria por meio da aplicação de ferramentas de análise de riscos com-
binadas à outras iniciativas. Para os autores, a cada dia cresce a preocupa-
ção das organizações com a qualidade dos produtos e serviços oferecidos
a seus clientes.

Como você percebe a análise de riscos como elemento da maturidade de


processos?

Para subsidiar seu posicionamento, leia o artigo de Araújo et al. (2017) para
conhecer um caso real, avanços e desafios da gestão de riscos.

Você pode acessar a obra completa pela referência:

ARAUJO, Misael Sousa de; MORAES, Ricardo Alves; SANTOS, Rubens Ferreira
dos; MENDONÇA, Tharcísio Marcos Ferreira de Queiroz. A modelagem de pro-
cessos como ferramenta para a melhroria da qualidade de serviços: um caso
prático da gestão de riscos de TI na Fiocruz. Anais do V Simpósio de Engenharia
de Produção – SIMEP 2017. Disponível em: https://www.even3.com.br/anais/
5simep/43272-a-modelagem-de-processos-como-ferramenta-para-a-melho-
ria-da-qualidade-de-servicos---um-caso-pratico-da-gestao-de-r/. Acesso em:
Acesso em: 5 out. 2020.

Navegue, leia e saiba mais!

14 
Referências

BOUER R.; CARVALHO M. M. de. Metodologia singular de Gestão de Projetos: condição suficiente
para a maturidade em gestão de projetos? Revista Produção, v. 15, n. 3, p. 347- 361, 2005.

CAVALANTI, Vitor Flisch; DIAS, Ricardo Alves; BARROS, Reinaldo T. O. M. de. Proposta de ferra-
menta de análise e controle de processos com foco em análise de riscos. [S. I.]. [20--]. Disponível
em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/mod/resource/view.php?id=296. Acesso em: 5
out. 2020.

HELDMAN, Kim. Gerência de projetos: PMP. 2. ed. Rio de Janeiro, 2004.

LUNARDI, Guilherme Lerch; DOLCI, Pietro Cunha; MAÇADA, Antônio Carlos Gastaud; BECKER,
João Luiz. Análise dos mecanismos de governança de TI mais difundidos entre as empresas brasilei-
ras. Revista ALCANCE, v. 21, n. 1, p. 46-76, 2014. Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleo-
ead.net/pos/mod/resource/view.php?id=282. Acesso em: 5 out. 2020.

LUNARDI, Guilherme Lerch; BECKER, João Luiz; MAÇADA, Antonio Carlos Gastaud. Impacto da
adoção de mecanismos de governança de tecnologia de informação (TI) no desempenho da gestão
da TI: uma análise baseada na percepção dos executivos. Ciências da Administração, v. 12, n. 28, p.
11-39, 2010.

MORAIS, Altenir Francisco da Silva. A importância da análise qualitativa de riscos para a gestão de
projetos. Tecnologias em Projeção, v. 3, n. 1, p. 23-35, 2012.

PMI, ANSI. Guide to the project management body of knowledge (PMBOK guide). In: Project Mana-
gement Institute. 2013.

WICKBOLDT, Juliano Araújo et al. Automatizando a Estimativa de Riscos em Sistemas de Gerencia-


mento de Mudanças em TI. In: 27º SIMPÓSIO BRASILEIRO DE REDES DE COMPUTADORES E SIS-
TEMAS DISTRIBUÍDOS. Porto Alegre, [2009]. Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.
net/pos/mod/resource/view.php?id=295. Acesso em: 5 out. 2020.

15
M Ó D ULO 2
CAPABILITY MATURITY MODEL INTEGRATION
APRESENTAÇÃO
Caro estudante, seja bem-vindo ao segundo módulo da componente curricular “Modelo
de maturidade de processos”. Neste módulo, apresentaremos o CMMI, que é voltado para a
maturidade de processos de software, visando a melhoria e a qualidade dos serviços e pro-
dutos de TI.

Ao trazermos o mapeamento da utiliza- elas buscam normas específicas para sua de-
ção de modelos de melhorias de processos de terminada área de aplicação. Essas normas
software, nos apoiamos em Luz et al. (2016) dizem o que a empresa deve fazer durante a
e outros autores que compreendem que, com suas aplicações, mas não dizem como fazer,
a evolução constante das tecnologias da in- dando assim uma liberdade para a metodo-
formação e comunicação e desenvolvimento logia de cada empresa, porém sem deixar de
de softwares, as custos em seus projetos, po- lado o resultado final, a qualidade, que a nor-
dendo assim se manter no mercado e com ma busca.
um alto nível à concorrência.
Os modelos de maturidade de software
Devido a esse alto nível de competiti- buscam direcionar as empresas em seus pro-
vidade as empresas procuram se adaptar e cessos de fabricação de softwares, utilizando
melhorar continuamente seus processos e modelos a serem seguidos em seus projetos,
metodologias para o desenvolvimento de mesclados com as metodologias e estratégias
software, podendo assim acompanhar e ga- da própria organização. Algumas empresas
rantir a qualidade de seus processos e pro- adotaram modelos de maturidade como o
duzir softwares de acordo com as exigências CMMI (Capability Maturity Model Integra-
do mercado, visando estar sempre entre os tion) ou MPS.br (Melhoria de Processo do
modelos globais. Software Brasileiro) para melhorar e reduzir
custos do desenvolvimento de software, ire-
No mercado nacional, tal competição não
mos identificar algumas empresas nacionais
é diferente, com empresas cada vez mais es-
que se beneficiaram do uso dessas normas
pecializadas e eficientes, tem-se a necessida-
e qual nível de maturidade foi alcançado por
de constante de melhorias processuais para
elas. Baseando-se em seus processos, esses
agilizar todo o desenvolvimento e de manter
modelos atribuem níveis de maturidade às
os custos dentro de seus orçamentos.
empresas. Esses níveis de maturidade ser-
As empresas buscam adotar normas de vem como um “marcador” do nível de garan-
qualidades sugeridas por especialistas que tia de qualidade e de desenvolvimento que
visam normalizar e garantir a qualidade dos a empresa dá aos seus processos (LUZ et al.,
processos de desenvolvimento de software. 2016).
E, a partir da necessidade de cada empresa,

ATENÇÃO: Você, como gestor da área de tecnologia da informação e comunicação, deve se preo-
cupar com a qualidade do produto final a ser entregue ao seu cliente, mas também com a qualidade dos
processos de desenvolvimento de software, que são essenciais para a continuidade do serviço.

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ENGENHARIA DE SOFTWARE ração o desenvolvimento de software com
relação custo benefício adequada.
Para Luz et al (2016), a engenharia de sof-
tware é uma área de conhecimento que se con- 6. Qualidade de software.
centra nos aspectos práticos da produção de um 7. Produtividade no desenvolvimento, opera-
sistema, voltada principalmente para a produção ção e manutenção de software.
e manutenção. A engenharia de software utiliza
8. Qualidade versus Produtividade.
modelos e metodologias na produção de siste-
mas com a finalidade de garantir sua qualidade e 9. Permitir que profissionais tenham controle
usabilidade. Além disso, ela busca oferecer mo- sobre o desenvolvimento de software den-
delos e métodos para auxiliar no planejamento e tro de custos, prazos e níveis de qualidade
gerenciamento dos projetos de software. desejados.

Ainda para os autores, a Engenharia de Sof- QUALIDADE DE SOFTWARE


tware é a criação e a utilização de sólidos prin- A Engenharia de Software está preocupada
cípios de engenharia a fim de obter software de acima de tudo com a qualidade do sistema, cada
maneira econômica, que seja confiável e que modelo e metodologia que ela propõe são em
trabalhe em máquinas reais; A Engenharia de prol de uma qualidade satisfatória do software.
Software especifica um modelo padronizado de
como projetar e produzir sistemas da forma mais Os projetos de software costumam serem
eficiente possível, evitando assim falhas, preju- divididos em conjuntos de atividades, propostos
ízos e atrasos nos projetos. Todo projeto, além por modelos como o UML, podendo ou não ter
de todo seu escopo possui um ciclo de vida, a algum tipo de dependências entre si, alguns po-
Engenharia de Software trabalha com esse ter- dem ser paralelos e outros com algum nível de
mo em várias de suas áreas, esse ciclo compõe independência. Essas atividades costumam rea-
desde a fase inicial do projeto até o seu limite de proveitar sistemas de outro projeto, muitas vezes
utilização (OLIVEIRA, 2010). até melhorando uma versão anterior usada como
modelo, agilizando processos e também facilitan-
1. Mas por que investir em engenharia de sof- do o projeto trabalhado. Existem organizações
tware e melhoria de processos? A seguir, como a PMI (Project Management Institute) que
apresentamos algumas justificativas: promovem e difundem boas práticas na gerência
2. Custos com software geralmente são os mais de projetos com guias para as empresas poderem
altos em sistemas de computação. O custo se direcionar e melhorar suas atividades internas.
de um software é geralmente maior que o Esses guias definem um projeto como uma ativi-
custo do seu hardware. dade temporária para realização de um produto,
e define as atividades como os componentes do
3. Gasta-se mais para manter o software que
trabalho realizados para a conclusão do projeto
para desenvolvê-lo.
(LUZ et al., 2016).
4. Nos sistemas de longa vida útil, os custos de
No contexto de desenvolvimento de softwa-
manutenção podem ser várias vezes maiores
re, qualidade pode ser entendida como um con-
que os custos de seu desenvolvimento.
junto de características a serem satisfeitas em
5. A engenharia de software leva em conside- um determinado grau, de modo que o produto

