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Prédio Minas - Rodovia Papa João Paulo II, 4143 - 10º e 11º andar
CEP: 31630-900
https://www2.educacao.mg.gov.br/
Conteudista:
Marilene de Oliveira Araújo
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
••• 3 •••
1. INTRODUÇÃO
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Se você se sente assim pode vir comigo! Mas antes, gostaria de me
apresentar, Sou Marília, também como você “uma apaixonada pela
educação” e pelo que faço, em especial estudar e ensinar. Sou pro-
fessora de Língua Portuguesa e pesquisadora da área da educação,
na área de currículo e avaliação.
Agora vamos para o nosso desafio: mergulhar no conhe-
cimento do componente Língua Portuguesa, em nossa proposta
curricular de referência.
Mas antes quero lhe fazer umas perguntas:
Conhece o Currículo de Referência de sua rede
escolar?
Conseguiu trabalhar o seu conteúdo em sala de
aula?
Teve alguma dificuldade de compreender o seu
funcionamento na prática?
Mas especificamente, conhece como o Currículo
de Referência apresenta a sua área de atuação?
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A melhor forma de acesso é a sua vontade e o seu desempenho em
todo desenvolvimento do Curso. Começaremos a percorrer uma
trilha, onde iremos transitar por algumas etapas que chamaremos
de eixos. O percurso está constituído por quatro eixos mapeadores
deste curso.
O ponto de partida é a Introdução, na sequência percorreremos
pelo eixo Planejamento, depois pelo da Gestão em Sala de Aula e o
último Avalição. Lembrando que para a compreensão de cada eixo
é muito importante mantê-los de forma integrada. Nesses quatro
eixos serão abordados conhecimentos acerca da dinâmica do currí-
culo e a sua relação com a prática de aula, têm a finalidade de prover
os docentes de fundamentos teórico-metodológicos para o ensino
de Língua Portuguesa.
A Introdução é o ponto de partida para trilhar no conhecimento dos
diversos passos a serem seguidos durante a trajetória do curso, as-
sim como apresentará os objetivos que norteiam este estudo e as
abordagens teóricas acerca do tema em foco. Nossa intenção é pro-
vê-lo de informações necessárias ao seu aprimoramento profissio-
nal como professor na área de Língua Portuguesa, por isso, constru-
ímos uma trajetória de conhecimentos teóricos e práticos que são
relevantes para a sua formação.
Está ficando curioso (a)? Pois vamos conhecer os nossos objetivos
para esta etapa inicial de nosso curso?
Eis aqui:
■ Refletir sobre os conceitos de currículo e sua importância para o
funcionamento da escola e o desenvolvimento do ensino;
■ Estabelecer a relação entre o Currículo de Referência e a BNCC,
considerando pontos convergentes e divergentes;
■ Conhecer como está estruturado o
currículo referência de Minas Gerais;
■ Compreender como se apresentam o
componente curricular Língua Portu-
guesa e seus elementos organizadores;
■ Conhecer as competências de Língua
Portuguesa de acordo com o Currículo
de Referência.
••• 6 •••
Nesta introdução do curso apresentamos ainda como será o nosso
diálogo por meio dos textos, vídeos e podcasts. Vamos propor tam-
bém fóruns com questões norteadoras e com questões de desafios
do conhecimento. Assim como compartilhar experiências através
da atividade individual de avaliação, dentro dos eixos acima citados.
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1.2. PARA INÍCIO DE CONVERSA:
O QUE É CURRÍCULO E PARA QUE SERVE?
É simples responder?
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Assim, nesse processo de construção, faz sentido essa reflexão so-
bre currículo? Claro que sim! Como podemos adentrar em objetivos,
conteúdos escolares e estratégias de ensino se não conhecermos
de currículo? É necessário ainda saber que, além desses conceitos,
existe o chamado currículo oculto o qual envolve, dominantemente,
atitudes e valores transmitidos, subliminarmente, pelas relações so-
ciais e pelas rotinas do cotidiano escolar. Fazem parte do currículo
oculto, assim, rituais e práticas, relações hierárquicas, regras e pro-
cedimentos, modos de organizar o espaço e o tempo na escola, mo-
dos de distribuir os alunos por grupamentos e turmas, mensagens
implícitas nas falas dos(as) professores(as) e nos livros didáticos.
