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CAXIAS DO SUL
2015
GUILHERME RICARDO ZANOTTO
CAXIAS DO SUL
2015
RESUMO
This work aims to study fastening systems of seats in minibus. Because there are
different ways to screw joint to secure seats, it’s necessary compare the two methods
in one company which produces the body of buses and make the method sand
standardize one. One method uses rail soldier on the floor, where the screw runs, as
the other method the srew is fixed directly on minibus floor. First was described the
environment that the work will be done, which is the Volare quality sector and so were
listed objectives necessary to carry out the proposed work. It conducted a theoretical
study of mechanical joints, specifically the bolted and the issues surrounding it. It Was
studied the screws, thread types and heads, patterning and resistances, the
accessories that consists the screwed joint, and the calculation and load types, which
serve to size a screw joint. As well as the standards, that are used to perform the
validation of projects and questions about the instrumentation used to perform
experimental tests. Each mounting system has been detailed, their components
specified and the assembly processes explained. It was found through a standard
CONTRAN 445/13 belt anchor test, using a strain gauge , a value of maximum force
of 80178N . Too high, due to the type of test performed , which measured a resultant
force and not only traction , as was desired. With the value obtained , the two joints
have been calculated and presented data showing undersizing. Thus, the screws were
resized. It was concluded that the two fastening systems have very similar mechanical
strength. In the resized joints, the difference in safety factors did not exceed 5 %. So,
what make the system with rail better is the assembly process.
𝑑𝑝 Diâmetro primitivo
𝑝 Passo da rosca
𝜎𝑡 Tensão de tração
𝜏𝑠 Tensão de cisalhamento
𝐹 Força
𝐿𝑇 Comprimento da rosca
D Diâmetro nominal
𝜏 Tensão torcional
T Torque
𝐾 Coeficiente de torque
𝐹𝑖 Pré-carga
𝑘𝑏 Rigidez do parafuso
𝐿𝑡 Parte com rosca sob tração do parafuso
𝐴𝑚 Área média
𝑃 Força externa
µ Coeficiente de atrito
𝐹µ Força de atrito
𝑅𝑚 Resistência do material
𝑏 Largura do material
t Espessura do material
𝑅𝑠𝑙 Resistência a ruptura da seção líquida
𝑆𝑖 Porcentagem de Sp
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................15
1.1 AMBIENTE DE ESTÁGIO.........................................................................16
1.2 JUSTIFICATIVA .......................................................................................17
1.3 OBJETIVOS .............................................................................................18
1.3.1 Objetivo geral .........................................................................................18
1.3.2 Objetivos específicos ............................................................................19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...............................................................20
2.1 UNIÕES MECÂNICAS .............................................................................20
2.1.1 Junta parafusada ...................................................................................20
2.2 PARAFUSOS ..........................................................................................22
2.2.1 Tipos de parafusos ................................................................................22
2.2.2 Formas padronizadas de roscas ..........................................................24
2.2.3 Resistência de parafusos .....................................................................25
2.3 ACESSÓRIOS DOS PARAFUSOS .........................................................26
2.3.1 Porcas ....................................................................................................26
2.3.2 Arruelas .................................................................................................27
2.4 DIMENSIONAMENTO DE JUNTAS PARAFUSADAS.............................27
2.4.1 Área sob tração .....................................................................................28
2.4.2 Área sob cisalhamento .........................................................................29
2.4.3 Comprimento de rosca .........................................................................30
2.4.4 Pré-carga ...............................................................................................30
2.4.5 Tensão torcional ....................................................................................31
2.4.6 Torque ....................................................................................................32
2.4.7 Rigidez do parafuso...............................................................................33
2.4.8 Rigidez da junta .....................................................................................33
2.4.9 Carregamento estático .........................................................................35