18 
de software atenda às necessidades explícitas e CAPABILITY MATURITY MODEL INTEGRA-
implícitas de seus usuários. Entretanto, não se TION
obtém qualidade do produto de forma espontâ-
Segundo Tiossi e Gasparato (2017), apoiado
nea. Ela tem de ser construída. Assim, a qualida-
em Kerzner (2006), a maturidade em gerencia-
de do produto depende fortemente da qualidade
mento de projetos acontece com o desenvolvi-
de seu processo de desenvolvimento (DUARTE;
mento de sistemas e processos que são natural-
FALBO, 2000) e isso envolve melhoria de pro-
mente repetitivos e por isso, as chances de ter
cessos.
sucesso tornam-se altamente prováveis. Além
A qualidade de software específica a partir do mais, a maturidade é algo particular de cada
de guias e modelos as melhores práticas de ges- empresa e acontece conforme suas estratégias
tão de projetos que auxiliam e buscam obter me- gerenciais e o grau de percepção é um dos fato-
lhores resultados na integração de escopos, cus- res que definem a rapidez com que a mudança
tos, riscos e tempo. Dentre esses modelos temos vai ocorrer. A maturidade acontece conforme a
grandes exemplos como o CMMI (Capability Ma- naturalidade de execução também acontece.
turity Model Integration) e o MPS.br (Melhoria de
Ainda para os autores, de acordo com Silvei-
Processos do Software Brasileiro), eles possuem
ra (2008), empresas que apresentam elevado ní-
uma divisão de níveis de qualidade que são ava-
vel de maturidade em gestão de projetos estão
liados a partir de atividades distintas dentro da
mais bem posicionadas no mercado, contribuin-
empresa, podendo assim especificar à empresa
do para uma elevada vantagem competitiva nos
um tipo de “nível de qualidade” baseado em suas
negócios.
próprias atividades e em como elas são geridas
(LUZ et al., 2016). Capability Maturity Model Integration
(CMMI) é um modelo de melhoria de processos
Muitas vezes, características de qualidade
que, segundo Luz et al. (2016), tem o objetivo
não podem ser medidas diretamente através de
de auxiliar as organizações na melhoria de seus
métricas, sendo necessário decompô-las em sub-
processos de desenvolvimento e manutenção
-características. Assim, há características que são
de produtos e serviços. Para os autores, “a qua-
diretamente mensuráveis e outras que são ape-
lidade de software é altamente dependente e
nas indiretamente mensuráveis. Uma caracterís-
influenciada pela qualidade do processo que o
tica diretamente mensurável possui uma métrica
desenvolve e o manterá”.
correlacionada, à qual, através de uma medição,
se aplica uma medida. As características indire- O CMMI consiste nas melhores práticas di-
tamente mensuráveis podem ser descritas em recionadas ao desenvolvimento e à manutenção
termos de outras características, sendo calcula- de produtos e dos serviços, abrangendo todo o
da, em última instância, via características dire- ciclo de vida do produto, desde sua concepção
tamente mensuráveis (DUARTE; FALBO, 2000). até a sua entrega e manutenção. Muitas orga-
nizações no mundo todo têm adotado este mo-
Você conhece o CMMI?
delo com o objetivo de possibilitar a elevação da
maturidade da capacidade de suas equipes nas
atividades relacionadas ao software (MORGA-
DO et al., 2007).

19
Segundo Quintella e Rocha (2007), o CMMI, • Nível 5 - Otimizado: existe uma melhoria
que aplica o mesmo conceito de gerenciamen- contínua dos processos.
to de processos do Six-Sigma e do “Total Quality
Management”, com algumas similaridades com a
norma ISO 9000:2000, vem desde então tendo
crescente utilização no meio empresarial em uti-
lizações não mais limitadas ao desenvolvimento
de software (DAVENPORT, 2005).

Diversas empresas utilizam-no para estabe-


lecer metas de melhoria de processos internos
e padrão para fornecedores, com significativas
melhorias de desempenho nas áreas de custo, Para Quintella e Rocha (2007), O CMMI con-
prazos, qualidade, satisfação de clientes e retor- tém quatro áreas de conhecimento (disciplinas):
no sobre investimentos.
Engenharia de Sistemas (CMMI-SE)
O modelo é direcionado para qualquer em-
Engenharia de Software (CMMI-SW)
presa que tem interesse em melhorar os pro-
cessos em um ambiente de desenvolvimento e Fonteamento de Fornecedores (CMMI-SS)
manutenção ou querem apenas acompanhar em
que nível de maturidade sua empresa encontra- Por outro lado, apresenta dois importantes
-se. O CMMI está dividido em 5 níveis de matu- conceitos: (i) nível de maturidade; e (ii) área de
ridade: processo.

• Nível 1 - Inicial: os processos normalmente Nível de Maturidade (ML) – estágio evolu-


estão envoltos num caos decorrente da não tivo, com objetivos de processos definidos, que
obediência ou ainda, inexistência de padrões. fornece as fundações para melhorias a serem
empreendidas no estágio seguinte, guiando o
• Nível 2 - Gerenciado: os projetos têm seus
crescimento na capacidade de processo da or-
requisitos gerenciados neste ponto. Além
ganização.
disso, há o planejamento, a medição e o con-
trole dos diferentes processos. Área de Processo (PAs) – agrupamento de
• Nível 3 - Definido: os processos já estão práticas que, quando executadas coletivamente,
claramente definidos e são compreendidos satisfazem um grupo de metas necessárias à me-
dentro da organização. Os procedimentos se lhoria na área em questão.
encontram padronizados, além de ser preci- Cada PA contém Metas Específicas (SGs) e
so prever sua aplicação em diferentes pro- Genéricas (GGs), que devem ser alcançadas, para
jetos. o atingimento dos níveis de maturidade. Para de-
• Nível 4 - Gerenciado Quantitativamente: terminação do nível de maturidade, é avaliado o
ocorre o aumento da previsibilidade do de- atendimento das metas das PA’s: uma PA é ava-
sempenho de diferentes processos, uma vez liada como “satisfeita” somente se todas as suas
que esses já são controlados quantitativa- GGs e SGs forem avaliadas como “satisfeitas”.
mente.

20 
O não atendimento a qualquer das metas,
faz com que a área de processo como um todo
seja avaliada como “não satisfeita”, visto que os
processos “não alcançam seus potenciais totais,
até que a base adequada seja estabelecida” e,
desta forma, tendem a falhar em condições de
estresse (QUINTELLA; ROCHA, 2007).

A Figura a seguir apresenta um fluxo infor-


macional sobre o processo avaliativo utilizando
o CMMI, conforme Miyashiro (2007).

As avaliações CMMI podem ser de caráter


formal - aquela cujo resultado final é a conquista
de um laudo determinando uma classificação em
melhores níveis do CMMI - e de caráter infor-
mal em que não se almeja a conquista de uma
classificação imediata; é então utilizada como
pré-avaliação que servirá de base para uma ava-
liação formal. Independentemente do caráter da
avaliação, a implementação do CMMI consiste
em um ciclo composto pelo levantamento do es-
tado atual do processo da organização (avaliação
propriamente dita), comparação com o próximo
nível de maturidade/capacidade, elaboração de
um plano para reduzir a distância entre o estado
atual e o almejado, e a execução das ações pla-
nejadas (MIYASHIRO, 2007).

21
DESAFIO
Caro(a) acadêmico(a), que bom que você chegou até aqui.

Se você está neste desafio é porque você leu todo o material de estudos
(texto-base e leituras complementares) e respondeu o questionário.

A realização deste desafio é opcional. Trata-se de uma atividade propositi-


vo-atitudinal. Ou seja, não compõe nota e não deve ser postada na plata-
forma. É apenas para que você tenha a oportunidade de correlacionar os
conteúdos curriculares às diferentes situações práticas, alcançando a práxis.

Vamos lá?

Observe a Figura:

Imagine que você é gestor de TI e está implementando melhoria de proces-


sos em sua organização. Ao relatar o resultado, você diagnostica que sua or-
ganização está no nível 2 (gerenciado) do CMMI. Quais ações você adotaria
para alcançar níveis superiores do CMMI?

22 
LEITURA COMPLEMENTAR
A título de leitura complementar, para se aprofundar nas questões tratadas nessa unidade, são
sugeridas três leituras:

1. Gestão de projetos e seus modelos de maturidade

Uma gestão de projetos alinhada aos propósitos organizacionais e que traga resultados conforme
as expectativas do negócio é o fundamento de todo e qualquer esforço de um gestor de projetos.
Uma organização que desenvolve seus produtos e serviços em conformidade com as técnicas es-
pecíficas de gerenciamento de projetos tende a apresentar melhores resultados e a enfrentar de
forma mais segura e promissora aos desafios constantes do mercado.
TIOSSI, Fabiano Martin; GASPARATO, Fernando. Gestão de projetos e seus modelos de maturidade. Org. Soc.,
Iturama (MG), v. 5, n. 4, p. 104-115, jul./dez. 2016. Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/
mod/resource/view.php?id=297. Acesso em: 5 out. 2020.

2. Práticas do CMMI® como regras de negócio

A busca pela qualidade de software leva à adoção de boas práticas no processo do desenvolvimen-
to de software, como as práticas especificadas pelo modelo de maturidade do CMMI. A implan-
tação do CMMI, entretanto, constitui um processo penoso e demorado. Além disso, a qualidade
deste processo afeta diretamente os resultados obtidos.
MORGADO, GIsele P. et al. Práticas do CMMI: como regras de negócio. Produção, v. 17, n. 2, p. 383-394, maio/
ago. 2007. Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/mod/resource/view.php?id=298. Acesso
em: 5 out. 2020.

3. Uma ferramenta de apoio ao diagnóstico do níivel de maturidade utilizando um modelo de rede


neural

Atualmente é real e observável a importância do desenvolvimento de software com qualidade,


motivação e tecnologia de ponta, embora mesmo as pessoas mais qualificadas não sejam capazes
de fazer o melhor quando o processo não é entendido ou executado da maneira mais adequada.
O processo, quando descrito de forma detalhada, possibilita o seu entendimento, treinamento na
prática, validação, melhoria e alteração. O Capability Maturity Model Integration (CMMI) - (Integra-
ção de Modelos de Maturidade da Capacidade) tem como principal objetivo modelar as melhores
práticas para ajudar as organizações a atingir a maturidade, porém, estas atividades são caras e
demoradas. O uso de uma aplicação inteligente e adaptável para auxiliar as organizações pode
colaborar para acelerar esta evolução.
MIYASHIRO, Magda Aparecida Silvério. Uma ferramenta de apoio ao diagnóstico do nível de maturidade utili-
zando um modelo de rede neural. 2007. Dissertação (Mestrado em Computação Aplicada) – Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais, São José dos Campos, 2007. Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/
mod/resource/view.php?id=299. Acesso em: 5 out. 2020.