Ainda temos muito o que falar sobre currículo, mas vamos enten-
der primeiro que ele constitui elemento importante para a prática
pedagógica e é essencial em todo condução do trabalho do profes-
sor, quer seja no planejamento ou no trabalho em sala de aula, pois
possibilita a organização dos conteúdos e das estratégias de ensino,
sobre o que, quando e como ensinar.
SAIBA MAIS
Para conhecer mais sobre o currículo, acesse o artigo O
Currículo No Contexto Escolar.
Link:https://educador.brasilescola.uol.com.br/orienta-
cao-escolar/curriculo-no-contexto-escolar.htm
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A construção do ww dar-se a partir do Projeto Político Pedagógico
da escola, orientando as atividades educativas, as formas como exe-
cutá-las, além de definir suas finalidades e funções para sua opera-
cionalização, pois ele constitui-se um instrumento pelo qual a escola
se organiza, propõe os seus caminhos e a orientação para a prática,
sobre o que, quando e como ensinar.
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1.3. TRILHANDO PELOS CAMINHOS DO CURRÍCULO
DE REFERÊNCIA E A BNCC
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Este documento normativo aplica-se exclusivamente à educação es-
colar, tal como a define o § 1º do Artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), e está orientado pelos
princípios éticos, políticos e estéticos que visam à formação humana
integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusi-
va, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Edu-
cação Básica (DCN)2. (BNCC,2018).
SAIBA MAIS
O Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG) para a Educação
Infantil e o Ensino Fundamental foi construído a partir da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) e é resultado da revisão dos
currículos pré-existentes nas redes públicas mineiras. O documento
que, este ano, estará presente nas salas de aula traz algumas novidades
importantes que devem ser observadas pelos professores e alunos.
“O CRMG abarca a Base Nacional Comum Curricular, mas ele vai muito
além. Ele traz para o documento habilidades e competências que toda
comunidade escolar, que participou dos momentos de consulta, achou
importante estar neste Currículo. O objetivo é que não perdêssemos as
nossas particularidades e que o documento contemplasse toda a diver-
sidade do estado”, afirma a subsecretária de Desenvolvimento da Educa-
ção Básica da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/
MG) e coordenadora Estadual do Currículo.
Disponível : https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/
banco-de-noticias/9-banco-de-noticias/132-curriculo-referencia-de-
-minas-gerais-o-que-muda-nas-escolas-mineiras-3
Acessado: 30/10/21
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A BNCC apresenta 10 Competências específicas de Língua Portuguesa
para o Ensino Fundamental, dentre elas “Analisar informações, argu-
mentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de
comunicação, posicionando-se ética e criticamente em relação a con-
teúdos discriminatórios que ferem direitos humanos e ambientais.”
Agora diga: O que expressa essa competência?
Identifique e transcreva do Currículo Referência de Minas
Gerais pelo menos duas habilidades que o professor poderá
desenvolver em sala de aula, durante o ensino de Língua Por-
tuguesa, para o domínio dessa competência.
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1.4. COMO ESTÁ ESTRUTURADO O CURRÍCULO
REFERÊNCIA DE MINAS GERAIS?
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Quantos componentes, não é?
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Nessa perspectiva a concepção do Currí-
culo é uma proposta de formação cidadã,
possibilitando o desenvolvimento das ca-
pacidades dos estudantes para que pos-
sam assumir suas responsabilidades como
sujeitos sociais, partícipes de suas famí-
lias, comunidades e demais espaços de
construção coletiva, considerando ainda a
atitude de reflexão crítica sobre os conhe-
cimentos dos componentes da área, buscando maior capacidade de
abstração dos estudantes.