2.5 NORMA CONTRAN 445/13 .....................................................................36
2.5.1 Anexo IV da norma CONTRAN 445/13 ...................................................37
2.5.2 Apêndice 2 do Anexo IV da norma CONTRAN 445/13..........................37
2.5.3 Apêndice 5 do Anexo IV da norma CONTRAN 445/13.........................38
2.5.4 Anexo V da norma CONTRAN 445/13....................................................39
2.5.5 Resistência ancoragem cinto norma NBR 6091-2009..........................40
2.6 INSTRUMENTAÇÃO ................................................................................40
2.6.1 Extensometria .........................................................................................41
2.6.2 Sistema de medição ................................................................................44
3 MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................45
3.1 ANÁLISE E COMPARAÇÃO DOS DOIS SISTEMAS DE FIXAÇÃO DE
POLTRONAS ...........................................................................................47
3.2 VERIFICAÇÃO DOS ESFORÇOS SOFRIDOS PELA JUNTA
PARAFUSADA..........................................................................................48
3.3 REAVALIAÇÃO DO DIMENSIONAMENTO DOS COMPONENTES .......48
3.4 AVALIAÇÃO DA PADRONIZAÇÃO DE UM SISTEMA.............................48
4 DESENVOLVIMENTO .............................................................................49
4.1 SISTEMA FIXAÇÃO 1 - DIRETO NO ASSOALHO....................................49
4.2 SISTEMA FIXAÇÃO 2 – COM TRILHO......................................................53
4.3 TESTE ANCORAGEM CINTO SEGURANÇA...........................................56
4.4 VERIFICAÇÃO DIMENSIONAL................................................................60
4.4.1 Junta parafusada sistema de fixação 1..................................................61
4.4.2 Junta parafusada sistema de fixação 2..................................................64
4.4.3 Comparativo do sistema 1 e 2 ................................................................66
4.5 JUNTA PARAFUSADA REDIMENSIONADA............................................67
4.5.1 Junta parafusada redimensionada do sistema 1..................................68
4.5.2 Junta parafusada redimensionada do sistema 2..................................69
4.5.3 Comparativo do redimensionamento do sistema 1 e 2........................71
5 CONCLUSÃO ..........................................................................................72
SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ..................................................74
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................75
ANEXO A .............................................................................................................77
ANEXO B .............................................................................................................78
ANEXO C .............................................................................................................80
15
1 INTRODUÇÃO
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 OBJETIVOS
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.2 PARAFUSOS
Norton (2013) diz que existe uma grande variedade de estilos de parafusos,
que normalmente utilizam roscas padrão e que os mesmos podem ser classificados
de acordo com o uso pretendido, se utilizam porca ou não, pelo tipo de rosca, pelo
tipo de cabeça e por sua resistência.
Quanto ao uso pretendido para os parafusos é denominado como parafuso de
porca quando é montado de forma passante em uma junta e há possibilidade de ser
colocado uma porca no outro lado da junta. Pode ser considerado como sendo
parafuso de máquina ou de cabeça, quando for rosqueado somente em um furo com
rosca própria e não utilizar porca, sendo então um parafuso não passante.
Por sua vez, os parafusos prisioneiros são sem cabeça, com rosca nos dois
lados da haste cilíndrica. Podendo estas duas roscas terem passos e sentidos
diferentes. Esse parafuso fica permanente em uma das partes da junta quando
desmontada. Normalmente uma extremidade é roscada diretamente em uma das
peças da junta e a outra é fixada com uma porca e arruela. Podem ser usados também
para travar o movimento relativo entre duas peças, quando estas tendem a deslizar
entre si.
A classificação dos parafusos quanto ao tipo de rosca se dá pelo padrão
utilizado no momento em que a mesma é fabricada. Podendo ser através do método
Unified National Standard (UNS), ou com a utilização do padrão pela International
23
Norton (2013) explica que a rosca é uma hélice que faz com que o parafuso
avance sobre o material ou sobre a porca quando for rotacionado. Esta rosca possui
algumas definições e denominações conforme mostrado na figura 7.
2.3.1 Porcas
2.3.2 Arruelas
É um componente plano com formato de anel que serve para aumentar a área
de contato entre a cabeça do parafuso ou da porca com a peça a ser fixada, fazendo
assim uma distribuição uniforme do aperto aplicado (NORTON, 2013).