23
SAIBA +
Dalfovo (2016) apresenta o estudo da ITIL e da metodologia CMMI-SVC;
a integração entre as melhores práticas da ITIL e o modelo de avaliação de
processos do CMMI-SVC; o desenvolvimento de uma aplicação que per-
mita a avaliação dos processos. O autor apresenta um estudo e desenvol-
vimento de uma aplicação que integra as melhores práticas de Tecnolo-
gia da Informação (TI) definidas pela organização internacional Office of
Governant Commerce (OGC), definidas em sua metodologia Information
Technology Infrastructure Library (ITIL) e o modelo Capability Maturity Mo-
del Integration for Services (CMMI-SVC), no que diz respeito à avaliação
de processos destinada à gestão de serviços e a medição dos resultados
alcançados com a adoção das melhores práticas da ITIL nas organizações.

Para subsidiar seu posicionamento, leia o artigo de Dalfovo (2016) e saiba


mais sobre a aplicação dos processos de ITIL para avaliação do nível de ma-
turidade baseados no CMMI-SVC.

Você pode acessar a obra completa pela referência:

DALFOVO, Oscar. Processos da ITIL: aplicação para avaliação do nível de ma-


turidade baseados no CMMI-SVC. Revista Tecnologia, v. 31, n. 2, p. 248-262,
2016. Disponível em: https://periodicos.unifor.br/tec/article/view/5351. Aces-
so em: 5 out. 2020.

Navegue, leia e saiba mais!

24 
Referências

DAVENPORT, T. The Coming Commoditization of Process. HBR, v. 83, n. 6, p. 101-108, Jun 2005.

DUARTE, Katia Cristina; FALBO, Ricardo A. Uma ontologia de qualidade de software. In: WORKSHOP
DE QUALIDADE DE SOFTWARE, 2000, João Pessoa. p. 275-285.

KERZNER, H. Gestão de projetos: as melhores práticas. 2. ed. São Paulo: Bookman, 2006.

LUZ, Kerlla Souza; LOPES, Rayan Felipe Patrício; SILVA, Willians Paulo da. Mapeamento da utilização
de modelos MPS. br e CMMI para melhorias no processo de desenvolvimento de software no mer-
cado nacional. Tecnologias em Projeção, v. 7, n. 1, p. 62-69, 2016.

MIYASHIRO, Magda Aparecida Silvério. Uma ferramenta de apoio ao diagnóstico do nível de matu-
ridade utilizando um modelo de rede neural. 2007. Dissertação (Mestrado em Computação Aplica-
da) – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos, 2007. Disponível em: https://
faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/mod/resource/view.php?id=299. Acesso em: 5 out. 2020.

MORGADO, GIsele P. et al. Práticas do CMMI: como regras de negócio. Produção, v. 17, n. 2, p.
383-394, maio/ago. 2007. Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/mod/re-
source/view.php?id=298. Acesso em: 5 out. 2020.

OLIVEIRA, A. A. Engenharia de software: processos de software e SWEBOK, 2010.

QUINTELLA, Heitor Luiz Murat de Meirelles; ROCHA, Henrique Martins. Nível de maturidade e
comparação dos PDPs de produtos automotivos. Production, v. 17, n. 1, p. 199-215, 2007.

SILVEIRA, G. A. Fatores contribuintes para a maturidade em gerenciamento de projetos: um estudo


em empresas brasileiras. 2008. 383 f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Adminis-
tração, Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade, Universidade de São Paulo.

TIOSSI, Fabiano Martin; GASPARATO, Fernando. Gestão de projetos e seus modelos de maturidade.
Org. Soc., Iturama (MG), v. 5, n. 4, p. 104-115, jul./dez. 2016. Disponível em: https://faculdadepro-
jecao.nucleoead.net/pos/mod/resource/view.php?id=297. Acesso em: 5 out. 2020.

25
MÓDULO 3
PROGRAMA DE MELHORIA DE PROCESSOS DE
SOFTWARE BRASILEIRO PART. 1
APRESENTAÇÃO
Caro estudante, seja bem-vindo ao terceiro módulo da componente curricular “Modelo de
maturidade de processos”. Neste módulo, apresentaremos o programa MPS.BR, que é voltado
para a maturidade de processos de software brasileiros, visando a melhoria e a qualidade dos
serviços e produtos de TI.

Lembra que no módulo anterior apresen- Industrial, Agronegócio, Comércio e Serviços


tamos conceitos, fundamentos e estruturas e Logística nas verticais Gás e Óleo, Teleco-
do CMMI? Então, assim como o CMMI, o municações, Saúde, Aeroespacial, Automoti-
MPS.BR também visa a maturidade do pro- vo, Segurança (SOFTEX, 2020).
cesso, incremento da qualidade e potenciali-
Ou seja, o âmbito empreendedor de
zação no desenvolvimento de software. Este
tecnologia brasileiro presenciou diversas
conteúdo está baseado em Luz et al. (2016) e
mudanças nos últimos anos, que vão desde
no sítio oficial da SOFTEX.
sua estrutura organizacional até os fatores
O MPS.BR, Melhoria do Processo de Sof- métricos de seus produtos. O foco em
tware Brasileiro, é um programa da Softex redes processuais, qualidade e formas de
com apoio do Ministério da Ciência, Tecno- desenvolvimento tem se apresentado como
logia, Inovações e Comunicações (MCTIC). preocupação primordial das empresas, que
Com início em dezembro de 2003, o progra- direcionam seus esforços à melhoria constante
ma tem como objetivo melhorar a capacidade de seus projetos e processos, distanciando-
de desenvolvimento de software, serviços e se das visões tradicionais baseadas nas áreas
as práticas de gestão de recursos humanos funcionais da organização. O programa
na indústria de tecnologia da informação e de Melhoria de Processos de Software
comunicação (SOFTTEX, 2020). Brasileiro (MPS.Br) surge neste cenário como
um mobilizador empresarial de referência
A Softex é a organização brasileira que brasileira (LUZ et al., 2016).
mantém o MPS.br.
Para Luz et al. (2016), o atual ambiente
A Softex – Organização Social Civil de empresarial da Tecnologia da Informação (TI)
Interesse Público (OSCIP) atua há 24 anos vem presenciando grandes mudanças nos
em prol do fomento da Transformação Digital últimos anos. As redes de processo têm se
Brasileira, criando, promovendo e executan- tornado foco principal dos administradores e
do iniciativas no âmbito nacional e interna- gestores do negócio, visto que se tornou o
cional nas áreas de tecnologia e inovação. caminho mais viável para atingir-se a quali-
Com sede em Brasília/DF e em Manaus/AM, dade dos produtos de software. A melhoria
possui 6 Áreas, 21 Agentes Regionais, 1 Ace- contínua dos processos traz à empresa ade-
leradora exclusiva e mais 19 parceiras e 34 rente a melhoria dos serviços e soluções de
Instituições de Ciência e Tecnologia. Benefi- TI oferecidos. Segundo Zabeu, Jomori e Volpi
cia a aceleração de mais de 5 mil startups e (2006), todo o investimento na melhoria dos
cerca de 6 mil empresas. Atua em todos os processos traz resultados altamente benéfi-
estados do Brasil e em 20 países nos setores cos para a organização.

27
O projeto Melhoria de Processo do Softwa- de que seguem padrões específicos importantes
re Brasileiro (MPS.Br) visa a implementação das e que derivam de boas práticas de desenvolvi-
melhores práticas nos processos de desenvolvi- mento, fator que também aumenta sua eficiên-
mento de software nas empresas que constituem cia. O fator da qualidade dos produtos é também
o mercado tecnológico, abrindo portas para a um reflexo e resultado irrefutável, visto que a
competitividade entre empresas tanto nacional qualidade é um campo complexo que tem suas
quanto internacionalmente, mediante o incenti- raízes em áreas como a processual. O uso de
vo à padronização e implantação eficaz dos pro- boas práticas de Engenharia de Software pode
cessos, voltados para a sua melhoria constante. melhorar o desempenho das organizações com
O MPS.Br também busca a compatibilidade de respeito a custo, prazo, produtividade, qualidade,
suas métricas de avaliação com as já existentes satisfação do cliente, retorno do investimento e
no mercado, apresentando-se como uma alter- aumento de sua vantagem competitiva. A noto-
nativa mais barata e tão eficaz quanto, por exem- riedade do MPS.Br em relação ao mercado de TI,
plo, ao Capability Maturity Model - Integration entretanto, é menos marcante que outros méto-
ou Modelo de Maturidade em Capacitação - In- dos avaliativos de referência, o que torna o ma-
tegração (CMMI) — um modelo de referência vol- terial disponível referente ao modelo um pouco
tado para a maturidade da organização mediante escasso (LUZ et al., 2016).
a melhoria de seus processos, porém mais enxu-
O MPS.br é uma adaptação do CMMI para
to que o MPS.Br. O MPS.Br difere-se de outros
o mercado nacional, o seu objetivo também é
modelos por ser um projeto de rica base técnica,
a melhoria dos processos de desenvolvimento
indo além do CMMI, apresentando-se como um
e manutenção de produto e serviços. Conside-
programa que busca alinhar-se às normas e mo-
rando um marco que representa a evolução da
delos de referência de qualidade e maturidade
qualidade do software desenvolvido no país, ele
mais evidentes no âmbito empresarial normativo
trouxe ganhos comprovados de competitividade
de TI. Seus componentes dividem-se em mode-
para a indústria nacional. O MPS.br apresenta 7
los de referência, serviços e avaliação, tornando
níveis de maturidade, que são:
seu alcance à diversidade de serviços tecnológi-
cos e sua inteligência de negócio amplos e flexí- • A: Em Otimização: há a preocupação com
veis. Devido à grande variedade de referências, questões como inovação e análise de causas.
avalia e orienta as empresas desde sua rede de
• B: Gerenciado Quantitativamente: avalia-se
processos até os serviços e à qualidade dos pro-
o desempenho dos processos, além da sua
dutos (LUZ et al., 2016).
gerência quantitativa.
Tendo em vista os aspectos apresentados, • C: Definido: aqui ocorre o gerenciamento de
são diversas as vantagens que se apresentam da riscos.
utilização do MPS.Br em uma empresa. O custo
• D: Largamente Definido: envolve verifica-
benefício é notório, uma vez que se trata de uma
ção, validação, além da liberação, instalação
métrica mais barata que apresenta um sistema
e integração de produtos, dentre outras ati-
avaliativo muito similar às suas alternativas. A
vidades.
maturidade que a empresa pode adquirir através
de sua utilização e das conquistas de nivelamen- • E: Parcialmente Definido: considera proces-
to resulta em produtos de softwares de qualida- sos como treinamento, adaptação de pro-