Estudante
(assegurar os direitos
de aprendizagem e
desenvolvimento) Equidade
Diversidade
formação
integral
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Você ainda não sabe os conceitos dos elementos que
constituem a estrutura de nosso currículo, como: Área
de Conhecimento, Componente Curricular, Unidades Te-
máticas, Objetos de Conhecimento, Habilidades e Com-
petências?
Calma! Esso fica por nossa conta! Portanto para facilitar seu enten-
dimento, apresentaremos cada uma dessas noções de forma resu-
mida. Vejamos:
Área de Conhecimento:
Componente Curricular:
Unidades temáticas:
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Objeto de conhecimento:
Competências:
Habilidade:
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DICA:
Notemos que a estrutura do currículo com seus respectivos ele-
mentos constituintes está de acordo com a BNCC, dotada de
característica flexível, capaz de se ajustar à realidade de cada escola.
Contudo, ele apresenta alguns objetos de conhecimento e habilidades
que são essenciais e por isso são obrigatórios em todas as escolas.
LEITURA COMPLEMENTAR
Caros cursistas, Vamos dar uma olhadinha na BNCC de Língua
Portuguesa? Aqui, disponibilizamos o link deste documento.
Link: https://www.alex.pro.br/BNCC%20L%C3%ADngua%20Portugue-
sa.pdf)
Sei o quanto você está curioso para saber o que a BNCC propõe para o
ensino de Língua Portuguesa.
Lei o artigo A proposta da BNCC para o trabalho com a língua portu-
guesa: o eixo análise e reflexão linguística das autoras: Milena Morettoi
(USF) e Claudia de Jesus Abreu Feitozaii (USF)
Link: https://periodicos.ufpe.br/revistas/EUTOMIA/article/view/241946
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Exatamente por isso ele deve ser interdisciplinar, ou seja,
com os conteúdos sendo abordados de forma integrada
entre as diferentes áreas do conhecimento. Por isso, em
nossa contribuição devemos pensar na interdisciplinarida-
de como um elemento importante.
Para estruturação do currículo é necessário conhecer e
analisar as práticas escolares, considerando as necessida-
des reais dos alunos, de acordo com sua realidade. Portanto, uma forma
que eu, enquanto docente, posso contribuir com a construção do currícu-
lo é levar contribuições, sempre embasadas no contexto e necessidades,
buscando relacionar, sempre com as habilidades e competências alinha-
das à BNCC e ao CRMG.
Apresentar o contexto regional também é outra forma de contribuir, afinal
ninguém conhece melhor as reais necessidades e realidades dos nossos
estudantes do que nós professores. Considerando a amplitude de alguns
estados, como o nosso de Minas Gerais, podemos levar informações so-
bre as peculiaridades regionais como, informações sobre economia, his-
tória, cultura, aspectos geográficos, literários, econômicos, dentre muitas
outras contextualizações que acabam integrando o nosso currículo.
Exemplo 2
Descreverei, brevemente, alguns
pontos importantes para a constru-
ção do currículo, lembrando que é
fundamental interligá-lo ao processo
de aprendizagem dos nossos estu-
dantes.
O primeiro passo é a reunião de toda
a comunidade escolar para a cons-
trução do documento, já que numa
perspectiva democrática e coletiva,
os mais diferentes perfis profissionais e setores que integram a educa-
ção do nosso estado devem estar presentes nesta construção, para que
aconteça uma gestão integrada e democrática.
Com a equipe formada, chega o momento de produção, e, um dos primei-
ros passos é o estudo da BNCC, analisando as implicações que ela traz
para o nosso trabalho.
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Um ponto importante, a ser considerado, é a articulação
entre território e currículo, considerando os saberes e prá-
ticas da localidade, territórios regionais, nacional e até glo-
bal. Lembrando que a regionalidade é um elemento muito
valioso para educação como um todo em nosso Estado.