As arruelas mais simples que podem ser utilizadas são as lisas, estas que não
possuem a função de realizar pressão na peça quando pressionadas. Outros tipos
podem ser arruelas de travamento, com o intuito de evitar o afrouxamento espontâneo
de porcas ou parafusos devido a vibrações, por exemplo. Entre os tipos de arruelas
que servem de trava há as de pressão, as com dentes, com serrilhados, ondulada ou
ainda com orelha. Cada uma tem seu uso de acordo com a necessidade e quantidade
de travamento necessário em uma junta composta por parafusos, sendo um
componente bastante importante na constituição da junta.
Quanto ao material que são fabricadas, podem ser de aços endurecidos para
quando a força de compressão da cabeça do parafuso sobre a parte sujeitada
necessita ser bastante distribuída, além do tamanho da cabeça ou de uma porca.
Caso seja muito mole irá escoar por flexão. Um material não metálico na arruela pode
ser usado para isolamento elétrico do parafuso com a peças fixada (NORTON, 2013).
2
𝜋 𝑑𝑝 + 𝑑𝑟
𝐴𝑡 = ( ) (1)
4 2
𝑑𝑝 = 𝑑 − 0,649519𝑝 (2)
𝑑𝑟 = 𝑑 − 1,226869𝑝 (3)
(4)
0,649519
𝑑𝑝 = 𝑑 −
𝑁𝑓 (5)
1,299038
𝑑𝑟 = 𝑑 −
𝑁𝑓
𝐹𝑒 (6)
𝜎𝑡 =
𝐴𝑡
𝐴𝑠 = 𝜋 𝑑𝑟 𝑤𝑖 𝑝 (7)
𝐴𝑠 = = 𝜋 𝑑 𝑤𝑜 𝑝 (8)
Tabela 1 – Valores de Wi e Wo
𝐹 (9)
𝜏𝑠 =
𝐴𝑠
30
2𝐷 + 14𝑖𝑛 𝐿 ≤ 6 𝑖𝑛
𝐿𝑇 = {2𝐷 + 1𝑖𝑛 𝐿 ˃ 6 𝑖𝑛 (10)
2
2𝐷 + 6 𝐿 ≤ 125 𝐷 ≤ 48
𝐿𝑇 = {2𝐷 + 12 125 ˂ 𝐿 ≤ 200 (11)
2𝐷 + 25 𝐿 ˃ 200
2.4.4 Pré-carga
Destacando o parafuso de porca que tem como função deixar juntas duas ou
mais peças, ele possui uma carga de retenção que estica ou alonga o mesmo. Essa
carga será obtida ao torcer a porca até que o parafuso tenha se alongado quase até
seu o limite elástico. Se a porca não afrouxar, essa tensão no parafuso permanecerá
como a pré-carga ou a força de retenção (SHIGLEY; MISCHKE; BUDYNAS, 2005).
É prática comum na montagem de juntas parafusadas pré-carregar a mesma,
apertando o parafuso ou a porca com um torque suficiente para criar cargas de tração
que cheguem próximas as resistências de prova do parafuso.
Quando há carregamento estático, normalmente se utiliza uma pré-carga que
gera uma tensão no parafuso de até 90% da resistência de prova, e para
carregamentos dinâmicos se utiliza pré-carga de 75% ou mais da resistência de prova.
Supondo que um parafuso esteja dimensionado de maneira correta para resistir as
cargas que será submetido, com a utilização da pré-carga é improvável que o parafuso
rompa em serviço se não quebrar enquanto estiver sendo apertado (NORTON, 2013).
Naturalmente com a aplicação da pré-carga, visto que os membros estão sendo
retidos juntos, a força de retenção produz tensão no parafuso de porca e o estica,
31
fazendo também que ocorra uma compressão entre o parafuso e a porca com as
partes sujeitadas da peça fixada. Assim é necessário conhecer a rigidez do parafuso
e da junta, fazendo uma analogia com uma mola que sofre compressão, através do
limite da razão de mola, que é a razão entre a força aplicada ao membro e a deflexão
produzida pela força.
A força de pré-carga para os parafusos é determinada a partir um percentual
da resistência de prova do parafuso juntamente com sua área sob tração, de acordo
com sua especificação e dimensões. E assim é colocada em prática no momento da
montagem do parafuso na sua aplicação para garantir que o mesmo não afrouxe.
Somente assim irá cumprir sua função como elemento fixador sem apresentar falhas
e mantendo as peças rigidamente unidas.