28 
cessos para gerência de projetos, além da • UEP – Unidade de Execução
preocupação com a melhoria e o controle do
• FCC – Fórum de Credenciamento de Con-
processo organizacional.
trole: Unidade de apoio para as atividades da
• F: Gerenciado: introduz controles de medi- UEP, que se responsabiliza pela emissão de
ção, gerência de configuração, conceitos so- pareceres sobre decisões da SOFTEX, cre-
bre aquisição e garantia da qualidade. denciamento de instituições implementado-
• G: Parcialmente Gerenciado: neste ponto ras, avaliadoras e de consultoria, monitora-
inicial deve-se iniciar o gerenciamento de re- mento de resultados, entre outros.
quisitos e de projetos. • ETM – Equipe Técnica do Modelo: Também
unidade de apoio para UEP, que visa apoiar
O objetivo do MPS.Br é promover a concor-
a SOFTEX em áreas estratégicas, de tomada
rência entre as organizações pela melhoria de
de decisão, propor ações de capacitação de
seus processos e incentivar boas práticas de de-
profissionais, apoiar a SOFTEX em tarefas de
senvolvimento, na oferta de bons produtos com
divulgação dos modelos MPS e organização
qualidade pela eficácia de suas redes processu-
de Workshops, entre outros.
ais.
Uma das principais bases para o desenvolvi-
De acordo com a SOFTEX (2020),
mento do artigo é o Guia Geral MPS de Software,
o programa tem duas metas a serem alcançadas por tratar de processos direcionados aos resulta-
a médio e longo prazo, são elas: a) meta técnica, dos do produto de software e apresentar uma
visando o aprimoramento do programa; e b) síntese dos componentes principais do MPS.Br.
meta de negócio, visando 37 à disseminação e O MPS.Br, porém, constitui-se em um progra-
viabilização na adoção dos Modelo MPS.Br para a
ma de rica documentação de guias direcionados
melhoria da competitividade das micro, pequenas e
às empresas e organizações implementadores e
médias empresas quanto em grandes organizações
avaliadoras, baseados nos mais relevantes mode-
privadas e governamentais.
los de referência internacionais, como apresenta
O programa conta também com as seguintes a Figura a seguir:
estruturas:

SOFTEX (2020).

29
Com a sua adoção, as empresas podem ava- Produtividade de software
liar seus métodos e processos dentro de um con-
É um dos principais nortes do MPS.Br,
junto de requisitos e parâmetros. A maturidade é
buscando tornar o processo de desenvolvimento
dividida em níveis, que são atribuídos às empre-
do software o mais eficiente e eficaz possível,
sas avaliadas. Cada nível evidencia a capacidade
juntamente ao acompanhamento constante
e a competência da organização para executar
de seu desempenho. Visa trazer resultados de
processos de acordo com atributos específicos,
qualidade e bons resultados, com origens em
promovendo o autoconhecimento, o incentivo a
processos bem planejados e estruturados de uma
competitividade e ao progresso e o estabeleci-
rede madura, mas também fruto de um trabalho
mento de metas.
produtivo em todo o ciclo de vida de software.
A capacidade de processo
CAPACIDADE DE PROCESSOS
Consiste em um dos fatores métricos para a
Para Luz et al. (2016), a capacidade de Pro-
avaliação de melhorias e maturidade de proces-
cessos é um dos aspectos principais para o ni-
sos de software. Quanto maior a capacidade de
velamento de maturidade das empresas, sendo
processo, mais atributos de processo este aten-
representada por um conjunto de atributos de
de, e mais eficiência é observada na sua execu-
processo. Visa expressar o grau de excelência e
ção. É intrinsecamente conectada aos níveis de
aprimoramento referente à execução dos pro-
maturidade de uma empresa, e reflete nos pro-
cessos na organização. Funciona de tal forma
dutos resultantes das redes processuais estabe-
que, a cada nível de maturidade atingido, atinge-
lecidas (LUZ et al., 2016).
-se também um maior nível de capacidade para
A melhoria da qualidade executar os processos referentes a este. A capa-
cidade dos processos de uma empresa é repre-
É uma atividade contínua, que visa a melhoria
sentada, portanto, por atributos do processo.
dos principais fatores qualitativos para avaliar
Os atributos do processo (AP) são fatores
o desenvolvimento e os produtos de software.
exigidos a cada nível de processo que corres-
“Significa que todos os processos empresariais,
ponde ao nível de maturidade que a organização
sejam produtivos ou administrativos, podem
atingiu ou pretende atingir. A realização e exe-
e devem ser continuamente avaliados e
cução de determinados atributos de processo
melhorados” (TOLEDO, 2010).
atingirá níveis de capacidade de processo, que
A empresa que investe na melhoria de qua- são cumulativos e, por sua vez, descritos por atri-
lidade investe também em processos, metodo- butos de processo.
logias e ferramentas voltadas para melhores re- Segundo a SOFTEX (2016), “o atendimento
sultados de qualidade, com as devidas unidades aos atributos do processo (AP) é requerido para
métricas e aprimoramento dos recursos. Um dos todos os processos no nível correspondente ao
principais conceitos de produtividade é a relação nível de maturidade, embora eles não sejam de-
entre entradas e saídas de um processo (MELO; talhados dentro de cada processo”.
KON, 2011).

Em uma estrutura lógica, o MPS.br contém níveis de maturidade. Cada nível de maturidade contém proces-
sos. Cada processo contém atributos do processo.

30 
O Quadro a seguir sistematiza a estrutura do MPS.br:

NÍVEL DE
PROCESSOS ATRIBUTOS DO PROCESSO
MATURIDADE
G Gerência de Requisitos, Gerência de Projetos AP 1.1 e AP 2.1

Medição, Garantia de Qualidade, Gerência de


F Portfolio, Gerência de Projetos, Gerência de AP 1.1, AP 2.1 e AP 2.2
Configurações, Aquisição

Gerência de Projetos, Gerência de Reutiliza-


ção, Recursos Humanos, Processos Organiza- AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1 e
E
cionais, Avaliação, Melhoria do Processo Or- AP 3.2
ganizacional

Verificação, Validação, Projeto e Construção


AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1 e
D do Produto, Integração do Produto, Desenvol-
AP 3.2
vimento de Requisito

Verificação, Validação, Projeto e Construção


AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1 e
C do Produto, Integração do Produto, Desenvol-
AP 3.2
vimento de Requisito

Gerência de Riscos, Desenvolvimento para AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1,


B
reutilização, Gerência de Divisões AP 3.2, AP 4.1 e AP 4.2
AP 1,1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1,
A Gerência de Projetos AP 3.2, AP 4.1, AP 4.2, AP 5.1 e
AP 5.2

Segundo Luz et al. (2016), os atributos do cia superior, que procura tratar questões críticas
processo e seus requisitos principais são: mediante os resultados apresentados. A partir
do nível F de maturidade, as conformidades dos
AP 1.1 – Processo Executado: Atingido pelo
processos executados de acordo com as descri-
processo cujo propósito é alcançado, produzindo
ções dos processos também são diagnosticadas.
resultados definidos.
AP 2.2 – Os Produtos do Trabalho do Pro-
AP 2.1 – Execução do Processo é Gerencia-
cesso são Gerenciados: Os requisitos para a do-
da: É o atributo responsável por medir o nível
cumentação e controle do processo são devida-
de gerenciamento do processo. Caracteriza-se
mente identificados, bem como seus produtos,
pela existência de uma política organizacional,
que também são documentos e submetidos aos
planejamento da execução do processo e seu
níveis de controle. Há a avaliação objetiva dos
monitoramento. As competências estabelecidas
produtos de trabalho de acordo com padrões e
são executadas por pessoas preparadas, e as ati-
requisitos, a fim de diagnosticar as não confor-
vidades e resultados são revistos com a gerên-
midades.

