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SUMÁRIO
OBJETO E FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................................................ 2
OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO..................................................................................................... 2
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO..................................................................................................... 2

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OBJETO E FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO


OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO
O conceito de Direito Administrativo normalmente é extraído da análise do seu objeto
como instrumento do Direito. Por conta disso, ao longo dos anos, foram sendo desenvolvidos
diversos conceitos baseados no que se considerava como objeto fundamental do Direito
Administrativo à época.
Antigamente, era comum se dizer que o objeto do Direito Administrativo era o estudo do
ato administrativo. Visão limitada, pois era muito fácil identificar que atos do Poder Executivo
não se restringiam a atos de Direito Administrativo, mas também de diversas outras áreas do
Direito. Além disso, o Direito Administrativo se encontrava sendo exercido em todos os outros
Poderes e até mesmo por particulares.
Por influência do Direito Administrativo Francês (Escola de Bordeaux), passou a se
observar o objeto de estudo do Direito Administrativo sendo o serviço público. Mais uma vez
nos deparamos com um conceito limitado, pois não só o exercício do serviço público configura
a função administrativa. Poder de Polícia, Atividade de Fomento, Intervenção do Estado são
outras ações naturais da função administrativa.
Prevalecendo no Brasil atualmente, observamos como objeto do Direito Administrativo a
Administração Pública, sua estrutura, serviços, agentes de composição. Com isso, podemos
identificar:
➢ Objeto Imediato: Princípios e Normas que regulam a função administrativa.
➢ Objeto Mediato: disciplina das atividades, agentes, pessoas e órgãos da
Administração Pública.

Fica claro que o objeto de estudo do Direito Administrativo é dinâmico e evolui em


consonância com a atividade administrativa e o desenvolvimento do Estado.

FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO


A princípio, devemos entender que são consideradas fontes do Direito Administrativo
determinados comportamentos que ensejam a criação de uma norma imperativa. Importante
esse destaque pois, no Brasil, o Direito Administrativo não se encontra codificado, ou seja, os
textos administrativos não se encontram reunidos em um só corpo legal, como ocorre com
outros ramos como o Direito Penal, o Direito Civil... As normas administrativas estão
espalhadas tanto no texto constitucional quanto em leis ordinárias, complementares, medidas
provisórias, decretos e outros diplomas normativos.
No Direito, fontes são fatos jurídicos de onde emanam normas. Tais fontes podem ser:
➢ Primárias, Maiores ou Diretas: nascedouro principal e imediato das normas.
➢ Secundárias, Menores ou Indiretas: constituem instrumentos acessórios de
origem de normas, derivam de fontes primárias.

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Como fonte primária do Direito Administrativo, encontramos somente a lei. Doutrina,


jurisprudência, costumes, princípios gerais e tratados internacionais por se submeterem
à lei são consideradas fontes secundárias. Vamos realizar uma análise mais aprofundada de
cada fonte:

➢ Lei: É o único instrumento habilitado a criar diretamente deveres e proibições,


obrigações de fazer ou de não fazer, inovando no ordenamento jurídico, sob a ótica
constitucional definida no artigo 5º II.

Art. 5º II CF/88 - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer


alguma coisa senão em virtude de lei;
Tal rigidez decorre do Princípio da Legalidade nesse ramo jurídico. O vocábulo lei deve
ser interpretado da forma mais ampla possível, abrangendo todas as espécies normativas,
incluindo a Constituição Federal (e suas Emendas Constitucionais) e todas as normas ali
dispostas que tratem especificamente da matéria de Direito Administrativo, além dos demais
atos normativos primários (constituições estaduais, leis orgânicas, leis ordinárias,
complementares, delegadas, decretos-lei, medidas provisórias, decretos legislativos,
regulamentos e resoluções).

➢ Doutrina: resulta de estudos e análises feitos pelos juristas e estudiosos do Direito


Administrativo, formando um arcabouço teórico que, apesar de não criar
diretamente a norma, esclarece o sentido e o alcance das regras jurídicas
determinando como os operadores do direito devem compreender as
determinações legais e influencia a elaboração de novas normas. Em momentos de
identificação de normas com conteúdo complexo e de difícil entendimento, a
doutrina apresentada pelos renomados estudiosos impactam tanto quanto a própria
criação de uma norma.
➢ Jurisprudência: Resultado de decisões reiteradas apresentadas por diversos
órgãos judiciais sobre a mesma matéria. Ao se identificar essa semelhança de
interpretação entre distintos órgãos, pode-se depreender uma orientação acerca de
determinada matéria. Não tem a força de uma norma, mas possui enorme influência
sobre a maneira que determinadas regras passam a ser entendidas e aplicadas.
Importante destacar aqui o surgimento das Súmulas Vinculantes, resultado da
Emenda Constitucional 45/04, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal. Tal
súmula vinculante deriva da jurisprudência, porem é de cumprimento obrigatório
pela Administração Pública, revestindo-se de força cogente para agentes, órgãos
e entidades administrativas.

Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por


provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após
reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula
que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito
vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à
administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual
e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na
forma estabelecida em lei.

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➢ Costumes: práticas reiteradas da autoridade administrativa capaz de estabelecer


padrões obrigatórios de comportamento. Considerados como costumes
administrativos, criam no administrado o hábito de esperar por um determinado
modo de agir, podendo causar uma insegurança geral em caso de mudança
repentina de forma de ação. Vale destacar que costumes administrativos não
possuem força jurídica de lei, portanto, só se deve considerar como uma prática
vigente e exigível aquela que não contrarie nenhuma regra ou princípio estabelecido
na legislação.
Além das fontes tratadas anteriormente, alguns doutrinadores adicionam a esse rol:
➢ Princípios Gerais do Direito: normas não escritas que não sejam específicas do
Direito Administrativo, mas que servem como base para ele, configurando-se
vetores genéricos de ordenamento do Estado.
➢ Tratados Internacionais: independentemente do rito de tramitação, ao serem
incorporados ao ordenamento jurídico, passam a ser considerados como fontes do
Direito Administrativo.

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