Ah! Tem outro passo fundamental: além de estudar os do-
cumentos externos, os internos devem ser considerados
também, como o Projeto Político Pedagógico, Planos de Ensino, dentre
outros. Não esquecendo da importância de olhar para a nossa própria
prática pedagógica.
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1.5. O COMPONENTE CURRICULAR
LÍNGUA PORTUGUESA NO CRMG
••• 22 •••
Assim, esse componente assume a centra-
lidade do texto como unidade de trabalho e
na abordagem da perspectiva enunciativo-
-discursiva, relacionando os textos a seus
contextos de produção e o desenvolvimen-
to de habilidade ao uso significativo da lin-
guagem em atividades de leitura, escuta e
produção de textos em várias mídias e se-
mioses. (BRASIL, 2018, p. 65).
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Ciências da Ciências
Linguagem Matemática
Natureza Humanas
Língua
Portuguesa
Artes
Educação
Física
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1.5.1. Finalidades e objeto de estudo.
É importante que diante das razões que levam o professor a ensinar a Lín-
gua Portuguesa possa “analisar os recursos expressivos das linguagens,
recuperar o patrimônio representativo da cultura e articular redes de dife-
renças e semelhanças entre as linguagens.” (CRMG). Assim, possa produzir
sentidos, trabalhando as linguagens não apenas como formas de expres-
são e comunicação, mas como constituidoras de significados, conheci-
mentos e valores, em um contexto sociocultural.
É essencial ter claro nossa compreensão do que
seja linguagem, seu lugar na vida humana e, con-
sequentemente, o sentido do ensino da Língua
Portuguesa.
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Olha aí como a concepção do ensi-
no da Língua Portuguesa de nosso
currículo está ficando clara ago-
ra! No ato de ensinar a Língua cabe
ao professor buscar entender que
ao sistematizar o conhecimento da
mesma, o estudante deve mobilizar
seus recursos mentais de natureza
científica como a observação, iden-
tificação de problemas a constru-
ção de hipótese, pois entendemos
que as linguagens e os códigos são
instrumentos constituídos de con-
ceitos, dinâmicos e situados no espaço e no tempo, com implica-
ções de caráter histórico, sociológico e antropológico.
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SAIBA MAIS
A língua não é um todo homo-
gêneo, mas um conjunto heterogêneo,
múltiplo e mutável de variedades, com
marcas de classes e posições sociais,
de gêneros e etnias, de ideologias, éti-
cas e estéticas determinadas. Nesse
sentido, ensinar e aprender linguagem
significa defrontar-se com as marcas
discursivas das diferentes identidades
presentes nas variedades linguísticas.
O sentido do ensino e da aprendiza-
gem impõe a ampliação de horizontes,
de forma a reconhecer as dimensões
estéticas e éticas da atividade humana de linguagem, só ela capaz de tor-
nar desejada a leitura de poemas e narrativas ficcionais. É essencial pro-
piciar aos alunos a interlocução com o discurso literário que, confessan-
do- se como ficção, nos dá o poder de experimentar o inusitado, de ver o
cotidiano com os olhos da imaginação, proporcionando-nos compreen-
sões mais profundas de nós mesmos, dos outros e da vida.
Há que se levar em consideração as transformações das práticas de lin-
guagens contemporâneas decorrentes do desenvolvimento das tecnolo-
gias digitais da informação e comunicação (TDIC). Essas novas linguagens
não só envolvem novos gêneros e textos, cada vez mais, multissemióticos
e multimidiáticos, como também novas formas de interação. (MINAS GE-
RAIS/CRMG:2020, pág.210).
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1.5 2. Competências específicas de Língua Portuguesa
para o Ensino fundamental
1
Compreender a Língua como fenômeno cultural, histórico, so-
cial, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reco-
nhecendo-a como meio de construção de identidades de seus
usuários e da comunidade a que pertencem.
2
Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como for-
ma de interação nos diferentes campos de atuação da vida so-
cial e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar
da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive esco-
lares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na
vida social.