31
AP 3.1 – O Processo é Definido: Consiste na lise baseada nas causas especiais de variação do
medição do quanto o processo padrão apoia sua processo, o desempenho deve ser conhecido e
adaptação para um processo definido. É atingi- especificado, as ações corretivas necessárias de-
do quando a organização possui uma definição vem ser aplicadas, e as análises complementa-
própria de processo padrão, com suas respecti- res realizadas. Há também o estabelecimento de
vas diretrizes, situações específicas, sequência Modelos de Desempenho e sua execução, para
de execução, sua iteração com outros processos, fins avaliativos.
definição e estabelecimento de papéis e compe-
AP 5.1 – O processo é objeto de Melhorias
tências, além de infraestrutura adequada para a
Incrementais e Inovações: Cumpre-se com: A ma-
execução do processo.
nutenção dos objetivos de negócio com base nas
AP 3.2 – O Processo está Implantado: O estratégias de negócio, a definição dos objetivos
processo é baseado nas diretrizes estabelecidas de melhoria do processo com base no desempe-
previamente do processo padrão. A infraestru- nho avaliado, a identificação dos dados que mais
tura requisitada está disponível no ambiente de influenciam o desempenho do processo, a sele-
trabalho e os dados são coletados e analisados ção de dados analisados para buscar a origem de
para diagnósticos e produção de relatórios. problemas a fim de propor-se soluções, a análise
de dados para identificar oportunidades de me-
AP 5.1 O Processo é Objeto de Análise
lhoria (além de avaliadas e selecionadas),definir
Quantitativa: Atributo de processo voltado e di-
melhores práticas a serem tomadas, e estabele-
recionado para melhorias dos processos defini-
cimento de uma estratégica para implementação
dos. Completa-se com ao alinhamento dos pro-
das melhores práticas selecionadas.
cessos a objetivos quantitativos pré-definidos,
as necessidades de informação para o alcance AP 5.2 – O processo é objeto de implemen-
das metas, a definição dos objetivos de medição, tação de melhorias inovadoras e incrementadas:
mensurabilidade dos relacionamentos entre os Este atributo final visa implementar as melhorias
elementos do processo, e qualidade e desem- identificadas, selecionas e avaliadas previamen-
penho do processo para respectivo alinhamento te. Neste atributo, avalia-se estas mudanças de
às necessidades. Estabelece também que sejam acordo com os objetivos definidos do processo,
selecionados os processos que serão objeto de gerencia-se a aplicação de mudanças e de ações
análise de desempenho, e que as medidas para para solução de problemas, a fim de acompanhar
a análise sejam identificadas no Plano de Medi- as melhorias selecionadas. É importante arma-
cação da organização. Os resultados devem ser zenar os dados da análise e da solução de pro-
coletados, validados e reportados para monito- blemas, a fim de gerar conhecimento estratégico
ramento. para a empresa lidar com problemas posteriores.

AP 4.2 – O Processo é Controlado Quantita-


tivamente: Este atributo não é executado caso o
processo não seja escolhido para a análise quan-
titativa — este é o primeiro requisito. Caso o seja,
as técnicas para análise devem ser coletadas, os
dados de medição devem ser submetido à aná-

32 
DESAFIO
Caro(a) acadêmico(a), que bom que você chegou até aqui.

Se você está neste desafio é porque você leu todo o material de estu-
dos (texto-base e leituras complementares) e respondeu o questioná-
rio.

A realização deste desafio é opcional. Trata-se de uma atividade pro-


positivo-atitudinal. Ou seja, não compõe nota e não deve ser postada
na plataforma. É apenas para que você tenha a oportunidade de cor-
relacionar os conteúdos curriculares às diferentes situações práticas,
alcançando a práxis.

Vamos lá?

Observe a Figura:

Imagine que você é gestor de TI e está implementando melhoria de


processos em sua organização. Ao relatar o resultado, você diagnos-
tica que sua organização está no nível E (parcialmente definido) do
MPS.br. Quais ações você adotaria para alcançar níveis superiores do
MPS.br?

33
LEITURA COMPLEMENTAR

A título de leitura complementar, para se aprofundar nas questões tratadas nessa unidade, são
sugeridas três leituras:

1. Melhoria de processo do software brasileiro (MPS.BR): Um programa mobilizador

Desde a década passada, busca-se melhorar continuamente a qualidade de software no Brasil.


Assim, a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX) iniciou um
programa mobilizador denominado MPS.BR - um acrônimo da expressão Melhoria de Processo
do Software Brasileiro. Este programa de abrangência nacional envolve: universidades; centros de
pesquisa; organizações comprometidas com a melhoria de seus processos de software seja peque-
nas e médias empresas (PME) seja grandes empresas; instituições implementadoras (II); institui-
ções avaliadoras (IA); e instituições organizadoras de grupos de empresas (IOGE).
WEBER, Kival et al. Melhoria de processo do software brasileiro (MPS.BR): um programa mobilizador. [S. I.]. [2006].
Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/mod/resource/view.php?id=300. Acesso em: 5 out.
2020.

2. MPS.BR: Promovendo a adoção de boas práticas de engenharia de software pela indústria bra-
sileira
O modelo MPS foi desenvolvido no contexto do MPS.BR. Programa a fim de atender às necessida-
des de negócios de software da indústria brasileira. Neste artigo, apresentamos a versão atual do
modelo MPS, resultados quantitativos de sua adoção e resultados de desempenhos qualitativos
obtidos por organizações de software que adotaram o modelo, reunidas por meio de uma estraté-
gia experimental baseada em pesquisas aplicadas durante dois anos consecutivos.
KALINOWSKI, Marcos et al. MPS.BR: promovendo a adoção de boas práticas de engenharia de software pela in-
dústria brasileira. [S. I.]. [20--]. Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/mod/resource/view.
php?id=301. Acesso em: 5 out. 2020.

3. Uma análise das metodologias ágeis FDD e Scrum sob a perspectiva do modelo de qualidade
MPS.BR

Este trabalho analisa a viabilidade do emprego das metodologias ágeis FDD e Scrum para se atingir
os níveis de maturidade do MPS.BR. Todos os níveis do MPS.BR são investigados, tomando-se por
base os resultados esperados dos processos que compõe cada nível. O resultado sumarizado desta
análise é aqui discutido, permitindo-se constatar a parcial aderência das metodologias ao modelo.
SILVA, F. G.; HOENTSCH, S. C. P., SILVA, L. Uma análise das metodologias ágeis FDD e Scrum sob a perspectiva
do modelo de qualidade MPS.BR. Scientia Plena, v. 5, n. 12, 2009. Disponível em: https://faculdadeprojecao.nu-
cleoead.net/pos/mod/resource/view.php?id=302. Acesso em: 5 out. 2020.

34 
SAIBA +
Santos (2011) apresentou um estudo baseado em uma revisão sistemática
de literatura para avaliar a influência e o impacto do MPS.br na produção
científica relacionada à qualidade de software no país. O autor considera
que o Programa Brasileiro de Melhoria de Processos de Software (MPS.BR)
é uma iniciativa para melhorar a capacidade de desenvolvimento de softwa-
re nas organizações brasileiras iniciada em 2003. O impacto do MPS.BR na
indústria de software brasileira pode ser observado, por exemplo, a partir
de indicadores de desempenho medidos.

Para subsidiar seu posicionamento, leia o artigo de Santos (2011) e saiba


mais sofre a influência e sobre o impacto do programa MPS.br na pesquisa
relacionada à qualidade de software no Brasil.

Você pode acessar a obra completa pela referência:

SANTOS, Gleison. Influência e impacto do programa MPS. BR na pesquisa re-


lacionada a qualidade de software no Brasil. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE
QUALIDADE DE SOFTWARE, v. 10, p. 73-87, 2011. Disponível em: https://
www.researchgate.net/profile/Gleison_Santos/publication/266491469_In-
fluencia_e_Impacto_do_Programa_MPSBR_na_Pesquisa_Relacionada_a_Quali-
dade_de_Software_no_Brasil/links/5460d5850cf2c1a63bff7310.pdf. Acesso
em: 5 out. 2020.

Navegue, leia e saiba mais!

35
Referências

KALINOWSKI, Marcos et al. MPS.BR: promovendo a adoção de boas práticas de engenharia de


software pela indústria brasileira. [S. I.]. [20--]. Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.
net/pos/mod/resource/view.php?id=301. Acesso em: 5 out. 2020.

LUZ, Kerlla Souza et al. Melhores práticas para implantação do MPS. Br em Software House. Tecno-
logias em Projeção, v. 7, n. 1, p. 34-48, 2016.

MELO, Claudia de O.; KON, Fabio. Produtividade de times ágeis: definições e fatores de influência.
Revista Engenharia de Software Magazine, v. 43, 2011. Disponível em: http://www.devmedia.com.
br/produtividade-de-times-ageis-definicoes-e-fatores-deinfluencia-revista-engenharia-de-softwa-
re-magazine-43/23041. Acesso em: jul. 2020.

SILVA, F. G.; HOENTSCH, S. C. P., SILVA, L. Uma análise das metodologias ágeis FDD e Scrum sob
a perspectiva do modelo de qualidade MPS.BR. Scientia Plena, v. 5, n. 12, 2009. Disponível em:
https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/mod/resource/view.php?id=302. Acesso em: 5 out.
2020.

SOFTEX. MPS.BR. Disponível em: http://softex.br/mpsbr. Acesso em: jul. 2020.

TOLEDO, José Carlos. Melhoria da qualidade e MASP. 2010. Disponível em: http://www.gepeq.
dep.ufscar.br/arquivos/Apostila%20MELHORIA%20da%20Q%20e%20 MASP%20-%20220808.
pdf. Acesso em: jul 2020.

WEBER, Kival et al. Melhoria de processo do software brasileiro (MPS.BR): um programa mobiliza-
dor. [S. I.]. [2006]. Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/mod/resource/view.
php?id=300. Acesso em: 5 out. 2020.

ZABEU, Ana Cecília Peixoto, JOMORI, Sergio Massao, VOLPI, Renato Luiz Della. A importância da
qualidade no desenvolvimento de software. Banas Qualidade, nov. 2006. Disponível em: http://
www.asrconsultoria.com.br/downloads/pdf/A%20importancia%20da%20qualidad e%20no%20de-
senvolvimento%20de%20software.pdf. Acesso em: jul 2020.

36 
M Ó DULO 4
PROGRAMA DE MELHORIA DE PROCESSOS DE
SOFTWARE BRASILEIRO PART. 2
APRESENTAÇÃO
Caro estudante, seja bem-vindo ao quarto módulo da componente curricular “Modelo
de maturidade de processos”. Neste módulo, aprofundaremos mais na estrutura e processos
do MPS.br. Vimos no módulo anterior que o MPS.br contém níveis, processos e atributos do
processo. Agora, vamos apresentar a descrição detalhada dos processos, com base no docu-
mento oficial da SOFTEX, que é o Guia Geral MPS de Serviços.