Nascimento (2003) relata que existem alguns fatores que influenciam a
precisão da pré-carga nos parafusos, que são as precisões das ferramentas utilizadas
e disponíveis, do operador que está realizando o aperto e do controle de torque
aplicado.
Quando uma porca é torcida até a pré-carga, uma carga torcional é aplicada ao
parafuso por meio das suas roscas. Se o atrito nos filetes de rosca é alto, a torção no
parafuso pode ser apreciável. Esta é a principal razão para uso de lubrificação nas
roscas antes da montagem de parafusos. Se não existisse atrito nas roscas, a carga
de torção no parafuso seria próxima a zero (NORTON, 2013). Uma tensão de torção
é gerada no corpo do parafuso durante o aperto, como definido pela equação 12.
𝑇𝑟 16𝑇𝑓
𝜏= = (12)
𝐽 𝜋 (𝑑𝑟 )3
2.4.6 Torque
𝑇 = 𝐾𝐹𝑖 𝑑 (13)
1 𝐿𝑡 𝐿𝑠
= + (14)
𝑘𝑏 𝐴𝑡 𝐸𝑏 𝐴𝑠𝑟 𝐸𝑏
do material que está tensionado atrás de um cone com ângulo de 30º, pelas equações
15, 16, 17 e figura 10.
1 𝐿1 𝐿2
= + (15)
𝑘𝑚 𝐴𝑚1 𝐸𝑚 𝐴𝑚2 𝐸𝑚
𝜋 𝑑2 + 𝑑3 2
𝐴𝑚 = [( ) − 𝑑2] (16)
4 2
1 𝐿𝑚
= (18)
𝑘𝑚 𝐴𝑚 𝐸𝑚
35
𝐹 = 𝐹𝑖 − 𝑃𝑚
𝑃 = 𝑃𝑚 + 𝑃𝑏 { 𝑚 (19)
𝐹𝑏 = 𝐹𝑖 + 𝑃𝑏
Assim, com o material dos membros sendo mais rígido do que o do parafuso,
os membros da junta suportarão a maior parte da carga aplicada e o parafuso sofrerá
um pouco mais de carga além da pré-carga inicial. Contribuindo assim para a
afirmativa que se o parafuso não falha no pré-carregamento, provavelmente não
falhará em serviço (NORTON, 2013).
Caso a força externa (𝑃) for grande suficiente para que a força que o material
suporta (𝑃𝑚 ) exceda a pré-carga inicial, a junta irá se separar e o parafuso terá que
suportar a carga total. Por esta questão que as pré-cargas devem ser realmente altas.
Como a força externa causa deflexão nos materiais da junta, é definido uma
constante de rigidez da junta (𝐶) pela relação das rigidezes do material e do parafuso
(Kb e Km) conforme equação 20.
𝐾𝑏
𝐶= (20)
𝐾𝑚 +𝐾𝑏
36
𝑃𝑏 = 𝐶 . 𝑃 (21)
𝑃𝑚 = (1 − 𝐶). 𝑃 (22)
𝐹𝑏 = 𝐹𝑖 + 𝐶 . 𝑃 (23)
𝐹𝑚 = 𝐹𝑖 − (1 − 𝐶). 𝑃 (24)
𝐹𝑖
𝑃𝑜 = (25)
1−𝐶
𝑃𝑜 𝐹𝑖
𝑁𝑠 = = (26)
𝑃 𝑃(1−𝐶)
desenvolvimento deste trabalho será utilizada a norma CONTRAN 445/13 como base
para realização dos testes experimentais.
Os miniônibus Volare, que possuem as poltronas que tiveram suas fixações
analisadas se enquadram na categoria M3, de acordo com a definição da norma:
veículos para o transporte coletivo público de passageiros e de transporte de
passageiros dotados de mais de 8 lugares além do condutor, com peso bruto total
superior a 5,0 toneladas.
De acordo com esta norma há requisitos de segurança obrigatórios para os
veículos de que trata esta Resolução que estão apresentados no Anexo IV, que faz
prescrições relativas aos bancos dos veículos da categoria M3 no que se refere às
suas ancoragens (obrigatório para todas as classes de aplicação).