3
Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos
que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com
compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se
expressar e partilhar informações, experiências, ideias e senti-
mentos, e continuar aprendendo.
4
Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstran-
do atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejei-
tando preconceitos linguísticos.
5
Empregar, nas interações sociais,
a variedade e o estilo de linguagem
adequados à situação comunicati-
va, ao(s) interlocutor (es) e ao gêne-
ro do discurso/gênero textual.
••• 28 •••
6
Analisar informações, argumentos e opiniões manifestados em
interações sociais e nos meios de comunicação, posicionando-
-se ética e criticamente em relação a conteúdos discriminató-
rios que ferem direitos humanos e ambientais.
7
Reconhecer o texto como lugar de manifestação e negociação
de sentidos, valores e ideologias.
8
Selecionar textos e livros para leitura integral, de acordo com
objetivos, interesses e projetos pessoais (estudo, formação pes-
soal, entretenimento, pesquisa, trabalho etc.).
9
Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o de-
senvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a lite-
ratura e outras manifestações artístico culturais como formas
de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento,
reconhecendo o potencial transformador e humanizador da ex-
periência com a literatura.
10
Mobilizar práticas da cultura digital, diferentes linguagens, mí-
dias e ferramentas digitais para expandir as formas de produzir
sentidos (nos processos de compreensão e produção), aprender
e refletir sobre o mundo e realizar diferentes projetos autorais.
ATENÇÃO!!
As competências perpassam todos os componentes curriculares
do Ensino Fundamental e são essenciais para a ampliação das possibilida-
des de participação dos estudantes em práticas de diferentes campos de
atividades humanas e de pleno exercício da cidadania. (CRMG)
••• 29 •••
1.5.3 Diretrizes especificas para a Língua Portuguesa.
••• 30 •••
■ Compreender a Educação Integral como responsável pela construção
de realidades multidisciplinares, entendendo de que a escola se con-
cretiza como espaço que permite aos capacitar os estudantes para ob-
ter informação e produzir conhecimentos , na formação como sujeito
e cidadão.
■ Adotar a perspectiva inclusiva, segundo a qual todos têm o direito de
estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de dis-
criminação.
Bem, agora que você já aprendeu sobre a estrutura do Currículo, as com-
petências específicas da área de Língua Portuguesa e diretrizes para o
ensino desse componente, vamos conhecer um pouco mais sobre sua
organização e seus elementos Campo de Atuação e eixos/ práticas de lin-
guagem: leitura/escuta; produção (escrita, oral e multissemiótica); orali-
dade; análise linguística/semiótica/ no Ensino Fundamental.
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1 5.4 Campo de atuação e Eixos/Práticas de
linguagem: leitura/escuta; produção
(escrita, oral e multissemiótica);
oralidade; análise linguística/semiótica
no Ensino Fundamental.
Campos de Atuação
Respondendo essas perguntas podemos dizer que esses campos são áre-
as de uso da linguagem, na vida cotidiana e servem para a contextualizar as
Habilidades em práticas de linguagem (leitura, produção de texto e análise
linguística e semiótica) Eles foram organizados no Currículo Referência de
Minas Gerais em consonância com BNCC. Possuem a “função didática de
possibilitar a compreensão de que os textos circulam dinamicamente na
prática escolar e na vida social, contribuindo para a
necessária organização dos saberes sobre a língua e
as outras linguagens, nos tempos e espaços escola-
res.” (CRMG, 2018, p. 233).
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Por que a escolhas desses campos?
É importante compreender o que diz o nosso Currículo: eles contemplam
as dimensões formativas de uso da linguagem e criam condições para a
atuação em atividades do dia a dia, uma formação que contempla a pro-
dução do conhecimento e a pesquisa; a condição de se inteirar dos fatos
do mundo e opinar sobre eles, de poder propor pautas de discussão e so-
luções e problemas; uma formação estética, vinculada à experiência de
leitura e escrita do texto literário e à compreensão e produção de texto.