O Guia Geral MPS de Serviços contém deve satisfazer os atributos de processo AP


a descrição geral do Modelo MPS e detalha 1.1 e AP 2.1.
o Modelo de Referência MPS para Serviços
Processo: Gerência de Incidentes e de Solici-
(MR-MPS-SV) e as definições comuns neces-
tações de Serviço – GIS
sárias para seu entendimento e aplicação.
Nível MR-MPS-SV: G – Parcialmente Geren-
No MPS.br, os processos são descritos
ciado
em termos de propósito e resultados espera-
dos. Os processos estão descritos ordenados Propósito: O propósito do processo Ge-
pelo nível de maturidade de forma crescente, rência de Incidentes e de Solicitações de
sendo que cada nível inclui os processos do Serviço é restaurar os serviços acordados,
nível anterior. quando ocorrer um incidente, e tratar as so-
licitações de serviços para que tanto o inci-
Com base em SOFTEX (2015), apresen-
dente quando as solicitações estejam con-
taremos, a seguir, o detalhamento dos oito
forme o Acordo de Nível de Serviço (ANS)
níveis de maturidade do MPS.br, especifi-
estabelecido.
cando também seus propósitos e resultados
esperados. Aqui, desenvolvemos os níveis G, Resultados esperados:
F e E, que são os níveis considerados mais
GIS 1. Uma estratégia para o gerencia-
críticos, pois consideram-se grandes oportu-
mento de incidentes e o atendimento às so-
nidades de amadurecimento organizacional e
licitações de serviços é estabelecida e man-
são os níveis que vão demandar seus maiores
tida.
esforços enquanto gestor de governança de
TI. Os demais itens (D, C, B e A) também são GIS 2. Um sistema de gerenciamento e
muito importantes, mas há decorrência dos controle de incidentes e de solicitação de
processos anteriores e você vai desenvolvê- serviços é estabelecido e mantido.
-los bem em sua organização.
GIS 3. Incidentes são registrados, classifi-
Nível G – Parcialmente Gerenciado cados, priorizados, analisados e tratados.

O nível de maturidade G é composto pe- GIS 4. Solicitações de serviço são regis-


los processos Gerência de Incidentes e de tradas, classificadas, priorizadas, analisadas e
Solicitações de Serviço, Gerência de Nível de tratadas.
Serviço e Gerência da Operação do Serviço.
Neste nível a implementação dos processos GIS 5. Incidentes e solicitações de servi-

38 
ços que não progrediram conforme os acordos ponsabilidades da operação de um ou mais ser-
de nível de serviço são escalonados, quando ne- viços a serem realizados de forma a atender aos
cessário. requisitos acordados para a operação do serviço.
Também tem o propósito de prover informações
GIS 6. Informações a respeito da situação ou
sobre o andamento da execução do serviço per-
progresso de um incidente ou solicitação de ser-
mitindo a realização de correções, quando hou-
viço são comunicadas às partes interessadas.
ver desvios significativos em seu desempenho.
Processo: Gerência de Nível de Serviço – GNS O propósito deste processo evolui à medida que
a organização cresce em maturidade. Assim, a
Nível MR-MPS-SV: G – Parcialmente Gerenciado partir do nível E, alguns resultados evoluem e
Propósito: O propósito do processo Gerência outros são incorporados, de forma que a gerên-
de Nível de Serviço é garantir que os acordos de cia da operação do serviço passe a ser realizada
nível de serviço para cada cliente sejam definidos com base no processo definido para os serviços
e atendidos. e nos planos integrados. No nível B, a gerência
da operação do serviço passa a ter um enfoque
Resultados esperados: quantitativo, refletindo a alta maturidade que se
espera da organização. Novamente, alguns resul-
GNS 1. Serviços, seus requisitos e depen-
tados evoluem e outros são incorporados.
dências são identificados.
Resultados esperados:
GNS 2. Requisitos dos serviços e de seus
atendimentos são definidos em um Acordo de GOS 1. Uma estratégia para operação e en-
Nível de Serviço (ANS). trega de serviços é estabelecida e mantida.

GNS 3. A execução dos serviços é monito- GOS 2. O entendimento dos requisitos da


rada e comparada com os Acordos de Nível de operação do serviço é obtido junto aos fornece-
Serviço (ANS). dores internos ou externos de requisitos.

GNS 4. O desempenho do nível do serviço GOS 3. O escopo da operação do serviço é


em relação aos requisitos do nível de serviço é definido.
comunicado às partes interessadas.
GOS 4. O esforço para a execução das ta-
GNS 5. Mudanças nos requisitos de serviço refas e a programação da operação do serviço,
são gerenciadas ao longo da operação do serviço incluindo pontos de controle, são estabelecidos
e, se pertinente, essas mudanças são refletidas e mantidos.
no Acordo de Nível de Serviço (ANS).
GOS 5. (Até o nível F) O custo e o orçamento
Processo: Gerência da Operação do Serviço – para operação do serviço são estimados.
GOS
GOS 5. (A partir do nível E) O custo e o orça-
Nível MR-MPS-SV: G – Parcialmente Gerenciado mento para operação do serviço são estimados
baseados no repositório de estimativas e no con-
Propósito: O propósito do processo Gerência
junto de ativos de processo organizacional.
da Operação do Serviço é estabelecer e manter
planos que definem as atividades, recursos e res- GOS 6. Os riscos da operação do serviço são

39
identificados e o seu impacto, probabilidade de GOS 14. Os riscos são monitorados em rela-
ocorrência e prioridade de tratamento são deter- ção ao planejado.
minados e documentados.
GOS 15. A comunicação e o envolvimento
GOS 7. (Até o nível F) Os recursos humanos das partes interessadas na operação do serviço
e materiais necessários para a operação do ser- são monitorados.
viço são planejados.
GOS 16. Problemas identificados na opera-
GOS 7. (A partir do nível E) Os recursos hu- ção dos serviços são registrados e ações para
manos e materiais para a operação do serviço são corrigir desvios em relação ao planejado e para
planejados e o ambiente de trabalho necessário prevenir a repetição dos problemas identificados
para executar a operação do serviço é planejado são estabelecidas, implementadas e acompanha-
a partir dos ambientes padrão de trabalho da or- das até a sua conclusão.
ganização.
GOS 17. A manutenção do sistema de ser-
GOS 8. Os dados relevantes da operação do viços é realizada para garantir a continuidade da
serviço são identificados e planejados quanto à entrega dos serviços.
forma de coleta, armazenamento e distribuição.
GOS 18. (A partir do nível E) Equipes envol-
Um mecanismo é estabelecido para acessá-los,
vidas na operação do serviço são estabelecidas
incluindo, se pertinente, questões de privacida-
e mantidas a partir das regras e diretrizes para
de e segurança.
estruturação, formação e atuação.
GOS 9. A comunicação e o envolvimento das
GOS 19. (A partir do nível E) Experiências
partes interessadas são planejados e mantidos.
relacionadas aos processos são estabelecidas e
GOS 10. A viabilidade de atingir as metas da contribuem com os ativos de processo organi-
operação do serviço é avaliada, desde o início de zacional.
novas operações e ao longo das operações exis-
GOS 20. (A partir do nível E) Um processo
tentes, considerando restrições e recursos dis-
definido para a operação do serviço é estabele-
poníveis. Se necessário, ajustes são realizados.
cido de acordo com a estratégia para adaptação
GOS 11. O Plano de Operação do Serviço é do processo padrão da organização.
revisado com todos os interessados e o compro-
GOS 21. (A partir do nível B) Os objetivos de
misso com este é obtido e mantido.
qualidade e de desempenho do processo defini-
GOS 12. O escopo, as tarefas, as estimativas, do para a operação do serviço são estabelecidos
o orçamento, custo e programação de toda ope- e mantidos.
ração do serviço são monitorados em relação ao
GOS 22. (A partir do nível B) O processo de-
planejado.
finido para a operação do serviço que possibilita
GOS 13. Os recursos materiais e humanos atender seus objetivos de qualidade e de desem-
bem como os dados relevantes da operação do penho é composto com base em técnicas esta-
serviço são monitorados em relação ao planeja- tísticas e outras técnicas quantitativas.
do.
GOS 23. (A partir do nível B) Processo / Sub

40 
processos e atributos críticos para avaliar o de- Resultados esperados:
sempenho e que estão relacionados ao alcance
AQU 1. As necessidades de aquisição, as
dos objetivos de qualidade e de desempenho do
metas, os critérios de aceitação do serviço ou
processo para operação do serviço são selecio-
produto, os tipos e a estratégia de aquisição são
nados.
definidos.
GOS 24. (A partir do nível B) Medidas e téc-
AQU 2. Os critérios de seleção do fornece-
nicas analíticas são selecionadas para serem uti-
dor são estabelecidos e usados para avaliar os
lizadas na gerência quantitativa.
potenciais fornecedores.
GOS 25. (A partir do nível B) O desempenho
AQU 3. O fornecedor é selecionado com
dos processos / sub processos escolhidos para
base na avaliação das propostas e dos critérios
gerência quantitativa é monitorado usando téc-
estabelecidos.
nicas estatísticas e outras técnicas quantitativas.
AQU 4. Um acordo que expresse claramente
GOS 26. (A partir do nível B) A operação do
as expectativas, responsabilidades e obrigações
serviço é gerenciada usando técnicas estatísticas
de ambas as partes (cliente e fornecedor) é esta-
e outras técnicas quantitativas para determinar
belecido e negociado entre elas.
se os objetivos de qualidade e de desempenho
do processo serão atingidos. AQU 5. Um serviço ou produto que satisfaça
a necessidade expressa pelo cliente é adquirido
GOS 27. (A partir do nível B) Questões que
baseado na análise dos potenciais candidatos.
afetam os objetivos de qualidade e de desempe-
nho do processo da operação do serviço são alvo AQU 6. A aquisição é monitorada de forma
de análise de causa raiz. que as condições especificadas sejam atendidas,
tais como custo, cronograma e qualidade, geran-
Nível F – Gerenciado
do ações corretivas, quando necessário.
O nível de maturidade F é composto pelos
AQU 7. O serviço ou produto é entregue e
processos do nível de maturidade anterior (G)
avaliado em relação ao acordado e os resultados
acrescidos dos processos Aquisição, Gerência de
são documentados.
Configuração, Garantia da Qualidade, Gerência
de Problemas, Gerência de Portfólio de Opera- AQU 8. O serviço ou produto adquirido é
ção de Serviços e Medição. Neste nível a imple- incorporado à operação do serviço, caso perti-
mentação dos processos deve satisfazer os atri- nente.
butos de processo AP 1.1, AP 2.1 e AP 2.2.
Processo: Gerência de Configuração – GCO
Processo: Aquisição – AQU
Nível MR-MPS-SV: F - Gerenciado
Nível MR-MPS-SV: F - Gerenciado
Propósito: O propósito do processo Gerência
Propósito: O propósito do processo Aquisi- de Configuração é estabelecer e manter a inte-
ção é gerenciar a aquisição de serviços e pro- gridade de todos os produtos de trabalho de um
dutos que satisfaçam às necessidades expressas processo ou operação do serviço e disponibilizá-
pelo adquirente. -los a todos os envolvidos.