0,80 m acima do plano de referência. A altura exata deve ser determinada pelo
fabricante.
𝐹 = (1000/𝐻1) ± 50 𝑁 (28)
Junto a primeira, outra força de ensaio conforme equação 29 deve ser aplicada
simultaneamente sobre a posterior da poltrona correspondente a cada assento, no
mesmo plano vertical, com a mesma direção e sentido à altura H2, entre 0,45 e 0,55
m acima do plano de referência, com o aparato de ensaio de corpo cilíndrico. A altura
exata deve ser determinada pelo fabricante.
2.6 INSTRUMENTAÇÃO
2.6.1 Extensometria
umidade e qual a durabilidade requerida. Tudo isso, para não acontecer erros ou
falhas durante o ensaio instrumentado, fazendo com que as leituras fiquem
prejudicadas e os dados obtidos não correspondam ao fenômeno estudado.
Em princípio todos os extensômetros podem ser utilizados em soluções de
problemas de análise de tensões experimental ou na construção de transdutores.
Porém, existem diversos tipos de extensômetro no mercado, fazendo que alguns
sejam preferidos em aplicações particulares. A seleção dos extensômetros a serem
utilizados na análise deve considerar basicamente a aplicação do extensômetro e as
condições que o afetam durante a operação. Extensômetros destinados à análise de
tensões experimental devem ser robustos e flexíveis que podem ser usados sob
condições árduas (GRANTE, 2004).
Conforme Barreto Junior (2009), para conhecermos as direções das
deformações e a direção da tensão máxima de um corpo de prova de forma complexa
ou que esteja sujeito a solicitações mal definidas, recorremos ao uso dos
extensômetros elétrico do tipo roseta. Uma roseta é constituída por dois ou mais
extensômetros sobre um único suporte, dispostos com ângulos de 45°, 60°, 90°, 120°
e 240°, entre si. A figura 12 mostra configurações para extensômetros tipo roseta.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
Após saber a força máxima que atua na junta parafusada com a realização do
teste de acordo com a norma CONTRAN 445/13, levando em conta os componentes
fixadores atualmente utilizados, foi estudado e calculado de forma analítica a
possibilidade e a necessidade de redimensionar os parafusos. Realizou-se uma
revisão das características dos parafusos visando uma melhoria.
4 DESENVOLVIMENTO
Este trilho que sustenta o parafuso é de Aço estrutural ZAR 230, sua
composição e propriedades estão no Anexo C. Tem seu formato de acordo com o
formato da cabeça do parafuso para acontecer o correto encaixe dos dois. Ele é
soldado ao longo de seu comprimento nos perfis da base em processo anterior a
54
Para aplicação das cargas solicitadas pela norma foram utilizados atuadores
hidráulicos para tração com capacidade nominal de 2000 kgf (19620N) e resolução de
0,1 kgf (0,981N).
A norma NBR 6091-2009 solicita a aplicação de uma força de 7500N mais 3,3
vezes a massa da poltrona em cada cinto da poltrona a ser testada. No teste realizado
foi aplicado uma carga total de 1076,2 kgf, ou seja, 10546,76N. Valor proveniente da
soma dos 7500N da norma, mais o peso da poltrona de 506,26 N multiplicada por 3,3
e acrescido de 15%, totalizando os 10546,76N. Este aumento de 15% é um coeficiente
de segurança padrão utilizado na engenharia experimental da Marcopolo. A carga foi
aumentando com o tempo, conforme pode ser visualizado na figura 25.
Após, com estas deformações foi calculado a tensão normal que o suporte do
extensômetro sofreu, para assim calcular as forças de tração. Pode-se obter somente
as forças de tração, pois os equipamentos e métodos disponíveis para o teste não
possibilitam medir as forças de cisalhamento. Sabendo as forças, foi verificado qual a
máxima registrada, que foi utilizada para realizar os cálculos analíticos de
dimensionamento, considerando como sendo de tração na junta parafusada. O valor
máximo encontrado foi de 80178,35 N, o qual pode ser visualizado na figura 28.