Para o ensino Fundamental (Anos finais) são quatro os campos de atuação
considerados: Campo artístico-literário, Campo das práticas de estudo e
pesquisa, Campo jornalístico/midiático e Campo de atuação na vida pú-
blica.
Alguns exemplos:
E para praticar, deixo uma atividade para você, lembrando que esta,
também, não estará na sua plataforma, somente neste texto.
Para o ensino Fundamental (Anos finais) são quatro os campos de
atuação considerados: Campo artístico-literário, Campo das práti-
cas de estudo e pesquisa, Campo jornalístico/midiático e Campo de
atuação na vida pública. Pensando nisso explique o que trata o cam-
po de atuação na vida pública e qual a sua importância na dimensão
do uso da linguagem.
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Eixos/ práticas de linguagem
É importante ressaltar que a estrutura proposta pela BNCC se assemelha
a organização de nosso currículo em relação os eixos/práticas de lingua-
gem. Assim aparecem na organização as habilidades agrupadas em quatro
diferentes práticas de linguagem: Leitura, Produção de Textos, Oralidade e
Análise Linguística/Semiótica.
Essa área se refere ao estudo de textos em múltiplas linguagens, incluindo
as digitais: como os memes, os gifs, as produções de youtubers etc. Outra
mudança é que, para cada um dos eixos, a BNCC propõe um quadro que
explicita como se relacionam as práticas de uso e de reflexão. Ou seja: o
documento avança na descrição de como podemos refletir sobre a língua,
a fim de nós empoderarmos em seu próprio uso.
Assim diz o nosso currículo que “as práticas das aulas de
Língua Portuguesa devem buscar articular competência
de uso da língua com a competência de reflexão sobre
o texto que a concretizou, analisando-o em suas dimen-
sões discursivas ou interativas, semântica e formal.”
Vamos ver alguns conceitos?
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Eixo da Oralidade compreende as práticas de linguagem que ocor-
rem em situação oral com ou sem contato face a face, como aula
Oralidade dialogada, web conferência, mensagem gravada, spot de campanha,
jingle, seminário, debate, programa de rádio, entrevista, declamação
de poemas (com ou sem efeitos sonoros), peça teatral, apresentação
de cantigas e canções, playlist comentada de músicas, vlog de game,
contação de histórias, diferentes tipos de podcasts e vídeos, dentre
outras. Envolve também a oralização de textos em situações social-
mente significativas e interações e discussões envolvendo temáticas
e outras dimensões linguísticas do trabalho nos diferentes campos
de atuação.
Linguística/Semiótica
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Fórum 2 – Desafio de enriquecimento
O objetivo deste fórum é refletir sobre a ensino da Língua
Portuguesa, tendo a centralidade do texto como unidade
de trabalho.
Dessa forma reflita:
1. O Currículo de Referência de Minas Gerais, no item que
trata da especificidade do componente Língua Portuguesa, no Ensino fun-
damental, traz o seguinte trecho:
A proposta é a centralidade do texto como unidade de trabalho e as pers-
pectivas enunciativo-discursivas na abordagem, de forma a sempre rela-
cionar os textos a seus contextos de produção e o desenvolvimento de
habilidades ao uso significativo da linguagem em atividades de leitura, es-
cuta e produção de textos em várias mídias e semioses.
Como foi proposto nos Parâmetros Curriculares Nacionais, o texto ganha
a centralidade na definição dos conteúdos, habilidades e objetivos, consi-
derado a partir de seu pertencimento a um gênero discursivo que circula
em diferentes esferas/campos sociais de atividade/comunicação/uso da
linguagem. Os conhecimentos sobre os gêneros, sobre os textos, sobre a
língua, sobre a norma-padrão, sobre as diferentes linguagens (semioses)
devem ser mobilizados em favor do desenvolvimento das capacidades de
leitura, produção e tratamento das linguagens, que, por sua vez, devem
estar a serviço da ampliação das possibilidades de participação em práti-
cas de diferentes esferas/ campos de atividades humanas.