41
Resultados esperados: GQA 2. A aderência dos processos executa-
dos às descrições de processo, padrões e proce-
GCO 1. Um Sistema de Gerência de Confi-
dimentos é avaliada objetivamente.
guração é estabelecido e mantido.
GQA 3. As não-conformidades são identifi-
GCO 2. Os itens de configuração são identi-
cadas, registradas e comunicadas.
ficados com base em critérios estabelecidos.
GQA 4. Ações corretivas para as não-confor-
GCO 3. Os itens de configuração sujeitos a
midades são estabelecidas e acompanhadas até
um controle formal são colocados sob baseline.
as suas efetivas conclusões. Quando necessário,
GCO 4. A situação dos itens de configuração o escalonamento das ações corretivas para ní-
e das baselines é registrada ao longo do tempo e veis superiores é realizado, de forma a garantir
disponibilizada. sua solução.

GCO 5. Modificações em itens de configura- Processo: Gerência de Problemas – GPL


ção são controladas.
Nível MR-MPS-SV: F - Gerenciado
GCO 6. O armazenamento, o manuseio e a
Propósito: O propósito do processo Gerência
liberação de itens de configuração e baselines
de Problemas é minimizar a ocorrência de inter-
são controlados.
rupções do serviço por meio da investigação da
GCO 7. Auditorias de configuração são reali- causa raiz de um ou mais incidentes que impac-
zadas objetivamente para assegurar que as base- tam na operação do serviço ou no cumprimento
lines e os itens de configuração estejam íntegros, dos acordos de nível de serviço.
completos e consistentes.
Resultados esperados:
GCO 8. As informações de itens de configu-
GPL 1. Problemas são identificados, registra-
ração são comunicadas às partes interessadas.
dos, classificados, priorizados, analisados e tra-
Processo: Garantia da Qualidade – GQA tados.

Nível MR-MPS-SV: F - Gerenciado GPL 2. Problemas cujos tratamentos não


progrediram de acordo com o nível de serviço
Propósito: O propósito do processo Garantia acordado são escalados, quando necessário.
da Qualidade é assegurar que os produtos de
trabalho e a execução dos processos estejam em GPL 3. O efeito de problemas não resolvidos
conformidade com os planos, procedimentos e é minimizado, quando pertinente.
padrões estabelecidos.
GPL 4. A situação e o progresso da resolução
Resultados esperados: dos problemas são comunicados às partes inte-
ressadas.
GQA 1. A aderência dos produtos de traba-
lho aos padrões, procedimentos e requisitos apli- Processo: Gerência de Portfólio de Operação de
cáveis é avaliada objetivamente ao longo do ciclo Serviços – GPS
de vida da operação do serviço.
Nível MR-MPS-SV: F - Gerenciado

42 
Propósito: O propósito do processo Gerência GPS 8. A situação do portfólio de operações
de Portfólio de Operação de Serviços é iniciar de serviço é comunicada para as partes interes-
e manter operações de serviço que sejam ne- sadas, com periodicidade definida ou quando o
cessários, suficientes e sustentáveis, de forma a portfólio for alterado.
atender os objetivos de negócio da organização.
Processo: Medição – MED
Este processo compromete o investimento e os
recursos organizacionais adequados e estabele- Nível MR-MPS-SV: F - Gerenciado
ce a autoridade necessária para executar os ser-
Propósito: O propósito do processo Medição
viços selecionados.
é definir os objetivos da medição, identificar, do-
Resultados esperados: cumentar e manter um conjunto adequado de
medidas, definir os procedimentos para coleta,
GPS 1. As oportunidades de negócio, as ne-
armazenamento e análise das medidas, assim
cessidades e os investimentos são identificados,
como, coletar, armazenar, analisar e relatar os da-
qualificados, priorizados e selecionados em rela-
dos relativos às operações de serviço e aos pro-
ção aos objetivos de negócio da organização por
cessos implementados na organização, de forma
meio de critérios objetivos.
a apoiar os objetivos de negócio da organização.
GPS 2. Os recursos e orçamento para cada
Resultados esperados:
operação de serviço são identificados e aloca-
dos. MED 1. Objetivos de medição são estabele-
cidos e mantidos a partir dos objetivos de negó-
GPS 3. A responsabilidade e autoridade pelo
cio da organização e das necessidades de infor-
gerenciamento das operações de serviços são
mação de processos técnicos e gerenciais.
estabelecidas.
MED 2. Um conjunto adequado de medidas,
GPS 4. O portfólio de operações de serviço
orientado pelos objetivos de medição, é identifi-
é monitorado em relação aos critérios que foram
cado e definido, priorizado, documentado, revi-
utilizados para a priorização.
sado e, quando pertinente, atualizado.
GPS 5. Ações para corrigir desvios no por-
MED 3. Os procedimentos para a coleta e o
tfólio de operações de serviço e para prevenir a
armazenamento de medidas são especificados.
repetição dos problemas identificados são esta-
belecidas, implementadas e acompanhadas até a MED 4. Os procedimentos para a análise das
sua conclusão. medidas são especificados.

GPS 6. Os conflitos de recursos entre ope- MED 5. As medidas requeridas são coletadas
rações de serviços são tratados e resolvidos, de e analisadas.
acordo com os critérios utilizados para a priori-
MED 6. Os dados e os resultados das análi-
zação.
ses são armazenados.
GPS 7. Operações de serviços que atendem
MED 7. Os dados e os resultados das análi-
aos acordos e requisitos que levaram à sua apro-
ses são comunicados aos interessados e são uti-
vação são mantidas, e as que não atendem são
lizados para apoiar decisões.
redirecionadas ou canceladas.

43
Nível E – Parcialmente Definido AMP 4. Registros das avaliações realizadas
são mantidos acessíveis.
O nível de maturidade E é composto pelos
processos dos níveis de maturidade anteriores AMP 5. Os objetivos de melhoria dos pro-
(G e F), acrescidos dos processos Avaliação e cessos são identificados e priorizados.
Melhoria do Processo Organizacional, Definição
AMP 6. Um plano de implementação de me-
do Processo Organizacional, Gerência de Mu-
lhorias nos processos é definido e executado, e
danças, e Gerência de Recursos Humanos. O
os efeitos desta implementação são monitorados
processo Gerência da Operação do Serviço so-
e confirmados com base nos objetivos de melho-
fre sua primeira evolução, retratando seu novo
ria.
propósito: gerenciar a operação do serviço com
base no processo definido para a operação e nos AMP 7. Ativos de processo organizacional
planos integrados. Neste nível a implementação são implantados na organização.
dos processos deve satisfazer os atributos de
AMP 8. Os processos padrão da organização
processo AP 1.1, AP 2.1, AP 2.2, AP 3.1 e AP 3.2.
são utilizados em operações de serviços a serem
Processo: Avaliação e Melhoria do Processo Or- iniciados e, se pertinente, em operações de ser-
ganizacional – AMP viços em andamento.

Nível MR-MPS-SV: E – Parcialmente Definido AMP 9. A implementação dos processos pa-


drão da organização e o uso dos ativos de pro-
Propósito: O propósito do processo Avaliação cesso organizacional nas operações de serviços
e Melhoria do Processo Organizacional é deter- são monitorados.
minar o quanto os processos padrão da organi-
zação contribuem para alcançar os objetivos de AMP 10. Experiências relacionadas aos pro-
negócio da organização e para apoiar a organiza- cessos são incorporadas aos ativos de processo
ção a planejar, definir e implantar melhorias con- organizacional.
tínuas nos processos com base no entendimento Processo: Definição do Processo Organizacio-
de seus pontos fortes e fracos. nal – DFP
Resultados esperados: Nível MR-MPS-SV: E – Parcialmente Definido

AMP 1. A descrição das necessidades e os Propósito: O propósito do processo Defini-


objetivos dos processos da organização são es- ção do Processo Organizacional é estabelecer e
tabelecidos e mantidos. manter um conjunto de ativos de processo or-
ganizacional e padrões do ambiente de trabalho
AMP 2. As informações e os dados rela-
usáveis e aplicáveis às necessidades de negócio
cionados ao uso dos processos padrão para as
da organização.
operações de serviços específicas existem e são
mantidos. Resultados esperados:

AMP 3. Avaliações dos processos padrão da DFP 1. Um conjunto definido de processos


organização são realizadas para identificar seus padrão é estabelecido e mantido, juntamente
pontos fortes, pontos fracos e oportunidades de com a indicação da aplicabilidade de cada pro-
melhoria. cesso.

44 
DFP 2. Uma biblioteca de ativos de processo GMU 4. Um cronograma de mudanças e li-
organizacional é estabelecida e mantida. berações é estabelecido e comunicado às partes
interessadas.
DFP 3. Tarefas, atividades, papéis e produtos
de trabalho associados aos processos padrão são GMU 5. As mudanças aprovadas são desen-
identificados e detalhados. volvidas e avaliadas antes de serem implantadas.