𝜎 = 𝐸 .𝜀 (31)
𝑇 = 𝐾𝐹𝑖 𝑑 (11)
46 = 0,20 𝐹𝑖 0,01
61
𝐹𝑖 = 23000𝑁
resistência mínima de prova(𝑆𝑝 ) dos parafusos está sendo utilizada como parâmetro
𝐹𝑖 = 𝑆𝑖 𝐴𝑡 (32)
23000 = 𝑆𝑖 57,99
𝑆𝑖 = 396,62 𝑀𝑃𝑎
𝑆𝑖 = % 𝑆𝑝 (33)
396,62 = % 600
% = 0,661 𝑥 100 = 66,1
Este cálculo mostra que está sendo utilizado uma porcentagem baixa da
resistência mínima de prova nos dois sistemas de fixação, visto que o recomendado
por Norton(2013) para carregamento estático é de 90% e para carregamento dinâmico
75%. Para aumentar essa porcentagem poderia ser elevado o valor do torque na
montagem dos parafusos na poltrona.
Devido a presença da pré-carga e do torque é gerado nos parafusos dos dois
sistemas uma tensão torcional de cisalhamento que é calculada pela equação 10.
16𝑇
𝜏 = 𝜋 (𝑑 (10)
𝑟 )3
16.23000
𝜏 = 𝜋 (8,16)3 = 215,58 𝑀𝑃𝑎
1 20,5
= 57,99 . 𝐾𝑏 = 565756,09 𝑁/𝑚𝑚
𝑘𝑏 200000
Na sequência deve ser calculado o fator de rigidez dos membros da junta (𝑘𝑚 )
através da equações 13, 14 e 15.
1 𝐿1 𝐿2
=𝐴 +𝐴 (13)
𝑘𝑚 𝑚1 𝐸𝑚 𝑚2 𝐸𝑚
𝜋 𝑑2 + 𝑑3 2
𝐴𝑚 = [( ) − 𝑑2 ] (14)
4 2
1 4,25 12 2,25 2
= 265,121.200000 + 265,121.15000 + 265,121.200000 + 𝜋(28−12,7)2
𝑘𝑚 . 200000
4
𝑘𝑚 = 2479608,546 𝑁/𝑚𝑚
𝐾𝑏
𝐶=𝐾 (18)
𝑚 +𝐾𝑏
565756,09
𝐶 = 2479608,546+565756,09 𝐶 = 0,185
63
𝐹𝑖
𝑃𝑜 = (23)
1−𝐶
23000
𝑃𝑜 = 𝑃𝑜 = 28220,86𝑁
1−0,185
𝐹𝑏 = 𝐹𝑖 + 𝐶 . 𝑃 (21)
𝐹𝑚 = 𝐹𝑖 − (1 − 𝐶). 𝑃 (22)
𝑃𝑜 𝐹𝑖
𝑁𝑠 = = (24)
𝑃 𝑃(1−𝐶)
28220,86
𝑁𝑠 = = 0,352
80178,35
64
𝐹𝑒
𝜎𝑡 = (4)
𝐴𝑡
37832,995
𝜎𝑡 = = 652,41 𝑀𝑃𝐴
57,99
𝑆𝑦
𝐹𝑆 = 𝜎 (34)
𝑡
660
𝐹𝑆 = = 1,01
652,41
1 4,25 10
= 57,99 . + 𝜋 𝐾𝑏 = 996948,57 𝑁/𝑚𝑚
𝑘𝑏 200000 ( .102 )200000
4
Na sequência deve ser calculado o fator de rigidez dos membros da junta (𝑘𝑚 )
através da equações 13, 14 e 15. Para a junta do sistema de fixação 2, deve ser
considerado o pé da poltrona (2,25mm), a parte do trilho aonde o parafuso fica apoiado
(7,3mm) e a arruela lisa (2mm). Então 𝑙𝑚 é 11,55mm.