Partindo do exposto, responda:
Para expandir as possibilidades do uso da língua, o que se faz necessário,
no trabalho com o texto em sala de aula? Apresente de forma resumida
alguns pontos a serem considerados pelo professor no momento de se-
lecionar os textos e as práticas pedagógicas. Se desejar apresenta uma
prática com utilização de textos.
Exemplo 1:
Dentre os vários aspectos que considero na seleção de
um texto é a possibilidade da troca de experiências, até
porque cabe a nós, professores, propiciar e estimular
o gosto pela leitura em nossos estudantes, por isso a
seleção do texto ou livro é de suma importância, geral-
mente busco aqueles que proporcionam o diálogo entre
meus alunos.
••• 36 •••
Através de uma seleção do material de leitura podemos
aproximar os estudantes dos livros, algo que faço é buscar
textos que estimulem o interesse deles e o compartilha-
mento de suas descobertas e aprendizagens.
Neste sentido, uma sugestão de material que gosto de uti-
lizar em minha sala de aula e que produz muito interesse é
a história em quadrinhos. Um tipo de leitura que nossos alunos adoram
fazer e comentar.
Para execução da atividade, inicialmente peço aos estudantes que façam
a leitura silenciosa do texto, em seguida compartilhem o que entenderam
com os demais colegas, é válida também uma leitura coletiva para traba-
lhar a oralidade.
Podemos ainda, propor uma leitura da imagem do texto e perguntar sobre
o contexto em que a história em quadrinhos escolhida foi produzida e com
que finalidade. Esta atividade envolve a observação das gravuras e perso-
nagens, estimulando, também, uma análise e relação entre imagem e tex-
to escrito. Podemos abordar outros aspectos, de acordo com os objetivos
da aula, como a diferença entre fantasia e realidade, fato e opinião, traços
de humor, aspectos gráficos...
Exemplo 2:
Algo que sempre procuro fazer em minha sala de aula é a adaptação do
texto e da atividade pedagógica para o nível de aprendizagem, idade, e re-
alidade dos meus estudantes. Utilizando, sempre que possível, linguagens
variadas.
Tornar-se um leitor competente é muito importante para nossos alunos,
pois, a leitura é uma das ferramentas necessárias para a conquista da ci-
dadania.
Por isso, busco sempre propostas de leituras variadas, em sítios, vídeos,
livros, textos alinhando à atividades que
auxiliem a compreensão e o desenvolvi-
mento do conteúdo proposto.
Uma atividade que pode ser aplicada a
vários textos, é a formulação de per-
guntas. Inicialmente escolhe-se o tex-
to, que pode ser uma crônica, um texto
de revista ou jornal, então, propomos
que a leitura seja feita para descobrir
“tal” informação ou responder “tal” per-
gunta.
••• 37 •••
As questões podem tanto ser de interpretação tex-
tual como também sobre as características do tex-
to, como: constituição, intenção, estrutura, obje-
tivo, autor, público-alvo, de modo que o estudante
possa atuar criticamente na leitura do material.
Podemos ainda, solicitar que após a leitura, os pró-
prios estudantes mesmo formulem os questiona-
mentos, que podem ser respondidas por seus cole-
gas de classe
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REFERÊNCIAS
Portal BNCC, 2019. Você conhece o novo vocabulário da BNCC? Disponível em: https://bncc.
saseducacao.com.br/artigos/voce-conhece-o-novo-vocabulario-da-bncc/ Acesso em: 30 de outubro
de 2021.
MINAS GERAIS. Currículo Referência de Minas Gerais. Secretaria de Educação do Estado de Minas
Gerais. Disponível em: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/20181012%20-%20
Curr%C3%ADculo%20Refer%C3%AAncia%20de%20Minas%20Gerais%20vFinal.pdf. Acesso em:
30,outubro, 2021.
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