DFP 4. As descrições dos modelos de ciclo GMU 6. Mudanças que não tiveram sucesso
de vida a serem utilizados nas operações de ser- são revertidas ou remediadas, quando pertinen-
viços da organização são estabelecidas e manti- te.
das.
Processo: Gerência de Recursos Humanos –
DFP 5. Uma estratégia para adaptação do GRH
processo padrão é desenvolvida considerando Nível MR-MPS-SV: E – Parcialmente Definido
as necessidades das operações de serviços.
Propósito: O propósito do processo Gerência
DFP 6. O repositório de medidas da organi- de Recursos Humanos é prover a organização e
zação é estabelecido e mantido. as operações de serviços com os recursos hu-
DFP 7. Os ambientes padrão de trabalho da manos necessários e manter suas competências
organização são estabelecidos e mantidos. adequadas às necessidades do negócio.

Resultados esperados:
DFP 8. Regras e diretrizes para a estrutura-
ção, formação e atuação de equipes são estabe- GRH 1. As necessidades estratégicas da or-
lecidas e mantidas. ganização e das operações de serviços são re-
vistas para identificar recursos, conhecimentos e
Processo: Gerência de Mudanças – GMU
habilidades requeridos e, de acordo com a ne-
Nível MR-MPS-SV: E – Parcialmente Definido cessidade, planejar como desenvolvê-los ou con-
tratá-los.
Propósito: O propósito do processo Gerência de
Mudanças é assegurar que todas as mudanças GRH 2. Indivíduos com as habilidades e com-
que afetam os serviços sejam avaliadas, aprova- petências requeridas são identificados e recruta-
das, implementadas e revisadas de maneira con- dos.
trolada.
GRH 3. As necessidades de treinamento que
Resultados esperados: são responsabilidade da organização são identi-
ficadas.
GMU 1. As solicitações de mudanças são re-
gistradas e classificadas. GRH 4. Uma estratégia de treinamento é de-
finida, com o objetivo de atender às necessida-
GMU 2. As solicitações de mudanças são des de treinamento das operações de serviços e
avaliadas utilizando critérios definidos. da organização.
GMU 3. As solicitações de mudanças são GRH 5. Um plano tático de treinamento é
aprovadas antes das mudanças serem desenvol- definido, com o objetivo de implementar a estra-
vidas e implantadas. tégia de treinamento.

45
GRH 6. Os treinamentos identificados como
sendo responsabilidade da organização são con-
duzidos e registrados.

GRH 7. A efetividade do treinamento é ava-


liada.

GRH 8. Critérios objetivos para avaliação do


desempenho de grupos e indivíduos são defini-
dos e monitorados para prover informações so-
bre este desempenho e melhorá-lo.

GRH 9. Uma estratégia apropriada de gerên-


cia de conhecimento é planejada, estabelecida e
mantida para compartilhar informações na orga-
nização.

GRH 10. Uma rede de especialistas na orga-


nização é estabelecida e um mecanismo de apoio
à troca de informações entre os especialistas e as
operações de serviços é implementado.

GRH 11. O conhecimento é disponibilizado


e compartilhado na organização.

46 
DESAFIO
Caro(a) acadêmico(a), que bom que você chegou até aqui.

Se você está neste desafio é porque você leu todo o material de estudos
(texto-base e leituras complementares) e respondeu o questionário.

A realização deste desafio é opcional. Trata-se de uma atividade propositi-


vo-atitudinal. Ou seja, não compõe nota e não deve ser postada na plata-
forma. É apenas para que você tenha a oportunidade de correlacionar os
conteúdos curriculares às diferentes situações práticas, alcançando a práxis.

Vamos lá?

Observe a Figura:

Agora, vamos para o nível mais alto e com processos mais complexos para a
gestão de processos. Imagine que você é gestor de TI e está implementan-
do melhoria de processos em sua organização. Ao relatar o resultado, você
diagnostica que sua organização está no nível B (gerenciado quantitativa-
mente) do MPS.br. Quais ações você adotaria para alcançar o último nível
do MPS.br?

Agora, a outra etapa do desafio (talvez mais difícil): qual seria a estratégia
para que a organização se mantenha no nível A?

47
LEITURA COMPLEMENTAR

A título de leitura complementar, para se aprofundar nas questões tratadas nessa unidade, são
sugeridas três leituras:

1. Gestão Integrada – Uma ferramenta para atender aos processos de gerência de projetos e por-
tfólio do MPS.Br

Este artigo descreve uma ferramenta, denominada Gestão Integrada, cujo objetivo é agrupar todos
os documentos necessários para atender aos resultados esperados dos processos de Gerência de
Projetos (GPR) no nível G e Gerência de Portfólio (GPP) no nível F do MPS.Br. Esta ferramenta faz
parte de um ambiente integrado desenvolvido com o propósito de atender diversos processos do
MPS.Br.
SILVA, Simone V. et al. Gestão integrada – uma ferramenta para atender aos processos de gerência de projetos
e portfólio do MPS.Br. In: IV WORKSHOP DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE SOFTWARE (WPGS 2011).
Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/mod/resource/view.php?id=303. Acesso em: 5 out.
2020.

2. MPS - Melhoria de processo de software e serviços

Este Guia Geral MPS de Serviços visa descrever de forma detalhada o MR-MPS-SV e as definições
comuns aos diversos documentos que compõem o MR-MPS-SV. Este documento é destinado,
mas não está limitado, a organizações interessadas em utilizar o MR-MPS-SV para a melhoria de
seus processos de serviços, Instituições Implementadoras (II), Instituições Avaliadoras (IA) e outros
interessados em processos de serviços, que pretendam conhecer e utilizar o MR-MPS-SV como
referência técnica.
SOFTEX. MPS - Melhoria de processo de software e serviços - guia geral MPS de serviços. 2015. Disponível em:
https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/mod/resource/view.php?id=304. Acesso em: 5 out. 2020.

3. Mapeamento do modelo de melhoria do processo de software brasileiro (MPS.Br) para empre-


sas que utilizam extreme programming (XP) como metodologia de desenvolvimento.

Este artigo apresenta sugestões de modificações necessárias para que uma organização que pos-
sua Extreme Programming como metodologia de processo, possa se adequar ao nível G ou F do
Modelo de Melhoria do Processo de Software Brasileiro. Neste caso a organização pode se benefi-
ciar de um processo disciplinado, de fácil implantação e de retorno de resultados rápido dados por
XP, ao mesmo tempo ter seu processo certificado por um modelo de qualidade consolidado (MPS.
Br) a um custo muito baixo tornandoa competitiva no mercado nacional.
SANTANA, Célio A.; TIMÓTEO, Aline L., VASCONCELOS, Alexandre M. L. Mapeamento do modelo de Melhoria do
Processo de Software Brasileiro (MPS.Br) para empresas que utilizam Extreme Programming (XP) como metodolo-
gia de desenvolvimento. In: V SIMPÓSIO BRASILEIRO DE QUALIDADE DE SOFTWARE – SBQS´2006. Disponível
em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/mod/resource/view.php?id=305. Acesso em: 5 out. 2020.

48 
SAIBA +
Gonçalez, Martins e Andrade (2012) apresentaram a diferença na qualidade
de um software desenvolvido por uma empresa que segue um padrão de
melhores práticas e uma empresa que não segue padrão algum no desenvol-
vimento dos seus softwares, tendo como referência o MPS.br da SOFTEX.
Nesta obra, os autores trazem alguns questionamentos, tais como: Qual
a melhor hora de introduzir um modelo de referência na minha empresa?
Essas práticas são indicadas para uma empresa pequena com poucos fun-
cionários? O que devo fazer primeiramente? Conseguirei retorno financeiro
investindo em qualidade de software? As repostas a estes questionamentos
são discutidas ao longo da obra.

Para subsidiar seu posicionamento, leia o artigo de Gonçalez, Martins e


Andrade (2012) e saiba mais sobre qualidade de software e a inserção do
modelo MPS.br nas empresas.

Você pode acessar a obra completa pela referência:

MARTINS, Ana Lúcia Alves; ANDRADE, Jaqueline; GONÇALEZ, Fernando Feliu.


Qualidade de software e a inserção do modelo MPS. BR nas empresas. TEC-
NOLOGIAS EM PROJEÇÃO, v. 3, n. 2, p. 43-49, 2012. Disponível em: http://
revista.faculdadeprojecao.edu.br/index.php/Projecao4/article/view/287. Aces-
so em: 5 out. 2020.

Navegue, leia e saiba mais!

49
Referências

MARTINS, Ana Lúcia Alves; ANDRADE, Jaqueline; GONÇALEZ, Fernando Feliu. Qualidade de sof-
tware e a inserção do modelo MPS. BR nas empresas. TECNOLOGIAS EM PROJEÇÃO, v. 3, n. 2, p.
43-49, 2012. Disponível em: http://revista.faculdadeprojecao.edu.br/index.php/Projecao4/article/
view/287. Acesso em: 5 out. 2020.

SANTANA, Célio A.; TIMÓTEO, Aline L., VASCONCELOS, Alexandre M. L. Mapeamento do modelo
de Melhoria do Processo de Software Brasileiro (MPS.Br) para empresas que utilizam Extreme Pro-
gramming (XP) como metodologia de desenvolvimento. In: V SIMPÓSIO BRASILEIRO DE QUALIDA-
DE DE SOFTWARE – SBQS´2006. Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/
mod/resource/view.php?id=305. Acesso em: 5 out. 2020.

SILVA, Simone V. et al. Gestão integrada – uma ferramenta para atender aos processos de gerência
de projetos e portfólio do MPS.Br. In: IV WORKSHOP DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE
SOFTWARE (WPGS 2011). Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/mod/re-
source/view.php?id=303. Acesso em: 5 out. 2020.

SOFTEX. MPS - Melhoria de processo de software e serviços - guia geral MPS de serviços. 2015.
Disponível em: https://faculdadeprojecao.nucleoead.net/pos/mod/resource/view.php?id=304.
Acesso em: 5 out. 2020.

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