𝑑3 = 21,67𝑚𝑚 𝑑2 = 15𝑚𝑚
𝜋 15+21,67 2
𝐴𝑚 = [( ) − 102 ] 𝐴𝑚 = 185,489 𝑚𝑚²
4 2
1 𝐿1 𝐿2
=𝐴 +𝐴
𝑘𝑚 𝑚1 𝐸𝑚 𝑚2 𝐸𝑚 2
1 2,25 7,3 2
= 185,489.200000 + 185,489.200000 + 𝜋(28−12,7)2
𝑘𝑚 . 200000
4
𝑘𝑚 = 3206975,35 𝑁/𝑚𝑚
996948,57
𝐶 = 3206975,35 +996948,57 𝐶 = 0, 237
23000
𝑃𝑜 = 𝑃𝑜 = 30144,17𝑁
1 − 0,237
30144,17
𝑁𝑠 = = 0,376
80178,35
42002,26
𝜎𝑡 = = 724,30 𝑀𝑃𝐴
57,99
660
𝐹𝑆 = = 0,911
724,30
𝐹𝑒
𝜎𝑡 = (4)
𝐴𝑡
𝐹𝑒 4.𝐹
𝜎𝑡 = 𝑑 ² 𝑑𝑟 = √𝜋.𝑆
𝜋 𝑟 𝑦
4
4.80178,35
𝑑𝑟 = √ = 11,90𝑚𝑚
𝜋.720
𝑑𝑟 = 𝑑 − 1,226869𝑝
11,90 = 𝑑 − 1,226869.1,5 𝑑 = 13,75𝑚𝑚
𝑆𝑖 = 0,73.720 𝑆𝑖 = 525,6𝑀𝑃𝑎
𝐹𝑖 = 525,6 . 115,44 𝐹𝑖 = 60675,26𝑁
1 20,5
= 115,44 . 𝐾𝑏 = 1126243,902𝑁/𝑚𝑚
𝑘𝑏 200000
69
𝑑3 = 32,83 𝑚𝑚 𝑑2 = 21𝑚𝑚
𝐴𝑚 = 490,42 𝑚𝑚²
1 4,25 12 2,25 2
= 490,42.200000 + 490,42.15000 + 490,42.200000 + 𝜋(28−16,7)2
𝑘𝑚 . 200000
4
𝑘𝑚 = 3468282,18 𝑁/𝑚𝑚
1126243,902
𝐶 = 3468282,18+1126243,902 𝐶 = 0,245
60675,26
𝑃𝑜 = 𝑃𝑜 = 80364,58𝑁
1−0,245
80364,58
𝑁𝑠 = = 1,002
80178,35
80318,95
𝜎𝑡 = = 695,76 𝑀𝑃𝐴
115,44
720
𝐹𝑆 = = 1,03
695,76
𝑆𝑖 = 0,70.720 𝑆𝑖 = 504𝑀𝑃𝑎
𝐹𝑖 = 504. 115,44 𝐹𝑖 = 58181,76𝑁
1 4,25 10
= 115,44 . + 𝜋 𝐾𝑏 = 1965082,902𝑁/𝑚𝑚
𝑘𝑏 200000 ( .142 )200000
4
𝑑3 = 27,67𝑚𝑚 𝑑2 = 21𝑚𝑚
𝐴𝑚 = 386,57 𝑚𝑚²
1 2,25 7,3 2
= 386,57.200000 + 386,57.200000 + 𝜋(28−16,7)2
𝑘𝑚 . 200000
4
𝑘𝑚 = 4479572,405 𝑁/𝑚𝑚
1965082,902
𝐶 = 4479572,405 𝐶 = 0,305
+1965082,902
58181,76
𝑃𝑜 = 𝑃𝑜 = 83714,76𝑁
1−0,305
83714,76
𝑁𝑠 = = 1,044
80178,35
82636,16
𝜎𝑡 = = 715,83 𝑀𝑃𝐴
115,44
71
720
𝐹𝑆 = = 1,006
715,83
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GHANBARI, E.; SAYMAN O.; OZEN M.; ARMAN Y.. Failure Load of Composite Single-
Lap Bolting Joint Under Traction Force and Bending Moment. Australian Journal Of
Basic And Applied Sciences, Izmir, Turquia, v. 9, n. 6, p.683-692, set. 2012.
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NTU. Mobilidade urbana: dados do transporte público por ônibus. Disponível em:
<https://www.ntu.org.br/novo/AreasInternas.aspx?idArea=7&idSegundoNivel=107>.
Acesso em: 30 mar. 2015.
ANEXO A
Diâmetros e áreas de roscas de parafusos unificados (UNS)
ANEXO B
ANEXO C